domingo, 26 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia do Nordeste

Escola Profissional e Misericórdia do Nordeste celebram São João
Regional | 2011-06-25 18:15
Teve lugar no polidesportivo de São Pedro de Nordestinho a celebração do São João, uma actividade organizada conjuntamente pela Escola Profissional e pela Santa Casa da Misericórdia do Nordeste.
A actividade direccionada à comunidade escolar e comunidade envolvente contou com a presença de todos os funcionários e utentes da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste e decorreu no passado dia 22 de Junho.
Esta actividade conjunta visou, por um lado, marcar o fim do ano lectivo da Escola Profissional de Nordeste, bem como manter a tradição das celebrações levadas a cabo pela Santa Casa da Misericórdia do Nordeste, tendo ainda como objectivo geral promover um maior convívio entre as diferentes gerações.
Os festejos foram preparados pelos funcionários da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste bem como pelos formandos dos Cursos de Cozinheiro e de Serviço de Mesa que, colocando os seus conhecimentos técnicos, uma vez mais, ao serviço da comunidade, puderam realizar mais uma aula prática.
A festa foi animada com as marchas dos utentes da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste e as danças modernas dos alunos e formadores da Escola Profissional.
A presença dos utentes da Associação Amizade 2000 trouxe ainda mais alegria à actividade.
O encerramento das actividades estive a cargo do director executivo, Eduardo de Medeiros, que se congratulou com o momento de partilha e convivência intergeracional, ao que se seguiu a actuação da banda da Escola Profissional.
Pedro Nunes Lagarto
AO

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras

Hospital da Misericórdia de Felgueiras duplica número de cirurgias
24.06.2011 - 10:01
Por Lusa
O Hospital Agostinho Ribeiro, da Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, vai realizar este ano cerca de 3000 cirurgias, mais do dobro das realizadas em 2010.
O hospital vai também aumentar a Unidade de Cuidados Continuados O hospital vai também aumentar a Unidade de Cuidados Continuados (Foto: Paulo Pimenta/arquivo)

No ano passado, nos dois blocos operatórios do hospital, foram realizadas cerca de 1200 cirurgias, mas até ao final de 2011, no âmbito de um acordo celebrado em Abril com o Ministério da Saúde (MS) para reduzir as listas de espera, será possível aumentar o ritmo de trabalho.

Paulo Coelho, director-geral do hospital, explica que o acréscimo do número de cirurgias no hospital de Felgueiras também se torna possível, porque vai ser aumentado o número de camas, de 18 para 40, destinado a internamento.

No âmbito do acordo com a tutela, sublinha o responsável, os doentes operados neste hospital “pagam exactamente o mesmo que pagariam se fossem atendidos numa qualquer unidade da rede pública, suportando apenas as taxas moderadoras”. “A vantagem para as pessoas é o acesso gratuito aos nossos serviços, que no passado comparticipavam”, sublinhou.

As cirurgias de oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia têm sido as mais frequentes, dando assim resposta às longas listas de espera do Serviço Nacional de Saúde no interior do distrito do Porto e Vila Real. Cirurgia geral, vascular, ginecologia, urologia e neurocirurgia são outras especialidades que o hospital está habilitado a realizar.

Também no âmbito deste acordo com o MS, aumentou o número de consultas gratuitas, referenciadas pelos centros de saúde, podendo chegar às cerca de trinta mil por ano neste hospital, no âmbito do contrato-programa celebrado com a tutela. A SCMF garante que a estrutura montada, ao nível dos recursos humanos e técnicos, tem condições para realizar cerca de cinco mil cirurgias por ano, se essa for a vontade do novo Governo.

Paulo Coelho disse que neste momento a SCMF já é das maiores do país no domínio da saúde. No hospital Agostinho Ribeiro trabalham 110 funcionários, número que vai ser, em breve, aumentado com a criação de mais 30 postos de trabalho para darem resposta à ampliação da Unidade de Cuidados Continuados (UCC).

A construção de um novo edifício, contíguo ao original, que vai albergar a nova UCC, está quase pronta, esperando-se que em Julho possa iniciar-se a mudança dos doentes das actuais para as novas instalações. O novo espaço vai permitir duplicar a capacidade da UCC, sobretudo porque vai passar a comportar a valência de longa duração, que não existia. No total, esta unidade de cuidados continuados passará a ter capacidade para 64 camas, nomeadamente 14 de convalescença, 18 de média duração e reabilitação e 32 de longa duração e manutenção. A inauguração oficial está marcada para o dia 10 de Setembro.
Público

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde


Presidente da República condecora Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde
O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde foi condecorado pela União das Misericórdias Portuguesas com o grau de 'Mérito e Dedicação' — revelou ontem a instituição.
A distinção foi entregue a Bento Morais pelo Presidente da República Portuguesa, durante a sessão solene de encerramento do X Congresso Nacional das Misericórdias, subordinado ao tema ‘A Intergeracionalidade - Passado, Presente e Futuro’, que decorreu no passado fim-de-semana na Mata da Misericórdia da Santa Casa da Misericórdia de Arganil.

A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, perante tão nobre e elevada distinção, “não pode deixar de manifestar o grande regozijo pelo reconhecimento público e institucional do trabalho desenvolvido pelo Provedor Bento Morais na condução da nossa instituição de serviço público e social, em favor dos mais desprotegidos e de uma das regiões mais desfavorecidas no nosso País” — lê-se numa nota difundida ontem.

A decisão do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), foi tomada após auscultação dos membros da Comissão Nacional das Condecorações da União das Misericórdias Portuguesas.

Qualidade reconhecida pelos utentes

A mesa administrativa aproveita para agradecer aos utentes que manifestam a “preferência pelos serviços da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde e os colaboradores que em muito contribuem no bom desempenho das nossas valências e do seu reconhecimento como instituição de solidariedade social de referência”.
É ainda com redobrada satisfação que “vemos o reconhecimento do trabalho e serviço prestados pelas diferentes valências da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde ser expresso de forma clara e efusiva pelos utentes”.

Considerando a missão desta Instituição, que tem como objectivo “fazer o bem, bem feito”, de forma a promover a melhor qualidade de vida para as nossas populações, nomeadamente os “mais desprotegidos e social e economicamente mais desfavorecidos”, a mesa da Santa Casa de Misericórdia de Vila Verde enaltece o “envolvimento de todos os trabalhadores e colaboradores em contribuir, de forma empenhada e entusiástica, para a concretização do legado de serviço desta Instituição”.

