domingo, 10 de abril de 2011

D. Albino Cleto homenageado pelas Misericórdias da região

Coimbra: D. Albino Cleto homenageado pelas Misericórdias da região

O bispo, que deixa o cargo este ano, desafiou os membros das Irmandades das Santas Casas a continuarem a guiar-se «pela luz do Evangelho»

Coimbra, 09 abr 2011 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, que este ano vai deixar o cargo, foi homenageado esta sexta-feira pelas 33 Misericórdias da diocese, e pediu-lhes que continuem a cumprir, “de modo atualizado, o mandamento sublime do amor cristão”.
“Se há 500 anos era necessário matar a fome, vestir os nus, acolher peregrinos e até enterrar mortos, hoje é urgente acudir às famílias e, sobretudo, atenuar a solidão e estar presente em situações especiais de doença” apontou D. Albino Cleto, durante uma eucaristia celebrada na Sé Nova de Coimbra.
Na sua homilia, enviada à Agência ECCLESIA, o prelado lembrou o sofrimento que atinge atualmente muitas pessoas, especialmente as que “exigem internamento para cuidados continuados ou acompanhamento em fase terminal”.
E relevou o papel das diversas Misericórdias, que ao prestarem auxílio a estas e outras duras realidades, realizam o “admirável serviço” de “proclamar, no ambiente permissivo desta velha Europa, a dignidade da vida humana até ao seu último momento cá na terra”.
Desafiando os membros das Irmandades das Santas Casas a continuarem a guiar-se “pela luz do Evangelho”, D. Albino Cleto fez votos para que o espírito que levou à criação das Misericórdias, no século XV, continue a marcar presença hoje e no futuro.
“Que sejam homens e mulheres honrados, tomados pelo desejo de servir abnegadamente e nunca pela ambição de distinções, pessoas desprendidas, de mãos limpas” sublinhou o bispo de Coimbra.
Antecipando a vinda de um sucessor, nos próximos meses, o prelado manifestou a sua convicção de que o bispo que virá “continuará a zelar por essa unidade em Igreja, fiel às normas e sem cedência à tentação do autoritarismo ou menos estima pela competência dos Leigos na Igreja”.
D. Albino Cleto, que fez recentemente 76 anos de idade, viu o seu pedido de resignação aceite pelo Papa Bento XVI.
Ao longo do seu ministério, o bispo teve um papel bastante ativo no desenvolvimento dos projetos das Misericórdias diocesanas, sobretudo ao nível de cuidados prestados a crianças, idosos e doentes.
Como forma de reconhecer esse contributo, a União das Misericórdias de Coimbra convidou também o prelado a participar no Congresso Nacional das Misericórdias, que terá lugar naquela diocese, de 16 a 18 de junho.
JCP
Ecclesia

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