sexta-feira, 2 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Braga vive a semana maior

Braga
2010-03-31
Redacção

A cidade dos arcebispos está a viver a sua semana maior. Além das procissões e outras celebrações religiosas tradicionais, o programa geral incluiu uma componente cultural com oito concertos de música religiosa, distribuídos por várias igrejas da cidade e oito exposições. Mas os próximos dias são os dias grandes das solenidades da Semana Santa e estão aí as procissões que trazem a Braga milhares e milhares de pessoas.

Hoje, a partir das 21.30 horas, sai à rua o cortejo bíblico ‘Vós sereis o meu povo’, vulgarmente designada Procissão de Nossa Senhora da ‘Burrinha’. É com o cortejo, o que mais gente chama ao centro da cidade, representado em 21 quadros históricos compostos por cerca de 800 figurantes, que se inicia o momento de vivência cultural e religiosa, integrado nas Solenidades Pascais.

Amanhã, às 10 horas, a Sé Catedral é palco da tradicional Missa Crismal e Bênção dos Santos Óleos. Nesta celebração, D. Jorge Ortiga faz-se acompanhar por todo o clero da arquidiocese.
Às 16 horas, a anteceder a Missa da Ceia do Senhor, o arcebispos lava os pés a 12 pessoas que representam os 12 apóstolos.
Durante o dia, os farricocos percorrem a cidade, com as suas matracas ruidosas, chamando os irmãos para a procissão da noite.

Às 22 horas sai à rua a Procissão do Senhor ‘Ecce Homo’, organizada pela Irmandade da Misericórdia de Braga.
A imagem do Senhor ‘Ecce Homo’ representa Cristo tal como Pilatos o apresentou à multidão: “Eis o Homem!”.
Esta procissão tem como pontos de partida e de chegada a Igreja da Misericórdia.

Procis são do Enterro do Senhor é a mais solene

Para sexta-feira Santa o destaque vai para a Procissão do Enterro do Senhor, que começa e termina na Sé Catedral.
De todas, esta é a procissão mais solene e comovente. Imponente como nenhuma outra, esta procissão leva o esquife do Senhor morto pelas ruas da cidade. O luto domina: os capitulares e membros das confrarias vão de cabeça coberta; as figuras alegó- ricas ostentam véus negros; as matracas dos farricocos vão silenciosas; as bandeiras e os estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.

Entretanto, ainda na sexta-feira pelas 10 horas realiza-se o ofício de laudes e a alocução sobre as sete palavras de Jesus na Cruz e Sacramento da Reconciliação (confissão) na Sé Catedral.
Ainda durante a tarde de sexta-feira, depois das 15 horas, celebra-se a Paixão e Morte do Senhor e Procissão Teofórica na Sé Catedral.

No sábado, a partir das 10 horas na Sé Catedral, continua o ofício de laudes e o sacramento da reconciliação (confissão). Já à noite, às 21 horas, celebra-se a Vigília Pascal e a Procissão da Ressurreição.

A missa solene do domingo de Páscoa é celebrada às 11,30 horas, na Sé Catedral. Todo o domingo é um dia pascal, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão das semanas, o primeiro dia do mundo novo inaugurado com a ressurreição de Cristo.
No domingo de Páscoa é um costume muito enraizado no Norte de Portugal, um grupo de pessoas (compasso), sempre que possível presidido por um sacerdote, com trajes festivos e partindo da igreja paroquial, se dirigir a Cruz enfeitada aos lares cristãos a anunciar a Ressurreição de Cristo.

Correio do Minho

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