sexta-feira, 30 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim

Câmara de Alcoutim "acabou com a surdez no concelho"
Ontem
A Câmara de Alcoutim custeou a compra de aparelhos auditivos a cerca de 200 munícipes idosos, que se encontravam há vários anos em estado de surdez, que aumentava "o seu isolamento, inclusivamente nas próprias casas", revelou o presidente da autarquia.

Em declarações à Agência Lusa, Francisco Amaral explicou que o apoio a estes munícipes foi feito através de "uma parceria entre a câmara, a misericórdia de Alcoutim e a empresa Acústica Médica, que deu as consultas e forneceu os aparelhos".

"Um aparelho custa 600, 1000 ou 1500 euros. Mas o escândalo é que se, você for beneficiário da ADSE, SAMS ou das Forças Armadas, pertence à classe média e o estado comparticipa 60 por cento, e bem, na compra de aparelhos. Se for um reformado aqui do campo, que aufere uma pensão miserável de 200 euros, num aparelho de 1000 euros o estado comparticipa 22 euros", criticou Amaral.

O autarca questionou "como é que um velhote destes pode comprar um aparelho" e salientou que havia idosos que "nem sequer sabiam que era possível dar a volta a isto, porque interiorizavam a sua surdez, diziam que era o destino e pensavam que era para o resto da vida".

"Além de viver num monte, isolado, vivia isolado dentro da própria habitação, porque não falava com a mulher. Isto era o pão-nosso de cada dia aqui em Alcoutim", lamentou.

Amaral frisou que havia "pessoas mais evoluídas que compravam o aparelho a prestações e outras faziam empréstimos bancários que levavam anos a pagar", mas havia também "pessoas sem escrúpulos que ludibriavam os idosos vendendo aparelhos que não funcionavam".

"Perante este cenário, resolvi dizer chega! A câmara fez uma parceria com a Misericórdia de Alcoutim, que consultou várias empresas, e as melhores condições foram oferecidas pela Acústica Médica, que montou um gabinete, com cabine insonorizada, nas instalações da Santa Casa e vem todas as semanas um técnico aqui dar assistência", explicou.

Francisco Amaral diz que assim a autarquia "resolveu o problema a 191 pessoas, a maior parte com surdez severa, outras com surdez ligeira".

"Resolvemos o caso de muita gente e acabou-se com a surdez no concelho de Alcoutim", afirmou.

JN

Santa Casa da Misericórdia de Santarém

29 Abril 2010 - 00h30

Santarém: Ia para a cama das crianças durante a noite
Monitor abusa de dois rapazes
Um monitor do Lar dos Rapazes, em Santarém, aproveitava-se de trabalhar por turnos para abusar das crianças durante a noite. Uma delas, para fugir às investidas de R.M., de 37 anos, "passou a deitar-se debaixo da cama, onde sabia que ele não cabia", refere o Ministério Público na acusação por dois crimes continuados de abuso sexual de criança.


As vítimas V.F., com dez anos à data do início dos factos, e R.P., então com 11 anos, começaram a ser abusadas assim que entraram no Lar dos Rapazes da Santa Casa da Misericórdia (SCM).

No caso do mais novo, o MP refere que o monitor "colocava as mãos dentro dos lençóis de modo a tocar-lhe no corpo, pernas e rabo, manipulando-lhe o pénis". Às vezes deitava-se nu na cama da criança, que despia e acariciava, roçando-se nela enquanto se masturbava. A acusação, a que o CM teve acesso, diz que R.M. "praticou estes factos com muita frequência, em quase todos os seus turnos nocturnos, de 2004 a 2008".

Em 2006 e até Setembro de 2008, o suspeito, que começa a ser julgado em Maio, abusou ainda de R.P. "pelo menos três vezes". Segundo o MP, praticou actos semelhantes aos anteriores. Esta vítima "fugia ao arguido, afastando-se até conseguir deitar-se debaixo da cama, onde, com medo, passou a dormir". As queixas sobre os abusos sexuais eram conhecidas da SCM desde Outubro de 2007, que não as denunciou por as considerar sem credibilidade. O caso viria a ser denunciado ao MP de Torres Vedras um ano depois, por uma mulher que tomava conta de um dos menores ao fim-de-semana.

O suspeito de pedofilia, casado e pai de três filhos, que trabalhou sete anos no lar, nega as acusações, afirmando-se vítima de uma vingança dos rapazes por os ter repreendido. Em Setembro de 2008 foi transferido para um centro de actividades de tempos livres.

João Nuno Pepino/Carlos Ferreira
CM

Santa Casa da Misericórdia de Santarém

Instituição assume responsabilidades financeiras caso haja condenação
Misericórdia de Santarém solidária com ex-provedor julgado por fraude

A Santa Casa da Misericórdia de Santarém vai assumir todos os custos financeiros que possam resultar do julgamento onde estão envolvidos a instituição e um ex-provedor, acusados do crime de fraude na obtenção de subsídio e de crime de desvio de subsídio. O actual provedor, Mário Rebelo, propôs na última reunião da assembleia-geral que a Misericórdia de Santarém “assuma as responsabilidades, caso haja condenação, devolvendo integralmente as verbas que vierem a ser impostas pelo tribunal”, manifestando ainda a sua solidariedade para com o seu antecessor. A proposta foi aprovada por unanimidade.

Mário Rebelo louvou nessa assembleia-geral a atitude do irmão José Campos Braz, que compareceu na primeira sessão do julgamento, realizada em Março, para apoiar o ex-provedor José Manuel Cordeiro. E apelou ao apoio de todos os irmãos para com o ex-provedor, “seja qual for o desfecho do processo, pois a única culpa que lhe cabe é ter defendido os interesses e o bom nome da Santa Casa, desempenhando as suas funções com toda a seriedade e sentido de responsabilidade”.

A posição de Mário Rebelo é reproduzida no último boletim informativo da Misericórdia de Santarém, onde acrescenta: “É claro que nem o ex-provedor nem a Misericórdia desviaram quaisquer fundos, pois a totalidade do subsídio foi aplicada, com a concordância do Centro Regional de Santarém [da Segurança Social] em tal obra e outras, embora não na altura devida”.


Verbas não foram aplicadas

nos fins previstos

O caso em julgamento respeita à adaptação de um espaço do edifício da Misericórdia para funcionamento de uma Unidade de Apoio Integrado (UAI), que foi contemplado no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas para o Desenvolvimento da Administração Central) de 1999, primeiro com uma comparticipação de 70.000 euros e depois com os 100.000 euros que se destinavam à UAI de que o Centro de Bem Estar Social de Alcanena veio a desistir.

Dificuldades em realizar a obra levaram a que a adaptação do espaço só se concretizasse no final de 2001, tendo, segundo a acusação, custado cerca de 40.000 euros. A esse valor acrescem os 62.000 euros do equipamento destinado à cozinha, a única factura realmente correspondente à obra, mas mesmo este equipamento acabou por ir parar ao Centro Paroquial da Serra, a pedido do então director regional da Segurança Social, para permitir que o lar dessa instituição pudesse entrar em funcionamento.

A acusação conclui que, com base em facturação não verdadeira, já que respeitava na sua maioria a obras realizadas em outras valências, a Misericórdia de Santarém recebeu verbas “de valor superior ao dobro do montante que lhe era devido”.

Por outro lado, a UAI, concluída em Novembro de 2001, nunca chegou a funcionar com a vertente para que foi construída, já que o provedor que sucedeu a José Manuel Cordeiro solicitou a sua alteração para Centro de Acolhimento Temporário de Emergência para Idosos e para Lar de Grandes Dependentes.

José Manuel Cordeiro alega, na contestação, que foi o serviço de Segurança Social quem liderou o processo e que aprovou o financiamento. Sublinhando que não fazia parte das suas funções o envio das facturas, José Manuel Cordeiro frisou ainda que a alteração da utilização da UAI não ocorreu sob a sua direcção e que não pode responder por decisões que foram tomadas pelo colectivo da mesa administrativa da irmandade da SCMS.

