sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Penafiel

22.09.2011 19:36

Penafiel: Misericórdia não conseguiu vender nenhum dos 4 terrenos leiloados

O provedor Júlio Mesquita disse à Agência Lusa que apareceram poucas pessoas na sala onde se realizou o leilão e nenhuma aceitou pagar o valor que a instituição pedia pelos terrenos.
"Estamos obviamente desapontados", afirmou, atribuindo a falta de interessados à crise que afeta a economia.

SICNotícias

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Misericórdia do Porto defende que lucros dos jogos deviam ser rateados

O provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares, defendeu, esta quarta-feira, que os lucros dos jogos explorados pela sua congénere da capital sejam divididos pelas instituições do país que fazem trabalho social.
Misericórdia do Porto defende que lucros dos jogos deviam ser rateados
"Faria sentido que esse dinheiro estivesse num bolo para ser rateado pelas instituições que precisassem e não estar afecto à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que acaba por funcionar como um departamento da Segurança Social para a cidade de Lisboa", afirmou o responsável pela Misericórdia portuense.
Em declarações à agência Lusa, António Tavares acrescentou ainda que o actual quadro de afectação dos lucros dos jogos sociais "não deixa de ser manifestamente uma injustiça para o resto do país".
A declaração surge no dia em que o diário "i" noticiou que o total das receitas provenientes dos Jogos da Santa Casa, bem como o património doado à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, vão reverter para os cofres do Estado.
Segundo o mesmo jornal, a Misericórdia de Lisboa iria ser obrigada a integrar o seu orçamento já no Orçamento do Estado para 2012.
Citada pelo Público, fonte do Ministério das Finanças já explicou que a única transferência que está em cima da mesa é a da "parte social".

JN

Santa Casa da Misericórdia, de Penafiel

Penafiel: Vários imóveis vão quinta-feira a leilão

Dívidas obrigam a vender bens

A Santa Casa da Misericórdia, de Penafiel, vai vender terrenos e uma casa para pagar obras de remodelação num lar de idosos, um valor exigido pela Segurança Social.
  • 20 Setembro 2011
Por:Roberto Bessa Moreira

Na próxima quinta-feira, vários imóveis vão ser leiloados e os responsáveis da instituição penafidelense esperam arrecadar, no mínimo, cerca de 300 mil euros. Porém, se este dinheiro não entrar nos cofres da Misericórdia, a remodelação do Lar Santo António dos Capuchos, obra financiada pelo POPH, poderá estar comprometida. "A decisão de vender este imóveis prende-se com a falta de liquidez da Misericórdia", confessa o provedor Júlio Mesquita. O mesmo responsável explica que a venda de terrenos em Croca, Milhundos e Peroselo, onde também vai ser vendida uma casa, há muito que estava decidida. No entanto, nenhum dos imóveis foi ainda vendido, apesar de alguns terem ido a hasta pública, mais que uma vez, desde 2007.
O dinheiro resultante do leilão será canalizado para pagar parte dos 547 mil euros da remodelação do Lar.

CM

Santa Casa da Misericórdia de Nordeste

GaCS: Governo inaugura centro de noite no Nordeste

Ponta Delgada, 21 de Setembro de 2011
Governo inaugura centro de noite no Nordeste

A Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social inaugurou hoje o centro de noite do Centro Comunitário de Apoio ao Desenvolvimento da Salga da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, o primeiro a surgir neste concelho.
Com capacidade para acolher oito utentes, esta nova estrutura visa “apoiar e acompanhar, durante o período nocturno, idosos que devido à solidão, ao isolamento geográfico ou social - por viverem em zonas isoladas ou por ausência de suporte familiar - vivem em situação de insegurança devido à dificuldade em lidar com situações relacionadas, entre outros, com problemas de saúde, perda ou afastamento da pessoa com quem eventualmente viviam”, afirmou Ana Paula Marques, que admitiu, ainda, a possibilidade daquele equipamento vir a albergar um centro de dia.
A construção daquele imóvel e a aquisição de equipamento implicaram um investimento global superior a 274 mil euros.
Dirigindo-se à Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, a Secretária Regional enalteceu o papel daquela instituição, que numa estreita relação com o Governo dos Açores tem desempenhado, segundo a governante regional, um “importante” papel para a população daquele concelho.
Ana Paula Marques salientou, ainda, que o apoio do Governo “não se limita ao investimento nas respostas sociais que lhe são dirigidas, na medida em que também se assinala um esforço de desenvolver políticas que proporcionem aos idosos condições de vida condignas e que garantam o seu direito à autonomia”.
Rentabilizar e optimizar as respostas sociais, requalificar os equipamentos existentes na Região, dotando-os de mais e melhores condições foram alguns dos apelos lançados pela Secretária Regional, que destacou, ainda, a importância de sinergias entre as diversas entidades, sobretudo na actual conjuntura, em que é necessário haver espírito de solidariedade e de fraternidade.

