segunda-feira, 30 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Lousada

Busto de Lúcia Lousada inaugurado
Várias pessoas e entidades presidiram, no último sábado, à inauguração do busto de Lúcia Lousada, ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lousada cuja memória foi recordada pelos actuais dirigentes da instituição. Bessa Machado, actual provedor da Santa Casa da Misericórdia, visivelmente emocionado, recordou as acções que a ex-provedora realizou em prol da instituição. "Colocou sempre o seu sorriso ao serviço das crianças que foi uma luz para os mais novos e para todos os idosos que tiveram a possibilidade de conviver com ela. Acredito que se ela estiver de lá de cima a olhar para todos nós, manterá aquele belo sorriso". O presidente da Câmara de Lousada, Jorge Magalhães, elogiou os muitos contributos que a ex-provedora deixou em Lousada e o espírito ímpar com que defendia as suas causas. " É extremamente justa esta homenagem, quer da Misericórdia, quer de todos os lousadenses, sobretudo, pelo trabalho que desenvolveu na Casa, foram de tal ordem fundamentais para ultrapassar e resolver tantos problemas que existem, de facto, uma dívida de gratidão que vai ficar para sempre. Lúcia Lousada foi uma figura ímpar do dia-a-dia lousadense e de toda a comunidade das misericórdias", destacou. O autarca referiu-se, ainda, ao trabalho que a instituição tem realizado no campo da acção social e do desporto. "Tem sido um trabalho excelente para toda a comunidade, existe muita gente que não é do concelho e que acorre por exemplo ao Hospital da Santa Casa. A Misericórdia ao longo dos últimos anos tem marcado um papel claro nesta vertente da área social e da saúde e mesmo em termos financeiros está no caminho certo o que é óptimo para o município que tem aqui um parceiro com quem pode contar".

O presidente da Assembleia-Geral da Santa Casa, Ricardo Lousada, recordou o sentido humano de sua mãe e a sua ligação fortíssima aos utentes da instituição. "Colocou a obra da Misericórdia acima da sua vida particular e a ela se dedicou de alma e coração. Ela tinha um sentido do humano e de serviço que hoje não é fácil encontrar e que devotou por completo aos utentes da instituição com quem mantinha uma ligação fortíssima".


"A minha mãe sempre teve uma visão arrojada e corajosa"


A filha, Cláudia Lousada irmã da Santa Casa da Misericórdia, lembrou que a mãe foi uma mulher de visão estratégia que lutou contra tudo e todos para levar por diante os seus projectos e defender os que mais necessitavam. "Fui funcionária da Santa Casa e trabalhei com a minha mãe directamente e senti essa dedicação à instituição. Esta era a casa dela e fez desta uma grande casa. Esta homenagem é merecida. A minha mãe fez um grande trabalho e a saúde foi devolvida ao Hospital da Misericórdia em 1998 e foi necessário travar uma luta solitária contra todos aqueles que não acreditavam neste projecto. A minha mãe sempre teve uma visão arrojada, corajosa e lançou-se num mundo difícil e conseguiu erguer o hospital que hoje é uma referência. A Santa Casa pode crescer muito mais porque as misericórdias sempre se colocaram nas sociedades como uma forma de complementar o que falta na sociedade social e para preencher lacunas que o Estado não preenche. Mas, existem outras áreas, nomeadamente, no ensino, Atl´s, promover novas parcerias com os centros de saúde e os seus agrupamentos, com a terceira idade e os cuidados continuados" acrescentou.


Miguel Ângelo

Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco

Câmara dá 500 mil à Santa Casa
A Câmara Municipal de Castelo Branco aproveitou as comemorações do 238.º aniversário da elevação a cidade, dia 20 de Março, para realizar um conjunto de iniciativas envolvendo instituições e a população em geral nesta efeméride.

Dando cumprimento ao que já estava definido no seu Plano Plurianual de Actividades para 2009, foi feito um protocolo entre a Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, através do qual a autarquia vai transferir 500 mil euros para esta instituição, para que comece a ganhar corpo o Complexo Social Jaqueline, para apoio aos doentes com Parkinson e Alzheimer, uma das carências sentidas não só na região como a nível nacional.

Recorde-se que esta obra tem um custo total orçado em cinco milhões de euros, pelo que Guardado Moreira, provedor da Santa Casa, mostrou-se muito satisfeito com este contributo, reiterando uma vez mais, o apelo também à sociedade civil albicastrense, para que se solidarize e contribua, com o que puder, para esta “obra do século”.

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Porto, 26 Mar (Lusa) - O projecto `Sopa da Noite`, promovido pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, arrancou na noite da quarta-feira na `Casa da Rua` tendo servido cerca de três dezenas de sopas aos mais necessitados.
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O projecto está previsto para apoiar 150 pessoas, com uma sopa, mas na primeira noite "teve a concorrência" de iniciativas móveis de distribuição de alimentos, que também decorrem no Porto.

"Tivemos pessoas que vieram antes da abertura do projecto dizendo que vão ser utentes do serviço mas hoje [quarta-feira], como ia haver a distribuição de géneros alimentícios, perto da Trindade, iriam recorrer a esse serviço", disse à Lusa Sandra Arouca, directora da `Casa da Rua`.

A `Casa da Rua` situa-se na Rua Duque de Loulé, na zona da Batalha, Porto, e desde 1999 que funciona como um centro de apoio para os sem-abrigo, proporcionando alojamento para 20 pessoas, 50 refeições completas, balneários e serviço de lavandaria.

A responsável revelou à Lusa que o espaço tem sentido um aumento na procura de refeições, tendo mesmo "pessoas em lista de espera", e foi para colmatar essa falha que surgiu o projecto `Sopa da Noite`.

Alberto, 41 anos, já frequenta aquele espaço há alguns anos e é na `Casa da Rua` que toma as refeições que o rendimento de inserção social não permite suportar.

Apesar da formação em "informática de hardware", depois de desempregado há vários anos, Alberto ainda não conseguiu voltar a encontrar emprego mas procura "nunca parar", fazendo voluntariado para "preencher o dia" e não se sentir "um inútil".

Alberto acredita que o projecto `Sopa da Noite` é "extremamente importante" e terá uma maior afluência no Inverno, altura em que quem procura as carrinhas móveis de distribuição de alimentos tem de se sujeitar à "chuva e ao vento".