A Misericórdia de Vila Verde é uma instituição particular de solidariedade social, que intervém no âmbito da saúde e da acção social, no Concelho de Vila Verde, desde 1944. Desenvolve diversas respostas sociais, promovendo vários projectos de grande relevo para a promoção e desenvolvimento social e humano das populações do concelho. Desde o seu surgimento, a Misericórdia de Vila Verde luta, lado a lado com a população, na busca de respostas adequados às suas (enormes) carências.
Correio do Minho

domingo, 19 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Jardins da Casa da Prelada reabrem dia 1 de Julho com concerto

A primeira fase do projecto de requalificação da Casa da Quinta da Prelada, Porto, que incluiu toda a área envolvente ao edifício está concluída e será apresentada à cidade a 1 de Julho.
Um concerto da Orquestra do Norte marcará a apresentação dos jardins do lado da Casa, que “incluem o maior labirinto verde da Península ibérica”, afirmou o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares.
“Será a primeira iniciativa para mostrar que a Casa e o espaço estão vivos. Vamos apresentar a recuperação desses jardins”, sublinhou.
Contudo, as obras de restauro do edifício, que acolherá o arquivo histórico da Misericórdia do Porto, um museu e uma biblioteca, só deverão ficar concluídas em Abril ou Maio de 2012.
A Casa da Prelada, situada na Quinta da Prelada, na freguesia de Ramalde, desenhada pelo arquitecto italiano Nicolau Nasoni e classificada como imóvel de interesse público, está encerrada desde 2003, encontrando-se bastante degradada.
A Quinta é considerada como uma das maiores obras de Nasoni em termos de arquitetura paisagística. Nos finais do século XIX, o último proprietário, Francisco Noronha de Menezes, doou a propriedade à Santa Casa da Misericórdia do Porto.
O projecto de restauro, da autoria do arquitecto António Barbosa, integra a Capela, no rés do chão, a Provedoria da Santa Casa da Misericórdia do Porto, no andar nobre, e o Arquivo, que ocupará a cave, parte do rés-do-chão e a sobreloja. Esta zona contempla um auditório, uma sala de exposições, uma biblioteca de acesso livre e 2 salas de leitura, instrumentos de pesquisa e audiovisuais.
Para o futuro está ainda prevista a ligação entre as 2 partes da quinta, separadas pela construção da Via de Cintura Interna, através de um túnel já construído sob a rodovia.
Encerrado desde final de 2006, o antigo parque de campismo deveria reabrir como parque público também este Verão, mas “dificuldades burocráticas” obrigaram a adiar a reabertura do espaço.
“Estamos neste momento, com arquitectos paisagistas, a fazer o realinhamento do parque, para voltar a introduzir uma componente, que é muito famosa no Porto, que é a das camélias. Estamos a tentar reconstruir alguns dos jardins que a abertura da VCI destruiu”, contou António Tavares.
Por outro lado, acrescentou, “estamos com o processo das permutas com a Câmara do Porto e isso é que tem atrasado o processo de reabertura”.
“A nossa ideia era na parte nova (a permutar com a autarquia) introduzir uma componente lúdica e desportiva assente no hipismo. No fundo, a quinta irá ter uma componente cultural, de lazer, lúdica e desportiva. Será uma mistura de Serralves e parque da cidade”, acrescentou.
De acordo com António Tavares, o processo de permuta está fechado, mas há “uma pequena questão jurídica” que não foi acautelada em Assembleia Municipal, e que é preciso resolver.

sábado, 18 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Beja

2011-06-18 07:00
Misericórdias Portuguesas: Distingue vice-provedor da Misericórdia de Beja
A União das Misericórdias Portuguesas atribui o grau de “Mérito e Dedicação” ao vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Beja Manuel Joaquim Figueira. A sessão solene para entrega da condecoração realiza-se hoje, na mata da Misericórdia da Santa Casa de Arganil e conta com a presença do Presidente da República.
A União das Misericórdias Portuguesas atribui o grau de “Mérito e Dedicação” ao vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Beja Manuel Joaquim Figueira, que visa distinguir os reconhecidos serviços prestados à causa das misericórdias.
Esta distinção insere-se no contexto do X Congresso Nacional das Misericórdias, subordinado ao tema: “A Intergeracionalidade – Passado, Presente e Futuro”, que está a decorrer no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.
A sessão solene para entrega da condecoração realiza-se hoje, na mata da Misericórdia da Santa Casa de Arganil e conta com a presença do Presidente da República.
Ana Elias de Freitas

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Misericórdia do Porto inaugura apartamento de autonomia


Para muitos jovens que crescem em instituições, é comum chegar aos dezoito anos sem regressar à família ou sem viver um processo de adopção. A aproximação da idade legal para deixar a Instituição torna-se assim, também, num problema. Para atenuar a passagem para uma nova fase da vida, a Santa Casa da Misericórdia do Porto criou um apartamento de pré-autonomização.
2011-06-17 13:55:39

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Valpaços

Hospital “sem condições para abrir”

Foi conhecido, na semana passada, o parecer sobre a visita realizada às obras do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços por responsáveis da ARS Norte. Conclusão: o hospital não tem condições para funcionar.
A visita foi realizada no passado dia 20 de Maio, segundo comprova o documento ao qual A Voz de Chaves teve acesso, no sentido dos responsáveis da ARS – Norte, Administração regional de Saúde do Norte, “avaliarem as actuais condições físicas do edifício”.
Apesar de comprovarem que relativamente à anterior vistoria “a instituição tem vindo a efectuar várias intervenções de benfeitorias, nomeadamente ao nível da conservação do edifício e da renovação das instalações eléctricas”, os responsáveis da ARS Norte defendem no relatório que essas obras “não têm sido devidamente planeadas, nem acompanhadas por técnicos, da parte da instituição, com conhecimentos específicos na área hospitalar, de modo a cumprir com a legislação e com os requisitos actuais”.
A delegação que se deslocou à cidade valpacense afirmou, ainda, que “o edifício hospitalar não reúne condições de segurança, funcionais e técnicas necessárias para o seu funcionamento”, inviabilizando, assim, qualquer intenção de abertura do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços (SCMV).
Contudo, os responsáveis da ARS Norte terminam o comunicado afirmando estar “disponíveis para prestar todo o apoio no planeamento, no projecto e na construção de um Hospital Novo, de modo a satisfazer os ensejos da comunidade de Valpaços”.
Recorde-se que o Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços está encerrado desde Janeiro passado, quando terminou o prazo do protocolo entre as unidades sob a alçada de misericórdias e o SNS, Serviço Nacional de Saúde. Na mesma altura, a gestão da unidade hospitalar valpacense, antes a cargo da Lusipaços, foi entregue, por ordem do tribunal, à SCMV. O acordo para a gestão do hospital entre a Misericórdia e a Lusipaços só deveria terminar em 2014. No entanto, a Santa Casa decidiu pôr fim ao contrato este ano, recorrendo à cláusula do contrato que o previa caso houvesse cessação do protocolo que a Misericórdia mantinha com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) e que o hospital pudesse tratar doentes do Sistema Nacional de Saúde. O encerramento da unidade hospitalar valpacense já desencadeou algumas manifestações populares e a situação dos cerca de quarenta funcionários que lá trabalhavam continua por resolver.
Cátia Mata
@ctual

