Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo

Ílhavo: Santa Casa da Misericórdia faz 92 anos

João Bela, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, faz um balanço do funcionamento da Hospital, numa altura em que a instituição celebra 92 anos

Como tem decorrido o funcionamento inicial da Unidade de Cuidados Continuados Integrados? O Hospital está a 100 por cento. Infelizmente, há cada vez mais gente que necessita deste tipo de cuidados. Está a funcionar desde 15 de Novembro; no primeiro mês, a ocupação não foi a 100 por cento, mas, a partir de Janeiro, esteve sempre completa; inclusivamente, já há pessoas em lista de espera. Quantos internamentos se registaram até agora? Temos 55 pessoas diariamente; tendo em conta que fizemos uma rotação de 26 pessoas, já terão passado por aqui à volta de 80 pessoas. Existem dois tipos de internamento: o de média duração, de três meses, e o de longa duração, de seis meses. O que pode acontecer é que, ao fim desse tempo, as pessoas ainda não estejam completamente reabilitadas, pelo que têm que ir a uma nova consulta, fazer uma avaliação, e regressar ou não, dependendo da disponibilidade das camas. Tem sido difícil garantir a sua sustentabilidade? Há a dificuldade da tesouraria, porque os recebimentos são sempre atrasados e temos despesas fixas mensais a que não podemos fugir, principalmente, os vencimentos seguidos da energia, que representa uma carga muito pesada, além dos medicamentos, das necessidades de higiene pessoal e da parte alimentar. A equipa de voluntários está prestes a entrar em acção… Sim. Cerca de 50 pessoas têm vindo a ser formadas para integrar a equipa clínica. Já estão preparadas, pelo que, já na próxima semana começam a sua intervenção. Trata-se de seniores, com bastante disponibilidade, a maior parte de Ílhavo, mas também das Gafanhas e de Aveiro. Vão prestar acompanhamento aos doentes, ajudando-os, principalmente, na parte psicológica, aliviando-lhes esta estadia forçada. Carla Real Diario de Aveiro