GaCS/SM
Correio do Norte

sábado, 17 de setembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Braga






  • Cantina Social já serve trinta pessoas por dia
    • 2011-09-17

    autor

    Marlene Cerqueira

    De portas abertas desde o dia 5 de Setembro, a Cantina Social da Santa Casa da Misericórdia de Braga presta já apoio alimentar a mais de trinta pessoas por dia. A nova resposta social da instituição foi ontem formalmente inaugurada.
    A funcionar na Rua Abade da Loureira, n.º 200, em Braga, a Cantina Social recebe os utentes entre as 12 e as 14 horas.

    Segundo Bernardo Reis, provedor da Misericórdia de Braga, a criação desta resposta vai assegurar nove mil refeições anuais a famílias com graves carências económicas.
    Neste período inicial, a Cantina Social da Misericórdia prevê apoiar cerca de 50 pessoas, oferecendo-lhe uma refeição completa diária à hora do almoço.
    Em casos excepcionais, as refeições podem ser levantadas na Cantina Social e consumidas no domicílio.

    Os utentes são pessoas sinalizadas e encaminhadas por outros parceiros: Rede Social da Câmara Municipal de Braga, a Cáritas, a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa e os grupos sócio-caritativos do concelho. Este apoio tem a duração máxima de seis meses, período após o qual serão reavaliados todos os casos.
    De realçar que os beneficiários desta cantina não podem receber simultaneamente idêntica ajuda de outras instituições com o mesmo fim.

    A Cantina Social está instalada num prédio propriedade da Santa Casa. A criação do equipamento obrigou a um investimento de 90 mil euros, custeado pela instituição.

    O funcionamento do projecto, ao longo dos próximos três anos, é garantido por dois mecenas: A Primavera Business Software Solutions e o Hospital de Braga — Grupo Mello Saúde.

    Segundo Bernardo Reis, os mecenas aceitaram este desafio desde a primeira hora. “É uma parceria que surge da preocupação e do sentido de responsabilidade social que as entidades envolvidas nutrem pela comunidade envolvente, especialmente no que respeita à franja da população mais vulnerável em tempos de conjuntura económica difícil”.

    Fazendo votos de que “no futuro outras empresas se associem a esta causa nobre, de forma a garantir uma vida mais digna a pessoas que passam por tantas carências”, Jorge Batista, vice-presidente da Primavera BSS sublinhou que não é possível ficar indiferente “à comunidade que nos rodeia”, razão pela qual esta Cantina Social mereceu o financiamento da empresa.

    Na mesma linha, Rui Raposo, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, realçou que “entre as principais prioridades” da unidade de saúde bracarense está a contribuição “para uma melhor qualidade de vida da população que serve”. Sendo assim, “é com base nesta preocupação” que o Hospital de Braga se associou “a este meritório projecto de apoio social, que estou certo que irá melhorar a saúde e o bem-estar da população mais carenciada do concelho”.