Também a Misericórdia, acusada de responsabilidade criminal, contesta, alegando que o dinheiro recebido se destinou à prossecução dos fins de solidariedade social, que nunca recebeu qualquer solicitação para devolver as verbas e que sempre agiu “sob orientação e direcção das instruções do Serviço Sub-Regional da Segurança Social de Santarém”. O então director regional da Segurança Social, José Jesus Brilhante, é também acusado do crime de fraude na obtenção de subsídio em co-autoria com José Manuel Cordeiro.

O Mirante

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

No âmbito dos 500 anos da instituição
Misericórdia realiza inúmeras iniciativas

Integrada nas comemorações dos 500 anos da instituição decorreu no passado dia 22 de Abril a “Milha dos 500 Anos da Misericórdia de Vila do Conde”, organizada pelo Centro de Apoio e Reabilitação para Pessoas com Deficiência e a Associação Nacional de Desporto para Deficiência Intelectual (ANDDI-Portugal). A iniciativa, direccionada a pessoas com e sem deficiência de ambos os sexos, teve partida e chegada na Rua Rainha Dona Leonor.

Terras do Ave

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

Rali da Misericórdia de Vila do Conde

Ter, 27 Abr 2010 15:27 Póvoa de Varzim

Dois Ford A, de 1928 e de 1930, três Mercedes SL, de 1964, e três Porsches 911 (930), de 1970, foram alguns dos históricos que percorreram os 130 quilómetros do rali, 50 dos quais de provas especiais.

Os bólides estavam divididos por categorias (ano de fabrico) e classes (ano e cilindrada). Por ano, foram oito as categorias: quatro até 1945 e outras tantas de 1946 até 1983, ano limite para a participação na prova inserida nas comemorações dos 500 anos da SCMVC.

Já as classes dos carros históricos que poderam ser vistos nas ruas de Vila do Conde durante todo o dia de sábado foram 12, da cilindrada mais baixa (1300cc) à mais alta (superior a 2001cc).
Após o almoço os clássicos regressaram à estrada a partir das 14h30, para, duas horas depois, estarem a cortar a meta colocada na Rua Rainha Dona Leonor. De seguida, partiram em direcção à zona do famoso Circuito de Vila do Conde, com vista a participarem na prova de encerramento do I Rali de Regularidade Histórica da SCMVC: o «slalom», situado no «S» entre a Rua do Ferrol e a Avenida Júlio Graça, a Norte do parque de jogos.
A entrega de prémios – geral (1.º ao 5.º classificado), categorias (1.º ao 3.º) e classes (1.ºs) – ocorreu a partir das 22h00, no final do jantar que decorreu no Lar da III Idade da Misericórdia de Vila do Conde, à Rua Rainha Dona Leonor.

Póvoa Semanário

Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro

Oliveira do Bairro: “Pinguinhos de Ciência” na Santa Casa da Misericórdia
2010-04-27

No passado dia 22 de Abril, no âmbito da Comemoração do Dia Mundial da Terra e, tendo por base o Projecto Educativo da Instituição, foi dinamizada um acção cuja temática está relacionada com a Ciência, especialmente, com o elemento Água.
Foi criado no “Centro da Infância e Juventude” da Santa Casa, o cantinho “Pinguinhos de Ciência”. Este espaço foi inaugurado com a realização de um conjunto de experiências dinamizadas pela professora Alice Oliveira da Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo de Oliveira do Bairro que, gentilmente se deslocou à Instituição. Esta actividade proporcionou às crianças das três salas do Jardim-de-infância a possibilidade de observarem e participarem em várias experiências com abordagens a conceitos como: a flutuação; as propriedades da água; as propriedades das cores; o magnetismo; …

Pretende-se que este espaço funcione ao longo do ano lectivo, sendo dinamizado, quinzenalmente, pelos Educadores com a elaboração de diversas experiências relacionadas com a ciência, que poderão ser partilhadas pelas crianças, pais e encarregados de educação.

Estas actividades proporcionam momentos de aprendizagem, que permitirão a aquisição de competências importantes de uma forma lúdica, factor importante sempre que se trata da Educação na Infância.

RB
Região Bairradina

domingo, 25 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar

Só abriu para ser inaugurado
Centro social está fechado há meio ano
2010-04-23
CATARINA LIMA
Inaugurado dia 5 de Outubro de 2009, vésperas de eleições autárquicas, o Centro Social de Fânzeres (Gondomar) continua, ainda hoje, de portas fechadas. "É tudo uma questão de licenças", diz José Luís Oliveira, provedor da Misericórdia, responsável pela obra.

A população tem outra leitura: "propaganda política". José Luís Oliveira é também vice-presidente da Câmara de Gondomar, tendo concorrido nas autárquicas pela lista independente liderada por Valentim Loureiro.

Contactado pelo JN, José Luís Oliveira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, argumenta que quer abrir as instalações com "os pés assentes na terra", de modo a que nada falte aos utentes. Acrescentou que o centro social ainda não abriu porque faltam as licenças da Segurança Social e da EDP, entre outras entidades.

O responsável não explicou, contudo, por que razão foi inaugurado o centro social a seis dias das eleições, até porque ainda não havia as licenças necessárias para o seu funcionamento.

As instalações, na Rua do Actor Carlos Daniel, incluem uma creche com capacidade para 33 crianças, um centro de dia para 40 idosos e um serviço de apoio domiciliário para 20 utentes. José Luís Oliveira assegurou que a abertura acontecerá dentro de pouco tempo. "Há um ano que dizem que está para breve", contrapôs Joaquim Figueiredo, avô de uma criança inscrita. Os moradores insistem que a inauguração não passou de "estratégia política", por causa das eleições autárquicas (realizadas no dia 11 de Outubro de 2009). Aurora Manuel, mãe de outra criança inscrita, já apresentou as declarações do IRS, os recibos de vencimento e todos os outros documentos necessários para matricular o filho na creche. "Até hoje não disseram nada", lamentou Aurora Manuel, que mora perto do centro social.

Aliás, as inscrições abriram semanas antes da inauguração. Só que, com o atraso na abertura (já vai em meio ano), os idosos já se encontram num centro social e, com o início do ano lectivo, as crianças matricularam-se noutros infantários.
JN

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Mil edifícios para recuperar
Misericórdia e Universidade fazem protocolo
2010-04-23
DORA MOTA E CATARINA LIMA
Mais de mil imóveis da Santa Casa da Misericórdia do Porto vão ser requalificados. O diagnóstico dos edifícios será feito pela Faculdade de Engenharia do Porto. A sede da Misericórdia será a primeira a entrar em obras e a instituição admite demolir alguns imóveis.

A Misericórdia é das entidades que mais edifícios possuem na cidade do Porto. Entre o património da instituição encontram-se, por exemplo, os hospitais de Santo António e de Conde Ferreira, edifícios na Galeria de Paris e a Universidade Lusíada. Contudo, muitos dos prédios estão a precisar de obras de reabilitação.

Ontem à tarde, a Misericórdia do Porto e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) assinaram um protocolo de colaboração. O Laboratório de Física das Construções daquela faculdade vai preparar o caderno de encargos para a requalificação dos mais de mil edifícios, 982 situados no concelho do Porto.

"É um trabalho que pode ser muito longo, tem uma duração prevista de um ano, mas o prazo pode ser prorrogado", disse, ao JN, o director daquele Laboratório, Vasco Freitas, coordenador da equipa que vai elaborar a proposta de intervenção. Será a Santa Casa "a decidir o que é prioritário" no âmbito da monitorização.

Património vasto

Descrever os elementos constituintes do edificado, avaliar estruturas, sugerir métodos de intervenção e avançar com uma estimativa de custos são algumas das tarefas da equipa da FEUP, que conta com uma dezena de pessoas e que pode, em determinados momentos, receber contribuições de outras valências do Departamento de Engenharia Civil.

Este tipo de trabalho é comum para a FEUP. "O Laboratório de Física das Construções tem uma enorme experiência de levantamentos de edificados", salientou, ao JN, Vasco Freitas.