Também Joaquim procurou a sopa da Santa Casa da Misericórdia do Porto por "uma questão de necessidade".

Desempregado há cinco anos, Joaquim recebe 325 euros por mês "e só 125 são para o quarto" onde se encontra a viver.

Diariamente almoça no Centro Social da Sé.

António Tavares, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, que promove a iniciativa, explicou que a `Sopa da Noite` é o "primeiro projecto fixo do Porto" a funcionar "os sete dias da semana" entre as 21:00 e as 22:30.

As cerca de 150 pessoas que prevê sejam ajudadas, "são maioritariamente sem-abrigo e pessoas que neste momento não têm qualquer tipo de retaguarda familiar para uma simples sopa poderem comer", frisou.

"Temos elencadas e identificadas cerca de 150 pessoas que recorrem sistematicamente a refeições, à hora de almoço, que têm sido fornecidas por Ordens Terceiras no Porto e esse é o número de pessoas que temos previsto", acrescentou.

Sobre a possível "concorrência" dos restantes serviços de distribuição de alimentos da cidade, o vice-provedor sustentou que "a situação é tão má e grave que todos os projectos nesta área não são demais".

Quanto ao perfil das pessoas que procuram este tipo de apoio, António Tavares disse que "há mais juventude, abaixo dos 45 anos de idade", destacando que "acima de tudo há uma espécie de pobreza envergonhada".

"Há uma classe média, média baixa que está com dificuldades, está a ser apanhada na primeira vaga de perda de emprego, com um conjunto de compromissos assumidos, e há sempre situações mais difíceis", sublinhou.

LYL.

Santa Casa da Misericórdia de Albufeira

Albufeira: autarquia apoia Santa Casa da Misericórdia


Para assegurar a realização das várias actividades da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, a autarquia local vai conceder a esta instituição uma comparticipação financeira, com o objectivo final de proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos seus utentes.

O município vai contribuir com uma verba destinada à compra de material de desgaste para as várias valências da Santa Casa (Lar Gaivota, Lar Roseiral, Lar de S. Vicente, Lar Casa da Paz, Lar Pirilampos, Casa da Cegonha, Creche Arco-Íris, Bússula, Casa Abrigo).

De referir que esta Associação actua ao nível da acção social nas áreas de protecção de infância, juventude, adultos, deficientes e idosos em situação de risco ou de exclusão social, e família em situação vulnerável.



CE / RS
09:50 sexta-feira, 27 março 2009

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Porto: Misericórdia distribui Sopa da Noite


A Santa Casa da Misericórdia do Porto assinalou esta Quarta-feira o segundo aniversário da entrada solene na Diocese do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, com o arranque do projecto “Sopa na Noite”, para apoiar os mais desfavorecidos.

"Entendemos que fazia todo o sentido arrancar com o projecto neste aniversário, depois do Bispo do Porto ter lançado recentemente um apelo à sociedade no sentido de se promoverem acções para ajudar quem necessita", afirmou Álvaro Rodrigues, responsável pelo projecto.


Nesse sentido, a Misericórdia do Porto inicia a distribuição de "uma refeição ligeira, quente", que será composta por uma "sopa substancial", pão, água e fruta.


"O projecto surge como um complemento ao apoio que já é prestado por outros estabelecimentos da Misericórdia do Porto e por outras instituições da cidade, que oferecem almoços e distribuem alimentos", frisou, salientando que não existe oferta equivalente ao jantar.


Todos os dias, entre as 21h00 e as 22h00, essa refeição nocturna pode ser obtida nas instalações da Misericórdia do Porto na Rua Duque de Loulé, na zona da Batalha.


"O acesso é livre, sem qualquer restrição. Estamos preparados para servir 150 sopas por noite, mas, se a procura for maior, podemos responder de imediato", assegurou Álvaro Rodrigues.


No local funciona a “Casa da Rua”, um equipamento social da Misericórdia do Porto vocacionado para o apoio aos sem-abrigo da cidade, que funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, todos os dias do ano.


Redacção/Lusa

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Santa Casa lança “Sopa da Noite”


Promovida pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, a “Sopa da Noite” arrancou na noite da quarta-feira na “Casa da Rua” tendo servido cerca de três dezenas de sopas aos mais necessitados.

A “Casa da Rua” situa-se na Rua Duque de Loulé, na zona da Batalha, Porto, e desde 1999 que funciona como um centro de apoio para os sem-abrigo, proporcionando alojamento para 20 pessoas, 50 refeições completas, balneários e serviço de lavandaria.

Sandra Arouca, directora deste espaço, revelou à Lusa que tem sentido um aumento na procura de refeições, tendo mesmo "pessoas em lista de espera", e foi para colmatar essa falha que surgiu o projecto.

António Tavares, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, que promove a iniciativa, explicou que a “Sopa da Noite” é o "primeiro projecto fixo do Porto" a funcionar "os sete dias da semana" entre as 21h00 e as 22h30.

As cerca de 150 pessoas que prevê sejam ajudadas, "são maioritariamente sem-abrigo e pessoas que neste momento não têm qualquer tipo de retaguarda familiar para uma simples sopa poderem comer", frisou.




Cx/Lusa

sexta-feira, 13 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Alcafozes

Tradição secular ao longo da Quaresma


Procissão Corrida mantém-se em Alcafozes
“Cristo estais aldinós”, assim entoa a sabedoria popular, um verso que tem o simples pedido de ‘Cristo ouvi-nos’. É o início da Procissão Corrida, uma tradição que se mantém ao longo das sextas-feiras da Quaresma, em Alcafozes.


A freguesia de Alcafozes mantém uma tradição quaresmal secular, única no concelho e, quem sabe, mesmo a nível nacional. Trata-se da Procissão Corrida, vivida nesta freguesia do concelho de Idanha.

Antes das nove da noite, o sino toca duas vezes avisando a população de que se prepara a procissão. Quanto o sino badala a terceira vez é o sinal de saída. Reconquista foi ver como decorre esta tradição, que também faz regressar os filhos à terra, para reviver os Mistérios da Paixão.

Chegámos bem cedo a Alcafozes, ainda o sino não tinha tocado. No entanto, já havia irmãos da Misericórdia e a própria provedora estava na igreja. Começavam os preparativos. Vestiam o ‘balandrau’ (opa ou capa preta), preparavam as lanternas, conversavam.

