Mal entrou em funcionamento o Lar de Cabril, pago pela Câmara Municipal de Montalegre, que serve 80 utentes e tem 25 funcionários, iniciou-se outro investimento social no concelho: a futura Unidade de Cuidados Continuados de Montalegre. Uma obra avaliada em 3,6 milhões de euros se somarmos projeto, mobiliário, equipamento e terreno, propriedade da Misericórdia, e comparticipado pelo Governo com 750 mil. A Câmara atribui um subsídio para suportar completamente a obra. Esta aposta é classificada pelo presidente da autarquia como «um imperativo moral». Se tudo correr dentro das projeções os trabalhos estão concluídos no início de 2012. Situado nas costas do novo Centro Escolar de Montalegre, a Unidade de Cuidados Continuados, atribuída à Misericórdia de Montalegre, tem o projeto, o investimento e todo o processo administrativo apoiado pela Câmara Municipal de Montalegre. Trata-se de uma infraestrutura cujo "esboço" foi iniciado pelo saudoso Manuel Pereira, então provedor, com quem a autarquia estabeleceu a candidatura e o acordo para cobrir o total do financiamento desta unidade de saúde.
Falamos de uma empreitada avaliada em 3,6 milhões de euros se englobarmos não só a obra mas a propriedade pronta a funcionar. Se é verdade que o terreno era propriedade da Misericórdia convém sublinhar que a edilidade vai assumir ainda as despesas com os acessos. Este investimento irá servir, no futuro, o novo lar de Montalegre, projeto integrado na regeneração urbana que está em curso na vila de Montalegre. GOVERNO DÁ POR DIA
86 EUROS POR UTENTE A somar a estes dados, referir ainda que o Governo, através do Ministério da Saúde e da Segurança Social, já garantiu um acordo de cooperação que assegura o funcionamento com financiamento de 86, 67 euros por utente de média duração e 58,37 euros por utente de longa duração por dia (onde se incluem 10 euros para medicamentos). 40 NOVOS POSTOS
DE TRABALHO Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, salienta o peso social desta obra porque, justifica, «vai servir 40 utentes que precisam de cuidados de saúde» para além, acrescenta, «de criar mais de 40 postos de trabalho diretos entre auxiliares e técnicos de saúde».
Lembre-se que recentemente Montalegre conseguiu melhorar e qualificar a urgência do Centro de Saúde criando melhores serviços e mais emprego. Agora é a vez da Unidade de Cuidados Continuados que terá capacidade para cuidar de 40 doentes ou acamados, 30 de longa duração e 10 de média duração.
A importância social deste investimento é reclamada pelo envelhecimento da população que exige uma politica arrojada e de tremendo esforço financeiro para os cofres autárquicos. Neste sentido, Fernando Rodrigues defende que se trata «de um imperativo moral investir nesta área para se cuidar dos doentes e dos que mais precisam mas também, e muito importante, pela criação de emprego». Nesta ótica, o aparecimento desta estrutura obriga à criação de 40 novos postos de trabalho distribuídos por 22 enfermeiros e outros técnicos superiores e 18 auxiliares de ação médica. Por arrasto está ainda a criação de postos de trabalho indireto para fornecimento de refeições, lavagem de roupa, terapia da fala, entre outros.
Para o presidente da Câmara de Montalegre, com o surgimento desta infra estrutura, «vamos ter uma melhoria muito significativa de cuidados sociais e de saúde no concelho» sendo «um sinal importante do esforço e vitalidade de uma das melhores conquistas da democracia – o direito à saúde para todos». RENDA DAS EÓLICAS
COBRE DESPESAS Fernando Rodrigues deixa ainda a garantia que este investimento, apesar de representar «um enorme esforço financeiro» para a autarquia, «não afeta as contas atuais da Câmara de Montalegre», porque, termina, «as rendas das eólicas, instaladas recentemente, vão cobrir todas estas despesas e permitir até outros encargos nesta área». |
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