Alguns dos edifícios elencados para requalificação são antigos e emblemáticos na cidade. Um vasto património adquirido ao longo de mais de 500 anos de história: a instituição foi fundada em 1499. A sede da Misericórdia, na Rua das Flores, Centro Histórico do Porto, será o primeiro imóvel a ter obras de reabilitação. A ambição do provedor, José Luís Novaes, é criar ali o museu da Santa Casa.

Outros edifícios marcantes da cidade deverão ser recuperados. A demolição de imóveis deverá ser sempre o último recurso e em casos em que se verifique a impossibilidade de requalificação.

"O nosso objectivo é contribuir para o progresso da cidade", sublinhou o reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, agradecendo a confiança depositada pela Misericórdia.

José Luís Novaes referiu que a presença da Universidade do Porto credibiliza o projecto.

JN

terça-feira, 20 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior

Criado Banco Local de Voluntariado em Rio Maior

Angariar pessoas e organizações interessadas em serem voluntárias, apoiá-las nessa formação e apoiar quem mais precisa nas áreas da acção social, saúde, educação, ciência e cultura, defesa do património e do ambiente, defesa do consumidor, emprego e formação profissional, reinserção social, protecção civil solidariedade social e muitas outras são os principais objectivos da criação do Banco Local de Voluntariado em Rio Maior (BLVRM). A iniciativa de apresentação da estrutura decorreu dia 16 no auditório da Biblioteca Municipal Laureano Santos.

O projecto é uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior, em parceria com a junta e câmara de Rio Maior. Segundo o provedor da instituição, João Castro, não existem dúvidas de que o BLVRM “será uma ligação forte entre quem quer dar e quem quer receber”, afirmou, lembrando o importante papel e a presença das misericórdias ao serviço da cidadania activa ao longo da história.

Dirigindo aos presentes, a vereadora da autarquia com o pelouro da Acção Social, Sara Fragoso reconhece o papel social do voluntariado como expressão de “exercício livre de uma cidadania activa e solidária, bem como de todos aqueles que de uma forma livre, empenhada, desinteressada e responsável se comprometem a realizar acções de voluntariado nas diversas instituições ou entidades do concelho”, sublinhou a autarca. Frisou ainda que embora seja sempre complementar ao dos profissionais, o trabalho dos voluntários é um dos mais valiosos recursos activos do concelho.

Na sessão em que esteve presente a representante do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Maria Elisa Borges, que explanou de forma detalhada o que é ser voluntário e de como funciona um banco de voluntariado, o presidente da Junta de Rio Maior disse acreditar com os riomaiorenses são pessoas sensíveis e solidárias. Para Filipe Santana Dias o BLVRM será uma mais-valia “para o muito trabalho que há para fazer junto das pessoas mais carenciada”.

O Mirante

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha

Tarde de massagens na Santa Casa da Misericórdia
Abril 14th, 2010 in Jornal das Caldas. Edição On-line
No passado dia 1 o Ponto de Ajuda organizou, na Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha, uma sessão de massagens de relaxamento para a população sénior da instituição.

A actividade foi desenvolvida por 3 ex-formandos da Soprofor (Tiago Mendes, Ilda Mendes e Anabela Félix). Durante toda a tarde, cerca de 20 idosos receberam massagens de relaxamento na face, costas, pernas e mãos.

Nem mesmo aqueles com mais dificuldades motoras dispensaram este método de relaxamento, que tem muitos benefícios para a saúde.

“Estou pronto para outra”, comentou Serafim das Neves, no final da sua massagem.

Os seniores da instituição acolheram a iniciativa com bastante agrado, dizendo que deveria existir mais vezes.

Para muitos, foi a primeira vez que receberam massagens, o que deixa a organização satisfeita.
Jornal das Caldas

Santa Casa da Misericórdia de Vagos

Vagos: Sociedade turística quer comprar acções doadas em 2003
Proposta de aquisição à Misericórdia de Vagos vale um euro, quando as acções tinham sido doadas por 500

No mínimo “ridícula”, é como Jorge Oliveira, director-delegado da Santa Casa da Misericórdia de Vagos, considera a proposta apresentada pela Vagueira Progresso SA, que pretende adquirir a participação detida por aquela IPSS no capital da sociedade turística.
O assunto constava da ordem de trabalhos da última Assembleia Geral da Misericórdia, mas acabou por não ser discutido, em virtude da proposta, no valor de um euro, não ter sido considerada válida pela Mesa Administrativa.
Inicialmente conhecido como projecto “Valândia”, de referir que o empreendimento “nasceu” em 1996, quando o investidor holandês Mark Hartog, a pedido do luso-americano António Amaral, decidiu transferir para a Vagueira parte do seu potencial financeiro. No decorrer do mandato de Carlos Bento, António Amaral decidiu apresentar, na fase de inquérito público, uma proposta de alteração ao Plano de Pormenor da Vagueira, que acabaria “chumbada” com o argumento de que ”atrasaria” a aprovação do referido Plano.
Considerado de “grande importância para a Vagueira”, o projecto só avançou com maior celeridade, após a tomada de posse de Rui Cruz, em Janeiro de 2002. Em 2004, a Câmara deliberou, por unanimidade, reconhecer o “interesse público e municipal” da introdução na praia da Vagueira de uma série de valências.
(Ler artigo completo na edição em papel)

Eduardo Jaques
Diário de Aveiro

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

Milha dos 500 Anos da Misericórdia de Vila do Conde
O Centro de Apoio e Reabilitação para Pessoas com Deficiência e a Associação Nacional de Desporto para Deficiência Intelectual (ANDDI-Portugal) organizam, no dia 22 de Abril a «Milha dos 500 Anos da Misericórdia de Vila do Conde», no âmbito das comemorações dos cinco séculos de actividade da instituição vila-condense.

A iniciativa, aberta a pessoas com e sem deficiência de ambos os sexos, terá partida (10h00) e chegada (12h00) na Rua Rainha Dona Leonor.

Mais de 160 atletas, a maioria dos quais provenientes de instituições que acolhem pessoas com deficiência, vão correr a «Milha dos 500 Anos da Misericórdia de Vila do Conde», divididos pelos escalões benjamim (800 metros), adaptado (1600m), iniciado (800m), júnior (1600m), sénior (1600m) e veterano (1600m).

Esta milha é mais uma iniciativa inserida nas comemorações dos 500 Anos da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, que tem levado a efeito um conjunto de eventos tendentes a assinalar os cinco séculos de actividade em 2010, como a realização do I Congresso «As Misericórdias e a Saúde», em Maio, ou a inauguração do monumento ao Benemérito.

Agência Ecclesia

terça-feira, 13 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo

Edifício moderno acolhe hospital da Misericórdia
Ílhavo
Ontem
PAULA ROCHA
Meia centena de camas para cuidados continuados deverão estar disponíveis a partir de Junho.

As obras do Hospital da Misericórdia de Ílhavo ficam concluídas este mês mas só abrirá em Junho. A nova unidade da Misericórdia, destinada aos cuidados continuados, é um edifício de linhas modernas, com 55 camas. O JN apresenta-lhe o novo equipamento.

Os objectivos estão traçados: concluir as obras este mês e entrar em funcionamento durante o mês de Junho. É assim que o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, Fernando Maria, inicia a visita às instalações do futuro hospital de cuidados continuados, o primeiro da região e que irá servir os municípios de Ílhavo, Aveiro, Albergaria-a-Velha e Vagos.

O hospital irá contar com três valências integradas: internamento, medicina física e de reabilitação e apoio domiciliário.

Na área do internamento irão estar disponíveis 55 camas, para utentes de média e longa duração, e cujo processo de contratualização deverá iniciar em breve. "É o que nos falta, depois das obras acabadas, para podermos funcionar. Já andamos a ver propostas e deveremos fechar o negócio em breve", disse o provedor, acrescentando ainda que "teremos ainda de contratar pessoal, pois iremos precisar de médicos e enfermeiros, para além de auxiliares da acção médica".

Conforto

Em tempo recorde (pouco mais de um ano), o velho hospital, em avançado estado de degradação, deu lugar a um edifício moderno, de três pisos. Linhas direitas, corredores largos e muitas janelas para entrar a luz do sol. No último piso, uma esplanada com vista para a cidade de Ílhavo.

"Optámos por este tipo de arquitectura, mais moderna, para que os nossos utentes se sintam aqui bem e confortáveis. Para que se sintam em casa e tenham qualidade de vida", diz Fernando Maria, provedor da Santa Casa.

Cada pormenor do novo hospital foi pensado tendo em conta a qualidade de vida dos utentes, a começar pela entrada que terá uma zona envidraçada "onde poderão desfrutar do sol", explicou o provedor.

No rés-do-chão irá funcionar a recepção, os gabinetes médicos, o laboratório de análises, para além do serviço de apoio domiciliário e as cozinhas de preparação de alimentos. Aqui, estão também instalados alguns dos quartos de internamento.

Subindo, ainda pelas escadas, mas em breve pelos elevadores espaços que permitem transportar macas e cadeiras de roda, Fernando Maria apresenta o primeiro piso, onde ficarão os quartos de internamento. "São espaçosos, têm todos casa-de-banho privativa e em quase todos há uma varanda para as pessoas desfrutarem do ar livre. E todos terão acesso à internet", disse Fernando Maria. Neste piso, espaço ainda para salas de medicina física e de reabilitação, ginásio e gabinetes de tratamento individual. É aqui também que irá funcionar um dos refeitórios e a sala de estar.

No segundo piso, foi feito um aproveitamento do espaço para o bar e o serviço de cafetaria, serviços de secretaria e sala de reuniões. Do lado direito, fica a esplanada.

Investimento de quatro milhões

O provedor encara esta obra como "o grande desafio" da instituição."Era um projecto há muito desejado, uma aspiração antiga da população de Ílhavo que queria ver o velho hospital renovado", acrescentou.

Aspiração antiga que se veio a comprovar na forte mobilização da população na obtenção de incentivos que ajudassem a concretizar a obra. "Tivemos muitos apoios monetários, sobretudo da comunidade emigrante. Foi uma grande ajuda, pois sem isso teria sido muito mais difícil", adiantou Fernando Maria.

Recorde-se que a obra do futuro hospital de cuidados continuados contou com um investimento total superior aos quatro milhões de euros, comparticipados pela Câmara Municipal de Ílhavo (75% para o projecto e 10% para as obras).

A Santa Casa da Misericórdia contou ainda com um apoio de 750 mil euros, verba obtida através de uma candidatura efectuada ao Programa Modelar . O hospital da Santa Casa poderá receber utentes de todo o País.

JN

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Bento XVI é Irmão Honorário da Misericórdia do Porto
As “características de humanista e de homem da solidariedade” de Bento XVI foram decisivas para que a Santa Casa da Misericórdia do Porto decidisse conceder ao Papa o título de Irmão Honorário.

O vice-provedor da instituição, António Tavares, explicou à Agência ECCLESIA que a encíclica “Caridade na verdade” realça os princípios da Doutrina Social da Igreja “consubstanciados nas catorze obras de misericórdia”.

O Diploma onde está consignada a atribuição do título vai ser entregue a Bento XVI no dia 14 de Maio, momentos antes das 10h15, hora prevista para o início da missa que o Papa vai presidir na Avenida dos Aliados.

Fundada em 1499, a Santa Casa de Misericórdia do Porto, é uma das mais antigas do país, trabalhando actualmente nas áreas da terceira idade, saúde, deficiência, pobreza, exclusão social, habitação, cultura, ensino, formação profissional e lazer, entre outras.

Agência Ecclesia

Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha

Crianças e Idosos em destaque nas I Jornadas Técnicas da Misericórdia caldense
A Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha promove, entre os dias 14 e 16 de Abril, as suas primeiras Jornadas Técnicas, uma iniciativa que vai decorrer nas instalações da Foz do Arelho do Inatel e que é subordinada ao tema "Crianças, Jovens e Seniores".
Gazeta das Caldas - Joana Fialho
11:18 Sexta-feira, 9 de Abril de 2010

Ao longo de três dias a instituição caldense vai abordar todas as suas valências, numa acção que pretende reflectir e partilhar saberes e experiências que visem a qualificação dos serviços, dos técnicos e dos colaboradores. As Jornadas Técnicas vão dividir-se em dois seminários distintos, ambos compostos por um dia de debate e outro de oficinas. O primeiro é especificamente sobre os mais velhos e decorre nos dias 14 e 15. Também a 15, estendendo-se até 16, decorre o seminário dedicado às crianças e jovens.

As doenças mais frequentes nos idosos, como o Alzheimer ou a depressão, o serviço de apoio domiciliário, as actividades que podem ser desenvolvidas com os mais velhos e o papel do Director Técnico das Instituições são alguns dos temas que vão estar em cima da mesa no seminário dedicado aos seniores. Já no que às crianças e jovens diz respeito, vão ser debatidas questões como a infância e a adolescência, problemas de comportamento e emocionais, intervenção com a família e emoções. Debates para os quais serão esperados oradores reconhecidos das áreas da intervenção directa, da investigação e do ensino.

As I Jornadas Técnicas da Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha contam com a colaboração de diversas entidades, entre as quais a Associação Alzheimer Portugal, a Associação Portuguesa de Esclerose Amiotrófica Lateral, a Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos, o projecto Aventura Social da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, o Instituto Português de Mediação Familiar e a Associação Internacional para o Desenvolvimento da Educação Emocional, entre outras. A organização está a cargo do "Ponto de Ajuda", o Contrato Local de Desenvolvimento Social das Caldas da Rainha que está a ser coordenado pela Misericórdia local.

As inscrições para participar nas Jornadas custam 10 euros e incluem seminário e oficinas, devendo ser feitas previamente no Ponto de Ajuda (antigas instalações da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo) ou na Santa Casa da Misericórdia.

Gazeta das Caldas

Santa Casa da Misericórdia da Chamusca

Atraso do Estado força Misericórdia da Chamusca a mandar trabalhadores para o desemprego

A Santa Casa da Misericórdia da Chamusca foi obrigada a dispensar 16 trabalhadores que iriam prestar serviço na Unidade de Cuidados Continuados (UCC). Aquela valência foi formalmente inaugurada a 10 Dezembro do ano passado mas ainda não funciona porque ainda não foram assinados os contratos de comparticipação financeira com os Ministérios da Saúde e do Trabalho e Segurança Social, situação que deveria ter acontecido até 26 de Março.

Os trabalhadores dispensados e outros que foram integrados provisoriamente noutros serviços da Misericórdia, estavam a receber formação desde Setembro de 2009 e a ser pagos mas sem os apoios do Estado para a entrada em funcionamento dos Serviços Continuados, a situação tornou-se insustentável.

O Mirante

Santa Casa da Misericórdia de Sardoal

Misericórdia expõe arte sacra na Semana Santa e PáscoaInserido em 18-03-2010 13:15

O acervo histórico da Misericórdia de Sardoal, composto por peças raras de arte sacra, escultura e pintura, vai estar patente ao público a partir de sábado, durante as comemorações da Semana Santa e Páscoa.

"Santa Casa da Misericórdia de Sardoal - 500 Anos de Arte" é a designação da exposição no Centro Cultural da vila e que, entre as peças integra um valioso oratório em arte Namban, uma obra "única e de estilo artístico que resultou da aproximação cultural entre Portugal e o Japão".

"Esta é uma das pouquíssimas oportunidades para apreciar peças de raro interesse histórico e simbólico de arte sacra", disse à agência Lusa o provedor da Misericórdia, Anacleto Batista.

O oratório em arte Namban (de 1542 ou 1543) é uma das vinte peças que pode ser vista nesta mostra e que, nos últimos anos, tem percorrido a América, a Ásia e a Europa.

Segundo Anacleto Batista, este oratório "percorre constantemente o mundo integrado em mostras e exposições e só sai de Sardoal mediante um seguro especial cuja apólice orça os 250 mil euros" e que, apesar do seu pequeno porte, "tem um valor cultural inestimável".

