OE 2012. Misericórdia do Porto prevê aumento de pedidos para comer, vestir e habitação
Por Agência Lusa, publicado em 14 Out 2011 - 16:01
- Pobres
Reuters
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto vê com "muita apreensão" a retirada de poder de compra aos portugueses e aumento da carga fiscal, alertando que vão aumentar pedidos de ajuda para comer, vestir e habitação social.
Em declarações à Lusa, António Tavares disse que o "aumento da carga fiscal muito forte" e a "retirada de poder de compra dos portugueses" vai obrigar as instituições de solidariedade social a "mobilizarem-se ainda mais".
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto alerta, contudo, que as instituições de solidariedade social também vão ter dificuldades em ajudar a população, caso o Estado deixe de ter dinheiro para pagar, por exemplo, às unidades de cuidados continuados.
Nos últimos dois meses, a Santa Casa da Misericórdia do Porto recebeu mais pedidos de ajuda da população, designadamente com o registo de mais "100 pedidos de refeições por dia" e pedidos para obter roupa através do "Banco de vestuário", que foi criado há um mês naquela instituição.
A habitação social da Santa Casa da Misericórdia está "completamente esgotada" e há uma lista de espera de mais de "100 pessoas", acrescentou António Tavares, referindo que os 86 apartamentos - de tipologia T1 até T4 - estão cheios.
Das mais de 200 casas que a Santa Casa do Porto tem arrendadas, estão a ser entregues, em média, duas por semana, porque as pessoas estão sem capacidade para pagar as rendas, adiantou.
"Há um ciclo muito negativo e é preciso criar emprego e programas para permitir às pessoas resolverem os seus próprios problemas", defendeu aquele responsável.
Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu que falta dinheiro para pagar às Misericórdias no âmbito da prestação de serviços nos cuidados continuados e reconheceu não ter um plano de pagamentos.
O presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, frisou, na quinta-feira, que a rede de cuidados continuados é essencial para a organização do Ministério da Saúde e pediu ao Governo que tome decisões políticas para que a rede não venha a definhar.
Em declarações à Lusa, António Tavares disse que o "aumento da carga fiscal muito forte" e a "retirada de poder de compra dos portugueses" vai obrigar as instituições de solidariedade social a "mobilizarem-se ainda mais".
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto alerta, contudo, que as instituições de solidariedade social também vão ter dificuldades em ajudar a população, caso o Estado deixe de ter dinheiro para pagar, por exemplo, às unidades de cuidados continuados.
Nos últimos dois meses, a Santa Casa da Misericórdia do Porto recebeu mais pedidos de ajuda da população, designadamente com o registo de mais "100 pedidos de refeições por dia" e pedidos para obter roupa através do "Banco de vestuário", que foi criado há um mês naquela instituição.
A habitação social da Santa Casa da Misericórdia está "completamente esgotada" e há uma lista de espera de mais de "100 pessoas", acrescentou António Tavares, referindo que os 86 apartamentos - de tipologia T1 até T4 - estão cheios.
Das mais de 200 casas que a Santa Casa do Porto tem arrendadas, estão a ser entregues, em média, duas por semana, porque as pessoas estão sem capacidade para pagar as rendas, adiantou.
"Há um ciclo muito negativo e é preciso criar emprego e programas para permitir às pessoas resolverem os seus próprios problemas", defendeu aquele responsável.
Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu que falta dinheiro para pagar às Misericórdias no âmbito da prestação de serviços nos cuidados continuados e reconheceu não ter um plano de pagamentos.
O presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, frisou, na quinta-feira, que a rede de cuidados continuados é essencial para a organização do Ministério da Saúde e pediu ao Governo que tome decisões políticas para que a rede não venha a definhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário