segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior

Misericórdia de Rio Maior vai gerir novas creches da Chainça e Malaqueijo

A Câmara Municipal de Rio Maior assinou no dia 26 de Agosto um contrato de comodato com a Santa Casa da Misericórdia da cidade referente às novas creches da Chainça e Malaqueijo, construídas pela autarquia e que vão ser geridas pela instituição de solidariedade social.

Cada uma das novas creches está apta para acolher 33 crianças, com idades entre os 4 meses e 3 anos de idade, distribuídas do seguinte modo: 8 crianças no berçário, 10 crianças na sala de 1 ano e 15 criança na sala dos 2 anos. Prevê-se a criação de nove postos de trabalho em cada um dos equipamentos, entre educadoras de infância, assistentes de acção educativa, auxiliares e administrativos.

A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), e o provedor e vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior, João Castro e Rui Andrade, respectivamente, assinaram o contrato na sala de reuniões da autarquia. Isaura Morais salientou que a câmara municipal irá apoiar as creches, desenvolvendo todos os esforços para que as mesmas funcionem em pleno.

Os edifícios das creches englobam átrio, berçário, copa de leites, sala parque, salas de actividades e de refeições, instalações sanitárias, copa e anexos, gabinetes, outros espaços de apoio e parque infantil.

O Mirante

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Setúbal

Sociedade
por Fernando Cardoso Ferreira
(Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal)

A Crise e as Misericórdias

Nos últimos anos os Governos gastaram à tripa forra e os portugueses, seguindo os sinais, acompanharam-nos alegremente. Eram tempos do crédito fácil, para o Estado e para os particulares.

Chegou então a crise e as economias mal estruturadas, como a nossa, levaram, (e estão a levar), um valente abanão, com uma taxa de desemprego brutal, sem que se vislumbrem melhoras, pelo contrário. Para segurar o barco foram precisas medidas, (dizem os entendidos, insuficientes e tardias), que se traduziram, resumidamente, em aumento dos impostos e redução de benefícios sociais.

E se muitos dos nossos concidadãos já começaram a sentir-lhe os efeitos, muitos mais, em breve, terão de rever os seus orçamentos mensais, apertando ainda mais o cinto. Isto para quem ainda tem margem para o fazer, porque muitas pessoas irão constatar, dramaticamente, que novas reduções no seu já curto rendimento disponível, começarão a situá-las numa realidade até aqui impensável, a impossibilidade de acesso a alguns bens essenciais, o limiar da pobreza.

Significa isto que as Instituições em que o Estado subsidiariamente delega muitas das suas funções sociais, vão sentir cada vez mais solicitações nas valências de que dispõem.

Destas Instituições, há que destacar as Misericórdias. Com centenas de anos ao serviço dos portugueses, na saúde e na assistência social, as quase quatro centenas de Misericórdias, espalhadas por todo o território nacional, são a primeira linha de apoio, (e em muitas localidades, a única), aos cidadãos mais desfavorecidos económica e socialmente.

Lares Residenciais, Lares para Dependentes, Lares para Deficientes, Centros de Dia, Apoio Domiciliário, Apoio a Mães Solteiras, Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, Serviço de Refeições, Infantários, ATL’s, no apoio social, e Hospitais, Cuidados Continuados Integrados, Clínicas de Medicina Física e de Reabilitação, na saúde, são algumas das áreas em que as Misericórdias Portuguesas, garantem a larga dezenas de milhares de portugueses, condições condignas nas dificuldades que atravessam.

Empregando cerca de setenta mil pessoas, dirigidas por Homens e Mulheres de boa vontade, sem remuneração, eleitos pelos respectivos associados, dotadas de meios técnicos modernos e de meios humanos habilitados e dedicados, as Misericórdias constituem um pilar insubstituível para minorar as agruras de muitos Portugueses.

Mas as Misericórdias desempenham também um papel importante na economia nacional. Não só pelos fluxos de consumo de bens e serviços atinentes à sua actividade que contribuem para sustentar parte do tecido empresarial local, como na garantia de estabilidade dos postos de trabalho que lhes estão afectos.

Muita gente pensa que as Misericórdias são directamente financiadas pelos dinheiros do euromilhões, do totoloto, do totobola e das lotarias e portanto vivem desafogadamente.

Mas tal não corresponde à verdade.

A detentora e beneficiária das receitas dos chamados Jogos Sociais é uma entidade, que se chama, é verdade, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, (porque tem associada a Irmandade de S. Roque), mas que nada tem a ver com as Misericórdias espalhadas pelo País.

Trata-se de uma espécie de super ministério em que os dirigentes, esses sim, remunerados, são nomeados pelo Governo.

O financiamento corrente das actividades das Misericórdias processa-se por acordos de cooperação com o Estado, (convém lembrar que desempenham funções que a este constitucionalmente cabem), pela comparticipação mensal dos familiares dos Utentes, conforme o serviço prestado, e no caso de reformados, por uma parte, legalmente estabelecida, da respectiva pensão de reforma. Contribuem ainda para o orçamento das Misericórdias os donativos, e a quotização dos seus associados.

Dito assim… parece que chega mas se tivermos em consideração, para além das despesas correntes, nomeadamente salários de trabalhadores que asseguram em muitas valências serviços 24 horas por dia, as necessidades de reparação e substituição de equipamentos e a manutenção e requalificação das infraestruturas, algumas, em muitas Misericórdias, quase centenárias, facilmente se percebe que só é possível proporcionar aos Utentes uma boa qualidade de vida e assistência, mantendo o equilíbrio orçamental, com uma gestão muito rigorosa.

De facto, as Misericórdias, agora mais do que nunca, por causa da crise económica e financeira, têm de ser geridas de acordo com regras empresariais, sem contudo perder de vista o papel que desempenham e a missão que historicamente têm vindo a cumprir, de servir os nossos concidadãos mais desfavorecidos económica e socialmente, especialmente em tempos difíceis como estes que vivemos.

Numa próxima oportunidade abordarei a história e a vida da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, Instituição com mais de 500 anos ao serviço da comunidade local.

Fernando Cardoso Ferreira - 25-08-2010 12:33

Setúbal na rede

Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós

Porto de Mós com unidade de cuidados continuados dentro de nove meses
A Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós espera concluir dentro de nove meses a unidade de cuidados continuados de longa duração, um investimento de dois milhões de euros iniciado a semana passada.
À agência Lusa, o provedor da instituição, José Carlos Ramos, explicou que a obra, localizada na vila de Porto de Mós, tem capacidade para 30 utentes e pretende responder a "uma das lacunas do país", o acolhimento de pessoas que "já não são doentes hospitalares", mas também "não têm condições de ir para casa".
"Os hospitais são para tratar situações de urgência e emergência", realçou, considerando que "o Estado fica a ganhar com investimentos como este", que dá resposta "às necessidades de anos".
"Este tipo de equipamentos fazia falta, efectivamente, ao país", acrescentou, adiantando que, inicialmente, a ideia da Misericórdia passava por construir um lar residencial para acolher idosos não dependentes de apoio.
Segundo o responsável, o investimento na unidade de cuidados continuados de longa duração, onde os utentes vão poder permanecer mais de 90 dias, conta com uma comparticipação estatal de 750 mil euros e do apoio da Câmara Municipal de Porto de Mós em 400 mil euros, entidade que também doou o terreno e vai participar na execução de alguns trabalhos.
"O dinheiro não chega, mas contamos que haja alguns beneméritos", disse José Carlos Ramos, admitindo, também, a possibilidade de a Santa Casa desenvolver iniciativas junto da população para angariar fundos.
Para o provedor, "as pessoas devem ajudar a instituição, que é de todos, para todos".
"Hoje são os nossos pais, amanhã somos nós a precisar dela e depois serão os nossos filhos", observou, apelando às pessoas para serem "mais solidárias", embora reconheça que, neste momento, as circunstâncias económicas das famílias são mais difíceis.
A partir de 2011, a Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós passa a juntar os cuidados continuados de longa duração às valências de lar, centro de dia e apoio domiciliário para idosos, creche e jardim-de-infância, e ainda fisioterapia.
"Entre adultos e crianças temos cerca de 280 utentes", referiu o responsável, adiantando que a instituição tem 74 funcionários, número que vai aumentar para mais 30 quando a nova unidade estiver concluída.

Diário de Leiria

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo

Vila do Bispo: Autarquia e Santa Casa da Misericórdia assinam protocolo
Mecanismos de cooperação para apoio à população mais desfavorecida

A Câmara Municipal de Vila do Bispo e a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo assinaram na passada quinta-feira um protocolo de colaboração, para apoio alimentar à população mais desfavorecida.

Esse apoio será efectuado através do complemento dos cabazes do Banco Alimentar Contra a Fome com outros bens, de acordo com os mecanismos de cooperação alinhavados entre as duas instituições.

“Pretende-se assim, reforçar e dar continuidade à estratégia de combate às desigualdades sociais, levada a cabo pelo serviço de Acção Social e Saúde da autarquia, com vista à crescente melhoria das condições de vida da população economicamente mais carenciada do concelho de Vila do Bispo”, sublinha a edilidade.

EP / RS
08:13 terça-feira, 24 agosto 2010

Região Sul

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra

Vale de Cambra: Misericórdia recebe 11 mil pequenos-almoços grátis
Protocolo no âmbito do programa “A vaca que ri” da Bel Portugal garante apoio anual para 30 crianças do Centro de Acolhimento da instituição

A empresa do sector dos lacticínios Bel Portugal – produtora das principais marcas nacionais de queijo - vai patrocinar, durante um ano, os pequenos-almoços das crianças do Centro de Acolhimento Temporário (CAT) “S. Gonçalo” da Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra.
O protocolo que concretiza o apoio foi assinado anteontem, prevendo uma entrega trimestral de 2.565 euros e uma oferta mensal de leite, queijo e manteiga, produtos a serem levantados na unidade valecambrense da empresa. O presente acordo será válido até ao dia 19 de Agosto do próximo ano, mas registe-se que ambas as partes manifestaram a intenção de o prolongar. Ao todo, e nos próximos 12 meses, o CAT terá garantidos, gratuitamente, cerca de 11 mil pequenos-almoços. Refira-se que o “S. Gonçalo” acolhe 30 crianças, dos zero aos seis anos, que lhe chegam de famílias disfuncionais, em função de decisões dos tribunais.
“Uma janela aberta!”. Foi assim que Pina Marques, provedor da Misericórdia de Vale de Cambra, qualificou o protocolo com a Bel Portugal. Aludindo à conjuntura de crise que vivemos, o responsável salientou a importância da consciência social demonstrada pela empresa dos lacticínios, para mais “quando o estado não tem estado à altura de corresponder às exigências da sociedade” neste domínio.
(Ler artigo completo na edição em papel)

Alberto Oliveira e Silva
Diário de Aveiro

sábado, 21 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Sardoal

2010-08-21 09:41:10

“Livro Primeiro da Misericórdia” e “Alquimias”, de Ângelo Rodrigues apresentados nas Festas de Sardoal

O “Livro Primeiro da Misericórdia de Sardoal”, que reúne os primeiros documentos da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, instituição que comemora 500 anos de existência, vai ser lançado dia 22 de Setembro (Feriado Concelhio), em cerimónia a realizar no Centro Cultural Gil Vicente, às 16 horas, no âmbito das Festas do Concelho 2010.


Este lançamento vai ter a presença de várias autoridades civis e eclesiásticas. A obra, com edição de luxo, de capa forrada a tela, tem introdução, transcrição e notas do Professor Doutor João José Cunha Matos, prestigiado investigador da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Tomar.

De igual modo, o Centro Cultural vai ser palco da apresentação do mais recente livro de Ângelo Rodrigues, “Alquimias”, no dia 25 de Setembro, às 21h30m.

A edição reúne os escritos deste autor, publicados entre 1989 e 2010, e é um híbrido de géneros literários. Ângelo Rodrigues dirige a Editorial Minerva e, para além de escritor, é pintor, músico, poeta e declamador.

Na sessão de apresentação participa o perfomer Carlos Amaral e o grupo “Blovermind”.

Rádio Cidade de Tomar

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

Açores: inaugurada no final de 2010 agência de Ponta Delgada da Caixa da Misericórdia de Angra
Publicado: 2010-08-20 12:14:08 Actualizado: 2010-08-20 13:43:20
Por: Carlos Tavares

Açores: inaugurada no final de 2010 agência de Ponta Delgada da Caixa da Misericórdia de Angra

É inaugurada, no final do ano, a primeira agência de Ponta Delgada da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, ilha Terceira.

Inicialmente, as obras deviam terminar no mês de Setembro, mas, o Presidente da instituição, Carlos Raulino, afirmou à Antena 1 /Açores que "as mesmas estão atrasadas cerca de dois meses".

A estratégia da Caixa Económica é expandir-se para o Grupo Oriental do arquipélago, já que é na ilha de São Miguel que se localiza 50% da actividade económica da Região Autónoma, salientando Carlos Raulino que "a Caixa é a única instituição financeira exclusivamente regional e tem a vocação para cobrir todas as ilhas do arquipélago, começando, agora, essa expansão pela ilha de São Miguel".

O Presidente da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo afirma ainda "que o projecto da paisagem da Caixa Económica a Banco não está esquecido" e garante que a "instituição tem todas as condições para o fazer, estando, apenas, à espera do momento certo".

Notícia: Antena 1/Açores

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo

Câmara de Vila do Bispo assina Protocolo de Colaboração com a Misericórdia

Acordo CMVB com SCM

O complemento dos cabazes do Banco Alimentar Contra a Fome com outros bens, a ser fornecidos pela Câmara de Vila do Bispo, é o principal objetivo do protocolo assinado ontem entre a autarquia e a Santa Casa da Misericórdia daquele concelho algarvio.

Segundo refere a Câmara em comunicado, «as duas instituições formalizaram mecanismos de cooperação que visam o apoio alimentar à população mais desfavorecida através do complemento dos cabazes do Banco Alimentar Contra a Fome com outros bens».

O objetivo é «reforçar e dar continuidade à estratégia de combate às desigualdades sociais», levada a cabo pelo Serviço de Acção Social e Saúde da autarquia, «com vista à crescente melhoria das condições de vida da população economicamente mais carenciada do concelho de Vila do Bispo».

20 de Agosto de 2010 13:19

Barlavento on line

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Coruche

Últimas promessas indicavam a data de abertura para final de Julho

Câmara de Coruche pede reunião urgente à ministra por causa de serviço de urgência
19.08.2010 - 08:56 Por Jorge Talixa
As obras de adaptação das instalações no centro de saúde, para receber a urgência básica, estão concluídas desde o final de 2009.
A Câmara de Coruche está cansada de esperar pela abertura do Serviço de Urgência Básica da vila ribatejana, que já deveria estar a funcionar desde Outubro passado. Depois das promessas falhadas de que o serviço abriria até final de Julho, a autarquia decidiu "exigir explicações" para este novo atraso e pedir uma reunião urgente à ministra da Saúde.

Dionísio Mendes, o socialista que preside à Câmara de Coruche, diz que tem feito inúmeras diligências para tentar desbloquear o problema, tendo em conta a falta que o Serviço de Urgência Básica faz no concelho e as expectativas criadas à população. O autarca soube, mais recentemente, que decorrem negociações entre a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e a Misericórdia de Coruche para um eventual protocolo que ajude a desbloquear o problema, mas quer saber qual a evolução do processo, qual a data designada para a abertura e se está garantido que a urgência básica funcionará em pleno. "Continuaremos a exigir a abertura do Serviço de Urgência Básica, com os equipamentos e recursos humanos previstos", acrescenta a Câmara de Coruche, salientando que só considerará "satisfatória" uma resposta que indique a data exacta de abertura e a certeza de que a urgência básica servirá em pleno a população do concelho e do Sul do distrito de Santarém.

O gabinete de comunicação da ARS confirmou ao PÚBLICO que a demora na abertura do Serviço de Urgência Básica de Coruche está relacionada "única e exclusivamente com dificuldades de recursos humanos (essencialmente médicos) disponíveis para assegurar o funcionamento deste novo serviço".

Um porta-voz do organismo regional de tutela da saúde também confirmou a realização de reuniões com a Misericórdia de Coruche e "com outras entidades da região", com o objectivo de "se conjugarem esforços e disponibilidades de clínicos para assegurar o funcionamento do Serviço de Urgência Básica".

Não assumindo qualquer prazo para a abertura desta unidade de urgência que vai servir os cerca de 20 mil habitantes do município de Coruche, a ARS acrescenta que é precisamente pelo facto de pretender que a urgência básica abra com todos os serviços "é que não foi ainda possível concretizar o seu arranque", afiançando que a ARS está a desenvolver "todos os esforços" para conseguir médicos em número suficiente e para que o Serviço de Urgência Básica inicie funções com a totalidade dos serviços habituais neste tipo de unidades.

Público

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Gouveia

Mãos criminosas “queimam” a região de Gouveia

As chamas não largam o concelho de Gouveia levando o presidente da câmara e o governador civil a acreditar em fogo posto.

Um fogo que lavrou durante a madrugada e manhã de ontem, no concelho de Gouveia, obrigou à evacuação de 15 campistas do parque de campismo do Curral Negro.

Os 65 idosos do lar da Santa Casa da Misericórdia de Gouveia estiveram também para ser evacuados, mas as autoridades acabaram por não avançar com este cenário, depois de os bombeiros terem dominado as chamas próximo dos edifícios.

O incêndio esteve mesmo às portas da cidade, na encosta norte da Serra da Estrela. Durante a madrugada o vento que soprou com muita intensidade dificultou o trabalho dos bombeiros e, só com a chegada da manhã, e de dois helicópteros, foi possível dominar as labaredas.

O presidente da câmara de Gouveia e o governador civil da Guarda dizem mesmo que estes incêndios são actos “terroristas”.

Em declarações ontem ao DIÁRIO AS BEIRAS, o autarca Álvaro Amaro, mostrava-se indignado com o facto de este ser mais um incêndio que começou durante a madrugada. “Isto é terrorismo puro, temos que elevar os níveis de combate ao terrorismo”, afirma, revoltado.

Também o governador civil do distrito da Guarda, Santinho Pacheco, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que se vive “um clima de terrorismo no nosso mundo rural” e não tem dúvida que “há uma campanha de fogo posto nesta zona do país”.

Apesar de frisar que a GNR e PJ estão no terreno para tentar encontrar os eventuais incendiários, o representante do Governo no distrito deixa um apelo: “todos os cidadãos conscientes devem transformar-se em agentes activos da protecção civil e denunciar os suspeitos de fogo posto às autoridades”. E sublinha que Portugal “não pode continuar a ter quinhentos incêndios por dia, uma vez que os bombeiros estão extenuados e o país está em choque”.

Em declarações à Lusa, Santinho Pacheco disse ter-se apercebido cerca das 22H00 de domingo “que o incêndio se estava a desenvolver junto à estrada que liga Nabais a Folgosinho”. “Às dez da noite um incêndio não começa espontaneamente, tem que haver alguém a deitá-lo”, considerou. E disse ter “a convicção absoluta de que os incêndios têm na sua esmagadora maioria mão humana, às vezes negligente”.

“Verificamos que quando se está no auge do combate a um incêndio ou quando os bombeiros já estão extenuados é que surge normalmente perto um outro”, lamenta. “Temperaturas tão elevadas, muito mato nos terrenos que não são cultivados, a desertificação e a mão criminosa leva a que isto aconteça”, referiu, acrescentando que o que vale é a dedicação dos bombeiros, “porque senão a situação era muito pior”.

Diário das Beiras

Santa Casa da Misericórdia de Penafiel

Eleições para a Santa Casa da Misericórdia de Penafiel
Almiro Mateus, Sousa Pinto e Coelho Ferreira na lista de Júlio Mesquita

Júlio Mesquita anunciou mais dois nomes que integrarão a lista que vai apresentar às eleições da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel. Almiro Mateus, médico e mandatário da coligação PSD/CDS, e António Sousa Pinto, director do Centro de Emprego de Penafiel e candidato do PS à Câmara Municipal penafidelense nas últimas eleições autárquicas, irão acompanhar o actual presidente dos Bombeiros Voluntários de Penafiel no acto eleitoral marcado para Novembro.
Estas duas personalidades juntam-se aos já conhecidos João Barros, cirurgião que será candidato à Mesa da Assembleia-Geral, e Rodrigo Lopes, antigo vereador proposto para presidente do Definitório, o equivalente ao conselho fiscal.

Candidato na lista de Mesquita será, ainda, Coelho Ferreira, historiador que já é colega do candidato a provedor na direcção dos Bombeiros penafidelenses.

"Será uma lista de consenso, abrangente e transversal a toda a sociedade penafidelense com representatividade na Irmandade da Misericórdia e que assentará a sua acção na verdade, seriedade e total transparência no actos e na transmissão aos irmãos", promete Júlio Mesquita.

Esta candidatura já vem sendo preparada há muito tempo, tendo, inclusive, realizado já um jantar durante o qual foi apresentado aos cerca de 30 apoiantes presentes o slogan "Primeiro o Utente".

"Irá ser dada uma atenção especial a todas as valências da infância, à procura de melhor qualidade de vida nos lares e, não menos importante, uma maior atenção ao apoio domiciliário, alargando as suas vertentes, nomeadamente no que diz respeito aos tratamentos paliativos", disse, à data, o candidato.

Será a primeira vez, nos últimos 19 anos, que a Santa Casa da Misericórdia de Penafiel irá promover eleições para os seus corpos sociais. Isto porque, em todo este tempo, assistiu-se sempre à apresentação de uma lista única liderada por Fernando Gonçalves.

No entanto, o ainda provedor já revelou que não pretende continuar à frente dos destinos da mais antiga instituição penafidelense e, como tal, não será candidato nas eleições marcadas para o próximo mês de Novembro.

O Verdadeiro Olhar

domingo, 15 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Viana do Alentejo

Cuidados: Locais que acolhem pessoas debilitadas

Lares atentos a situações de risco
Julho e Agosto têm sido abrasadores em Portugal. Tempo seco, temperaturas quase sempre acima dos 35 e, por vezes, dos 40 graus. Em pleno mês de férias para muitos portugueses, o calor pode tornar-se um perigo para a saúde pública, nomeadamente nos grupos de risco (idosos, crianças e doentes crónicos). Nos lares, a preocupação com os mais velhos torna-se fundamental.

0h30

Exemplo deste alerta é a Santa Casa da Misericórdia de Viana do Alentejo. Salas arejadas e bastante água para os utentes é o que não pode faltar para que não haja surpresas desagradáveis. "Temos sempre que estar de olho neles, principalmente naqueles que apresentam maior debilidade", disse ao CM Eufrásia Marcos, funcionária da instituição, que está também alertada para o facto de as pessoas de maior idade não sentirem sede e raramente pedirem água. No Alentejo, a situação torna-se por vezes ainda mais preocupante, visto ser extremamente quente por estes dias, sobretudo no período compreendido entre as 12h00 e as 19h00, apesar de os naturais desta região sempre terem convivido com o clima de extremos.

Os próximos dias no País prometem continuar quentes, e, consequentemente, altamente preocupantes para as camadas mais débeis da população. Assim, tão depressa não vai ser possível aliviar as medidas excepcionais de prevenção implementadas a fim de evitar casos de desidratação ou abuso de exposição aos raios ultravioleta. Segundo a Direcção-Geral da Saúde, estima-se que desde Maio tenham falecido no País cerca de mil pessoas vítimas de complicações derivadas do calor.

CM

Santa Casa da Misericórdia do Sardoal

2010-08-13 10:21:46

Misericórdia do Sardoal inicia processo de implementação do sistema de gestão da qualidade Partilhar

Está concluída a primeira fase da “caminhada” rumo à certificação da qualidade na Santa Casa da Misericórdia do Sardoal.

Decorreu, nesta instituição, a auditoria de diagnóstico que dita o arranque do projecto da Nersant que permite a implementação do sistema de gestão da qualidade nas entidades da economia social.

“Excelência de serviço, em concordância com a legislação em vigor” é apontada por Anacleto da Silva Batista, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, como a principal vantagem do projecto da Nersant que permite a implementação do sistema de gestão da qualidade nas IPSS’s. “A legislação vai avançar e queremos ser reconhecidos como prestadores de cuidados de qualidade”, afirma Anacleto Batista, advertindo para o facto de que “quem não tiver a certificação da qualidade não poderá prestar determinados serviços”.

Para o provedor, que dirige a Santa Casa da Misericórdia do Sardoal desde 1989, a certificação da qualidade nestas entidades é indispensável. “A qualidade, fundamentalmente nestas instituições, devia ser uma exigência desde a primeira hora e desde o primeiro momento”, refere, pelas variadas respostas sociais que as instituições podem acarretar. O provedor exemplifica com a Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, onde a qualidade vai ser implementada não só no lar de idosos, mas também no centro de dia, serviço de apoio domiciliário e creche. “Ou são as crianças que vão para a creche, que precisam de qualidade de vida para se fazerem gente crescida, ou são as pessoas que estão no fim da vida e precisam de qualidade de vida para terminarem os seus dias com dignidade”, explica Anacleto Batista.

A qualidade é, assim, encarada pelo provedor como um conceito global e integrado, onde se devem ter em conta cuidados com a alimentação, habitação e higiene dos utentes, sujeitos, através do projecto da Nersant, a “procedimentos adequados com as normas comunitárias”.

“Sensibilização na área da qualidade” a todos os colaboradores da instituição, “concepção e implementação do sistema de gestão da qualidade” e ainda “pré-auditoria de preparação à auditoria de concessão da certificação” são as próximas fases do projecto, que tem como objectivo preparar as instituições para a qualificação, de acordo com as normas da Segurança Social, bem como desenhar um sistema de gestão da qualidade potenciador de melhorias organizacionais, de rentabilidade, e de tempos de resposta.

Rádio Cidade de Tomar

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Coimbra

Escrito por Diário de Coimbra
COM HORÁRIO ALARGADO

Creche da Misericórdia aberta
às sextas e sábados até às 00h30

Nova valência presta homenagem a Margarida Brandão, filha do casal que doou a moradia à Santa Casa

A Santa Casa da Misericórdia de Coimbra inicia em Setembro uma nova fase na sua história, ao acrescentar mais uma valência à vasta oferta de apoio social. A pensar nos mais pequeninos e nas suas famílias, a creche Margarida Brandão abre portas no dia 1 na antiga moradia da família do médico Mário Brandão, situada na Rua Brigadeiro Correia Cardoso, doada, em tempos, à Misericórdia.
Com uma lotação de 48 crianças, a creche, que resultou de um investimento a rondar os 220 mil euros - 147,507 deles comparticipados pelo programa Pares -, vai funcionar com um horário alargado, abrindo portas também aos sábados. De acordo com o vice-provedor, José Vieira, esta era uma das «grandes necessidades» que se verificava em Coimbra, porque há muitos pais que trabalham ao fim-de-semana, sublinha. Mas, a Santa Casa da Misericórdia está também a pensar nos pais que não têm a quem deixar os filhos e, de vez em quando, gostavam de ter um programa a dois.
A partir de Setembro, isso não vai ser mais problema, porque às sextas-feiras e sábado, a creche vai funcionar entre as 7h30 e as 00h30, sendo que de segunda a quinta-feira, o horário é das 7h30 às 19h30. O objectivo é criar «um serviço útil para a população», explica José Vieira, garantindo um apoio personalizado e atento a todas as necessidades e hábitos das crianças, sempre que os pais solicitem esse serviço para lá da hora do jantar.
A poucos dias da abertura, a azáfama dos últimos trabalhos toma conta da casa. Nas paredes já se vêem as cores: azul, amarelo ou laranja, consoante o espaço. Faltam os retoques finais, os arranjos no espaço exterior e o equipamento também está quase a chegar para que, no dia 1, esteja tudo a postos para dar as boas-vindas aos novos “donos” desta moradia, que a família Brandão deixou em testamento à Santa Casa da Misericórdia, depois de ver a filha falecer precocemente.
«Era obrigação» da instituição perpetuar a memória de Margarida, explica José Vieira, acrescentando que a direcção da Santa Casa optou então por adaptar a moradia na Rua Brigadeiro Correia Cardoso, nos Olivais, e transformá-la na primeira creche da instituição. «Queremos que esta valência seja autónoma e auto-sustentável», frisa o vice-provedor, dando conta que para o berçário já há lista de espera, as salas de um ano estão cheias, faltando poucas crianças para se chegar ao limite nos dois anos.

Segue-se jardim-de-infância
Com uma mensalidade definida consoante os rendimentos dos pais, a creche vai funcionar sob a direcção técnica de Cristina Palos e terá quatro educadores de infância. Todo o acesso ao edifício proceder-se-á de forma digital, para maior segurança das crianças, estando, igualmente a funcionar duas câmaras de vigilância electrónica.
De acordo com o vice-provedor, em breve, a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra deverá avançar com a criação de um jardim-de-infância, mas antes é necessário encontrar as instalações ideais, se possível também numa moradia doada à instituição. Porque, ao contrário que muitos pensam, a Misericórdia «não é rica».
«A nossa grande riqueza é estar ao serviço das pessoas», frisa, desmistificando a ideia de que os Jogos Santa Casa são suficientes para manter os cofres das instituições cheios. José Vieira garante que não é assim e que a realidade das santas casas do país é bem distinta da de Lisboa, que tem direcções nomeadas pelo governo, enquanto nas outras organizações se trabalha voluntariamente.

Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão

80 anos assinalados em festa, obras e homenagens
Por: Lídia Barata

12 de Agosto de 2010 às 14:56h

Os 80 anos da Santa Casa de Misericórdia de Vila Velha de Ródão foram assinalados sexta-feira, dia 6 de Agosto, em ambiente de festa, com apresentação de novas obras, valências e com um tributo a todos quantos ajudaram a trilhar este caminho, nomeadamente os antigos provedores (Alfredo Lourenço, José Moreira, Vítor Carmona, Luís Costa e José Duarte) e funcionários com mais de 20 anos de casa.

Luís Pereira, provedor da instituição, não esconde a sua satisfação pela comemoração da efeméride, realçando que “80 anos são uma data que enche de orgulho, honra e prestigia a instituição”, deixando todo o seu apreço e reconhecimento pela obra desenvolvida até aqui pelos antigos provedores e irmãos da Misericórdia. “Esta família tem hoje 65 elementos, que todos os dias são colocados à prova, sem se poupar a esforços para tratar bem todos quantos dela dependem”, afirma. Mas a história da instituição, “tem de continuar a ser feita, dia-a-dia, pelo que estes 80 anos se assinalam com a conclusão da ampliação do Lar I e o lançamento da segunda fase de obras”. A Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão apresentou uma candidatura ao Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), relativamente à segunda fase do projecto, ou seja, a da aquisição de equipamento e mobiliário que se pretende mais moderno e dê uma resposta mais efectiva às necessidades dos utentes.

O reforço do serviço prestado aos utentes, “implicou também a contratação de uma enfermeira e de uma animadora sociocultural, para melhorar o acompanhamento dos utentes ao nível dos cuidados de saúde, mas também do reforço das actividades de terapia ocupacional”.

Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão está a promover um investimento de aproximadamente um milhão de euros para a ampliação do seu espaço e melhoramento dos serviços prestados pelos seus lares. O projecto vai criar 14 novos quartos, mas está também a recrutar novos colaboradores para o seu quadro.

As obras em curso visam igualmente uma aposta na gestão racional dos recursos energéticos. As energias renováveis, nomeadamente o solar térmico, vão permitir dotar os edifícios da Santa Casa com um novo sistema para aquecimento de águas e para a climatização dos lares. A instituição está ainda empenhada na criação de um ginásio e sala de reabilitação que possibilite a realização de sessões de fisioterapia, dirigidas aos utentes e à comunidade.

Está igualmente em curso um plano de renovação da frota automóvel, no sentido de reforçar e melhorar o serviço de apoio domiciliário, para o qual, a Santa Casa conta também com o apoio e parceria das juntas de freguesia de Vila Velha de Ródão, Perais e Sarnadas de Ródão. Para os Centros de Dia de Perais, Vila Velha de Ródão e Sarnadas de Ródão, “foram estabelecidos protocolos com as respectivas juntas de freguesia, no sentido de manter aquelas unidades abertas desenvolvendo-se para isso um trabalho de sensibilização junto dos potenciais utentes no intuito de os levar a aderir a este serviço”.

Luís Pereira destaca ainda o apoio da Câmara Municipal e da Segurança Social na actividade da instituição. Um apoio reiterado pela autarca Maria do Carmo Sequeira, que reconhece o trabalho social desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia, destacando o diálogo que tem existido entre estas entidades, mas também com outras Instituições Privadas de Solidariedade Social do concelho, no sentido de, “em conjunto, responder às necessidades sociais, de exclusão e marginalização que possam surgir”.

A governadora civil do distrito de Castelo Branco também esteve presente nesta cerimónia onde lembrou o essencial da história das misericórdias e a sua importância na sociedade. “Até ao 25 de Abril de 1974 as Santas Casas eram a única instituição que se substituía ao Estado no respeitante ao apoio social. Sob as leis da igreja católica, prestava auxílio aos mais desfavorecidos”, lembra Maria Alzira Serrasqueiro, acrescentando que esse “foi um papel que mantiveram, mas trabalhando hoje de mãos dadas com as IPSS, no apoio a dois grupos dos mais vulneráveis, as crianças e os idosos”.

A governadora elogia este trabalho e lembra que Vila Velha de Ródão, que tem agora duas importantes unidades fabris, “tem também hoje condições apetecíveis para fixar gente jovem, com habitação, turismo e instituições como a Santa Casa, que não descuram o trabalho social”.

Reconquista

Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento

Vai inaugurar os Cuidados Continuados, já tem aprovado o projecto para um terceiro lar e prepara ampliação do Hospital
O homem que revolucionou a Misericórdia do Entroncamento chama-se Manuel Fanha Vieira

Manuel Fanha Vieira assumiu o cargo de Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento em 2001. A Instituição vivia há anos uma situação difícil e estava crivada de dívidas. Em conjunto com um grupo de pessoas dinâmicas melhorou o Hospital de S. João Baptista e o Lar de Idosos Fernando Eiró, construiu um novo Lar, uma Unidade de Cuidados Continuados que entra em funcionamento em Setembro e já tem outras realizações preparadas. A ampliação do Serviço de Fisioterapia e a construção de um terceiro lar.

Como chegou a Provedor?

Vim para aqui em 2001. A Instituição vivia uma situação crítica. Estava em risco de fechar. Um grupo de pessoas foi a minha casa e pediu-me, como filho do Entroncamento, para fazer o que pudesse para evitar aquele fim. Eu tinha a minha vida, o meu escritório, o meu emprego. Disseram-me que era duas horas por dia. Nunca foram. oito e dez horas.

O que encontrou?

O maior património da Misericórdia eram dívidas. Não pagava a pessoal nem a fornecedores. Rodeei-me de um grupo de amigos que me ajudou a travar as batalhas necessárias.

As dificuldades já vinham da altura em que o Hospital foi devolvido à Misericórdia em 1987, após ter sido nacionalizado em 1975.

A nacionalização não teve qualquer sentido. O único resultado foi a sua crescente degradação. Quando o Estado o devolveu devia tê-lo entregue em condições de trabalhar. Nacionalizou um Hospital e devolveu um monte de problemas. Funcionários, doentes...o anterior Provedor da Misericórdia, Manuel Rosa Valério (já falecido) andou a entregar a chave do hospital a todos os membros do governo que vinham ao Entroncamento como forma de os alertar para a situação grave que o mesmo vivia. De nada lhe valeu.

Este é o único hospital privado do distrito de Santarém que resta dos que existiam na altura das privatizações. Como resistiu?

Com muito trabalho e sacrifício como é fácil perceber. O hospital precisava de obras. O lar Fernando Eiró também. A Misericórdia do Entroncamento tinha pouco património. Para conseguir crédito ou há capacidade financeira por trás, que dê força aos investimentos, ou a banca tem confiança nas pessoas que estão à frente das instituições. No início eu utilizava a minha assinatura em letras de financiamento. Eu devia ter avisado os meus filhos e nunca o fiz. A partir de certa altura a Caixa Geral de Depósitos começou a acreditar em nós e as coisas tornaram-se mais fáceis. Em 2005 a ampliação já foi feita com um empréstimo do BES, por 15 anos, com juros aceitáveis, que estamos a pagar.

Ampliaram o Hospital, fizeram obras no lar, construiram um novo lar e vão inaugurar uma Unidade de Cuidados Continuados.

Ampliámos o hospital para mais do dobro, criámos mais valências. Metemos mais pessoal e as coisas começaram a andar com outra segurança. Para bem dos doentes. Há uma grande lacuna na saúde apesar de haver três hospitais do Estado aqui nesta sub-região (Torres Novas, Tomar e Abrantes) Nós fazemos bastantes cirurgias. Somos dos hospitais que mais cirurgias faz. Temos a urgência. Consultas de especialidades, fisioterapia. Fazemos radiografias e outros exames. Mas ainda nos falta muita coisa. Em fisioterapia temos uma lista de espera enorme. Já ampliámos o horário mas não é suficiente.

Pelo que percebo não vai ficar por aqui.

Estes terrenos que estão aqui ao lado são baldios. Não se pode construir aqui porque estão praticamente pegados ao hospital. Tenho falado com o senhor presidente da Câmara para ver se conseguimos crescer para ali. Para aumentar o serviço de fisioterapia. Vamos ver se na revisão do PDM se a câmara nos ouve. Se aqueles terrenos vierem a ser considerados de utilidade pública nós não paramos. E já tenho um projecto para um novo lar aprovado pela Segurança Social e pela câmara. Basta o Estado dar uma ajuda e ele é construído. Temos uma lista de espera muito grande e custa-me ver as pessoas em sofrimento.

Quantas pessoas estão nos vossos dois lares?

São 54 no Lar Fernando Eiró Gomes e 60 no lar novo que tem o nome Lar da Misericórdia porque não tínhamos nenhuma valência com a designação Misericórdia. Em Centro de Dia temos 35 e prestamos apoio domiciliário a 55 pessoas.

O que o move?

Eu não tenho reforma. A minha reforma é o trabalho. Todos os dias me pedem coisas. Parece que fizemos muito mas o que fizemos não é suficiente. Há muita gente a sofrer que eu gostava de não ver sofrer. Todos devíamos ter direito à saúde. O Serviço Nacional de Saúde não é igual para todos. Pode ser alargado. As Misericórdias são parceiras favoritas do SNS. Devia haver mais acordos. Quero ajudar as pessoas com dignidade.

Ainda há quem desconfie dos serviços prestados pelo Hospital de S. João Baptista.

Não há razão para isso. Só por má fé. Após a remodelação de 2005 os nossos serviços melhoraram substancialmente. O nosso bloco operatório e o nosso serviço de esterilização foram remodelados e equipados com a mais recente tecnologia. Temos condições que são elogiadas por muitos cirurgiões que aqui operam. No âmbito dos acordos que temos com o Estado somos fiscalizados regularmente. Estamos a certificar serviços tanto a nível do hospital como ao nível do novo Lar de Idosos.

Uma Misericórdia tem uma gestão profissional?

Estou a tempo inteiro desde 2001. Tive que vender a minha quota na empresa porque os meus sócios, com razão, diziam que não estava lá e fazia falta. Uma das primeiras medidas foi organizar os serviços. Partilhar responsabilidades. Criar chefias. Havia aqui pessoas capazes e recorremos a elas. Temos a drª Vera que é coordenadora dos Serviços Continuados. Temos o Dr. Delgado que é Director Hospitalar. O Enfermeiro Franquelim é o enfermeiro chefe. Temos uma série de enfermeiras que são chefes de sectores. Os lares têm directoras.

Quantas pessoas trabalham para a Misericórdia?

Duzentas e tal pessoas. Trezentas e trinta se contarmos com os médicos que vêm de fora e outro pessoal que não faz parte dos quadros. Quem aqui trabalha sabe que o nosso trabalho é lidar com pessoas. Não é fazer sapatos.

Uma das queixas crónicas das Misericórdias diz respeito às tabelas de prestação de serviço.

Por cada consulta na urgência recebemos do Estado 3 euros. Fomos obrigados a pedir aos doentes um pagamento suplementar. Pagam 8 euros. O Estado não queria permitir isso mas foi obrigado. Foi o meu filho José Eduardo que levou isso por diante e ganhámos. Fez jurisprudência. A situação não é justa para os doentes mas a culpa é do Estado. Para nós dá 3 euros. Aos seus serviços, pela mesma coisa paga 18 euros. E é assim em todos os outros serviços protocolados. As tabelas são de 1997 e nunca foram revistas. Recebemos, em média, um quinto daquilo que o Estado paga aos seus serviços. O Estado não nos paga o que deve pagar.

Essa taxa suplementar é aplicada a outros serviços?

Não. Só às urgências. Cirurgias e Fisioterapia é igual aqui ou no Público. Os doentes que vêm enviados pelo Estado não pagam nada. As consultas de especialidade é que são pagas por inteiro porque não existe qualquer protocolo com o Estado.

Qual é a actual relação da Misericórdia do Entroncamento com a Igreja Católica?

Somos independentes. Não temos qualquer relação formal. Mantemos apenas um compromisso informal que implica que as pessoas que pertencem à Mesa sejam pessoas de bem e, de preferência católicas. Mas temos total autonomia. Em alturas solenes convidamos o senhor Bispo e há celebração de missas nos lares, por solicitação da maioria dos utentes mas não há qualquer participação directa da igreja católica na gestão.



“Sou filho do Entroncamento”

Manuel Fanha Vieira nasceu no Entroncamento a 20 de Junho de 1934. Os pais eram da Meia-Via mas residiam no Entroncamento. Na rua Elias Garcia. O Provedor da Misericórdia dá muita importância à data de nascimento. “A inauguração da ampliação do hospital de S. João Baptista foi feita no dia dos meus anos, em 2005. O Entroncamento foi elevado a cidade a 20 de Junho de 1991. Eu até pedi ao José Niza (deputado do PS eleito pelo círculo de Santarém) para ver se a votação calhava no meu aniversário porque eu tinha, enquanto presidente da câmara, lutado por isso”, diz com orgulho.

Era o mais novo de 5 irmãos todos entretanto falecidos. Durante alguns períodos de tempo viveu fora do Entroncamento por causa do trabalho do pai. “Cheguei a morar algum tempo em Aveiro. Iniciei lá a 1ª classe. Depois fui sujeito a uma cirurgia no hospital de Coimbra e atrasei-me um pouco nos estudos. Quando vim outra vez para o Entroncamento fui para a Escola do Bairro Camões - uma escola que tinha sido feita pela CP para os filhos dos seus trabalhadores.”

Profissionalmente trabalhou em contabilidade. Chegou a ter um gabinete com outros associados a quem vendeu a sua parte quando, em 2001 foi gerir a Misericórdia do Entroncamento a tempo inteiro. Na altura em que trabalhou em contabilidade também era agente de seguros. Foi presidente da câmara do Entroncamento entre 1982 e 1985 e vereador a tempo inteiro no mandato anterior, entre 1979 e 1982.

Em 1955 ensaiou um grupo de crianças que cantou na inauguração do Hospital da Misericórdia. Na altura não sonhava que iria ser Provedor da Instituição, 45 anos depois.


Unidade de Cuidados Continuados baptizada com o nome do Provedor

A Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia do Entroncamento está concluída e deverá começar a receber doentes no início de Setembro. A inauguração ainda não tem data marcada.

O serviço terá 20 camas de convalescença no 1.º piso, 20 camas para média duração no 2.º piso e 30 camas para longa duração no 3.º piso. Por deliberação da Mesa da Misericórdia, ratificada pela Assembleia-Geral, será baptizada com o nome do actual Provedor, Manuel Fanha Vieira que encara a situação com algum humor. “Apanharam-me no hospital a fazer um cateterismo e decidiram. Se entendem que eu mereço não sou eu que irei recusar. Só tenho que me sentir honrado”.

A drª Vera Lúcia Araújo é a médica responsável pela Unidade de Cuidados Continuados que fica entre a Rua Amália Rodrigues e Rua José Régio, perto da estrada da Barroca, na freguesia N.ª S.ª de Fátima. O investimento total é de 4,3 milhões de euros, com o apoio financeiro de 750 mil euros da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Os restantes 3,5 milhões de euros provêem de um empréstimo bancário que será pago em 15 anos.



“Política nunca mais”

Foi presidente da câmara do Entroncamento entre 1982 e 1985. No mandato anterior tinha sido vereador a tempo inteiro. Eram outros tempos e viviam-se outras prioridades. Como foi essa experiência?

Quando fui eleito os únicos terrenos que a câmara tinha eram os do cemitério. Comecei por aí. Pela compra de terrenos. Essa foi a minha primeira preocupação. O Entroncamento não podia crescer sem terrenos para equipamentos. Era uma forma de assegurar o futuro.

O rei D. João II quando chegou ao poder também disse que apenas era rei das estradas porque a coroa não tinha nada. Podemos dizer que foi o presidente dos terrenos?

Não me assenta mal o título, mas também estive ligado a outras coisas, felizmente. A remodelação das redes de águas e esgotos foram feitas no meu tempo. Lutei e consegui uma conservatória e um tribunal. A zona industrial foi inaugurada no meu tempo. O mercado foi comigo, assim como a piscina, embora não a tenha inaugurado. Na altura fui buscar 430 mil contos de fundos comunitários porque tinha muitos projectos. E não fiz mais porque não me deixaram. Por detrás da hidroeléctrica estava um terreno aprovado superiormente para uma faculdade….mas olhe que eu na câmara até orçamentos cheguei a fazer quando era vereador a tempo inteiro. Na altura não tínhamos chefe de secretaria.

Só fez um mandato como presidente, o que não é normal.

Havia uma polémica que punha o meu nome em causa. Não quero falar disso. Não suporto golpes baixos para afastar pessoas e na política há muito disso. O Jorge Lacão e o Mário Soares insistiram comigo. Disseram que eu é que era o candidato mas eu recusei. Foi para sempre. Nunca mais me interessei por política activa. Não me falem de política!

Mas tem um filho, o João Fanha Vieira, que é vice-presidente da câmara do Entroncamento, eleito pelo PSD e o outro, o José Eduardo Fanha Vieira, também foi vereador, pelo PS e que agora está na assessoria do Conselho de Ministros. E se calhar foram os dois para a política por sua influência.

É provável que possam ter sido influenciados por mim. Não sei. Eu estou vacinado mas considero que a política é uma actividade nobre quando exercida com elevação. Infelizmente não foi isso que eu vivi naquela altura e daí a minha opção.

Não fala de política com os fi-lhos?

Pode não acreditar mas se almoçamos em família não falamos de política. É mais fácil falarmos de futebol porque somos todos do Benfica.

Não gosta de os ver na política?

Nada disso. Acho que enquanto estiverem na política vão fazer um bom trabalho e isso é importante em termos cívicos. A sociedade necessita do contributo de pessoas como eles mas eu preferia que estivessem a exercer as suas profissões. O João é um excelente professor. Nasceu para ser professor. Sou frequentemente abordado por antigos alunos dele que fazem questão de me dizer isso. O José Eduardo é um excelente advogado. Especializou-se em questões desportivas. Muitos jogadores famosos eram seus clientes. Era sócio do escritório do antigo ministro do Trabalho Maldonado Gonelha. Eu cheguei a ir, de propósito, assistir às alegações finais de alguns dos seus casos.

O senhor foi eleito pelo PS, o seu filho João é do PSD…

Eu cheguei a propor ao partido ter um vereador a tempo inteiro do PSD, o senhor Porfírio Rodrigues. A primeira Feira do Livro do Entroncamento partiu da iniciativa do Engº Mário Eugénio que era vereador da CDU. Foi um grande acontecimento, nunca mais se fez uma assim. Sempre considerei que interessam mais as pessoas e as suas ideias que os partidos a que pertencem.

O actual executivo tem uma maioria PSD.

Dou-me belissimamente bem com o actual presidente Jaime Ramos. E com todo o executivo. E não é por o meu filho João ser vice-presidente. A câmara municipal tem apoiado em bloco a Misericórdia do Entroncamento. Só se não puderem é que não apoiam. Têm sido inexcedíveis. Eles entendem que esta organização e o seu trabalho é um bem para a cidade. A Misericórdia tem que lhes estar grata por isso.

O Mirante

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão

VILA VELHA DE RÓDÃO
Dificuldades financeiras obrigam famílias a protelar entrada de idosos em lar
Cada vez mais famílias estão a protelar a entrada de idosos no lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão, revela o provedor da instituição

A crise é visível, especialmente para quem dirige instituições de solidariedade. "Temos notado mais diculdades por parte das familias", refere o provedor da Misericórdia de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira. "As pessoas atrasam a entrada em lar até à última e optam por usar os serviços do centro de dia durante mais tempo", sublinhou à Gazeta do Interior, na sexta-feira, dia em que a instituição assinalou 80 anos de existência

Luís Fonseca

Gazeta do Interior

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Cavaleiros (Bragança)

Misericórdia de Cavaleiros oferece música e histórias com os mais velhos

A Santa Casa da Misericórdia de Cavaleiros (Bragança) está a organizar a segunda edição “Noites no Prado”, para promover o valor da pessoa idosa e a solidariedade inter-geracional.

A iniciativa cultural conta com o apoio da Câmara Municipal.

Nas quartas-feiras deste mês de Agosto, no anfiteatro Prado de Cavaleiros, há música tradicional, fados, histórias e teatro.

Agência Ecclesia

Santa Casa de Miranda do Corvo e Santa Casa da Misericórdia de Semide

Escrito por Susana Ramos
Disputa do imóvel na Costa da Caparica

Misericórdia de Miranda
pondera providência
cautelar contra Semide

«Vamos avançar com uma providência cautelar», anunciou o presidente da Comissão Administrativa da Santa Casa de Miranda do Corvo, Armando Duarte. A avançar com aquele mecanismo legal, a Santa Casa da Misericórdia de Miranda tentará evitar a venda de um imóvel na Costa da Caparica pela Santa Casa da Misericórdia de Semide. Em causa, está um rés-do-chão, naquela freguesia de Almada, doado na década de 70 à Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Corvo por Manuel Lourenço, natural de Barbéns e falecido em S. Paulo, Brasil.
Tudo seria normal, não fosse o facto de o imóvel doado à Misericórdia de Miranda do Corvo estar registado em nome da sua congénere de Semide, que em 2006 legalizou o registo através de uma escritura de usucapião, com base num documento emitido pelas Finanças.
Conforme noticiámos no mês passado, na última assembleia-
-geral da Santa Casa de Misericórdia de Semide, foi aprovada por unanimidade a venda daquele imóvel, decisão que foi recebida com desagrado por parte da Misericórdia de Miranda do Corvo.
«Houve nova tentativa de reunião, desta vez por parte do vigário-geral», avançou Armando Duarte, esclarecendo contudo que a reunião não chegou a acontecer. Como tal, o padre explica que não havendo novidades, até porque sendo Agosto, período de férias, torna-se complicado tomar qualquer resolução, a Misericórdia de Miranda do Corvo pensa avançar com uma providência cautelar, de forma a evitar a venda do imóvel.

“Miranda nem sequer tinha número de contribuinte”
No que respeita à posição assumida pela Misericórdia de Semide, nada mudou desde a assembleia-geral que “decretou” a venda da casa. O provedor, João Carvalho, esclarece, contudo, o porquê da falta de comparência na reunião agendada para o final de Julho. «Na altura em que me escreveram estive doente, internado nos HUC. Depois o vigário marcou reu-
nião para uma quinta-feira em que eu estava de férias», explicou, contando que por se encontrar fora de Miranda lhe foi impossível estar presente.
Quanto à solução para o problema, João Carvalho mantém-se firme e reitera, mais uma vez, que a situação só pode ser resolvida pela via judicial. «Quando entrei como provedor a casa já estava registada, de maneira que não posso dar uma coisa que não é minha», defende, contando que na altura o argumento que lhe apresentaram foi que as Finanças informaram Semide sobre o pagamento da contribuição do imóvel, na medida em que a Misericórdia de Miranda do Corvo, não tinha, na data, número de contribuinte. «Se a Misericórdia de Semide não legalizasse a casa, aquilo já não era nem de Semide nem de Miranda, porque ninguém pagava a contribuição», adianta, contando que já falou «com um advogado que também disse que só por via judicial se pode resolver isto». Sublinhando que «se realmente houve algum crime», aquando da escritura, só a via legal permitirá deslindar a situação, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Semide lembrou que foram «os irmãos» que aprovaram, por unanimidade, a venda da casa, pelo que não é uma «situação fácil». «Miranda do Corvo nem sequer tinha número de contribuinte para pagar os impostos», prossegue. Sem nenhuma solução à vista, pelo menos por enquanto, João Carvalho avança, contudo, que a Misericórdia de Semide vai convocar uma conferência de imprensa para breve (talvez já na próxima semana), de forma a esclarecer este assunto.
O nosso jornal ainda tentou contactar o vigário-geral da diocese de Coimbra, para perceber se será marcada nova reunião, contudo tal foi impossível uma vez que monsenhor Leal Pedrosa se encontra de férias até ao fim do mês.

Instituição prepara-se
para ganhar nova vida
Depois de décadas inactiva, a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Corvo encontra-se a dar os primeiros passos para a sua reactivação.
«A Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Corvo tem estado inactiva, mas existe legalmente», avançou Armando Duarte, presidente da Comissão Administrativa, explicando que a instituição «não tinha sequer número de contribuinte» e que agora já tem, tendo também uma «comissão homologada pela diocese de Coimbra». O padre contou, ainda, ao nosso jornal, que a instituição já está a «fazer uma revisão dos estatutos», bem como a definir objectivos, que, de acordo com o presidente da Comissão Administrativa da Misericórdia de Miranda, ajudarão a encontrar «algumas formas de actuação».
«Há muitas coisas que podemos fazer e que não vão colidir com o que já existe, e bem, aqui em Miranda do Corvo», explicou Armando Duarte, anunciando que, futuramente, o próximo passo será «convocar uma Assembleia Geral que possa eleger os corpos sociais definitivos».

Diário de Coimbra

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia da Maia

Desfile de roupa reciclada na Maia
O evento realizou-se na sexta-feira passada e visou promover uma melhor educação ambiental e sensibilizar para o reaproveitamento dos materiais.
OCentro MultiActividades da Santa Casa da Misericórdia da Maia (CATL) realizou na sexta-feira passada na sua sede o desfile de Moda Verão 2010, com a pelicularidade de toda a roupa ser reciclada e destinada ao reaproveitamento do vestuario.
As roupas em exibição pertenciam aos familiares das crianças participantes sendo que os tecidos foram alterados, para criar uma moda jovem e agradável, para os cerca de 40 manequins com idades entre os cinco e os 12 anos.
A iniciativa visou sensibilizar para a importância do reaproveitamento de acessorios e vestuários ja usados no sentido de haver uma melhor educação ambiental.

sábado, 7 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia da Povoação

Povoação assinalou o Dia dos Avós
Publicado: 2010-08-06 17:26:35 Actualizado: 2010-08-06 17:28:50
Por: António Gil

Fotos: Edite Miguel

Povoação assinalou o Dia dos Avós

Esta actividade tem vindo a ser realizada há já alguns anos e tem como objectivos principais realçar a importância dos avós na vida das crianças e proporcionar o convívio entre ambos.