Trata-se de uma peça de madeira lacada de negro, com decoração a pó de ouro, prata e cobre, sobre a marcação a laca vermelha, sendo incrustada de madrepérolas.

Com ferragens de cobre trabalhado e douradas, a pintura é de óleo sobre cobre e representa Nossa Senhora da Esperança.

Segundo o responsável, as peças a exibir nesta exposição estão habitualmente vedadas ao público por questões de preservação e segurança.

Além do oratório, o público vai poder apreciar uma estátua em pedra representando Santa Maria da Caridade, uma imagem rara de S. José de sacola a tiracolo e as bandeiras e painéis com Cenas da Paixão, paradigmas do estilo Maneirista português no século XVI.

O programa das comemorações da Misericórdia de Sardoal estende-se até dia 26 de Junho, altura em que projecta o lançamento de documentos históricos.

A exposição de peças de arte sacra da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal pode ser apreciada até dia 15 de Maio, no Centro Cultural Gil Vicente.

Renascença

Santa Casa da Misericórdia da Mealhada

Santa Casa da Misericórdia da Mealhada - Serviço Nacional de Saúde assina protocolo com a União das Misericórdias

Utentes do Hospital da Mealhada vão pagar, apenas, a taxa moderadora

Abrangidos pelo Serviço Nacional de Saúde, as instituições de saúde das Misericórdias vão passar a ter as mesmas regalias que os hospitais públicos, uma vez que os utentes apenas vão pagar as taxas moderadoras. O protocolo de cooperação foi assinado, no passado sábado, entre o Ministério da Saúde e a União da Misericórdias Portuguesas. A notícia foi tornada pública, na manhã de domingo, 28 de Março, coincidindo com a reunião de assembleia-geral da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada que, num encontro “cheio” de irmãos, foi acolhida com muita satisfação. No final, João Peres, provedor da instituição, ao Jornal da Mealhada, declarou: “Depois de este acordo entrar, efectivamente, em vigor, vamos reequacionar abrir o serviço de Urgências vinte e quatro horas por dia”.

Hospital vai assinar acordo com a ADSE e poderá ter que ser alargado

“Depois de este protocolo ter sido assinado, os responsáveis têm sessenta dias para estudar os preços que nos irão pagar pelas diversas cirurgias, exames, consultas e cirurgias”, explicou João Peres, que ainda acrescentou: “Agora só falta a Administração Regional de Saúde do Centro nos chamar e dizer em que é que precisa de nós. Vamos reunir com o doutor João Pimentel por causa disso e, obviamente, que não nos passa pela cabeça que não precisem de nós”.
Recordando que têm acordos com praticamente todas as seguradoras, estando a caminho mais duas, o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada garantiu: “Temos para assinar um acordo com a ADSE”.
Se as previsões previstas para os próximos anos se mantiveram, “dentro de pouco tempo vamos ter que pensar em alargar a capacidade do hospital e os terrenos da parte de trás são a alternativa. Abordei este assunto com o presidente da Câmara da Mealhada que nos garantiu apenas estar há espera que o Plano Director Municipal – PDM – seja aprovado”.”Aquilo é Reserva Agrícola, mas julgo que a Câmara e a Misericórdia podem já começar a tentar negociar com o proprietário”, acrescentou.
João Peres vai mais longe e garante que “é altura de se pensar no apoio domiciliário à população na área da saúde. Temos que evoluir nesta área porque temos condições para isso. Temos uma unidade móvel, adquirida há cinco anos, que está parada”.
Em termos sociais, João Peres disse ainda: “Presentemente, e devido ao hospital, a Misericórdia da Mealhada é a maior empregadora que temos no concelho da Mealhada. No ano passado, criámos postos de trabalho e gerámos riqueza”, e continuou: “Em boa hora, fomos forçados a mudar o director clínico do Hospital da Mealhada. Aloísio Leão é profissional, experiente e tem muita vocação para estar nesta instituição social”.

Inscrições para primeiro ciclo do Ensino Básico já estão abertas

Também na área da Infância, a Misericórdia da Mealhada tinha guardada uma novidade para esta assembleia. “Vamos abrir o primeiro ano do Ensino Básico no ano lectivo 2010/2011 e para isso apenas precisamos de alunos. Assim queiram os pais”, disse João Peres. “Neste momento, temos a valência da Infância super lotada e, se não conseguirmos acordos, também vamos ter que limitar a entrada de novas crianças. Sem acordos, não há participação do Estado”.
“A nossa valência de Infância está com uma crise de crescimento e estamos preocupados com isso”, disse João Pega, responsável pela Infância na instituição, que acrescentou: “O primeiro ciclo será privado e as inscrições têm início na próxima segunda-feira. Ao inicio estaremos numa sala pequena, mas depois iremos crescer”.

“É cada vez mais difícil a entrada nos lares”, garantiu João Peres

É na área dos Idosos, que o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada tem mais reservas, “uma vez que cada vez mais é difícil a entrada nos lares”. “Recentemente, a Segurança Social determinou máximos, isto é, valores fixos. Desta forma, os ricos não podem dar mais do que aquilo que está previsto e os pobres não têm dinheiro para pagar a instituição”, explicou João Peres, que ainda garantiu: “Vejo a nossa missão de solidariedade social um pouco comprometida”.

“O Mercado da Mealhada, mesmo com más condições, dá lucro”, afirmou provedor

Já em relação ao Mercado Municipal, João Peres declarou ter tido uma reunião com Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, há cerca de duas semanas. “É-nos insustentável reformular aquela estrutura, que é propriedade da Misericórdia. Julgo que a autarquia tem que ajudar da forma que entender”, declarou João Peres, que ainda garantiu: “O nosso Mercado é forte e tem muita importância para a economia local”.
Lembramos os nossos leitores, que tanto a autarquia como a Misericórdia da Mealhada fizeram uma avaliação ao espaço, há já uns meses, mas os resultados concluídos, a nível monetário, foram muito díspares. “Achamos que o valor dado pela Câmara é muito baixo, mas, neste momento, já estamos por tudo e quanto mais depressa a situação for resolvida, melhor. Podemos até continuar com a exploração e a gestão do Mercado, até porque é de ressalvar o facto de o Mercado da Mealhada, e mesmo com más condições, dar lucro”.

Ano de 2009 ultrapassou expectativas da instituição

Já no ponto da apreciação, discussão e votação do relatório e contas referentes ao ano de 2009, João Peres começou por dizer: “O ano de 2009 ultrapassou todas as nossas expectativas que estavam previstas. Isto significa que, quer os nossos resultados financeiros, quer os sociais foram muito bons”.
“No ano de 2008, devíamos aos nossos fornecedores cerca de novecentos mil euros e os nossos clientes deviam-nos cerca de seiscentos. No ano de 2009, devíamos um milhão de euros, mas os nossos clientes devem-nos um milhão e trezentos mil euros. Conseguimos inverter a situação”, declarou João Peres.
Bruno Peres, elemento da mesa da assembleia-geral, também afirmou: “Ao longo dos últimos seis anos verificámos uma profunda alteração na nossa instituição. Com a abertura do hospital, nos anos de 2007 e 2008, tivemos valores muito negativos, uma vez que o investimento foi muito forte e não conseguíamos equilibrar as contas. Felizmente, agora conseguimos atingir bons resultados e vamos chegar a uma altura em que esta entidade vai gerar riqueza”.
“A nível de números financeiros relativos ao Hospital, tivemos um aumento de todas as áreas, principalmente, na fisioterapia e na imagiologia, onde houve um aumento significativo. Nas cirurgias particulares tivemos o dobro do aumento”, declarou Sónia Coleta, gestora do Hospital da Mealhada, que ainda garantiu: “Vamos continuar a trabalhar para que estes números subam ainda mais”.