sábado, 4 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Almeirim

Intervenção de vice-presidente do município dá uma ajuda à continuidade da creche do Paço
Influência política no acordo entre a Segurança Social e a Misericórdia de Almeirim
foto
Em poucos dias a Segurança Social desbloqueou o financiamento para a creche receber 17 crianças após andar quase dois anos sem resolver a situação.

Em poucas semanas a Santa Casa da Misericórdia de Almeirim viu desbloqueadas as verbas da Segurança Social para o funcionamento da Creche do Paço de que estavam à espera desde 2009. Para isso contribuiu a intervenção do vice-presidente da câmara, Pedro Ribeiro (PS), que puxou das suas influências políticas e pressionou os responsáveis por esta área e o Centro Distrital da Segurança Social de Santarém, que até dispunha de verbas para o apoio à creche mas não tinha autorização superior para as utilizar.
A coordenadora geral da Misericórdia, Helena Duarte, confirma que houve um trabalho de bastidores e reconhece que Pedro Ribeiro ajudou a resolver a situação embora não tivesse havido um pedido formal da instituição nesse sentido. “Ele caminhou connosco”, admite. A creche estava em risco de fechar por falta de apoios da Segurança Social e por acumular prejuízos desde que abriu em Setembro de 2009, no edifício da antiga sede do União de Almeirim.
O acordo foi assinado do dia 25 de Maio e abrange 17 crianças pelas quais a Segurança Social vai pagar uma parte das despesas com efeitos retroactivos a Março deste ano. Neste caso os pais pagarão uma mensalidade consoante os seus rendimentos declarados em sede de IRS. A creche tem actualmente 33 crianças. Para o próximo ano lectivo, explicou Helena Duarte, a creche vai abrir 16 vagas extra-acordo para além das 17 acordadas, mas garante que a instituição vai ter em conta a situação económica actual e que vai ser “criada uma mensalidade fixa” mais em conta.
No inicio do mês de Maio, quando O MIRANTE noticiou que a Misericórdia de Almeirim colocava a hipótese de encerrar a creche, Helena Duarte admitia que a solução mais viável era a creche ficar a funcionar em moldes idênticos às privadas, estando a instituição disponível para praticar um valor abaixo do custo médio. Até porque estava em causa o emprego de 12 pessoas que caso a valência encerrasse teriam que ir para o desemprego. Desde que abriu a creche que a instituição foi esperando que a Segurança Social assinasse o acordo de financiamento como faz com as várias instituições de solidariedade, mas como o dinheiro nunca chegou acumulou um prejuízo de 200 mil euros.
O custo médio por utente na creche da instituição é de cerca de 300 euros, mas havia vários utentes a pagar prestações mínimas de cerca de 35 euros mensais, e outros pouco mais, na perspectiva de que a Segurança Social desbloqueasse a situação. Na selecção das crianças para a creche do Paço no próximo ano lectivo vai ser dada prioridade aos filhos dos funcionários, a famílias que já tenham crianças na instituição, que tem outra creche e jardim-de-infância, e depois a escolha vai ser feita pela data de inscrição.

O Mirante

Santa Casa da Misericórdia das Lajes das Flores

Santa Casa da Misericórdia das Lajes das Flores mergulhada em dívidas

Publicado: 2011-06-02 12:27:52 | Actualizado: 2011-06-02 12:27:52
Por: Luciano Barcelos
Santa Casa da Misericórdia das Lajes das Flores mergulhada em dívidas
Santa Casa da Misericórdia das Lajes das Flores mergulhada em dívidas
Hélio Fernando Silva, ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia das Lajes das Flores é acusado de não apresentar as contas da instituição e de ocultar informação à nova direção, eleita por apenas um voto de diferença.
 

Os pormenores sobre as alegadas irregularidades vêm descritos num extenso relatório elaborado pelo conselho fiscal da santa casa, aprovado na passada semana, em Assembleia geral.

Segundo o documento, disponível na internet, no site da Santa Casa, a instituição está mergulhada em dívidas.

Só à Castanheira e Soares, empresa que construiu o lar de idosos, a Santa Casa das Lajes das Flores deve mais de 460 mil euros, dos quais 320 mil se referem a trabalhos a mais que, alegadamente, nunca terão sido comunicados à tutela.

O ex-provedor terá também utilizado dinheiro da instituição, estando registada uma transferência bancária, feita em Dezembro de 2008, de 8mil euros, da conta da Santa Casa para a conta pessoal de Hélio Silva.

Este dinheiro só há 15 dias foi devolvido, depois de denunciado o caso.

Uma situação que se terá repetido em Agosto do ano passado, com 10 mil euros, que saíram da conta da Santa Casa para uma conta de uma terceira pessoa.

O dinheiro foi devolvido em Dezembro, diretamente pelo ex-provedor.

Hélio Fernando Silva terá também utilizado dinheiro dos utentes do lar de idosos, através da abertura de uma conta conjunta, na qual eram feitas transações e pagamentos que suscitaram muitas dúvidas à nova direção.

Através dessa conta terão sido realizados pagamentos a particulares, cujo destino continua por esclarecer, mas também foram pagas despesas diversas como por exemplo: trabalhar a terra, 10 dúzias de ovos, refeições, peixe fresco e até erva do calhau, alga muito utilizada para a confeção de tortas.