    Correio do Minho

    Santa Casa da Misericórdia de Chaves

    Santa Casa da Misericórdia de Chaves: Órgãos Sociais tomaram posse

    Decorreu na quarta-feira, na Igreja da Misericórdia de Chaves, a tomada de posse dos órgãos sociais eleitos para o triénio 2011/2014.
    Decorreu na quarta-feira, na Igreja da Misericórdia de Chaves, a tomada de posse dos órgãos sociais eleitos para o triénio 2011/2014, depois de realizadas as eleições no dia 9 de Setembro, com uma lista apenas.
    Ao fim de 32 anos como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, Nuno Rodrigues deixou a presidência da Mesa Administrativa, cargo que agora foi assumido por João Paulo Abreu.
    A cerimónia da tomada de posse, que contou com a presença do Bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, decorreu na quarta-feira à tarde na Igreja da Misericórdia de Chaves.
    O novo Provedor, João Paulo Abreu, nas breves palavras que proferiu, referiu estar preparado para assumir “o desafio que esta função exige, sobretudo numa altura de crise”, salientando, ainda, algumas ideias de actuação.
    D. Amândio Tomás salientou a importância e a responsabilidade da Santa Casa da misericórdia, saudando “ a coragem dos novos elementos eleitos para levar a cabo a sua missão”.
    Paulo Chaves
    Lista dos Órgãos Sociais
    Assembleia Geral
    Sr. Pe. Hélder Amadeu Batista Sá
    Sr. Prof. Nuno dos Santos Rodrigues
    Sr. Dr. Afonso Evaristo Morais de Castro
    Sr. Dr. Eduardo Amílcar Teixeira da Cruz
    Conselho Fiscal
    Sr. Manuel Jorge Alves Xavier
    Sr. Carlos António Batista Veras
    Sr. Arq. Manuel Pedro Oliveira B. Teixeira
    Sr. Eng. António Augusta Gomes Setas
    Sr. Mário Portugal Ventura
    Sr. Dr. Lucínio Pinheiro Montalvão
    Mesa Administrativa
    Sr. Dr. João Paulo Almeida Abreu
    Sr. Rogério Rodrigues Pereira
    Sr. Amílcar Martins Cunha
    Sr. Isaque de Carvalho Martins
    Sr. Nuno João S. Castor Teixeira
    Sr. Sebastião Garcia Salgado
    Sr. Agostinho José Cabugueira
    Sr. Pe. Valdemar Pereira Coreia
    Sr. Prof. Aníbal Faria Xavier
    Sr. Eng. António José Afonso Durão Branco

    @tual

    Santa Casa da Misericórdia de Penafiel

    Santa Casa de Penafiel pretende arrecadar 300 mil euros com leilão de imóveis
    Misericórdia obrigada a vender património para pagar obras exigidas pela Segurança Social
    A Santa Casa da Misericórdia de Penafiel vai vender terrenos e uma casa para pagar obras de remodelação num lar de idosos exigidas pela Segurança Social. Na quinta-feira da próxima semana, dia 22, vários imóveis vão ser leiloados e os responsáveis da instituição penafidelense esperam arrecadar, no mínimo, cerca de 300 mil euros.
    Porém, se este dinheiro não entrar nos cofres da Misericórdia, a remodelação do Lar Santo António dos Capuchos, obra financiada pelo POPH, poderá estar comprometida.

    O verdadeiro olhar

    Santa Casa da Misericórdia de Barcelos

    Misericórdia de Barcelos lança Cuidados Continuados

    16 Set 2011
    José Carlos Lima 
    A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos vai avançar com a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados, com 55 camas, uma obra avaliada em 2,8 milhões de euros, que será implantada na Quinta da Ordem, junto ao Cávado, onde já funcionam outras valências da instituição. O provedor António Pedras considera que, apesar deste ser um momento de forte crise, «impõe-se avançar» com o empreendimento «sob pena de a Santa Casa poder perder a oportunidade de instalar uma unidade desta categoria, que tanta falta faz aos barcelenses e que deverá criar 55 postos de trabalho».

