domingo, 3 de abril de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Valpaços

Valpaços: Pedida demissão do provedor da Santa Casa

População exige hospital reaberto

"Só queremos o nosso trabalho de volta. No dia 14 deste mês, o tribunal decretou que a Misericórdia tinha até dia 20 para nos pagar pelo menos um mês, mas o senhor provedor ignorou e continuamos no impasse de não sermos integrados nem podermos procurar trabalho por não nos passar as folhas do desemprego", lamenta Guilhermina Dias, uma dos 40 ex-funcionários do Hospital de Valpaços, que encerrou a 6 de Janeiro.
  • 29 Março 2011
Por:Paulo Silva Reis/Ana Mendes
Na manhã de ontem, mais de uma centena de populares voltaram a concentrar-se junto ao hospital para reclamar a reabertura. Os manifestantes, que na última concentração arrombaram os portões da Santa Casa, encontraram agora os portões fechados a cadeado e um maior reforço policial.
"Ainda confio na Justiça deste País, mas se não se tomar uma medida urgente, muitos de nós vamos começar a passar fome. Queremos o trabalho que o tribunal garante ser nosso por direito", disse Vítor Teixeira, outro ex-funcionário.
Os protestos subiram de tom e a destituição de Eugénio Morais do cargo de provedor da Misericórdia era o mote do protesto. Recorde-se que a Assembleia Municipal de Valpaços aprovou uma moção que propõe a demissão do provedor e sugere que a instituição seja liderada pelo presidente da câmara, Francisco Tavares.
"Vivemos em Democracia, e não têm poder para me destituir. O presidente até pode mandar na câmara, mas aqui o poder é dos irmãos da Misericórdia, e só esses é que podem pedir a demissão ou eleger alguém", disse ao CM Eugénio Morais.
Segundo os funcionários, no dia 14 ficou assente em tribunal que a Misericórdia teria uma semana para pagar o salário de Janeiro e um mês para regularizar a situação dos trabalhadores. Eugénio Morais frisou que não deu cumprimento à decisão do tribunal porque a antiga administradora do hospital entrou em insolvência.

CM

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