João Peres disponibiliza-se para continuar no cargo de provedor

Antes de a assembleia terminar, João Peres afirmou: “Se a minha equipa quiser e a assembleia aceitar, eu estou disposto a continuar a liderar esta equipa”. A notícia foi recebida com agrado e Jacinto Silva, presidente da mesa da assembleia-geral, declarou: “Sou da opinião que na equipa que joga bem não se deve mexer” No final, o irmão Orlando Semedo fez um apelo: “No futuro, quando tivermos mais folgados, não nos podemos esquecer de alguns funcionários, que foram praticamente todos, que têm e devem ser recompensados pelos esforços que fizeram”. “Também espero que haja aumento nos salários dos funcionários, porque todos têm necessidades”, acrescentou Jacinto Silva.

Mónica Sofia Lopes


Data Publicação: 2010-04-07
Autor: JM

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Arganil

Lurdes Gonçalves

ARGANIL - José Dias Coimbra preside à comissão organizadora

Fundação quer revitalizar “A Comarca de Arganil”

Os dimanizadores do projecto pretendem adquirir o título do jornal e constituir uma nova fundação para o gerir.

Uma comissão or-ganizadora, à qual pertence o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, José Dias Coimbra, está empenhada em constituir uma fundação, denominada de Fundação Comarca de Arganil, de forma a colocar em funcionamento este jornal local que abriu falência. Para o efeito, é necessário comprar o título da empresa, que custa 35 mil euros, pelo que a Santa Casa da Misericórdia de Arganil, que se assume como “fiel depositária dos donativos”, vai enviar cartas “a uma ou duas centenas de pessoas” que estejam interessadas em subscrever um valor entre 500 e 1.000 euros. O anúncio foi feito pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia, na última assembleia-geral, ocasião em que também foi aprovado por unanimidade o relatório e contas da direcção referentes a 2009.
A comissão organizadora integra, além de José Dias Coimbra, o presidente da Assembleia-Geral da Santa Casa da Misericódia de Arganil, o presidente do Conselho Fiscal e o tesoureiro, António Carvalhais Costa, António Lopes Machado, Carlos Andrade, Mário Vale, Nuno Gomes, Nuno Mata e Pedro Pereira Alves, estando já subscritos cinco mil euros. Depois de ser adquirido o título, será nomeado um conselho de administração e “a Santa Casa disponibilizará um espaço na futura Academia Condessa das Canas para que seja possível a fundação a instituir poder laborar e iniciar a sua actividade”, garantiu o provedor.
Tendo a comissão como objectivo “a salvaguarda de todo o historial da Beira Serra, vertido na extinta empresa A Comarca de Arganil”, o provedor da Santa Casa realçou que o motivo que o leva “a fazer isto” é “a memória de um grande homem de Arganil que foi João Castanheira”.
Segundo José Dias Coimbra, a comissão or-ganizadora já contactou as autarquias de Arganil, Góis, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra e Tábua, para que possam dar um apoio, sendo que “as cinco câmaras acordaram que não iriam estar envolvidas no projecto, mas ajudarão de forma a que o jornal possa arrancar com força e com vitalidade”, sublinhou.
José Dias Coimbra frisou que a fundação será “dotada de órgãos estatuários e completamente independentes por força da sua natureza e dos seus objectivos”, explicando que por esta razão as câmaras não se devem associar, embora os seus elementos individuais possam participar.


Nova Unidade de Cuidados Continuados

Em relação ao relatório de actividades e contas de 2009, apresentado na última assembleia-geral da Santa Casa de Arganil, o provedor destacou que foi já aprovada,no âmbito da Administração Regional de Saúde do Centro, uma candidatura para a nova Unidade de Cuidados Continuados, com capacidade para 24 camas, “aguardando-se a homologação do Ministério da Saúde, que se espera que seja favorável”. A instituição apresentou outra candidatura à ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, no valor de 200 mil euros, no âmbito do PRADES, destinada à recuperação da Escola do Paço Grande para instalação da futura Academia Condessa das Canas, “esperando-se um apoio de 60 por cento”.
No decurso das obras de remodelação do espaço da cozinha da instituição, “e atendendo ao aumento da necessidade de fornecimento de um maior número de refeições, decorrente do aumento de utentes”, houve também necessidade de renovar o equipamento e, de acordo com o provedor, foi apresentada uma candidatura junto da ADIBER ao PRODER, no valor de 109.799 euros. “O investimento pretendido, caso seja concretizado, possibilitará o aumento diário do número de refeições, passando de 900 para 1.200”, referiu José Dias Coimbra, acrescentando que isso permitirá à instituição colaborar com outras entidades locais, nomeadamente a Casa da Criança e a APPACDM – Núcleo de Arganil, fornecendo refeições que venham a ser contratualizadas”
Durante a assembleia, os presentes congratularam-se com o “bom desempenho concretizado no execercício de 2009” pela Santa Casa da Misericórdia.

Diário da Beiras

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira

Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira recebe apoio

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira vai receber um apoio financeiro da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira no valor de 283 euros. A misericórdia colaborou com o município na cedência de espaços na praça de toiros Palha Blanco (a troco de 5 000 euros) aquando do Colete Encarnado, Feira de Outubro e Passarelle D´Ouro.

Uma vez que a contabilização final das despesas com pessoal redundou em 5 283 euros, foi aprovada por unanimidade na última reunião pública do executivo o ressarcimento da verba remanescente de 283 euros.

O Mirante

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Ruas apinhadas de gente a ver farricocos, reco-recos e fogaréus
Braga
00h30m
NUNO CERQUEIRA
Procissão do Ecce Homo percorreu casco velho da cidade sob o olhar de milhares.

"Eis o Homem!". Na frente seguiam farricocos, uns suportavam enormes fogaréus e outros, ruidosamente, acordaram as mais de 80 mil pessoas que, apesar da chuva, preencheram, ontem à noite, o casco velho da cidade de Braga, ao som de gigantes reco-recos.

Mais atrás, milhares de figurantes e figuras "imperiais" da "Roma Portuguesa" encerravam a santa procissão. Monocordicamente ouvia-se "Ecce Homo" e o granito da cidade, onde o barroco impera naquela que foi uma das "augustas cidades", deu lugar ao roxo vivo em sinal de luto premeditado que chega amanhã com a morte do "Rei dos Judeus".

Também conhecida como procissão "Ecce Homo" (eis o homem!) ou simplesmente como a procissão dos "fogaréus", eis que é uma famalicense a recordar, ao JN, que há quem chame àquela enorme demonstração viva da Bíblia, procissão do "Senhor da Cana Verde". Ana Leitão, a trabalhar em Braga, explica que a denominação " tem a ver com a imagem do Cristo coroado de espinhos, com uma cana metida por entre as mãos atadas, evocando o momento em que Pilatos apresentou assim Cristo à multidão, dizendo Eis o Homem".

Embora por entre a multidão, houvesse quem tivesse outra explicação "tem a ver com o milho que é o pão do Senhor e que Ele deu na última ceia, acho eu. Este acto faz também a ligação com o vinho, aliás esses dois elementos estão sempre ligados na Igreja e presente na eucaristia", afirma Alberto Costa, de Chaves, junto ao ponto de saída da procissão, também de chegada, a igreja da misericórdia.

Mais acima, em plena Rua do Souto, Bárbara Santos, do Porto, estava perplexa face à imponência da procissão. Confessou, ao JN, que "é das procissões mais bonitas que já viu" e continuou dizendo: "As figuras dos homens de negro, com os reco-recos gigantes, é assustadora mas dá um ar muito particular à procissão".

O exótico grupo dos farricocos, vestidos com grosseiras roupas pretas de penitência, vão descalços, de cordas à cinta e encapuçados. Como outrora os penitentes públicos, levam nas mãos matracas e fogaréus (taças com pinhas a arder), daí chamar-se também "procissão dos fogaréus". Integrados na procissão, revestem um simbolismo diferente. Evocam os guardas que, munidos de archotes, foram de noite prender Jesus.

Já noutro ponto, uma bracarense revelava outro detalhe: "Hoje os anjinhos vão sem os véus, cantando pelas ruas, porque festejam o Senhor enquanto vivo, aliás, celebram a última ceia de Jesus... ", explicou Andreia Ferreira.