E recordavam os tempos idos, mas onde nunca a procissão, com homens e mulheres deixou de se fazer. A própria provedora, Emília Cabral lembra que já no tempo do seu pai e do seu avô se realizava esta ‘coisa’ diferente. “Não paramos em lado nenhum, a não ser na Igreja Matriz, onde se reza a Ladainha. Percorrem-se os locais dos Passos, mas sempre a andar”, conta.

Também as Procissões dos Passos e de Quinta e Sexta Feira Santas decorrem na localidade. Mas esta é única. “Acho muito bonito e é muito bom para a nossa terra, porque se não as mantivéssemos, a Quaresma ficava sem vida”, diz Emília Cabral.

Há 43 anos como irmão da Misericórdia de Alcafozes, Manuel Esteves, quer completar os 50 dentro da instituição. Ele, é uma das personagens principais de toda esta encenação. É ele que dá o mote, cantando os versos e esperando, depois, que a população responda. Hoje já tem quem o substitua e possa perpetuar esta tradição e ambos assumem o papel de regradores. Mas, ao olhar em redor percebe-se que os jovens são poucos e que será necessário um grande esforço para que a tradição não se perca. “Esta é a única Misericórdia do concelho que mantém a tradição à antiga”, refere.

Ao longo das sete semanas, durante todas as sextas-feiras da Quaresma, a Procissão Corrida sai à rua. Pelo meio, na quinta semana, faz-se a Procissão dos Passos, que pára a cada Passo, onde se encontra um altar, preparado e enfeitado por quem mora por perto.

António Silveira Catana descreve no seu livro «Mistérios da Páscoa em Idanha» que “em Alcafozes, as procissões nas sextas-feiras da Quaresma, com a participação de homens e mulheres, também são orientadas no circuito habitual, pelos Irmãos da Misericórdia. Dois dos Irmãos, os regradores, ao modo de responsório, comandam os arcaicos cânticos e as rezas”.

E Manuel Esteves revela, que “cantamos antes de sair e depois canta-se a ladainha na Igreja e vamos nomeando pelas ruas todos os santos. São muitos e muitos. As pessoas que nos acompanham repetem o que eu digo”.

“Os Irmãos que se haviam reunido, na Sacristia, entram na Igreja e colocam-se no altar-mor. Todos se benzem e olham para a Imagem do Senhor arvorado, que é «um Cristo esculpido por mãos de artesão, representando um crucificado rude, rural, calejado» (…)”, continua António Catana, no seu livro.

Na Igreja da Misericórdia, perfilam-se os Irmãos e os regradores colocam-se frente ao altar. “Cristo estais aldinós” (Christe, audi nos) – ‘Cristo ouvi-nos!’, é o primeiro verso cantado e repetido pela plateia. Antes de saírem para a rua, depois de repetidas três vezes os cânticos, retiram o Cristo Cruzificado”. Começam a ladainha, param na Igreja Matriz, regressam à Misericórdia, colocam a Cruz e repisam o cântico inicial. Está feita a Procissão Corrida que regressa na próxima sexta-feira, até á Páscoa.

Esta procissão é feita, apensa pelos irmãos da Misericórdia e pelos populares. Já a procissão dos Passos, conta com a presença do pároco.

Encostam-se as lanternas e guardam-se os balandraus. Até à próxima semana. Refira-se que o capuz da opa só é colocado na cabeça, na procissão do Enterro do Senhor.


Por: Cristina Mota Saraiva

A Reconquista

Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira

Viver a velhice


Histórias de quem deixou a casa para morar num lar

“Quero pensar como é que se justifica a vida quando se tem 84 anos e se perde a mulher com quem se viveu 50 anos. Quero entender como é que os velhinhos estão vivos porque eu se fosse velhinho estava morto”, Valter Hugo Mae. Foi desta reflexão que partiu esta reportagem, de que fazem parte Clementina, Margarida, Esmeralda, Maria de Fátima, Alice e Alberto, Carlos Alberto e Diva, António, Carlos Fonseca, Delfim, Joaquim e Maria Amélia. São histórias de vidas que se cruzam entre os corredores de um lar de idosos, onde a tristeza, a dor da solidão e o contentamento pela paz encontrada se cruzam todos os dias. Para alguns, a ida para o lar foi imposta, para outros foi um escape ao sofrimento a que eram submetidos na sua própria casa


Maria Amélia – assim quer que lhe chamemos – completa 77 anos este mês. Os últimos nove passou-os no lar S. Manuel, da Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira. “Estava a viver com a minha filha, mas não estava a dar certo”. Inscreveu-se no lar, fez as malas e mudou-se. Hoje, garante, é mais feliz do que foi em tempos. Partilha a “sua casa” com 98 utentes, na maioria do sexo feminino, a rondar os 80 anos de idade.

Lá longe no tempo, passou fome e frio. Mulher trabalhadora, não se deixava convencer por qualquer patrão que cobiçasse a sua mão-de-obra: “O povo sabia que eu era trabalhadora, mas se me quisessem tinham que me pagar mais”. Ainda hoje, no lar que se tornou a sua casa, não quer que lhe tratem das suas “coisinhas”. “Gosto de lavar a minha roupa, de passar”, diz, sorridente, enquanto arruma a tábua de passar a ferro e se apronta para conversar. “Sente-se menina”. Cabelos brancos como a cal, de arco a arrumar a franja para trás, começa a contar-nos um pouco da sua vida. Antes de tirar do sótão das lembranças as histórias da juventude passada, fala do presente. É isso, o presente, que a deixa feliz. É que Maria Amélia tem um namorado. Quer que lhe chamemos Joaquim – por causa das “más-línguas”. Conheceram-se há nove anos, tinha ela acabado de entrar para o lar. “Começou numa brincadeira, depois calhou a sério”. Joaquim, também viúvo, é utente do Centro de Dia da Santa Casa. Mal viu Maria Amélia, tratou logo de saber se estava disponível. “Era malandro ele, avisaram-me logo aqui no lar”, recorda, com ar sério. Mas também ela estava determinada a arranjar um namorico. Antes de ir para o lar, já tinha até avisado os filhos, chateados pelo facto da mãe ter decidido “mudar de casa”: “Não falavam comigo e eu disse logo: ai é! Vou arranjar um namorado. E pronto! Arranjei e em boa hora”.