    Diário do Minho

    Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira

    Restaurante que era um ex-libris em Vila Franca de Xira fechou por falta de clientes
    O restaurante "o Redondel", instalado na Praça de Toiros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, fechou as portas fechadas desde o dia 2 de Agosto. A empresa que explorava o espaço entregou um pedido de insolvência no Tribunal de Comércio de Lisboa. Nos últimos meses o espaço tinha uma afluência muito reduzida, o que motivou o encerramento deste emblemático estabelecimento da cidade.
    Havia dias em que não se servia um único jantar no Redondel. Uma situação que contrasta com o movimento de há uns anos em que o tradicional restaurante chegou a servir mais de 100 almoços diários. Estávamos na década de 90. "O Redondel era uma verdadeira galinha de ovos de oiro", lembra um antigo funcionário. Dos 17 empregados que existiam na casa restavam já apenas quatro. Nos últimos tempos se conseguissem encher a casa a um domingo com 30 clientes já era um dia muito bom. Havia dias em que chegavam a não servir um único jantar.
    Com uma cozinha tradicional portuguesa, nenhum cliente pagava menos de 20 ou 30 euros por uma refeição. Era um restaurante frequentado por algumas elites da cidade, por pessoas ligadas à tauromaquia, empresários, figuras públicas. Para além da crise, segundo alguns funcionários ouvidos por O MIRANTE, a falta de inovação nos pratos oferecidos também pode estar na origem do encerramento.
    Com a diminuição de clientes quem explorava o espaço deixou de ter condições para pagar as avultadas despesas, entre as quais estava o arrendamento do espaço que é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira e pelo qual era cobrada uma renda de dois mil euros. Recorde-se que em 2009 a firma Custódio Heliodoro Sezões que explorava o espaço foi vendida a um funcionário que trabalhava na casa. Depois de o proprietário ter solicitado uma diminuição da renda nos últimos meses, a Santa Casa entendeu que tal não seria possível, adiantou o provedor, que mesmo assim não esperava por um processo de insolvência.
    Neste momento, a empresa nada deve à Santa Casa, estando as rendas todas em dia. Já os quatro funcionários reclamam os ordenados de Junho e Julho. Foram apanhados de surpresa quando o dono da empresa na noite de 2 de Agosto os informou que o restaurante já não abriria no dia seguinte. Saíram com os ordenados em atraso, subsídios de férias por pagar e sem carta de despedimento.
    A Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira tem agora de esperar pela conclusão do processo de insolvência para voltar a arrendar o espaço. "Só quero resolver esta situação o mais rapidamente possível para poder voltar a concessionar o espaço já que é uma renda importante para a Santa Casa da Misericórdia. O Redondel é o ex-libris da terra e é preciso que um espaço destes continue vivo", explicou o provedor Carlos Alberto Dias.

    O Mirante

    quarta-feira, 14 de setembro de 2011

    Santa Casa da Misericórdia de Serpa

    Regional | 07:00 | 14-09-2011
    Mário Simões: "Santa Casa da Misericórdia de Serpa está à frente no PES"
    Mário Simões, deputado do Partido Social-Democrata (PSD), eleito por Beja, visitou a Santa Casa da Misericórdia de Serpa e diz que a mesma “está à frente no Plano de Emergência Social (PES)”.
    O deputado do Partido Social-Democrata (PSD) Mário Simões, eleito por Beja, aproveitou a realização das Jornadas Parlamentares do PSD para se inteirar de uma realidade concreta no campo da intervenção social, visitando a Santa Casa da Misericórdia de Serpa e as obras de construção da Unidade de Cuidados Continuados.
    Na visita que efectuou, o deputado social-democrata diz ter constatado que “o Plano de Actividades e a Agenda Social da Santa Casa da Misericórdia de Serpa vão de encontro aos objectivos do PES – Plano de Emergência Social traçados pelo Governo”.
    Em declarações à Voz da Planície Mário Simões frisou também que “o Governo tem um PES ambicioso, que não implica a criação de mais entidades mas sim, a racionalização das valências das existentes”.
    Ana Elias de Freitas
    Rádio Voz da Planíicie

    terça-feira, 13 de setembro de 2011

    Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel

    Sexta-feira, 09 de Setembro de 2011
    Entrevista. Manuel Frederico
    "Na misericórdia de aljustrel apostamos na qualidade"

    Manuel Frederico, 53 anos, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel
    Qual a importância deste novo lar para a Terceira Idade em Aljustrel? É muito importante, pois temos neste momento dois lares que não têm as melhores condições de dignidade que os idosos devem ter. [Na Misericórdia de Aljustrel] apostamos na qualidade e o futuro tem a ver, efectivamente, com qualidade. Porque até temos infra-estruturas, mas a nossa lacuna é não ter instalações com qualidade. E é essa a nossa grande aposta.

    O novo lar de Aljustrel vai custar cerca de 3,4 milhões de euros, em parte comparticipados por fundos comunitários. Como vai a Misericórdia garantir as verbas próprias necessárias para a concretização da obra? Temos garantido neste momento um subsídio da Câmara [de Aljustrel] de 250 mil euros e fizemos também uma candidatura a um empréstimo da linha BEI de mais 250 mil euros. Temos ainda alguns fundos próprios e já acordámos com a Câmara [de Aljustrel] a venda das actuais instalações do jardim, onde funciona um dos nossos lares. Está acordado que a Misericórdia vai vender isso à Câmara por 420 mil euros.

