domingo, 6 de fevereiro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Valpaços

Valpaços

Acordos com Administração Regional de Saúde ainda pôr decidir

Hospital reduzido à fisioterapia

A Santa Casa da Misericórdia de Valpaços continua sem qualquer acordo com a Administração Regional de Saúde e o hospital está agora reduzido ao serviço de fisioterapia. O provedor acredita, no entanto, que os serviços ficarão normalizados “dentro de um mês”.

O Hospital de Valpaços, que desde o início de Janeiro gere a unidade, por decisão do Tribunal, na sequência de uma providência cautelar interposta pela própria instituição contra a Lusipaços, a empresa que geriu a unidade desde a sua criação, está reduzido ao serviço de fisioterapia.

O Serviço de Atendimento Permanente (urgência) encerrou por decisão do Governo e à semelhança do que aconteceu em outros concelhos. E as consultas de especialidade e o bloco operatório, por decisão da Misericórdia, que ainda não chegou a acordo com a Administração Regional da Saúde, acordo esse que permitiu que, desde a sua criação, em 1999, o hospital, apesar de ser privado, funcionasse quase como se fosse público.

Mesmo assim, e apesar do hospital estar praticamente sem qualquer actividade, o provedor da Misericórdia, Eugénio Morais, desdramatiza a situação. “Há boa-vontade da Administração Regional de Saúde em fazer os acordos. Só estão à espera que o tribunal decida sobre a contestação da Lusipaços à providência cautelar para tomarem uma decisão definitiva”, explica o provedor, lembrando que, se, por hipótese, o tribunal decidir a favor da Lusipaços, não haverá acordos, porque “agora esses acordos só podem ser feitos com as misericórdias”.

Eugénio Morais acredita, no entanto, que “dentro de um mês”, tudo esteja resolvido. “Funcionaremos com a fisioterapia, as consultas e as cirurgias. A urgência acabou, como acabou em todo o lado por decisão do Governo”, afirmou.


Por: Margarida Luzio

Semanário Transmontano

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