E já lá vão nove anos. Joaquim queria casar, mas Maria Amélia preferiu ficar pelo namoro porque “casar só se casa uma vez”. Ele “ficou triste”, mas passou. “Tem sido muito bom para mim, é muito meu amigo. Se ele me falta, vou sentir a falta dele como se fosse meu marido”, confessa. Os dias, passam-nos sentados no banco do jardim, na sala de estar. Nada de andar encostados dentro de “casa”, “senão é só falatórios”. Por isso, de quando em vez, vão “dar um giro”.

Para este par de namorados, viver no lar de idosos tornou-se sinal de alegria. Maria Amélia conseguiu mesmo convencer Joaquim a ir “para Coimbra tratar o álcool”. “A princípio não queria ir. Dizia que tinha medo de me perder. ‘Não vais nada perder-me que eu sou grande!’. Ele foi e tratou-se”.

Ambos mantêm contacto com os respectivos filhos. Maria Amélia lamenta apenas que o neto se tenha esquecido dela. “A vida continua. E sou mais feliz agora do que no passado”.

Mas nem sempre é assim. Há muitos idosos esquecidos no lar. Ana Oliveira, psicóloga da Santa Casa da Misericórdia, garante que vai-se tentando relembrar os familiares, sobretudo nas datas festivas. “Telefonamos na época de Natal, nos aniversários”, mas em alguns casos nem assim conseguem que visitem os idosos.

É o caso de Margarida, 67 anos. A doença de Parkinson não a deixa lembrar-se da data em que veio para o lar. Mas já lá está há muito tempo. E gosta. “Aqui ajudo as outras pessoas”, diz, com um ar doce que o tempo não levou. É uma das utentes do centro que não recebe visitas. Antes de ir para lá, vivia “em casa de uma senhora”, uma espécie de pensão. Agora Margarida partilha os seus dias com Clementina, Esmeralda e Maria de Fátima. Sentadas numa das salas de convívio do lar, as quatro mulheres fazem renda, vêm televisão, conversam e dão risadas.

“É uma vida boa”, graceja Clementina. Está há seis meses no lar, onde decidiu inscrever-se a conselho da médica do centro de saúde. Tem “83 anos e meio” e uma alegria de fazer inveja. É ela que anima as tardes das amigas. Conta histórias do passado, relembra os tempos em que tomava conta dos irmãos, apesar dos seus tenros seis anos de idade, e fala das várias operações a que já foi submetida. Em tudo encontra motivo para rir. “Ando sempre bem disposta. A boa disposição ainda não paga imposto”, graceja, mais uma vez. Pelo meio da conversa, vai contando umas anedotas. “Olhe que eu sei algumas malcriadas, menina. Mas conto na mesma”.

Solteira e sem filhos, Clementina é da opinião de que se tivesse filhos não seria mais feliz. “Quando somos velhos já não querem saber de nós. Por isso, é melhor não os ter”, sublinha, deixando um alerta aos mais jovens: “quando chegarem a velhos vai acontecer-vos o mesmo”. E solta mais uma piada: “Se quisermos filhos vamos aos chineses comprar meia dúzia, eles vendem de tudo”. As amigas riem-se.

Maria da Fátima também não tem filhos. E, nesse aspecto, partilha da opinião da colega: “Tudo funciona bem quando somos úteis, quando deixamos de o ser arrumam-nos”. Foi o problema numa perna que a trouxe para o lar. Dependente de uma pequena mota para se mover, Maria de Fátima não quis ser “um fardo para a família”. “Acho que foi a melhor opção. Aqui é quentinho”. Os dois irmãos e um cunhado visitam-na regularmente, “mas não tanto como merecia e gostaria”. Está no lar há três anos. Com 67 anos, diz ainda sentir-se uma jovem. “Não estou velha. Gosto de me vestir bem e andar cheirosa. No espelho vejo rugas, mas cá dentro sinto-me jovem”.


Viver depois do outro morrer


O dia-a-dia num lar de idosos é marcado pelas horas das actividades, da missa e do terço, mas sobretudo das refeições. Os utentes tomam o pequeno-almoço entre as 7h30 e as 9h00. O resto da manhã passam-na entre o quarto e as salas de convívio. Alguns até têm a sua cadeira ao pé da televisão “reservada” e ai de quem se atreva a sentar ali na hora da telenovela, da Fátima Lopes ou do Preço Certo.

Faltam cinco minutos para o meio-dia e começa a haver um corrupio junto às portas de acesso ao refeitório. É uma das horas sagradas, a do almoço. A ementa informa que o prato do dia é empadão.

Alice, de 75 anos, utente do lar há dois, não costuma gostar da comida. “Mas hoje até estava bom”, admite a idosa, enquanto vê um pouco de televisão na companhia do marido, Alberto. É assim que passam o tempo até às 15h45, hora do lanche. Novamente um corrupio nas entradas do refeitório.

Uma hora que a António passa ao lado, não vai lanchar. “Estou a ficar gordo”, graceja. Encontramo-lo no quarto, outrora partilhado com a esposa, agora com um colega recém chegado ao lar, Carlos. Tem um ar triste o “sr. António”, homem de 89 anos. Mas garante que tem “força de vontade para viver” e que todos os dias vai dar as suas “voltinhas para todo o lado”. O mais difícil é quando cai a noite. “Durmo mal e quando durmo sonho sempre com a minha mulher”, diz, de olhar cabisbaixo. A esposa faleceu “faz dia três de Abril dois anos”. Desde então, António só se sentou uma vez na sala de convívio. Levanta-se todos os dias às 5h30 e faz a sua cama, como a sua esposa lhe ensinara. Tem filhos sr. António? “Infelizmente tenho um, mais valia não ter nenhum”.

A história de Delfim tem algumas semelhanças com a de António. Também está na casa dos 80 anos, também trabalhou na Oliva e também saiu de casa por causa do filho. O filho é toxicodependente e, depois da morte da esposa, Delfim foi “pai e mãe”. “Eu andava farto e dizia-lhe muitas vezes que qualquer dia o deixava. Ele dizia-me ‘vai’. Então fiz as malas e vim. Foi a melhor coisa que eu fiz”. Está no lar há quatro anos. Recebe a visita da filha de 15 em 15 dias e de um outro filho nas datas festivas. Mas aquele filho só o visitou uma vez.