Na passada Terça-feira, 27 de Julho, o Atelier de Tempos Livres da Santa Casa da Misericórdia da Povoação comemorou o Dia dos Avós, retomando uma tradição daquele concelho, já com alguns anos.

Estiveram presentes nesta actividade cerca de oitenta pessoas, entre idosos e crianças.

Como é habitual, houve missa na Igreja matriz da Vila da Povoação celebrada pelo Padre Octávio de Medeiros.

Seguiu-se, no jardim da Santa Casa da Misericórdia da Povoação, um lanche/convívio animado pelas crianças do Atelier de Tempos Livres.

António Gil com Gabinete de Imprensa da Câmara da Povoação

RTP/Açores

Santa Casa da Misericórdia de Óbidos

Misericórdia de Óbidos abre creche em Setembro
Publicado a 6 de Agosto de 2010

Com as obras praticamente finalizadas, a creche da Santa Casa da Misericórdia de Óbidos prepara-se para abrir as portas em início de Setembro.
Este novo equipamento terá capacidade para 33 crianças, dividida pelas valências de berçário (com capacidade para oito bebés), uma sala para crianças de um e dois anos (com capacidade para12 meninos) e uma outra para crianças até três anos (com 13 vagas).
Até à data tem sido a valência de berçário a que tido mais procura, mantendo-se as inscrições abertas para as outras duas salas.
A obra começou em Junho do ano passado e possui a particularidade de ter paredes de trombe, que têm a capacidade de acumular o calor e transmiti-lo para o interior dos espaços. “É uma experiência que nos vai permitir poupar energia no aquecimento, uma vez que faz efeito estufa, aquecendo o ar que vai circular por dentro das salas”, explicou o arquitecto e membro da mesa administrativa da Misericórdia, José Duarte. Já existem experiências deste tipo em edifícios de habitação e alguns equipamentos públicos no Ribatejo, “mas não há muitos dados monitorizados”, acrescentou.
O edifício está concluído, faltando apenas os arranjos exteriores, cuja intervenção deverá começar esta semana. É um investimento próximo dos 500 mil euros, co-financiado pelo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) 2 e com o apoio da Câmara de Óbidos.
“Esta creche é feita junto do próprio lar residencial porque pretendemos ter, no âmbito do projecto intergeracional, duas respostas simultâneas para satisfazer a nossa comunidade”, explicou o provedor da Santa Casa da Misericórdia, Carlos Orlando. Este responsável está convencido que grande parte das crianças a utilizar a creche será das Caldas, dada a proximidade entre o Bairro da Senhora da Luz (pertencente ao concelho de Óbidos, mas que está nos arredores das Caldas).
“Gostávamos muito que a nossa creche fosse um equipamento de educação de referência na região e estamos a esforçar-nos por isso”, referiu Carlos Orlando, acrescentando que terão duas educadoras de infância e quatro auxiliares educativas.
Os interessados em inscrever as crianças na creche poderão fazê-lo através da internet ou dirigir-se à Santa Casa da Misericórdia, onde terão que apresentar a documentação dos rendimentos que serve de base à definição da mensalidade a pagar.
A Santa Casa da Misericórdia de Óbidos já possui um lar residencial com 52 pessoas, um Clube Sénior e presta serviço de apoio ao domicílio a 40 utentes.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetacaldas.com
Gazeta das Caldas

Santa Casa da Misericórdia do Sardoal e Santa Casa da Misericórdia de Mação

IPSS’s a caminho da certificação
Autor Vania Clemente Economia Ago 6, 2010

A Nersant está a desenvolver um projecto para a implementação do sistema de gestão da qualidade nas instituições particulares de solidariedade social (IPSS’s) do distrito, que arrancou no final de Julho, com a realização de reuniões preparatórias que serviram para apresentar a ideia e a equipa coordenadora às instituições aderentes.

A Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, o Centro de Recuperação e Integração de Benavente (CRIB), a Fundação José Relvas, em Alpiarça, e a Santa Casa da Misericórdia de Mação são as quatro primeiras IPSS’s que já iniciaram o processo.

“O projecto Nersant para preparação e implementação do sistema de gestão da qualidade tem como objectivo preparar as instituições para a qualificação de acordo com as normas da Segurança Social”, explica uma nota de imprensa da associação empresarial, assim “como desenhar um sistema de gestão da qualidade potenciador de melhorias organizacionais, de rentabilidade, e de tempos de resposta”. A primeira etapa já foi concluída em todas as instituições aderentes, tendo a Fundação José Relvas sido a pioneira, a 29 de Julho.

“Entre 1995 e 1997, esta casa sofreu uma remodelação nas suas instalações, o que proporcionou uma melhoria na prestação de serviços aos utentes e o crescimento de novas respostas sociais”, explicou Maria Fernanda, directora da instituição, acrescentando que dadas as crescentes exigências, “a fundação sentiu necessidade de solicitar a colaboração da Nersant” ao nível da consultadoria para implementação do sistema da qualidade.

A responsável referiu ainda que este projecto permite seguir as “orientações da Segurança Social” e assegurar uma “melhoria da prestação de serviços em cada uma das respostas sociais” que vão ser certificadas, e que são a Estrutura Residencial para Idosos (Lar de Idosos), Centro de Dia, Creche, serviço de Apoio Domiciliário, e Centro de Acolhimento Temporário (CAT).

Depois da Fundação José Relvas, já se realizaram as primeiras reuniões de auditoria de diagnóstico na Misericórdia do Sardoal, a 30 de Julho, da Misericórdia de Mação, no dia 3 de Agosto, e o CRIB de Benavente, na quinta-feira, 5 de Agosto.

O Ribatejo

Santa Casa da Misericórdia da Chamusca

Cavaleiro Andante

Avante Jesus Cristo Avante

A seguir ao 25 de Abril a Misericórdia da Chamusca foi ocupada mas os revolucionários não queriam que se repetisse o episódio da proibição da procissão dos fogaréus, na Sexta-feira Santa, aquando da implantação da República, que deu origem a confrontos em que morreu um popular. Como os elementos da Mesa da Misericórdia que habitualmente transportam os símbolos religiosos estavam afastados, tiveram que ser elementos de partidos de esquerda a alinhar e a vestir as opas negras. A fotografia está na exposição do centenário da República mas como não tem som ficam dúvidas sobre se os mesmos rezaram durante o percurso, ou se cantaram o Avante.

O Mirante

Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros

Macedo de Cavaleiros

Após cerca de dois anos em obra

Lar de Idosos está prestes a abrir
O Lar de Idosos do Lombo, pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, vai entrar em funcionamento brevemente. Este novo equipamento, financiado pela fundação luxemburguesa Félix Chomé, vai acolher 95 pessoas nas valências de lar e de serviço de apoio domiciliário. Para garantir as necessárias condições de acolhimento e conforto, o lar dispõe de 31 quartos, 23 dos quais são duplos, sete individuais e um para casal. A estrutura está ainda apetrechada com uma sala de ocupação destinada a actividades lúdicas e recreativas, consultório médico, barbearia e salão de cabeleireiro, para além de duas unidades de banho acompanhado.

Dado tratar-se de uma instituição sem fins lucrativos, a entrada em funcionamento do aludido equipamento constitui mais resposta social de apoio à terceira idade, num concelho em que o número de idosos sem retaguarda familiar é cada vez mais expressivo. A obra, que custou cerca de dois milhões e 250 mil euros, foi financiada em perto de 90 por cento pela já referida fundação luxemburguesa. A única contrapartida a este donativo, apresentada por esta instituição de solidariedade social é a de que o lar do Lombo deverá dar prioridade à admissão de emigrantes portugueses no Luxemburgo.

Por: João Branco

Semanário Transmontano

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Santa Casa da Misericórdia do Fundão

PJ propõe acusação a antigo provedor da Misericórdia do Fundão
Por: Agência Lusa

3 de Agosto de 2010 às 18:28h
A Polícia Judiciária propôs ao Ministério Público a acusação do ex-provedor da Misericórdia do Fundão, Manuel Correia, e familiares por apropriação de “milhares de euros da instituição”, adiantou hoje à Agência Lusa fonte daquela polícia.

O atual provedor, Jorge Gaspar, já disse à Lusa que a instituição acompanhará uma eventual acusação e pedirá uma indeminzação por ter pedido, pelo menos, 500 mil euros, enquanto o ex-provedor visado diz que as conclusões da PJ são “uma mentira”.

Segundo fonte da PJ, a investigação à Santa Casa da Misericórdia do Fundão recolheu “elementos indiciadores de apropriação ilegítima de avultadas quantias monetárias”, não especificadas, “ao longo de vários anos e foram constituídos seis arguidos, o ex-provedor e familiares”.

O desvio de verbas era feito através de transferências “feitas com regularidade para familiares, quase a título de ordenados, sem que essas pessoas desempenhassem qualquer tarefa na Santa Casa da Misericórdia do Fundão”.

“O inquérito foi remetido ao Ministério Público com proposta de dedução de acusação”, acrescentou.

As investigações foram desencadeadas por uma denúncia feita pela comissão administrativa que em 2008 passou a dirigir a instituição.

Entre as alegadas irregularidades detetadas estavam uma conta bancária à margem da contabilidade, por onde terão passado, entre 1993 e 2005, mais de 500 mil euros, beneficiando pessoas sem vínculo à instituição e que não lhe prestaram serviços.

Falta de informação sobre donativos desde a década de 70 e inúmeros imóveis que não foram registados a favor da instituição, foram outras das situações sob investigação, denunciadas pela comissão.

“Se o processo levar a uma acusação do Ministério Público, a Misericórdia irá pedir uma indemnização a todos os que de forma injustificada beneficiaram de dinheiros ou outras vantagens”, garantiu à Agência Lusa o provedor Jorge Gaspar.

Sem precisar os valores em causa, Jorge Gaspar coloca-os sempre acima dos 500 mil euros.

“Os factos vão da década de 90 até 2002 ou 2003. É natural que alguns valores não tenham sido apurados e porventura até haja a prescrição de outros. Mas havia vários elementos, como microfilmagens de extratos bancários e cheques relativos a pagamentos indevidos”, explicou à Agência Lusa.

O ex-provedor Manuel Correia disse à Agência Lusa que “é tudo uma mentira, e estou completamente à vontade”.

“Eu prestei declarações e agora vou esperar para saber aquilo de que me acusam, pois, em termos de consciência, penso que não há absolutamente nada”, concluiu.

Reconquista

Santa Casa da Misericórdia de Amarante

Álvaro Moura tinha desaparecido há duas semanas durante um passeio ao Sameiro

GNR encontra cadáver de idoso
A GNR do Sameiro encontrou ontem à tarde o corpo de Álvaro Moura, o idoso de 77 anos que há duas semanas desapareceu durante um passeio da .

Por:A.I.F./F.V.

O corpo do homem, que terá morrido ao sofrer uma queda acidental, encontrava-se perto do santuário do Sameiro, em Braga, próximo do sítio onde tinha desaparecido. O cadáver estava já em avançado estado de decomposição.

Recorde-se que Álvaro, que estava há quatro anos na instituição, desapareceu durante um passeio dos utentes do lar. Os idosos pararam junto ao santuário para irem à casa de banho, mas o septuagenário nunca mais voltou. Os funcionários da Santa Casa da Misericórdia procuraram de imediato o idoso pelas imediações, mas nunca o encontraram. A PJ de Braga esteve ontem no local.

CM

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima

Misericórdia de Ponte de Lima vai construir centro comunitário
A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima vai avançar com a construção de um centro comunitário em Arcozelo, um investimento cuja estimativa inicial ascende aos cinco milhões de euros.
O novo equipamento foi pensado para ter lar de idosos, centro de dia, apoio domiciliário, cuidados continuados integrados e creche.
O provedor gostaria de ver a obra no terreno a partir de Outubro, mas o atraso no concurso poderá adiar o início dos trabalhos, que terá de acontecer ainda este ano.
O anúncio foi feito esta Segunda-feira, no âmbito das comemorações dos 480 anos da instituição, que ficaram marcadas pela bênção de duas viaturas.

Agência Ecclesia

Santa Casa da Misericórdia de Messejana

João Ramos: Visitou duas instituições sociais do distrito de Beja...
O deputado do Partido Comunista Português (PCP) João Ramos visitou a Misericórdia de Messejana e a creche da Casa do Povo de Penedo Gordo. Esta foi também a sua primeira acção, desde que iniciou as suas novas funções, no passado dia 1.

João Ramos efectuou a sua primeira visita, na qualidade de deputado do Partido Comunista Português, eleito pelo circulo de Beja, depois de ter entrado em funções, no passado dia 1, substituindo José Soeiro.

Na sua primeira demanda reuniu com o Provedor da Misericórdia de Nossa Senhora da Assunção de Messejana, no concelho de Aljustrel, e com a Direcção da creche da Casa do Povo de Penedo Gordo, na freguesia de Santiago Maior de Beja, com o objectivo de conhecer a realidade destas duas instituições, depois de introduzidas as novas medidas propostas pelo Governo, no âmbito do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), no que diz respeito às prestações sociais.

No terreno, o deputado comunista verificou que “as instituições” que visitou “lidam com imensas dificuldades e a incapacidade de verem concretizados projectos fundamentais para os seus utentes”.

João Ramos adiantou ainda que pretende “continuar a estabelecer contactos com as populações dos concelhos do distrito que o elegeu, à segunda-feira”, tal como o seu antecessor fazia.

Disse, igualmente, que pretende “dar visibilidade, local e institucional, às propostas do PCP, assim como, ajudar as populações do distrito a resolver as suas necessidades mais prementes”, neste seu mandato.


Ana Elias de Freitas

Rádio Voz da Planície

Santa Casa da Misericórdia de Faro

ENSAIO SOBRE TOPONÍMIA FARENSE (2)

Se em tempos antigos estivéssemos na rua da Alameda, em Faro, estávamos mesmo em frente do portão principal do jardim, antes Passeio Vasco da Gama. A actual designação – Alameda João de Deus – foi atribuída em 1890 e o portão passou daquele lugar, na rua Manuel de Arriaga, para a rua da PSP (antes rua do Ferregial) muito tempo depois.

Diremos que foi depois do Liceu João de Deus, que ali funcionou de 1908 a 1948, ter saído para dar lugar à Escola Técnica Elementar Serpa Pinto e depois à Escola Industrial e Comercial Tomás Cabreira.

Alandra – Alandra e D. João Peres de Aboim, mordomo-mor de D. Afonso III, fizeram um acordo de paz e amor e, com saudade, despediram-se para sempre.

Ela ofereceu-lhe flores a que ele, em homenagem à Princesa Moura, chamou aloendros e levou-os para a sua herdade que teve limites fixados em 2 de Maio de 1267.

Albergue – Antes a rua era uma vala que se juntava a um braço de mar que vinha do largo de S. Francisco e seguia para o largo da Alagoa (praça Alexandre Herculano). Depois foi dos Muros do Cemitério da Misericórdia e do Cemitério da Misericórdia, designações que datam no máximo do Séc. XVI, época da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Faro.

No gaveto desta rua com a da Misericórdia situa-se o Armazém da Patriarcal, construído em 1742 para arrecadar a terça parte dos frutos que o Cardeal Patriarca recebia da diocese algarvia.

Posteriormente no imóvel funcionou uma vidreira.

Alberto Marques da Silva (1898/1977) – Militar e poeta, natural de Chaves, que desde criança viveu em Faro, onde durante largos anos foi director do cinema de Santo António.

Poeta muito premiado em Jogos Florais, com assídua colaboração na imprensa local e várias obras publicadas entre 1937 (Flores sem Aroma) e 1970 (Versos de Amor e Saudade), o “Sr. Marmelada” tem o seu nome ligado não só a esta rua, que se situa no Montenegro, mas também a uma travessa na baixa da cidade, entre as ruas Rebelo da Silva e Castilho.

Alcaçarias – A rua e a travessa das Alcaçarias eram anteriormente travessa Grande das Alcaçarias e travessa Pequena das Alcaçarias e estendiam-se por um vasto espaço que incluía a actual praça Nova e a parte baixa da avenida Cinco de Outubro, onde se vendiam verduras e os Judeus faziam activo comércio. Aquele mercado funcionou depois na praça Nova até que foi transferido para a chamada “Praça da Verdura”, no local onde se situa o Banco de Portugal.

Alexandre Herculano (Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, 1810-1877) Escritor romântico e um dos mais notáveis historiadores portugueses, tem o seu nome na toponímia de muitas cidades e vilas algarvias (Albufeira, Lagoa, Faro, Loulé, Monchique…).

Liberal convicto, esteve exilado em Inglaterra e em França, regressando com as tropas que desembarcaram no Mindelo. Depois do cerco do Porto, organizou da biblioteca pública da cidade.

Em Lisboa, a partir 1836, dirigiu “O Panorama” e a Real Biblioteca da Ajuda, foi Deputado, escreveu a parte fundamental da sua obra e fundou o Partido Progressista Histórico e os jornais “O País” e “O Português”.

Parte fundamental da obra literária de Herculano:- História de Portugal, História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal, Portugaliae Monumenta Histórica (iniciador), Eurico-O Presbítero, O Monge de Cister, Lendas e Narrativas, A Voz do Profeta , A Harpa do Crente...

Em Faro existem três artérias dedicadas ao escritor – a praça, antes largo da Alagoa, uma travessa e uma rua de que parte foi designada rua da Atafona.

No jardim situado na praça está implantado um busto do Dr. Amadeu Ferreira de Almeida (1876/1966), diplomata e escritor farense que doou à sua cidade uma notável colecção de arte, instalada em sala própria no Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique.

Alfândega – Nesta zona da cidade, próximo ao antigo porto, já D. Manuel I fizera construir, em 1499, a primitiva alfândega.

O actual edifício, construído em data imprecisa do terceiro quartel do Séc. XIX, alberga também a Brigada Fiscal da GNR.

É uma graciosa construção, cujo corpo central, bem individualizado entre dois pisos térreos e utilitários, apresenta dez janelas de sacada e vistosos telhados de quatro águas.

A travessa, que é anterior, ganhou aquela denominação depois da construção do edifício.

* Lic. em Sociologia
Região Sul