O ex-provedor era também sócio, em conjunto com a mulher, de uma empresa que prestava serviços à Santa Casa, à qual cobrou mais de 6.700 euros.

A nova Direção da Santa Casa da Misericórdia não decidiu ainda que destino vai dar ao relatório agora elaborado.

O novo provedor da instituição diz que vai entregar o documento ao Governo, mas diz também que não fala do assunto à comunicação social.

Quanto ao anterior provedor, Hélio Silva, diz estar de consciência tranquila.

RTP Açores

Santa da Casa da Misericórdia de Paredes de Coura

Lusa

Paredes de Coura: Antiga Casa de Magistrados transformada em centro para deficientes

Viana do Castelo, 02 jun (Lusa) - A antiga Casa de Magistrados de Paredes de Coura vai ser transformada pela Santa da Casa da Misericórdia local num Centro de Atividades Ocupacionais para pessoas com deficiência, anunciou hoje à Lusa o provedor da instituição.
Viana do Castelo, 02 jun (Lusa) - A antiga Casa de Magistrados de Paredes de Coura vai ser transformada pela Santa da Casa da Misericórdia local num Centro de Atividades Ocupacionais para pessoas com deficiência, anunciou hoje à Lusa o provedor da instituição.
O obra de reconversão, hoje colocada a concurso por 549 mil euros, será feita pela Misericórdia num edifício propriedade da Câmara, mas sobre o qual a instituição tem um contrato de comodato.
Fruto deste investimento, o edifício, em pleno centro da vila, vai passar a receber 20 jovens com deficiência, sendo o primeiro centro do género num concelho onde está identificada uma centena de casos.
"Sobretudo será para dar resposta aos jovens que saem do ensino público e que não têm outra solução. Com este centro vão ser atendidos, ensinados e formados para, dentro das suas capacidades, desenvolverem atividades e serem úteis à sociedade", explicou António Pereira Júnior.
Segundo o provedor, a obra já tem um financiamento garantido de cerca de 250 mil euros.
"O resto terá que ser encontrado pela Santa Casa e pela Câmara, dado que se trata de um investimento de utilidade pública para o concelho", sublinhou ainda Pereira Júnior, que também lidera a autarquia de Paredes de Coura.
Este centro vai funcionar num edifício que serviu de sede de uma instituição local e também de jardim-de-infância, mas cuja ocupação inicial foi de residência de magistrados daquela comarca.
Atualmente, os utentes do concelho são apoiados apenas pelos serviços de ação social da Câmara e pela APPACDM de Monção e Viana do Castelo.
"A nossa preocupação maior é que temos alguns jovens prestes a saírem da escola e queremos começar a oferecer condições. A expectativa é que, em 2012, este centro seja uma realidade", rematou Pereira Júnior.

PYJ.
Lusa/Fim.

Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé

Instituição não conseguiu reunir as condições para poder registar a propriedade do lar para dar como garantia bancária
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Misericórdia de Alfândega não consegue empréstimo

As dificuldades financeiras estão a agravar-se na Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé (SCMAF). A instituição não conseguiu reunir condições para dar o Lar de Idosos de Santa Teresinha como garantia bancária de um empréstimo, que tinha como destino saldar parte das dívidas e reestruturar a Misericórdia.

Em causa está um processo em tribunal, que se arrasta há vários anos, que impede a SCMAF de registar o lar como sua propriedade. No passado mês de Abril, o provedor da Misericórdia, Arsénio Pereira, afirmou que tinha sido dado um passo importante no sentido de desbloquear a situação, mas o entendimento entre as partes acabou por não se verificar. “ Não conseguimos o entendimento. Inicialmente, em conversa com o nosso advogado, o advogado da Câmara e o advogado da outra parte chegámos a um pré-entendimento, que estaria dependente de uma reunião entre o advogado e a família que representa, que reivindica a propriedade do terreno. No entanto, a família terá dito que não concordava com o entendimento, pelo que vamos ter que esperar pela sentença”, esclarece o provedor.
Esta situação impediu a Misericórdia de contrair um empréstimo para fazer face aos compromissos com funcionários e fornecedores. “Enquanto não houver uma sentença não podemos passar para o registo do imóvel e também não podemos apresentá-lo como garantia bancária, o que nos traz problemas graves para a instituição”, admite o responsável.
Os constrangimentos financeiros já se verificam no dia-a-dia da instituição. “Temos problemas para pagar a fornecedores. Se temos prejuízo diariamente, ao longo dos tempos, vamos ter problemas para satisfazer os nossos compromissos e manter a confiança junto daquelas pessoas que nos fornecem bens essenciais”, realça Arsénio Pereira.

Provedor afirma que vai ter que aumentar a dívida aos fornecedores para pagar aos funcionários

Os oito salários relativos ao mês de Fevereiro continuam por pagar, mas o provedor não admite a possibilidade de não haver dinheiro para pagar aos funcionários nos próximos meses. “Para pagar os ordenados aos funcionários vamos ter que acumular mais alguma dívida junto dos fornecedores, mais do que aquilo que é desejável e mais do que eles podem esperar em tempo de crise”, lamenta o responsável.
A aposta na mobilidade de pessoal e a rescisão de alguns contratos de trabalho também ainda estão em cima da mesa, mas segundo Arsénio Pereira só poderão avançar depois de haver um encaixe financeiro, que permita o pagamento de indemnizações.
A leitura da sentença ainda não tem data marcada, mas o provedor da Misericórdia espera que o veredicto seja conhecido antes das férias judiciais.
Caso seja interposto um novo recurso e o processo se continue a arrastar nos tribunais, Arsénio Pereira garante que já tem um plano para resolver os problemas da instituição. “Temos outro plano para apresentar junto da Segurança Social, no sentido de termos também alguns apoios que nos permitam fazer essa reestruturação”, garante o responsável.
Arsénio Pereira preferiu não quantificar o valor da dívida, mas afirma que é “muito preocupante”. “A direcção tem soluções estudadas para resolver o problema. Estão é a demorar mais do que aquilo que estávamos à espera”, remata o provedor da Misericórdia de Alfândega.

Santa Casa da Misericordia de Seia

Filipe Camelo critica ULS Guarda por «relegar» Hospital de Seia «para segundo plano»

Presidente da Câmara descontente com a “música” dada pela ULS
Presidente da Câmara descontente com a “música” dada pela ULS
Ausência dos dirigentes e responsáveis de diversos serviços foi publicamente criticada pelo autarca durante a inauguração da Unidade de Saúde da Misericórdia.