Da casa de repouso para o lar


Antes de vir para o lar S. Manuel, Carlos Alberto, de 73 anos, esteve na Casa de Repouso Manuel Pais Vieira e Júnior. Uma queda de um posto deixou-o em coma durante meio ano. Recuperou, mas precisa do auxílio de uma cadeira de rodas e de um andarilho. A operação da esposa, devido aos esforços que fazia para cuidar do marido, ditou a ida para a casa de repouso. “Mas ele não gostava de lá estar, estava muito isolado”, conta a esposa, Diva. Por isso, mal teve uma vaga no lar, mudou-se. “Agora está muito melhor”. “Aqui vejo mais pessoas. Só falta uma rádio amadora”, diz, para recordar que foi “durante 30 anos animador de uma rádio amadora”.

Diva não está no lar, mas faz questão de fazer companhia ao marido todas as tardes. Chega depois de almoço e ali fica até anoitecer. “Não temos filhos e o meu marido é muito meu amigo”.


Quando a morte é encarada como rotina


A dona Ângela é a utente mais velha do lar S. Manuel. Tem 100 anos e é uma senhora lúcida e com energia. Do tempo em que mora no lar já terá, certamente, vivido o falecimento de vários “colegas de casa”. Coisa normal por aqueles lados.

“À excepção da morte do companheiro, as restantes são encaradas muito naturalmente”, garante a psicóloga Ana Oliveira. Para o utente Delfim, “é preferível ver as pessoas a morrer do que a sofrer”. “Tenho medo da vida, mas da morte não”, sublinha, convicto de que “a morte é a libertação”. O último falecimento do lar aconteceu na semana passada. Um assunto que já foi esquecido. “É a lei da vida. Quem nasce morre”, simplifica Delfim.


“Oh menina, vou dar-lhe um conselho”


“Nunca conte nada da sua vida a ninguém”. O conselho é de Maria Amélia. Ainda antes de se aprontar para o jantar, marcado para as 18h30 (hora de Inverno), a idosa deu cinco dedos de conversa sobre os cuidados a ter com “os amigos do lar”. “Aqui dentro não há amigos. Não podemos acreditar em ninguém”, revela. Para Maria Amélia tudo ali são “aparências” porque o que as pessoas querem “é saber da vida dos outros para depois ir contar a todos”.

Delfim também não faz muitas amizades no lar. “Tenho um único amigo aqui”, confessa, dizendo que num lar as amizades “são complicadas”.

“Olhe menina, e tenha cuidado com os homens. Não vá na conversa deles”. Posto isto, Maria Amélia foi jantar.



Números

99 idosos no lar S. Manuel

46 idosos na casa de repouso

7 idosos no Centro de Dia

1 tentativa de suicídio registada

80 anos é a média de idades


Por: Andreia A. Barbosa

Trofa aposta na capacitação das instituições sociais

Trofa aposta na capacitação das instituições sociais



Capacitar as instituições sociais do concelho para a adopção de novas práticas de intervenção junto da comunidade é o desafio lançado pela autarquia da Trofa, em colaboração com a Sol do Ave, no âmbito do Projecto Territórios - In.


O projecto, centrado na capacitação das IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) do concelho da Trofa que prevê um conjunto de novas práticas de acção, foi apresentado esta quarta-feira, no Auditório da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, numa sessão de informação dirigida aos representantes das várias instituições sociais locais.

A sessão contou com a participação de Helena Areias e Sandrina Oliveira do Projecto Territórios - In e ainda de Ana Maria Leite da Comissão de Melhoramentos Santo Emilião da Póvoa de Lanhoso, que apresentou as experiências da capacitação da comunidade e das instituições.

A apresentação dos objectivos e da estratégia de actuação deste eixo de intervenção esteve a cargo de Helena Areias, do Projecto Territórios - In. Constituído por oito etapas, o processo desta acção tem como primeiro passo a elaboração de diagnósticos junto das instituições locais e culmina na execução do plano de acção para a respectiva mudança.

"Esta acção tem como principal resultado a mais-valia de construir um plano participado com as organizações e neste conjunto partilhado é encontrado um diagnóstico da situação, ou seja, a organização toma maior consciência de si própria, quer no que respeita aos problemas identificados, quer no que respeita às potencialidades", explicou ao NT/Trofa Tv Helena Areias.

De acordo com a responsável, "o passo seguinte é constituir um plano com objectivos estratégicos face ao conhecimento que a organização tem de si própria, um plano que toque em áreas estratégicas consideradas de maior vulnerabilidade, por forma a que se gerem impactos". "O nosso papel enquanto projecto é facilitar a execução desta intervenção, tendo sempre como princípio que a energia está na comunidade, no grupo, de forma a que todos participem e se encontrem consensos", acrescentou.

Para além de capacitar as instituições locais para a adopção de novas práticas de intervenção, o eixo de intervenção do Projecto Territórios - In, junto da comunidade e das instituições sociais locais, visa ainda a capacitação da comunidade cigana de Santo Tirso para o associativismo e participação cívica, bem como capacitar jovens em risco para o associativismo juvenil e promover o seu regresso a percursos educativos e formativos.

Notícias da Trofa

quinta-feira, 12 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

Marketing em análise na Terceira
O seminário “As novas Dimensões do Marketing” decorrerá este sábado, como actividade de curso dos alunos de Marketing da Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo.

Acontece este sábado o seminário “As novas dimensões do Marketing”, um evento que acontece Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (EPSCMAH). O seminário é organizado pelos alunos do 3º ano do curso de Marketing, com o objectivo de dar a conhecer o que de melhor se faz em termos de marketing na Terceira. Outro dos objectivos é apresentarem-se ao mercado de trabalho.
O dia será dedicado à abordagem de cinco vertentes distintas do marketing: social, relacional, desportivo, político e verde. Para cada um destes tópicos, os alunos irão apresentar um caso de sucesso.
O seminário abrirá às 9h, pela mão de Cristina Miranda, directora pedagógica da Escola Profissional da Santa Casa, com uma apresentação sobre marketing desportivo e o caso do Angra Basket.
Na área do marketing político, serão apresentados e debatidos os casos de sucesso de Carlos César e Barack Obama, seguindo-se uma apresentação de Clélio Meneses, sobre a forma como se processam as campanhas eleitorais na Terceira.
O seminário encerrará por volta das 12h00.