    As vagas para o novo lar terão todas comparticipação da Segurança Social? Neste momento, temos um acordo para 55 camas. Naturalmente que estamos a contar que estas 60 [camas] tenham acordo, evidentemente.

    Em que ponto está o projecto da Misericórdia para criar uma unidade de cuidados continuados de longa duração em Aljustrel? Esse projecto não está de algum modo posto de parte, mas está a marcar passo apesar de estarmos empenhados em que isso ande para a frente. Depois desta ‘batalha’ de pôr este [projecto do lar] a andar, vamo-nos voltar outra vez para este [projecto da unidade de cuidados continuados]. Porque temos uma comparticipação [de 750 mil euros] aprovada pelo Estado, temos o projecto de arquitectura feito e continuamos na disposição de implementar na vila de Aljustrel uma unidade de cuidados continuados de longa duração com 21 camas.
     
    Correio do Alentejo

    sábado, 10 de setembro de 2011

    Santa Casa da Misericórdia de Viseu

    “Há um elemento emblemático que é a própria bandeira…”

    Alberto Correia
    “Ao serviço de quem precisa” é o lema da Misericórdia de Viseu. É assim hoje e há mais de cinco séculos, aquando do surgimento das Santas Casas da Misericórdia.
    “A primacial função das Misericórdias é a componente social”, disse ao Jornal do Centro o director do Museu da Misericórdia, Alberto Correia, de 69 anos. O mesário que está a cumprir o sexto ano nessa função, abriu-nos as portas do “Tesouro” e guiou uma visita à descoberta da arte e da cultura…