Com o concelho de Seia a continuar a ser confrontado com vários problemas na área da saúde, «que têm vindo a agudizar-se», Carlos Filipe Camelo não perdeu a oportunidade de ter na sua presença a ministra da Saúde e publicamente criticar a actuação do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS), com sede na Guarda, para com o hospital de Seia. Uma vez mais o autarca apontou o «vazio de liderança» que «se instalou» no hospital após a integração do Nossa Senhora da Assunção na ULS da Guarda.
«O conselho de administração, durante tempo em demasia, esteve mais ausente do que presente, muito embora se reconheça que, nos últimos meses e após pressões várias e insistidas do Município, tenha feito um esforço para estar mais próximo, assumido que foi o compromisso dos órgãos de gestão, pelo menos de uma vez por mês, realizarem a sua reunião em Seia», referiu o presidente da Câmara na cerimónia de inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia. Filipe Camelo disse ainda que as ausências se estendem à directora do Serviço de Urgência, ao director das Consultas Externas, ao director do Internamento, ao responsável dos Cuidados de Convalescença e mesmo do Bloco Operatório. «Esta situação urge ser minorada ou mesmo ultrapassada, porque sentimos que o hospital de referência que sempre tivemos está a ser relegado para segundo plano», exigindo, por isso, «outro tratamento» em nome da melhoria dos cuidados prestados aos utentes e «na assumpção plena de uma verdadeira parceria e do funcionamento em rede dos dois equipamentos que constituem a ULS.
Para além desta problemática, Filipe Camelo apontou também a falta de médicos no Centro de Saúde de Seia, assim como nas próprias Extensões, «estando em risco aquilo que seria a sua abertura e até mesmo o seu mais que provável encerramento». Frisou que os 13 médicos disponíveis são poucos para o desempenho de serviços a nível das Extensões, do Centro de Saúde e também para assegurar alguns dos horários das Urgências do Hospital e como Seia é território que fica longe para os que vêm de Espanha e para os que vêm de Coimbra ou até mesmo de Viseu, «com algum engenho, arte e boa vontade» tem-se conseguido ultrapassar algumas dificuldades mas «a situação tem vindo a agravar-se nos últimos meses, em virtude da aposentação de vários profissionais, nomeadamente em diversas Extensões de saúde do nosso concelho, onde são necessárias medidas urgentes para repor a normalidade».
Também urgente para o autarca é a requalificação do Centro de Saúde de Seia e a Extensão de São Romão, que apontam «sinais evidentes de degradação», devendo equacionar-se para breve uma rápida intervenção ao nível das infra-estruturas.
Estas preocupações já tinham sido manifestadas ao Ministério da Saúde, assim como «a nova forma de racionalização de recursos» que a ULS encontrou, de forma experimental em Seia, sobre as análises clínicas. A decisão «pode vir a colocar em causa a existência de diversos agentes económicos, nomeadamente os Laboratórios de Análises Clínicas que estão a ser, com esta medida, fortemente prejudicados e em que a qualidade na prestação de serviços ao público em geral, entendida no seu todo, poderá ser, no mínimo, questionável», salientou Filipe Camelo.

Unidade Local de Saúde deve gerir os recursos «de forma eficaz»

Quem ouviu os recados do autarca não foi Fernando Girão, presidente do conselho de administração da ULS, que não marcou presença na inauguração, mas Eduardo Alves da Silva, vogal daquele órgão e também presidente da Assembleia Municipal de Seia. Contudo, coube à ministra da Saúde sair em defesa da ULS, dizendo que não «partilha do desânimo» do presidente da Câmara porque a criação da Unidade Local de Saúde, que gere hospitais e centros de saúde do distrito «de uma forma integrada» e que tem como principal objectivo «melhorar o acesso da saúde às pessoas».
Ana Jorge admitiu conhecer «o problema» que atinge os laboratórios de análises clínicas, mas adiantou que os responsáveis pela gestão dos serviços de saúde «têm a obrigação de gerir os dinheiros públicos de forma eficaz» porque «é preciso compatibilizar o interesse de toda a gente». A governante disse ainda que em cidades como Seia, o facto de haver unidades que «tenham capacidade instalada» de poder fazer as análises dos seus utentes, «nós podemos utilizar melhor os serviços públicos e, obviamente, diminuir o envio destes doentes para o sector público convencionado». Salientou que o assunto «merece reflexão» entre a ULS e os agentes envolventes, porque, tal como os serviços dos dois hospitais, há empresas locais que se especializaram com recursos humanos e técnicos.
Quanto à falta de médicos, Ana Jorge tem esperança que os 1600 alunos que actualmente estão a estudar medicina, daqui por quatro anos «a situação esteja mais tranquila em todo o país». Para já, estão a ser feitos contratos com médicos estrangeiros para «colmatar algumas das maiores dificuldades». A ministra já tinha admitido anteriormente aos jornalistas que o Governo emitiu um despacho «há cerca de um ano» que pretende substituir os contratos de prestação de serviços celebrados com empresas de médicos por contratos individuais. «Aquilo que foi concebido para situações excepcionais tornou-se comum», disse Ana Jorge, referindo-se aos contratos com empresas de médicos. E acrescentou: «A nossa intenção é acabar com estes contratos e poupar dinheiro».
Porta da Estrela

