Roberto Jujales
Funeral de Matilde Augusta Paulo realizou-se ontem em Alcantarilha26 Abril 2009 - 00h30
Alcantarilha: Caso de alegado desvio de dinheiro no lar da Santa Casa da Misericórdia
Suspeito foi ao funeral de vítima
Familiares de Matilde Augusta Paulo ficaram indignados com a presença de um funcionário do Lar da Misericórdia de Alcantarilha, ontem, no funeral da idosa. O indivíduo é suspeito de se ter apropriado indevidamente dos bens da senhora, munido de uma procuração.
"Devia respeitar a família, pelo menos neste momento", protestou Gabriela Alves, sobrinha de Matilde Paulo. "Já não basta o que fez, ainda aparece no funeral da minha tia", acrescenta. No final da cerimónia, o homem abandonou o cemitério de Alcantarilha, fugindo às tentativas de contacto do CM.
Segundo os familiares de Matilde Paulo, o funcionário obteve uma procuração da idosa para se apoderar de todos os bens. A situação só foi descoberta quando a casa da senhora foi esvaziada e colocada à venda pelo indivíduo, conforme o CM noticiou no início de Março.
"Fiquei chocada quando soube que havia uma procuração para vender os bens da minha tia, que está incapacitada, sem termos conhecimento", explicou, na altura, Gabriela Alves. Uma queixa foi apresentada à PJ de Portimão que, desde então, está a investigar o Lar da Misericórdia. A família queixa--se, ainda, do desaparecimento de 60 mil euros da conta da idosa.
Além do funcionário em questão e de uma notária que o terá ajudado a obter a procuração, a Judiciária está a investigar a eventual existência de um ‘saco azul’ na instituição durante a vigência da anterior direcção do lar, substituída em Janeiro.
João Mira Godinho
CM
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