    Em que contexto surge o Museu da Misericórdia?
    O Museu, que também designamos por “Tesouro”, congrega um significativo corpo de bens que se foram recolhendo ao longo dos anos de vida da Santa Casa de Misericórdia de Viseu.
    Este Museu está instalado no contexto da belíssima Igreja da Misericórdia, com uma fachada do estilo barroco do século XVIII. Possui duas alas laterais – norte e sul – que tradicionalmente as Misericórdias utilizavam quer como serviço administrativo quer como botica para administração de medicamentos para quem precisasse. Estes serviços das alas laterais foram desactivados e a Misericórdia requalificou-os. Na ala norte encontra-se o Museu propriamente dito, com a colecção permanente de várias obras de arte que traduzem toda a vivência da história, através de imagens e documentação, através de iconografia variada que respeita aos actos de culto, às procissões e ao quadro devocionário.
    Mantemos uma colecção permanente com muita dignidade, que passa também por um registo de todo um património cultural e artístico que é também um registo das vivências destas instituições muito peculiares. A Misericórdia de Viseu tem feito toda uma recolha, um tratamento, um estudo e uma inventariação do património o que mostra a disponibilidade social, através do Museu ou Tesouro.
    Na ala sul prolongou-se o Museu. Está destinada para exposições temporárias. Temos uma exposição temporária aberta há uns meses, dedicada aos tradicionais beneméritos da Misericórdia, denominada “Histórias de bem-fazer”. Vai ficar exposta durante dois anos – até 2012 – dando depois lugar a outra de quadros de diversos pintores, de elementos iconográficos, de documentação e de elementos textuais de fácil visibilidade.
    O que há no museu?
    Estão presentes objectos que tiveram, em tempo, um uso prático. De um quadro ilustrativo de uma sala, de uma prata ou louça para servir à mesa, até às arcas para guardar roupa. Desvalorizado este valor de uso, ganharam apenas um valor de arte e então recolhem-se nos museus como testemunho dessas vivências. As peças que aqui constam foram restauradas e servem como testemunho, para que conheçamos hoje as ritualidades e os serviços de outrora.
    Qual a peça ex-líbris do Museu da Misericórdia?
    Nós não temos propriamente tesouros nacionais, ainda que todos os objectos tenham muita dignidade. Há um elemento emblemático que é a própria bandeira da Misericórdia. Todas têm uma bandeira que era utilizada nas procissões ou nos actos solenes e que foi sofrendo alterações ao longo dos tempos. Contudo, possuem um cânone que ficou estabelecido no século XVII, e que não mais se alterou.
    A bandeira é o elemento iconográfico que temos de maior valia. Foi pintado por um pintor viseense de grande gabarito chamado Pintor Gata, foi-lhe encomendada esta bandeira que para nós figura como tesouro. Há também outros quadros de Visitação, pedidos pela Misericórdia, nomadamente um emblemático pintado por António José Pereira, o conteúdo da Visitação articula-se como uma das devoções mais particulares da Misericórdia e uma das festas maiores da Santa Casa da Misericórdia. Há também um pequeno tesouro de prataria e ourivesaria ligado aos objectos litúrgicos que foram ficando em desuso, como missais ou paramentaria, que possuem essa valia intrínseca.
    Quem é que faz a escolha das obras para exposição?
    Sou eu. Como mesário fiquei com um pelouro ligado à divulgação e ao património cultural, daí que me tivesse empenhado, desde que vim, em recolher e inventariar tudo o que havia, um pouco perdido nas diversas instalações. As peças foram restauradas, os espaços requalificados e construiu-se todo um programa que está visível a todos quantos nos visitam.
    Pode comparar-se ao Museu Grão Vasco?
    Este é um Museu que não tem a classe do Museu Grão Vasco. Os dois são importantes, mas a extensão, a qualidade e o tempo que já leva, quase 100 anos, tornam o Museu Grão Vasco melhor. Este é um museu ainda muito jovem, com apenas três anos.
    O Museu possui algum acervo?
    O fundamental está exposto, aquilo que é mais preciso, singular e paradigmático. No entanto, há uma série de outros objectos, um pouco repetidos e com menos qualidade, ainda assim dignos de se ver, que se encontram, à imagem do que acontece nos outros museus, nos depósitos. Temos já uma sala espaçosa na residência Rainha Dona Leonor onde está guardado todo esse património que não está exposto. Frascos de farmácia, bustos de alguns beneméritos e mais de meia centena de quadros são algumas das obras guardadas.
    Já se procedeu a alguma alteração das peças durante os três anos?
    O Museu apresenta uma exposição permanente, houve uma ou outra alteração dos quadros, mas nada de relevante.
    Quantas pessoas visitam anualmente o Museu?
    Cerca de seis mil pessoas. Consideramos que é já um número bastante significativo e que nos honra, por isso é que merece que esteja permanentemente aberto, como está.
    Quais as funções de uma Misericórdia?
    A primacial função das Misericórdias é a componente social. Por acréscimo, há a vertente religiosa isto é, a Misericórdia nasceu cristã, católica e daí que a realização de missas, festas e procissões sempre tenha acontecido. Aliado a estas duas valências associa-se a componente artística. As pinturas associam-se à parte mais espectacular do culto, mas os objectos de farmácia, por exemplo, têm a ver com a prestação de serviços dessa parte social que prevalece até aos dias de hoje.
    E os momentos mais marcantes da sua história?
    O momento mais importante foi a fundação. Apesar de não termos a documentação exacta do ano em que foi fundada, as Misericórdias têm a sua origem em 1498 e velozmente se expandiram. A Misericórdia de Viseu deve ter sido criada muito rapidamente, dadas as relações que havia entre os Bispos de Viseu e a Corte. O primeiro regulamento presente no Museu, que é também uma obra exemplar do século XVI, diz que nasceu em 1516, quando o Rei D. Manuel assinou pelo seu punho esse compromisso e o entregou à Misericórdia de Viseu.
    O apoio aos presos, aos pobres e aos doentes sempre foi uma marca. Há também um momento importante em 1565, quando um casal de beneméritos viseense entrega o primeiro Hospital oficial. O desafio da sua construção, muito demorada pela sua imponência, é também digno de destaque, pois retrata o esforço da Misericórdia e do empenho dos beneméritos. Outro momento chave é a construção da Igreja da Misericórdia e a construção do actual lar Viscondessa de São Caetano.
    Há algumas pessoas com dificuldade em constatar a obra social na Misericórdia, onde é que está presente?
    Através da prestação de auxílio à comunidade por creches, berçários, jardins-de-infância, centro de acolhimento temporário de crianças desprotegidas, lares sociais e centros de dia com apoio domiciliário. Apesar destas carências que se têm vindo, infelizmente, a agravar, a Misericórdia mantém um refeitório social e que dia-a-dia serve mais de uma centena de refeições.
    Há prestações que são subsidiadas por recursos dos beneméritos e pela segurança social, dependendo das circunstâncias familiares dos doentes, mas há também pessoas que podem pagar o lar, por exemplo, mas a Misericórdia não deixa de prestar um serviço à comunidade e social, mesmo que cada pessoa possa suportar esses mesmos cuidados.
    A Misericórdia está ao serviço de quem precisa, este é o lema da instituição. Qualquer desvio dessa sua função deve ser chamado à atenção, porque é a missão dos cidadãos criticar, quando a crítica deve ser feita.
    Existe a possibilidade da Misericórdia criar uma Unidade de Cuidados Continuados?
    A Misericórdia de Viseu candidatou-se a uma Unidade de Cuidados Continuados, em 2010. Este serviço deveria ser implantado na cidade uma vez que não existe e onde acho que era importante, dado o quadro populacional da cidade.
    A Misericórdia, mais que ninguém, não só pelo seu bem-fazer tradicional mas também pela proximidade de relações que tem com o Hospital, até pelo facto de ter instalações que resultam da desafectação do antigo edifício, assume-se como uma opção válida.
    Contudo, a Misericórdia de Viseu foi preterida por outras instituições, mas desejaríamos que, muito brevemente, os Cuidados Continuados fossem lançados.
    “Miseris – cor – dare” é o mesmo que ter lugar no coração para todos as vítimas da miséria.
    Oficialmente, as Santas Casas da Misericórdia datam de 15 de Agosto de 1485, como a sua institucionalização em Portugal. Contudo, o culto da Nossa Senhora da Piedade e Senhora da Misericórdia, já existiam no despertar da nacionalidade. Foi a Rainha Dª Leonor de Lencastre, viúva de D. João II a empreendedora desta obra.
    A Misericórdia de Viseu surge em 1516 por exortação de Dom Manuel I. É recomendado o lema”servir a pobreza com a abnegação dos justos”.
    Apenas a título de curiosidade, recorda-se, nesta viagem presente pelo passado da Misericórdia de Viseu, aquelas que deveriam ser, segundo o espírito do compromisso, as características principais dos Irmãos e dos Mesários e Provedor da Misericórdia:
    – Irmãos: Para serem recebidos por Irmãos, os candidatos – “além de serem Homens de boa consciência e fama, tementes a Deus, modestos, caritativos e humildes, quais se requerem para servir a Deus e a seus pobres com a perfeição devida, hão–de ter ainda entre outras, algumas condições que se podem expressar deste modo:
    - Ser limpo de Sangue;
    - Ser livre de toda a Infâmia;
    - Ter idade conveniente;
    - Ser de bom entendimento e saber;
    - Ter meios que bastem, para não se servir dos bens da irmandade, nem se suspeitar de que poderá aproveitar-se do que lhe correr pelas mãos.
    – Mesários e Provedor:
    - Será homem nobre de autoridade;
    - Virtuoso de boa forma;
    - Muito humilde e paciente pelas desvairadas considerações dos homens com que há-de usar e praticar;
    - Repartir entre si todos os cargos segundo o que “mais for serviço de Deus”;
    - E para os quais cada qual se sentir ”mais auto”, ou seja apto em condições de melhor servir, os objectivos da Misericórdia.