JN

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Procissão ‘Ecce Homo’ leva milhares à rua

Braga
2010-04-02
Paula Maia

Milhares de pessoas assistiram ontem à Procissão do Senhor ‘Ecce Homo’, uma das principais manifestações de fé que integram a Semana Santa de Braga.
Entre os inúmeros espectadores encontravam-se, também, muitos turistas, sobretudo espanhóis, que por esta altura do ano se deslocam à cidade dos arcebispos para assistirem às celebrações da Semana Santa.

A anunciar a procissão estavam os já tradicionais farricocos, um dos maiores símbolos associados às celebrações religiosas desta semana.
Envergando grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, os farricocos, empunhando matracas e fogaréus, chamam os irmãos da misericórdia para a procissão.

A imagem de Jesus coroado de espinhos, com as mãos atadas, segurando um ceptro, é a figura central desta procissão. A ima-gem do Senhor ‘Ecce Homo’ representa o Cristo tal como Pilatos o apresentou à multidão, dizendo ‘Eis o Homem!&rd quo;.
Além das figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, a procissão incorpora também catorze obras da misericórdia, bem como figuras históricas li-gadas à fundação e à história das Misericórdias.

Quem chamou a si a realização desta procissão foram as Santas Casas da Misericórdia. E, ainda hoje, é a estas instituições que cabe a tarefa de promover e organizar esta solenidade, por isso considerada a ‘Festa da Irmandade’, à qual todos os irmãos eram então obrigados a assistir. O papel desempenhado outrora pelos irmãos foi hoje parcialmente substituído pelo figurado que integram o cortejo religioso.

A procissão saiu da Igreja da Misericórdia, percorrendo as Rua D. Diogo de Sousa, Arco da Porta Nova, Avenida S. Miguel-o-Anjo, Rua D. Paio Mendes, Rua D. Gonçalo Pereira, Largo de S. Paulo, Largo de Paulo Orósio, Rua do Alcaide, Campo de Santiago, Rua do Anjo, S. Marcos, Largo Barão de S. Martinho, Rua do Souto, Largo do Paço e Igreja da Misericórdia.

Correio do Minho

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Braga vive a semana maior

Braga
2010-03-31
Redacção

A cidade dos arcebispos está a viver a sua semana maior. Além das procissões e outras celebrações religiosas tradicionais, o programa geral incluiu uma componente cultural com oito concertos de música religiosa, distribuídos por várias igrejas da cidade e oito exposições. Mas os próximos dias são os dias grandes das solenidades da Semana Santa e estão aí as procissões que trazem a Braga milhares e milhares de pessoas.

Hoje, a partir das 21.30 horas, sai à rua o cortejo bíblico ‘Vós sereis o meu povo’, vulgarmente designada Procissão de Nossa Senhora da ‘Burrinha’. É com o cortejo, o que mais gente chama ao centro da cidade, representado em 21 quadros históricos compostos por cerca de 800 figurantes, que se inicia o momento de vivência cultural e religiosa, integrado nas Solenidades Pascais.

Amanhã, às 10 horas, a Sé Catedral é palco da tradicional Missa Crismal e Bênção dos Santos Óleos. Nesta celebração, D. Jorge Ortiga faz-se acompanhar por todo o clero da arquidiocese.
Às 16 horas, a anteceder a Missa da Ceia do Senhor, o arcebispos lava os pés a 12 pessoas que representam os 12 apóstolos.
Durante o dia, os farricocos percorrem a cidade, com as suas matracas ruidosas, chamando os irmãos para a procissão da noite.

Às 22 horas sai à rua a Procissão do Senhor ‘Ecce Homo’, organizada pela Irmandade da Misericórdia de Braga.
A imagem do Senhor ‘Ecce Homo’ representa Cristo tal como Pilatos o apresentou à multidão: “Eis o Homem!”.
Esta procissão tem como pontos de partida e de chegada a Igreja da Misericórdia.

Procis são do Enterro do Senhor é a mais solene

Para sexta-feira Santa o destaque vai para a Procissão do Enterro do Senhor, que começa e termina na Sé Catedral.
De todas, esta é a procissão mais solene e comovente. Imponente como nenhuma outra, esta procissão leva o esquife do Senhor morto pelas ruas da cidade. O luto domina: os capitulares e membros das confrarias vão de cabeça coberta; as figuras alegó- ricas ostentam véus negros; as matracas dos farricocos vão silenciosas; as bandeiras e os estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.

Entretanto, ainda na sexta-feira pelas 10 horas realiza-se o ofício de laudes e a alocução sobre as sete palavras de Jesus na Cruz e Sacramento da Reconciliação (confissão) na Sé Catedral.
Ainda durante a tarde de sexta-feira, depois das 15 horas, celebra-se a Paixão e Morte do Senhor e Procissão Teofórica na Sé Catedral.

No sábado, a partir das 10 horas na Sé Catedral, continua o ofício de laudes e o sacramento da reconciliação (confissão). Já à noite, às 21 horas, celebra-se a Vigília Pascal e a Procissão da Ressurreição.

A missa solene do domingo de Páscoa é celebrada às 11,30 horas, na Sé Catedral. Todo o domingo é um dia pascal, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão das semanas, o primeiro dia do mundo novo inaugurado com a ressurreição de Cristo.
No domingo de Páscoa é um costume muito enraizado no Norte de Portugal, um grupo de pessoas (compasso), sempre que possível presidido por um sacerdote, com trajes festivos e partindo da igreja paroquial, se dirigir a Cruz enfeitada aos lares cristãos a anunciar a Ressurreição de Cristo.

Correio do Minho

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Igreja celebra Quinta-feira Santa

Hoje, Quinta-feira Santa, é o dia em que a Igreja comemora a instituição do sacerdócio e da Eucaristia, a agonia de Jesus e o seu julgamento. Na Sé de Braga, às 10h00, é celebrada a missa Crismal e Bênção dos Santos Óleos, presidia pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, que se faz acompanhar de todo o clero da arquidiocese. Às 16h00, é celebrada a Missa da Ceia do Senhor, antecedida pela cerimónia do Lava-Pés. À noite, às 22h00, sai à rua a procissão do Senhor "Ecce Homo", organizada desde tempos antigos pela Santa Casa da Misericórdia, evocando o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada.
Foto,
Publicado a 01-04-2010

Diário do Minho

Santa Casa da Misericórdia de Óbidos

Óbidos vive intensamente tríduo pascal
Os cristãos vivem a partir de hoje, e até domingo, três dias de intensas celebrações. Em Óbidos, a missa da Celebração da Paixão do Senhor começa pelas 15h00, na Igreja de São Pedro, seguindo-se, às 19h00, uma via-sacra, na Cerca do Castelo, que relembra a caminhada de Jesus até ao Calvário.
Gazeta das Caldas - Fátima Ferreira
12:30 Quinta-feira, 1 de Abril de 2010

À noite volta a sair da Igreja da Misericórdia, por volta das 21h30, a procissão do Enterro do Senhor que percorre as ruas da vila iluminada apelas pelos archotes transportados por jovens colocados em pontos-chave da passagem.

No sábado pelas 22h00, realiza-se uma vigília pascal na Igreja de São Pedro. Trata-se de "um momento alto do ponto de vista litúrgico em que a Igreja percorre e reflecte sobre as etapas significativas da intervenção de Deus", explicou o pároco de Óbidos, Paulo Gerardo.

As cerimónias pascais terminam no domingo de Páscoa, por volta das 17h00, na Igreja de São Pedro, onde será celebrada a Missa da Ressurreição.

No passado domingo realizou-se a bênção e a procissão dos Ramos, que começou na Igreja de São João Baptista, percorreu as ruas da vila e terminou com a missa na Igreja de Santa Maria. Seguiu-se, pelas ruas enfeitadas de alecrim e verdura, a procissão dos Passos, que efectua várias paragens junto de pequenos evocativos aos Passos da Paixão, culminando na Igreja da Misericórdia. O bom tempo que se fez sentir atraiu muitas pessoas que participaram, ou apenas assistiram à passagem do cortejo, que contou com a presença de D. António Marcelino, ex-bispo da diocese de Aveiro.

