domingo, 6 de fevereiro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena

Inspecção do Trabalho vai avaliar legalidade da medida
Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena suspende corte salarial
02.02.2011 - 13:24 Por Lusa

A Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena decidiu suspender a redução salarial dos 128 funcionários, até que a Inspecção do Trabalho analise a legalidade da medida.
“Não me passava pela cabeça que um acordo com os funcionários pudesse ser uma ilegalidade. Por isso, resolvemos suspender a medida até que esta seja avaliada pela Inspecção do Trabalho”, afirmou João Pereira à Lusa.

A decisão da Misericórdia de Ribeira de Pena surge depois da denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) que, em carta enviada à Ministra do Trabalho, Helena André, e alertou para a redução “inaceitável” e “ilegal” dos salários.

O SINTAP solicitou a intervenção da ministra para que os trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social “não sejam prejudicados por atitudes arbitrárias e em desrespeito pela negociação colectiva do trabalho”.

Na terça-feira, João Pereira explicou que “não foi de ânimo leve” que a Misericórdia apresentou propostas aos funcionários para evitar o “colapso” da instituição, despedimentos ou o fecho de algumas das valências que ainstituição assegura.

“E estamos em risco de isso acontecer se não forem tomadas medidas a tempo. Não podemos cortar aos serviços de alimentação ou aos cuidados que temos que ter com os nossos utentes”, salientou.

Segundo o responsável, as medidas forma discutidas com os trabalhadores que optaram pelo corte no salário ou pela suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal.

João Pereira salientou as dificuldades financeiras que afectam a instituição e que começaram com o empréstimo que foi necessário pedir para a construção do edifício que alberga o lar, centro de dia, creche e ATL, criticou a falta de apoio do Governo para ajudar a pagar a dívida e lembrou ainda os mil euros anuais de prejuízos e a dívida de 113 mil euros da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte à instituição.

Público

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