    Jornal do Centro

    sexta-feira, 9 de setembro de 2011

    Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim

    Morreu Silva Pereira Provedor da Misericórdia da Póvoa de Varzim


    Qua, 07 Set 2011 12:45
    Póvoa de Varzim


    Aos 83 anos e vítima de doença, faleceu na manhã desta quarta-feira, Manuel da Silva Pereira, Provedor da Misericórdia da Póvoa de Varzim. O seu percurso fica conhecido pela dedicação às muitas instituições do concelho. O funeral realiza-se quinta-feira às 17h na Igreja da Misericórdia. O corpo está em câmara ardente no Salão Nobre da Instituição.
    Macedo Vieira, presidente da Câmara, referiu que a morte de Silva Pereira “é uma perda muita grande para a Póvoa de Varzim, pelo exemplo de notável dedicação a diversas instituições da cidade, e ainda pela sua participação cívica, como antigo vereador e actual membro da Assembleia Municipal”.
    O edil sublinha as grandes obras realizadas por Silva Pereira, quando foi presidente do Clube Naval Povoense e ainda no Varzim, na construção da bancada nascente (actual superior) e do relvado em 1962.
    Macedo Vieira recorda o amigo, pela sua dedicação “ao desenvolvimento e alargamento da Santa Casa da Misericórdia, sendo um dos irmãos mais ilustres desta instituição”, salientando “que foi um exemplo de vitalidade e actividade física”.
    Manuel da Silva Pereira foi agraciado pelo município poveiro com a Medalha de Prata de Reconhecimento Poveiro no segundo mandato de Macedo Vieira.
    O corpo de Silva Pereira será sepultado quinta-feira no cemitério Paroquial de Beiriz, depois das cerimónias funebres a realizadar na Igreja da Misercórdia da cidade às 17h.