Santa Casa da Misericordia de Montalegre

3,6 milhões e 40 postos de trabalho

Publicada a 27 de Maio de 2011
 
Começa a ganhar corpo a futura Unidade de Cuidados Continuados de Montalegre Mal entrou em funcionamento o Lar de Cabril, pago pela Câmara Municipal de Montalegre, que serve 80 utentes e tem 25 funcionários, iniciou-se outro investimento social no concelho: a futura Unidade de Cuidados Continuados de Montalegre. Uma obra avaliada em 3,6 milhões de euros se somarmos projeto, mobiliário, equipamento e terreno, propriedade da Misericórdia, e comparticipado pelo Governo com 750 mil. A Câmara atribui um subsídio para suportar completamente a obra. Esta aposta é classificada pelo presidente da autarquia como «um imperativo moral». Se tudo correr dentro das projeções os trabalhos estão concluídos no início de 2012.
Situado nas costas do novo Centro Escolar de Montalegre, a Unidade de Cuidados Continuados, atribuída à Misericórdia de Montalegre, tem o projeto, o investimento e todo o processo administrativo apoiado pela Câmara Municipal de Montalegre. Trata-se de uma infraestrutura cujo "esboço" foi iniciado pelo saudoso Manuel Pereira, então provedor, com quem a autarquia estabeleceu a candidatura e o acordo para cobrir o total do financiamento desta unidade de saúde.
Falamos de uma empreitada avaliada em 3,6 milhões de euros se englobarmos não só a obra mas a propriedade pronta a funcionar. Se é verdade que o terreno era propriedade da Misericórdia convém sublinhar que a edilidade vai assumir ainda as despesas com os acessos. Este investimento irá servir, no futuro, o novo lar de Montalegre, projeto integrado na regeneração urbana que está em curso na vila de Montalegre.
GOVERNO DÁ POR DIA
86 EUROS POR UTENTE
A somar a estes dados, referir ainda que o Governo, através do Ministério da Saúde e da Segurança Social, já garantiu um acordo de cooperação que assegura o funcionamento com financiamento de 86, 67 euros por utente de média duração e 58,37 euros por utente de longa duração por dia (onde se incluem 10 euros para medicamentos).
40 NOVOS POSTOS
DE TRABALHO
Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, salienta o peso social desta obra porque, justifica, «vai servir 40 utentes que precisam de cuidados de saúde» para além, acrescenta, «de criar mais de 40 postos de trabalho diretos entre auxiliares e técnicos de saúde».
Lembre-se que recentemente Montalegre conseguiu melhorar e qualificar a urgência do Centro de Saúde criando melhores serviços e mais emprego. Agora é a vez da Unidade de Cuidados Continuados que terá capacidade para cuidar de 40 doentes ou acamados, 30 de longa duração e 10 de média duração.
A importância social deste investimento é reclamada pelo envelhecimento da população que exige uma politica arrojada e de tremendo esforço financeiro para os cofres autárquicos. Neste sentido, Fernando Rodrigues defende que se trata «de um imperativo moral investir nesta área para se cuidar dos doentes e dos que mais precisam mas também, e muito importante, pela criação de emprego». Nesta ótica, o aparecimento desta estrutura obriga à criação de 40 novos postos de trabalho distribuídos por 22 enfermeiros e outros técnicos superiores e 18 auxiliares de ação médica. Por arrasto está ainda a criação de postos de trabalho indireto para fornecimento de refeições, lavagem de roupa, terapia da fala, entre outros.
Para o presidente da Câmara de Montalegre, com o surgimento desta infra estrutura, «vamos ter uma melhoria muito significativa de cuidados sociais e de saúde no concelho» sendo «um sinal importante do esforço e vitalidade de uma das melhores conquistas da democracia – o direito à saúde para todos».
RENDA DAS EÓLICAS
COBRE DESPESAS
Fernando Rodrigues deixa ainda a garantia que este investimento, apesar de representar «um enorme esforço financeiro» para a autarquia, «não afeta as contas atuais da Câmara de Montalegre», porque, termina, «as rendas das eólicas, instaladas recentemente, vão cobrir todas estas despesas e permitir até outros encargos nesta área».

Santa Casa da Misericórdia do Sardoal

  • Santo António vai ser louvado no Sardoal durante quatro dias, de 9 a 12 de Junho, numa acção dinamizada pela Junta de Freguesia de Sardoal, com parceria do GETAS, Filarmónica União Sardoalense, Grupo Desportivo “Os Lagartos” e Santa Casa da Misericórdia.
2011-06-04 08:02:12
Esta acção é enquadrada pela Associação Comercial e Serviços, no âmbito do programa MODCOM – Modernização do Comércio. Assim, entre o perfume das tílias da Praça Nova vão desfilar marchas populares e realizar-se bailaricos pela noite fora, com serviço de bar e refeições.

Programa:
Dia 9 18 horas – Início do arraial. 22 horas – Grupo “Remédiu Santu”
Dia 10 15 horas – Início do arraial. 22 horas – Grupo “Piano Vox”
Dia 11 15 horas – Início do arraial. 21 horas – Concerto pela Filarmónica. 22 horas – Marcha Popular do GETAS. 22h30 – Grupo “FM
Dia 12 8 horas – Cicloturismo. 17h30 – Marchas Populares GETAS, Santa Casa da Misericórdia, Fundação José Relvas (Alpiarça), SOLTRAN (Tramagal) e CIRE (Tomar).

Associação de Entrevinhas quer “descobrir” a aldeia

A Associação de Melhoramentos e dos Amigos de Entrevinhas (AMA), aldeia do concelho de Sardoal, vai levar a efeito um peddy paper alusivo ao tema “Descobrir Entrevinhas”, no próximo sábado, dia 10 de Junho, à tarde.
Esta iniciativa faz parte de um conjunto de acções, que inclui um passeio matinal de bicicleta chamado “Relembrar outras Épocas”, dirigido a avós, filhos, netos e amigos vestidos com trajes antigos, recuperados do fundo de armários e baús.

Para além de um magnífico almoço de churrasco efectuado no largo que integra o conhecido núcleo local de moinhos de vento, vai haver jantar com arraial e jogo da pinhata.