JornalDiario

2009-03-12 09:30:31

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

SEMINÁRIO A 14 DE MARÇO - Marketing de sucesso discutido em Angra


Publicado na Quinta-Feira, dia 12 de Março de 2009, em Actualidade

Dar a conhecer o que de melhor se faz em termos de marketing na Terceira e apresentarem-se ao mercado de trabalho são os objectivos do seminário “ As novas dimensões do Marketing”, organizado pelos alunos do 3º ano do curso de Marketing da Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (EPSCMAH), a realizar a 14 de Março, no pavilhão pequeno da escola.

Ao longo de todo o dia serão abordadas as mais recentes dimensões do marketing, dividido em cinco temas – social, relacional, desportivo, político e verde - sendo apresentados casos de sucesso em cada um deles, escolhidos pelos próprios alunos.

O seminário será aberto por Cristina Miranda, directora pedagógica da Escola Profissional da Santa Casa, seguindo-se a apresentação do primeiro tema, pelas 9h00, sobre marketing desportivo e o caso do Angra Basket, com o testemunho de Luís Fagundes, director do clube.

“ O Angra Basket é um clube que aposta na publicidade e que tenta dar o seu nome à região”, destaca Vanda Sousa, aluna do curso de Marketing e uma das organizadoras do certame, justificando a escolha.

Os casos de sucesso de Carlos César e Barack Obama serão o tema seguinte no programa, seguindo-se uma intervenção de Clélio Meneses sobre a forma como são feitas as campanhas eleitorais na Terceira e qual o papel do marketing nas mesmas.

A partir das 10h00 será a vez da apresentação relativa às associações sem fins lucrativos, tendo a escolha dos alunos recaído na AMI. Maria Sousa, representante na Terceira desta organização, será a convidada deste segmento.

Uma hora depois, será apresentado o trabalho sobre marketing relacional, ainda sem convidado definido e trinta minutos depois será a vez do marketing ecológico, com o foco na empresa Biofontainhas e no modelo híbrido da Toyota, o Prius. Como convidados para este segmento estarão presentes Avelino Ormonde, proprietário da Biofontinhas e Hugo Fernandes, representante da Terauto.

O encerramento do seminário terá lugar a partir das 12h00, a cargo de Cristina Miranda, acompanhada por Fábio Costa, formador de Marketing da EPSCMAH.


Muito por fazer na Terceira

Na opinião de Vanda Sousa, o marketing na Terceira “ tem ainda muito para crescer”. No seu entender as empresas locais “ainda não tem a noção da importância de comunicar com o exterior e estabelecer uma relação com os seus clientes”, sendo que os exemplos de maior sucesso são, na sua maioria, “ de empresas nacionais que têm representação na ilha”, defende a aluna de marketing.

Assim, os 17 finalistas do curso de Marketing da EPSCMAH que se preparam para entrar no mercado de trabalho, procuram que este seminário “seja uma forma de darmos a conhecer às empresas o nosso trabalho”, diz Vanda Sousa, que se diz “esperançada” em encontrar colocação na Terceira, apesar da experiência de um curso idêntico realizado na Escola Profissional onde “ apenas duas ou três pessoas estão a trabalhar nesta área”.


A União

quarta-feira, 11 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra

Novas viaturas vão permitir servir melhor a comunidade
Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra


A Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra adquiriu novas viaturas para a valência de Apoio Domiciliário e Centro de Dia. A bênção das carrinhas vai ser feita dia 15 de Março e a partir dessa data vai ser intensificada e melhorada a prestação de serviços à população de todo o concelho.
A cerimónia de bênção das novas viaturas da Santa Casa está marcada para as 10h45, no pátio do Lar Jesus das Chagas, e inclui a apresentação do novo fardamento do pessoal da instituição de solidariedade social.
Dando continuidade à política de “portas abertas”, anunciada pela Santa Casa, acontecerá no mesmo dia um almoço convívio que, de futuro, será repetido com regularidade. O objectivo é juntar os idosos de internamento com as respectivas famílias proporcionando a todos um momento de confraternização e de estímulo.





in Jornal de Sesimbra

Santa Casa da Misericórdia de Odemira

Odemira: Universidade Sénior 07:00 11-03-2009

A Universidade Sénior de Odemira deverá começar a funcionar no próximo ano. Hoje vai ser dado um passo importante nesse sentido.


Odemira vai ter, como já acontece noutros pontos do distrito de Beja, uma Universidade Sénior. Um projecto da Fundação Odemira e que conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia.

Esta tarde vai ser dado um passo importante para a concretização deste projecto uma vez que vai tomar posse a Comissão Pró-Universidade Sénior de Odemira.

Um dos objectivo é que esta Comissão possa definir o modelo organizacional do projecto assim como as disciplinas que irão ser ministradas como afirmou Francisco Antunes, director da Fundação Odemira.

Francisco Antunes afirmou ainda que se tudo correr como previsto as aulas vão começar a funcionar no próximo ano.

Inês Patola

Santa Casa da Misericórdia de Odemira

Fundação Odemira lança hoje Universidade Sénior


A Fundação Odemira e a Santa Casa da Misericórdia arrancam hoje com a iniciativa Universidade Sénior de Odemira.
O projecto é importante para o concelho e para todo o sudoeste alentejano considera Francisco Antunes.
O Presidente da Comissão Executiva da Fundação considera que este projecto vem dar resposta a uma inquietação da população e assim contribuir para incentivar a continuação da vontade de aprender.
Hoje toma posse a Comissão Pró-Universidade Sénior de Odemira. A cerimónia conta com a presença de um representante da Direcção da RUTIS – Rede de Universidades da Terceira Idade.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Portalegre

Santa Casa impede funcionária de entar nas instalações
09-Mar-2009
O insólito aconteceu na Santa Casa da Misericórdia de Portalegre.
Segundo declarações de Celeste Tavares, funcionária da Santa Casa, aquando da sua última visita à Instituição, a policia foi chamada ao local para impedir a visita desta funcionária.

