sábado, 5 de maio de 2012

Santa Casa da Misericórdia da Mealhada


Misericórdia da Mealhada teve, em 2011, saldo positivo de 478 mil euros
30 Abr 2012, 19:00



"O resultado líquido do exercício, positivo no valor de 477.910, resulta do cuidado no uso de recursos e esforço conjunto" pode ler-se no Relatório de Contas da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada aprovado ontem, 29 de abril, por unanimidade, na reunião da Assembleia de Irmãos da instituição centenária. "Tal valor está muito acima do esperado, na medida em que, por precaução, não se tinha orçamentado o acordo do programa Consulta a Tempo e Horas, que contribuiu para dinamizar a actividade do Hospital da Misericórdia da Mealhada", é escrito, ainda, no relatório do exercicio de 2011, que acrescenta: "Consideramos ser um incentivo para toda a irmandade e, principalmente, para os funcionários, colaboradores e demais entidades com quem temos o prazer de partilhar a nossa missão e a obtenção de mais este bom resultado".
Estado deve 2 milhões de euros à Misericórdia da Mealhada
Apesar dos bons resultados, a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada não enbandeira em arco e garante que a falta de liquidez na tesouraria é aflitiva e "não traz boas perspectivas para 2013". "O Ministério da Saúde tem para connosco 1,5 milhões de euros em dívidas. O Estado deve-nos 2 milhões de euros. Dinheiro que nos faz falta e que nos é devido!". "O Estado está a reduzir nos acordos já celebrados e está a prejudicar a saúde pública em Portugal a olhos vistos. Não vejo melhorias em realção a novos acordos com o Estado", afirmou João Peres, que se queixou da falta de apoio político: "Sozinhos não chegamos a lado nenhum e não vale a pena dizer-se que se desconhece esta situação aflitiva. Falta uma pressãozinha dos partidos políticos que nos podiam ajudar!".
Consulta a Tempo e Horas foi aumento brutal na qualidade de vida dos cidadãos
O acordo da "Consulta a Tempo e Horas", que permitia que os médicos no Centro de Saúde marcasse diretamente no Hospital da Mealhada consultas de especialidade e exames, foi um aumento muito grande na qualidade de vida dos cidadãos da região. Assim o garante João Peres e Bruno Peres. "Conseguimos em muito pouco tempo atingir todo o plafond que nos tinha sido dado para um ano inteiro", afirmou João Peres. "A Administração Regional de Saúde do Centro queria cortar-nos 50 por cento este ano - que já estava cheio com consultas do ano de 2011 que haviam excedido - ao contrário do que fizeram todas as outras Adiministrações regionais do país. Andámos em várias reuniões e lá conseguimos manter o número de consultas. Estamos no centro do páis, mas isto é o fim do mundo!", diz João Peres: "Os médicos de família receberam instruções para não mandarem fazer mais consultas de especialidade no nosso hospital! Podia pensar-se que se está a cortar nos desperdicios, mas não, está-se a cortar na qualidade!".
Mealhada tem boas condições de saúde e Anadia e Cantanhede também querem!
"Vamos ver e acompanhar o que vai acontecer aos Hospitais de Anadia e de Cantanhede. São hospitais públicos que o Estado quer devolver às Misericórdias, que não os querem... e que o Estado pode entregar a outras entidades... Temos de acompanhar isso com atenção. Fomos os primeiros a ter boas condições de saúde no concelho, e é natural que Anadia e Cantanhede também se sintam no direito de exigir o que não têm!".
Equilibrio, finalmente, na área da Terceira Idade
"Conseguimos atingir o objectivo estratégico para 2011: o do equilibrio financeiro e económico em todas as áreas de intervenção", afirmou Bruno Peres. Analisando o exercício do ano de 2011 area por área, refere o Relatório que "em 2011 se atingiu o objectivo de atingir o equilibrio económico na área dos idosos". Também o resultado na Educação foi positivo, "ligeiramente abaixo das perspectivas". Foi no que toca à Saúde que os resultados foram mais expressivos. O resultado positivo, nesta valência, ascendeu aos 441.290 euros.
"Continuamos a aguardar pela Câmara em relação ao Mercado", diz João Peres
"As nossas entidades autárquicas continuam a achar que o Mercado não é importante", acusou João Peres. "É caso único no país, um mercado como este não ser gerido pela Câmara Municipal, que é quem tem essa obrigação", acrescentou o provedor que disse ainda "talvez faça concorrência ao Mercado da Pampilhosa e do Luso, que são municipais e a Câmara, talvez por isso, continue a achar que é melhor o Mercado da Mealhada acabar!". "Vamos aguardar, até que alguém que venha a seguir entenda que o mercado é importante para a economia local!", concluiu João Peres.
Santa Casa vai reactivar a Irmandade de Sant´Ana
No período das informações, João Peres, provedor da Santa casa da Misericórdia da Mealhada anunciou que a instituição vai reactivar a irmandade religiosa de Sant´Ana, a padroeira da Mealhada e da Misericórdia. "Mandámos fazer opas novas que poderão passar a ser usadas pelos irmãos que o pretendam, especialmente na procissão da padroeira", que este ano se realizará na tarde de 29 de julho. Também em relação a este assunto, João Peres anunciou que a Misericórdia decidiu que passará a ser outra a imagem de Sant´Ana a sair na procissão. "A imagem que tem saído é muito pesada e há queixas e dificuldades em transportá-la, pelo a Irmandade de São Sebastião nos vai emprestar a sua imagem que passará a sair na procissão".

Jornal da Mealhada

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