    Póvoa Semanário

    Santa Casa da Misericórdia do Porto

    Hospitais da Misericórdia do Porto vão ter gestão comum

    por Lusa
    05 Setembro 2011
    Os dois hospitais da Misericórdia do Porto (Conde Ferreira e Prelada) vão passar a ter uma gestão comum, medida que permitirá poupar 175 mil euros anuais, revelou hoje o provedor da instituição.
    António Tavares disse que os dois hospitais passam a ser administrados por um único órgão, o Conselho de Gestão da Saúde, a que ele próprio preside. Recursos humanos, compras e outros serviços passarão também a ser comuns aos dois hospitais, que empregam um total de 724 pessoas.
    Diferentes serão apenas as comissões de apoio executivas, a liderar por José Caiano (Prelada) e Silvério Cordeiro (Conde Ferreira).
    "Estas comissões estão mais voltadas para as questões do dia-a-dia em cada um dos dois hospitais", explicou António Tavares. O provedor justificou a medida por entender que no actual quadro do país é "imprescindível emagrecer as estruturas".

    DN

    Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso




    Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso inquieta com futuro

    autor

    Lurdes Marques

    O estabelecimento de parcerias público-sociais, na área da saúde, foi defendido, na manhã de ontem, por Humberto Carneiro, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, no decurso da sessão solene que integrou as comemorações do 94.º aniversário da instituição.

    “As Misericórdias já comprovaram, ao longo destes tempos que, de facto, conseguem fazer mais com menos, mais e melhor. No contexto actual em que, de facto, o bem escasso é o dinheiro, ele tem que ser entregue a quem pode, efectivamente, fazer mais e melhor e fazer mais com menos”, referiu o provedor da Santa Casa.

    A possibilidade das Misericórdias trabalharem em rede e se associarem para concorrer à gestão de unidades hospitalares foi defendida por Humberto Carneiro. Aquele responsável salientou a necessidade da União das Misericórdias estabelecer, no terreno, as áreas de influência de cada Misericórdia, para que se potencie as suas sinergias e os resultados.

    Dificuldades e esperança

    O agravamento das contas das Misericórdias devido à não dedução do IVA nas obras de construção ou remodelação foi uma das preocupações deixadas pelo provedor da Misericórdia povoense, que considerou tal facto como “extremamente penalizador”.

    A possibilidade da cobrança do IVA nos serviços prestados pelas instituições de solidariedade social, nomeadamente as Misericórdias, nas valências de Infância e Sénior, foi outra das preocupações trazidas a público por Humberto Carneiro, que apelou a que haja sensibilidade social e que tal situação não se concretize.

    Para além das preocupações, Humberto Carneiro deixou também uma nota de esperança. “Tenho consciência que as Mi-sericórdias saberão encarar os problemas, as dificuldades, com sentido positivo. Mais uma vez, com espírito de entreajuda, humildade, com espírito de sacrifício e de serviço à comunidade, saberemos cumprir a nossa missão misericordiana.

    Aproveitando a presença de Alberto Reis, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, que representou o Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, o provedor da Santa Casa alertou para a necessidade do trabalho em rede das misericórdias.

    Humberto Carneiro destacou que muitas das Misericórdias estão a atravessar dificuldades e apontou a solidariedades das Misericórdias mais ricas ou com mais capacidade de resposta para com aqueles que atravessam um período menos favorável ou que tenham menor capacidade de resposta em termo valenciais.

    Para além do provedor da Santa Casa da Misericórdia, usaram ainda da palavra o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, assim como Alberto Reis, em representação da União das Misericórdias. O momento contou, ainda, com a distinção a colaboradores e o lançamento da 33.ª publicação do “Santa Causa”.

    Instituições celebraram aniversário

    O dia 5 de Setembro representa um momento importante para duas das mais nobres instituições do concelho da Póvoa de Lanhoso.
    Neste dia, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e a Santa Casa da Misericórdia/Hospital António Lopes celebram o seu aniversário.

    Correio do Minho