Celeste Tavares …. Conta, em declarações à RP, que o Tesoureiro da Instituição alegou ter ordens para proibir a sua entrada na Santa Casa e chamou a polícia para demover a funcionária de prosseguir a sua visita

Celeste Tavares é funcionária da Misericórdia há cerca de 20 anos está actualmente suspensa das suas funções por motivos de saúde.

A RP, tentou obter esclarecimentos junto da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, segundo a provedora da instituição, Piedade Murta, por se tratar de uma questão interna de violação ao regulamento, não presta declarações.

Santa Casa da Misericórdia de Penafiel

Sessão solene contou com a presença de Eurico Ataíde de Malafaia
Arrancaram comemorações dos 500 anos da Misericórdia de Penafiel

Realizou-se, no passado dia 7, a sessão solene que marcou o início das comemorações dos 500 anos da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, um evento que contou, entre outras entidades, com a presença do engenheiro Eurico Brandão de Ataíde Malafaia, da Academia Portuguesa de História.
O presidente da assembleia-geral da Misericórdia penafidelense, António Gil Guedes, apresentou esta data (500 anos) como motivo de orgulho "para a terra e para o país", realçando o desejo de que além de terem herdado esta responsabilidade consigam lançar bases para que continue.

Já o provedor Fernando Gonçalves salientou a agenda de comemorações, preenchida com eventos todos os meses, de Março a Outubro, e o trabalho dos funcionários, que são a "alavanca" desta instituição. "Fazer bem sem olhar a quem" continua a ser o lema de uma das Santas Casas mais antigas do país, sendo a sua criação datada de 1509, mas havendo registos de que a sua actividade teria começado anos antes.

Manuel Lemos, presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, ao todo 400 no país, partiu das diferenças do mundo de há 500 anos atrás para dizer que já nessa altura um conjunto de homens em Penafiel se juntou para ajudar os que mais necessitavam. "Vivemos e vamos viver tempos de grande dificuldade e o país vai precisar das Misericórdias para encarar esta crise", realçou.



Misericórdia deve olhar para "a nova pobreza"



O convidado de honra, Eurico Brandão de Ataíde Malafaia, cujas raízes estão em Penafiel, procurou ser pedagogo e apoiou-se na história para falar das origens das misericórdias. Referindo as albergarias, que prestavam apoio aos peregrinos, pobres e doentes, como as instituições mais antigas de atendimento assistencial, Malafaia disse que foram as doações em testamento que permitiram a realização de grandes obras. Destacou ainda a Misericórdia de Penafiel como instituição conhecedora das carências locais e que deve dar prioridade na assistência à "nova pobreza": "perante esta tempestade social deve-se conceber um plano de acção ponderada, prudente, lúcido e efectivo".

No encerramento da sessão, Alberto Santos considerou este o "ano de ouro" da cidade, já que a comemoração de 500 anos de uma instituição é algo de raro. Enquanto autarca, Alberto Santos achou que esta efeméride deveria ser assinalada para que a população tenha conhecimento da história, tendo lançado o repto à Misericórdia e pondo ao seu dispor apoio logístico e mesmo financiamento por parte da Câmara Municipal. "O espírito de servir da Santa Casa está pleno de actualidade. Os pobres de hoje são diferentes mas também são pobres", adicionou. Alberto Santos adiantou ainda que está a ser escrito um livro sobre as misericórdias e a história, no qual foi convidado a dar o seu contributo, tendo escrito um conto intitulado "Maria Carriça".

sábado, 7 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Espinho

Santa Casa quer instalar Cantina Comunitária




Em comunicado enviado para os órgãos de comunicação social, a Santa Casa da Misericórdia de Espinho fez saber que “tem acompanhado com atenção e apreensão a degradação da situação social no concelho de Espinho” e que “as situações de pobreza e até de miséria” que chegam ao conhecimento da instituição “são muitas e vêm-se agravando nos últimos tempos”.
Mediante esse cenário e “consciente das suas responsabilidades sociais”, a Santa Casa da Misericórdia pretende instalar e pôr em funcionamento, o mais rápido possível, “uma cantina comunitária”, na qual poderá servir “150 refeições diárias a pessoas necessitadas “ do concelho.
No entanto, a iniciativa, como está escrito no comunicado, representa um encargo que a instituição “não está em condições de suportar sozinha, até porque se ignora por quanto tempo a actual situação se prolongará”.Por isso mesmo, a Santa Casa da Misericórdia apresentou o problema à Câmara Municipal de Espinho, mais concretamente ao seu presidente José Mota, e aos serviços de segurança social do concelho para tentar obter apoios para a referida infra-estrutura.
Logo que tenha uma informação dessas entidades, a instituição comprometeu-se, através da pessoa do seu provedor, Amadeu Morais, que assina o comunicado, “a pôr em funcionamento a cantina comunitária”.




in Jornal de Espinho,

Misericórdia de Alcantarilha

07 Março 2009 - 00h30

Alcantarilha: PJ investiga desvios de dinheiro durante a antiga direcção
Misericórdia alvo de investigação
Os familiares de Matilde Augusta Paulo nem queriam acreditar quando foram avisados de que a casa da idosa, internada no Lar da Misericórdia de Alcantarilha, em Silves, estava vazia e à venda, sem o seu conhecimento. Depois de descobrirem que um funcionário da instituição tinha uma procuração em seu nome para se apoderar de tudo, apresentaram queixa na Polícia Judiciária (PJ) de Portimão.


A denúncia foi feita no dia 19 de Janeiro e, ao que o CM apurou, os investigadores já fizeram buscas na instituição de solidariedade social da Santa Casa, que mudou de direcção há dois meses. Existem fortes suspeitas de ter havido um esquema de ‘saco azul’, para onde foi desviado dinheiro e bens a outros idosos internados. Segundo fonte da PJ, "está ainda a ser investigado o envolvimento de uma funcionária de um Notário", que pactuou com a realização da procuração assinada pela idosa inválida.

"Fiquei chocada quando descobri que existia uma procuração para vender os bens da minha tia, que está incapacitada, sem os familiares terem conhecimento", lamenta Gabriela Alves, uma das sobrinhas que apresentou a queixa. Mais tarde, os familiares ficaram a saber que a conta bancária da idosa, com cerca de 60 mil euros, "estava vazia" e todo o ouro tinha desaparecido.