Cidade de Tomar

Santa Casa da Misericórdia de Azinhaga

Entrevista
3 Jun 2011, 09:48h
João Saldanha de Oliveira e Sousa, marquês de Rio Maior, vive na Azinhaga há mais de 40 anos
Um marquês que convive bem com a República
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Como o próprio diz “já tocou muitos burros”, sinal de que a sua vida se tem repartido por diversas actividades e interesses. O marquês de Rio Maior, 80 anos, vive na Azinhaga e é um engenheiro agrónomo e proprietário rural que vive da agricultura. É ainda provedor da Misericórdia de Azinhaga, presidente da assembleia geral da Agrotejo e dono de uma unidade de turismo de habitação. Monárquico convicto, este descendente do marquês de Pombal e do duque de Saldanha convive bem com a República. Numa conversa “em roda livre”, como repetiu várias vezes, aborda de forma viva e bem disposta episódios de uma vida recheada em que até foi o primeiro presidente da Câmara da Golegã depois da revolução do 25 de Abril.
Há pouco tempo, em Paço dos Negros, hasteou a bandeira nacional. É um monárquico rendido à República?
Não. A bandeira é de Portugal. Chamam-lhe bandeira da República portuguesa, mas Portugal existe há mais de 800 anos e a República existe há cem.
Provavelmente preferia a bandeira da monarquia.
Claro que preferia. Por outro lado, o hino nacional ainda me diz mais porque foi feito no tempo de D. Luís e em vez de ser contra os canhões era contra os bretões. Eu gostava de mudar da República para a monarquia, mas se calhar não mudava a bandeira nem mudava o hino.
Como é ser marquês numa República?
Só tem significado para as pessoas que possam estar ligadas ao passado. As pessoas das cidades não ligam nenhuma a isso, mas aqui na província é importante.
Em que sentido?
Pelas pessoas, porque têm consideração pelo passado. A gente em Portugal tem que ter consideração pelo passado. Com êxitos ou com disparates, mas tem que se ter consideração.
Gosta de ser tratado por senhor marquês?
Há duas perguntas que já me fizeram muitas vezes. Uma delas é o que é isso de ser marquês. A primeira vez fiquei tão admirado com a pergunta que só respondi: nasci. Ficou respondido. Quanto ao tratamento, é-me indiferente. Aqui na Azinhaga tanto me tratam por senhor engenheiro como por senhor marquês.
Prefere algum dos tratamentos?
Como nenhum é mentira aceito os dois (risos).
Que relações tem com a Casa de Bragança?
Dou-me lindamente com D. Duarte Pio. Tenho muita ligação com ele e pertenço a coisas consultivas, como o Conselho Monárquico.
O que é que a monarquia poderia fazer melhor que a República?
Só se pode fazer analogias vendo o que se passa noutros países, porque a monarquia não está a trabalhar ao mesmo tempo que a República.
Costuma votar nas eleições presidenciais?
A gente às vezes pode optar por um mal menor e eu tenho votado normalmente naquilo que considero o mal menor.
Os republicanos protegeram bem o património deixado pela monarquia?
O nacionalismo e o portuguesismo não são coisas que estejam propriamente na moda, mas uma coisa que não podemos negar é o nosso passado e tem havido algum cuidado nesse campo.
A aristocracia é muitas vezes associada a um certo marialvismo. Concorda com essa leitura?
Penso que há de tudo um pouco. Há os fidalgos intelectuais, como o meu avô, por exemplo, que era escritor, historiador e poeta, pugnava pelos seus ideais do catolicismo e não tinha nada de marialva. Mas quem é que conhecia o meu avô? Quase ninguém! Enquanto o marquês de Fronteira toda a gente conhecia, até porque pegava toiros e era brigão, dizem. Ainda por cima a minha família era bastante liberal, julgo que o duque de Saldanha também não tinha nada de marialva.
E o senhor, tem uma costelazinha marialva?
Não. Sou apenas aficionado aos toiros.
Que ligação tem à cidade que lhe dá o título?
Quando foi dado o título de conde de Rio Maior já não havia ligação entre os títulos e a posse. Não temos propriedades lá, mas há uma rua do Conde de Rio Maior. É uma terra simpática e o meu amigo Silvino Sequeira, quando era presidente da câmara, até me convidou, nos 150 anos do concelho, para hastear a bandeira de Portugal.
De vereador do antigo regime a presidente da câmara após a revolução
A revolução de 25 de Abril de 1974 operou mudanças acentuadas no país e também na vida de João Saldanha, que de vereador do município no antigo regime passou a presidente da primeira comissão administrativa da Câmara da Golegã após o golpe militar. Esteve em funções entre Junho e Dezembro de 1974, altura em que foi nomeada nova administração que geriu o município até às primeiras eleições autárquicas em 1976 já liderada pelos comunistas.
Como é que um homem associado ao antigo regime, um latifundiário, surge como presidente da Câmara da Golegã em plena época revolucionária? João Saldanha explica esse facto com um conjunto de circunstâncias. Na altura, o ministro da Administração Interna era o coronel Costa Braz, natural da localidade vizinha do Pombalinho, e o governador civil de Santarém era Sacramento Marques, seu amigo pessoal. A confiança depositada por eles levou-o a aceitar o desafio,
“Veja-se esta coincidência mirabolante de eu, que para muita gente necessariamente era fascista, latifundiário, membro de uma câmara que foi demitida, como foram todas, ficar como presidente interino da câmara”, diz João Saldanha, apontando outra circunstância que pode ter contribuído para explicar esse desfecho: a indefinição dos comunistas quanto à organização da Feira Nacional do Cavalo nesse ano conturbado.
“Os comunistas estavam com medo de tomar a câmara e depois fazer ou não fazer a Feira Nacional do Cavalo. Porque se a fizessem era a favor dos fascistas latifundiários e donos de cavalos. Mas também sabiam que a malta adorava ir à Feira do Cavalo e à feira de quinquilharias no Largo do Arneiro”, pelo que seria complicado não a fazer.
João Saldanha foi responsável pela feira nesse ano e apercebeu-se que o ministro Costa Braz tinha muito empenho que a mesma se realizasse. A organização não foi fácil, porque quase não havia coudelarias aptas a participar. “A feira realizou-se à base dos cavalos do Serrão de Faria e das provas de obstáculos com a Escola Prática de Cavalaria, mas não houve quebra. Pode ter sido um simulacro mas o que é certo é que houve cavalos”.
Foi nesse escasso tempo como presidente da câmara interino que foi confrontado com a intenção do dono de um circo de montar a tenda em pleno Largo do Arneiro durante a Feira Nacional do Cavalo, ocupando o espaço nobre da feira. Perante a pretensão do homem, contactou o comando da Escola Prática de Cavalaria na presença do proponente, tendo ficado assente que não havia possibilidade de se alterar o que já estava programado. Era uma altura em que quem mandava eram os militares e João Saldanha ficou assim de tentar arranjar um espaço alternativo para o empresário montar o circo. Conseguiu arranjá-lo, mas entretanto do homem do circo desinteressou-se e não houve circo para ninguém.