Centenas de pessoas de todo o concelho disponibilizam-se para participar nas celebrações, envergando capas e levando os andores.

A par do programa religioso existe também um programa cultural feito a pensar nos visitantes, muitos deles estrangeiros, que nesta altura se dirigem a Óbidos.

O grande concerto de encerramento terá lugar amanhã, sábado, no Santuário do Senhor Jesus da Pedra, pelas 18h00. Trata-se do Coral Sinfónico "Stabat Mater", de Dvorák, interpretado pela Orquestra Filarmonia das Beiras e o Coro Regina Coeli.

Durante esta semana foi ainda inaugurada uma exposição e realizadas palestras alusivas a esta época do calendário litúrgico. No dia 27 de Março a antropóloga Teresa Perdigão falou sobre os "Rituais de Passagem" - da Invernia à Primavera: A Natureza Floresce. A gente agradece", enquanto que, na terça-feira passada, a jornalista Aura Miguel fez uma intervenção sobre a personalidade e a vinda a Portugal do Papa Bento XVI.

José Parreira, administrador da empresa municipal Óbidos Patrimonium, salientou que já há um público fiel a estas actividades culturais, que são também muito apreciadas pelos estrangeiros, sobretudo espanhóis, que nesta altura do ano visitam Óbidos.

Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel

Ministério da Solidariedade está a avaliar projecto da Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel


O deputado comunista eleito por Beja depois da sua deslocação a Aljustrel e às instalações da Santa Casa da Misericórdia, em Fevereiro passado enviou um requerimento à Assembleia da República.
As preocupações de José Soeiro centraram-se nas instalações actuais, dedicadas à prestação de serviços à terceira idade, que “estão manifestamente inadequadas”. O deputado salienta que “foi tendo presente esta reconhecida necessidade que a Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel concebeu o desenvolvimento de um “projecto integrado” contemplando a construção de um Novo Lar para a terceira idade e a adaptação do antigo Centro de Saúde de Aljustrel a uma Unidade de Cuidados Continuados”.
José Soeiro quis saber se “tendo presente a situação exposta vai o Governo, através do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e do Ministério da Saúde, a exemplo do que fez noutros concelhos, procurar uma solução que permita desenvolver em simultâneo a construção do Novo Lar e a Unidade de Cuidados Continuados de forma a preservar a natureza integrada da iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel.
O Ministério já respondeu afirmando que o projecto está ainda em fase final no processo de avaliação.
José Soeiro espera uma resposta positiva no final de todo este processo.
Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel apresenta candidatura para uma Unidade de Longa Duração e Manutenção à 2ª fase do Programa Modelar da rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Rádio Pax

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

Belamar promove campanha de solidariedade


A fábrica de conservas Belamar está a promover uma campanha de angariação de vestuário usado para doar à Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. A acção de solidariedade está inserida na quadra pascal, no entanto, caso haja possibilidade a iniciativa estende-se durante todo o ano, com o propósito de ajudar os mais necessitados desta instituição. Brevemente os responsáveis da unidade conserveira vão entregar o vestuário recolhido à Santa Casa.
Se pretender continuar a ler esta notícia consulte a edição em papel do "Terras do Ave". Caso pretenda receber comodamente o jornal em sua casa, torne-se assinante.

Santas Casas da Misericórdia: Alcafozes, Proença-a-Velha, Salvaterra do Extremo e Segura

Mistérios da Páscoa


A Ceia dos Doze no concelho de Idanha
1 de Abril de 2010 às 11:20hO concelho de Idanha-a-Nova é inquestionavelmente rico pelas suas tradições quaresmais e pascais, que foram comuns em todo o interior de Portugal. Para a sua manutenção, contribuiu o isolamento a que fora votado, bem como a acção evangelizadora dos Templários, dos Conventos Franciscanos de Nossa Senhora da Consolação, em Monfortinho, e de Santo António, em Idanha-a-Nova, o empenhamento e esmero de uma mão cheia de guardiães que a todo custo procuram preservar manifestações da religiosidade popular em lugares ao ar livre, fora do espaço sagrado, as nove Irmandades das Santas Casas da Misericórdia em actividade e a benéfica acção dos Párocos, nomeadamente dos actuais, que tranquilamente sabem respeitar, valorizar e sublimar, à luz do Concílio Vaticano II, a religiosidade das suas gentes.

De entre as inúmeras manifestações da religiosidade popular que ainda ocorrem, na actualidade, é costume realizar-se, em noite de quinta-feira santa, a Ceia dos Doze em quatro Irmandades da Santa Casa da Misericórdia: Alcafozes, Proença-a-Velha, Salvaterra do Extremo e Segura. Tal ritual, ainda preservado, ocorre em memória da noite em que se aproximava a hora para ser entregue Jesus Cristo e celebrou com os discípulos a última Ceia, sobre a mesa-altar do Cenáculo, em cumprimento da ceia pascal hebraica e inauguração do rito eucarístico.

Acontece até que em Alcafozes perdura o costume, que era comum nas Irmandades das Santas Casas das Misericórdias, de realizar o peditório para a Ceia dos Doze. De manhãzinha, em dia de quinta-feira santa, a sineta da Igreja da Misericórdia anuncia que vai dar-se início ao citado peditório pelos Irmãos que se apresentam vestidos com a respectiva opa ou balandrau. Munidos de uma caldeira de cobre para recolher o azeite, de cestas de vime para colocar os ovos e de uma bolsa para os donativos em dinheiro, saem da dita Igreja, para percorrer todas as ruas da aldeia, levando, à frente, a Bandeira da Irmandade conduzida por um dos Irmãos, ladeada por duas lanternas também erguidas por outros dois Irmãos.

Em Segura, já lá vão uns trinta anos, quando o repasto era confeccionado e servido, na morada do Provedor, momentos antes da chegada dos Irmãos para a Ceia, após as cerimónias, presenciei a saída de todas as mulheres e crianças do mesmo sexo. No máximo de respeito e silêncio, cabia e ainda cabe ao Provedor servir a refeição aos Doze da Irmandade.

Para além da sopa e da sobremesa, o prato comum é o bacalhau, embora confeccionado de diferentes maneiras, excepto em Segura que é peixe frito do rio acompanhado de esparregado de ervas azedas, nomeadamente de folhas largas das de urtigas, de favas, de saramagos, de celgas, de labaças, de borragem, de leitugas, de nabos, de diabelhas.

Não será, em Segura, a tradição de se comer o esparregado de ervas azedas uma evocação do que Deus disse a Moisés e a Aarão no Egipto, ao instituir a Páscoa? Pois o Livro do Êxodo refere: “Nessa mesma noite, comer-se-á carne assada ao forno com pães sem fermento e ervas amargas.” (Êxodo, 12,8). As ervas amargas são comidas também em memória do que o povo israelita sofrera no Egipto. Não terá a ver tal usança com a presença da comprovada comunidade judaica em Segura?

Em Alcafozes, na Ceia dos Doze, participa também a jovem que, na Procissão do Enterro do Senhor, representará a Verónica. Esta, conforme a tradição oral, simboliza a padeira que acorreu a limpar o rosto de Jesus Cristo a caminho do Calvário. No final do repasto, a Verónica sobe para um banco e entoa, em latim, o respectivo canto, ao mesmo tempo que serenamente desenrola o pano com o rosto estampado de Cristo ensanguentado. Já, na véspera, após os Irmãos atapetarem o chão da capela-mor da Igreja da Misericórdia e alindarem os respectivos altares com alecrim e satisfazerem os demais preparativos para as cerimónias do dia seguinte, comem, na sacristia a “parva” em que participa também a Verónica e entoa o respectivo canto.

Não é só essencial para a nossa identidade nacional, regional e local a preservação e salvaguarda do nosso património material, mas também a do imaterial e oral. O respirar memórias e vivências transmitidas de geração em geração é caminho para a paz interior do ser humano.