Fonte da Misericórdia de Alcantarilha, sob anonimato, disse ao CM que "houve várias lavagens de dinheiro no passado porque era exigido aos utentes, quando entravam para o lar, o pagamento de 5 mil euros em dinheiro", valores que, alegadamente, "não entraram nas contas da instituição". A nova direcção não exige pagamentos fixos e os idosos só pagam se puderem.

As queixas de gestão irregular chegaram à Segurança Social, que ordenou uma auditoria à instituição, no ano passado. "Foi feita uma inspecção e o relatório enviado às entidades competentes", confirmou Jorge Botelho, director regional da Segurança Social no Algarve. O CM não conseguiu chegar à fala com os anteriores responsáveis.

"QUEREMOS QUE AS SUSPEITAS SEJAM INVESTIGADAS"

A nova direcção da Misericórdia de Alcantarilha, que tomou posse a 3 de Janeiro, quer "que todas as suspeitas sejam investigadas ". Em declarações ao CM, o novo provedor, o padre Manuel Coelho, confirmou a visita dos inspectores da PJ, porque "a actuação da anterior direcção não correu bem". O dirigente espera que "tudo seja esclarecido e que a instituição não fique malvista". Assegura que, agora, "em cada donativo é passado um recibo", para que não existam suspeitas. "Fala-se que havia um ‘saco azul’, mas isso agora acabou", concluiu.

PORMENORES

INTERROGATÓRIO

Ao que o CM apurou, o funcionário suspeito de apropriação ilícita de bens de uma utente vai ser interrogado, na próxima semana, no Ministério Público do Tribunal de Silves. Podem ser ouvidas outras pessoas.

FACTURAS E CHEQUES

A PJ está a analisar facturas e cheques recebidos durante a anterior direcção da instituição, para perceber com exactidão se existiram desvios de dinheiro para contas pessoais.

Rui Pando Gomes
CM

quarta-feira, 4 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Santarém

04 Março 2009 - 00h30

Quase caiu de uma varanda
Menino de Santarém vai para instituição
O menino de três anos que quase caiu de uma varanda do 3º andar vai ficar entregue aos cuidados do "1º Passo", o centro de acolhimento temporário de crianças em risco da Santa Casa da Misericórdia de Santarém.


'Importa sublinhar que esta não é uma medida de força, foi uma solução que mereceu a concordância do pai, que reconheceu não ter, de momento, condições parentais para tomar conta da criança', explicou ao CM Eliseu Raimundo, presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Santarém, organismo que ouviu ontem de manhã o progenitor, de 27 anos, e a avó, de 56 anos, que tomavam conta do menor.

A criança vai ficar em acolhimento temporário por um período máximo de seis meses, adiantou Eliseu Raimundo, período durante o qual 'uma equipa do reforço técnico da CPCJ fará o acompanhamento da família e tentará dar ao pai as competências necessárias para exercer a sua função'.

A família poderá vê-la sempre que quiser, dentro do horário de visitas da instituição. O responsável informou também que o menino já esteve sinalizado pela CPCJ de Rio Maior, num processo que foi aberto quando estava aos cuidados da mãe. Em Julho de 2008, a jovem entregou o menor ao pai e a avó, residentes no bairro de S. Domingos, em Santarém.

A criança esteve em risco de vida no passado sábado, 28 de Fevereiro, quando foi deixada sozinha em casa. O menor, que acordou de uma sesta, veio para a varanda e empoleirou-se no parapeito, enquanto chamava pelo pai. Os gritos e o choro despertaram a atenção dos vizinhos, que chamaram de imediato a PSP e os bombeiros.

O menino foi resgatado por um elemento dos municipais de Santarém, que conseguiu saltar de uma varanda do apartamento ao lado. Pouco depois, foi entregue à avó, que estava a trabalhar no Hospital de Santarém, onde é funcionária do refeitório.

João Nuno Pepino
CM

segunda-feira, 2 de março de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Viseu

Maior Pousada de Portugal abriu em Viseu
Abriu, em Viseu, a maior Pousada de Portugal, primeiro projecto de raiz do Grupo Pestana Pousadas, assinado pelo arquitecto Gonçalo Byrne. O investimento aproxima-se dos 15 milhões de euros. O imóvel totalmente requalificado pertence à Santa Casa da Misericórdia, ficando o Grupo Pestana com o direito de ocupação pelo período de 30 anos. Estamos a falar das antigas instalações do Hospital de S. Teotónio, um edifício que acolheu a estrutura hospitalar entre 1842 e 1997. A inauguração oficial está prevista para Abril. Os viseenses não faltaram à abertura desta Pousada, embora sentissem o ‘desgosto’ de não poderem apreciá-la por dentro.

Não saíram do salão de entrada, antigos claustros. A noite de abertura foi preenchida com um concerto da banda viseense Fingertips. Antes, um jantar selecto levou até ao restaurante Viriato algumas das personalidades da região, acompanhadas pelo presidente do Grupo Pestana, Dionísio Pestana, por Castelão Costa e pelo director das pousadas de Portugal, Manuel Dio. Entre os convidados encontravam-se os presidentes da Câmara de Viseu, Fernando Ruas e do Grupo Visabeira, Fernando Nunes, bem como o Provedor da Mesa da Santa Casa da Misericórdia, Magalhães Soeiro. ‘Este é um projecto especial para 2009 do Grupo Pestana pelo facto de ser a maior Pousada de Portugal e contemplar novidades como o SPA e piscina interior. Por outro lado, é o primeiro projecto de raiz do grupo em Portugal. É um marco histórico no novo conceito das Pousadas de Portugal’, salientou Castelão Costa, do Conselho de Administração do Grupo Pestana.


A nova unidade de Viseu dispõe de 84, para além de dispor de outros serviços como um SPA e piscina interior, sauna, banho turco, duche tropical, fonte de gelo, salas de massagens, relaxa, jacuzzi e ginásio. A Pousada dispõe, ainda, de um claustro interior coberto com capacidade para cerca de 500 pessoas e salas de reuniões com acesso ao terraço para cerca de 150 pessoas em plateia. A gastronomia será um dos ‘pratos fortes’ desta Pousada, estando, para o efeito, preparados dois restaurantes: ‘Dão Lafões’ e ‘Viriato’, com acesso directo ao exterior. Todos os domingos ao almoço haverá um buffet regional destinado quer a hóspedes da Pousada quer a clientes que não estejam alojados.

Notícias de Viseu