Salgueiro Maia impediu ocupação de terras nesta região
Por que razão se refere à revolução do 25 de Abril por “25 barra 4”?
É por brincadeira.
Que significado teve essa revolução para si?
Há uma curiosidade: eu era vereador da Câmara da Golegã nessa altura e não sabia de todo que ia haver o 25 de Abril. E tinha relações de conhecimento com o Salgueiro Maia e de amizade com o Pinto Pereira e o Palma. Conhecia praticamente toda a gente da Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Também conhecia o Costa Braz, que é natural do Pombalinho, que foi ministro da Administração Interna depois do 25 de Abril.
É uma data de má memória para si?
Não. Na história da humanidade houve sempre revoluções, como a liberal em Portugal e a francesa. Veja-se em França o que em nome da igualdade, da liberdade e da fraternidade o Robespierre fez e o que o Napoleão fez, que matou franceses às centenas nas guerras onde andou metido. Isso é uma fraternidade do caraças! Invadia os países para expandir os ideais da revolução. Não há praticamente nenhuma revolução na História que tenha sido inócua. Cá, também em nome da liberdade, cometeram-se alguns atropelos.
Também foi vítima desses atropelos?
Não. Penso que a Escola Prática de Cavalaria (EPC) não deixou que houvesse ocupações de terras aqui na zona. Mas as propriedades do meu tio no Alentejo foram expropriadas, ficou a zero. A Escola Prática de Cavalaria defenderia interesses que não seriam iguais aos da Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas. E haveria também um pacto em que cada unidade fazia o que entendia na sua região.
Na sua opinião, foi então graças à EPC que nesta zona não houve ocupações de terras?
Sim. A própria EPC foi surpreendida com a ocupação da quinta da Torre Bela (Azambuja) e quando os mesmos que ocuparam a Torre Bela quiseram ocupar na Azambuja a quinta da Marquesa o Salgueiro Maia foi lá e não deixou. Não se esqueçam que era raro o mês que eu não estava com alguns deles.
Fazia muita vida em Santarém nessa altura?
Trabalhava na Direcção Geral dos Serviços Agrícolas, brigada da décima região agrícola, em Santarém, na rua Pedro Canavarro. Trabalhei aí não sei quantos anos.
É um visitante habitual da Feira de Agricultura em Santarém?
Já fui mais. Agora, com 80 anos, vou a umas conferências e quase não ouço os conferencistas. Fico com os resumos.
Gostou da deslocação da feira para a Quinta das Cegonhas?
Para mim pessoalmente é muito melhor. Antes para chegar a Santarém era um inferno e agora não. Vai-se lá com muita facilidade. Há sítio para arrumar os carros e para ver muitas manifestações. As actividades taurinas e os campinos é que ficam um bocado longe.
Um nobre agricultor
João Vicente de Saldanha de Oliveira e Sousa nasceu em Lisboa a 23 de Julho de 1930, no berço de uma família nobre. Casado, tem 4 filhos e 11 netos. Formou-se em Agronomia na capital e cedo se dedicou à actividade agrícola, primeiro na zona de Alcobaça e actualmente na Azinhaga e no Alentejo. Foi funcionário do Ministério da Agricultura em Santarém e foi director da Estação Nacional de Fruticultura de Vieira Natividade, em Alcobaça, de que se reformou na década de noventa.
Continua ligado ao movimento associativo, sendo presidente da assembleia geral da Agrotejo - União Agrícola do Norte do Vale do Tejo e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Azinhaga, aldeia onde reside há 43 anos numa casa senhorial com fachadas cobertas de heras adaptada também para turismo de habitação. “Recebemos poucos turistas, é na Feira do Cavalo e pouco mais”, diz.
Fervoroso adepto do ideal monárquico, foi vice-presidente do Conselho de Nobreza e actualmente pertence ao Conselho Monárquico. Na sua árvore genealógica encontram-se nomes grandes da História lusa como o marquês de Pombal e o duque de Saldanha. “O primeiro conde de Rio Maior era genro do marquês e foi o pai do duque de Saldanha”. Gente liberal ligada à maçonaria, diz, cujos passos ele não seguiu nesse capítulo.
Apesar de ser um aficionado pela festa brava - presença assídua na feira taurina de Sevilha - não se considera marialva. Interessado pela História do nosso país, que se cruza com a dos seus antepassados, não perde a oportunidade de enriquecer o seu espólio literário onde conta com uma “biblioteca pombalina” com cerca de 300 volumes que nos mostra com orgulho.
A sua casa de Azinhaga é uma espécie de museu dos últimos cinco séculos do país. O escritório onde nos recebe este homem de pose serena, olhos azuis claros e cabelo branco imaculado proporciona uma pequena viagem pelo nosso passado. “Temos de ter consideração pelo passado”, diz a dado passo da entrevista. E o marquês de Rio Maior dá o exemplo.
“Dei-me sempre bem com Saramago”
Que opinião tem do filho mais ilustre de Azinhaga, o escritor José Saramago?
Conheci o José Saramago, conversámos duas ou três vezes e demo-nos sempre muito bem. Até deu uma carrinha à Misericórdia de Azinhaga, de que sou provedor.
Azinhaga e a Golegã têm sabido potenciar essa relação com Saramago?
A Azinhaga muito bem. Inclusivamente houve celebrações promovidas em Lanzarote em que os únicos portugueses presentes eram o presidente da Junta de Freguesia da Azinhaga e o embaixador de Portugal em Espanha.
O município da Golegã podia fazer mais alguma coisa?
Aí não estou a favor nem contra. Se podia fazer mais? Não sei. Olhe: o dr. José Maltez, que é casado com uma sobrinha minha, quando me apresentou ao Saramago e à Pilar disse que os Saldanhas vieram de Espanha. Eu disse que vieram de Castela, porque nessa altura não havia Espanha, o que é uma verdade histórica.
Um pequeno concelho como a Golegã pode ter os dias contados?
Acho que a política actual está baseada nos votos e quem se meter nisso de destruir concelhos apanha uma tareia na votação. Isso é praticamente impossível.
Há quase 200 anos foram os seus antepassados liberais que extinguiram cerca de 400 municípios.
Sim. E foi útil.
E não seria útil agora?
Até era, mas com o sistema político actual não acredito. Ia com muita frequência a uma propriedade de um amigo meu que tinha 16 mil hectares, o dobro do tamanho do concelho da Golegã. E aqui perto há ainda a Barquinha e o Entroncamento que também são concelhos pequenos.
Azinhaga vai estar em festa nos próximos dias. Envolve-se na Festa do Bodo?
Sim. Na primeira reconstituição da Festa do Bodo antes da revolução de Abril fui eu o juiz. Houve entretanto uma interrupção e depois voltou a haver. Este ano é notável, pois até vai haver concerto musical e uma picaria, que julgo que nunca houve.

O Mirante