Maria Cavaco Silva inaugurou creche e jardim de infância da Misericórdia – Obra da Figueira
Atenta, interessada e comunicativa, a Primeira-dama visitou, esta quarta-feira, as instalações da Misericórdia – Obra da Figueira, onde falou com todos: idosos e crianças, responsáveis e funcionários. “Logo à noite tenho lá em casa alguém que vai querer saber tudo”, explicou, em tom de brincadeira. “Eu é que agradeço”, disse a Primeira-Dama a quantos a aplaudiram na inauguração do Edifício António Biscaia, onde estão já em funcionamento a creche e o jardim-de-infância com que a instituição Misericórdia – Obra da Figueira, nas palavras do seu Provedor, Joaquim de Sousa, “estende a sua acção à infância”. A obra, que integra o plano de expansão da instituição, custou um milhão de eu¬ros, tendo o Estado comparticipado com cerca de 300 mil euros. O complexo, constituído por creche, jardim-de¬-infância e ATL, agradou à Primeira-Dama, que percorreu as salas coloridas e animadas pelas crianças. Casas “com alma” “É sempre muito bom encontrar pessoas tão empenhadas, e projectos tão válidos”, sintetizou Maria Cavaco Silva, naquela que foi a sua terceira visita à instituição, mas a primeira na qualidade de Primeira-Dama. Antes de, com o filho do homenageado no nome do novo edifício, o advogado Luís Melo Biscaia, inaugurar o novo edifício, a Primeira-dama visitou as “casas onde se vive com alma”, o Lar de Sto. António (Terceira Idade) e o Lar Costa Ramos (Juventude), demorando-se ainda na passagem pela Igreja de Santo António, cuja beleza e bom estado de conservação fez questão de realçar. Mas foi junto dos mais pequeninos que a Primeira-Dama mais se revelou. Recebida com um ramo de rosas por um casal de crianças, Pedro e Inês, Maria Cavaco Silva não se fez rogada: leu um trecho de um conto infantil, apreciou os trabalhos que decoram as paredes e até ajudou nas fichas que alguns dos pequeninos se atarefavam a completar. Nos discursos oficiais, mais do que o protocolo, imperou o interesse mútuo. Joaquim de Sousa e o Presidente da Autarquia Figueirense, Duarte Silva, agradeceram-lhe a disponibilidade e testemunharam-lhe o apreço por ver o novo edifício inaugurado por alguém que se vem destacando por “uma postura de valores de solidariedade e dedicação à família”, com que a própria Misericórdia – Obra da Figueira se identifica. Por sua vez, a Primeira-Dama afirmou o seu prazer em estar ali, e repetiu, por diversas vezes, que os aplausos eram devidos a quem construiu a obra, a quem a tornou possível (ver caixa) e a quem lhe deu nome. Primeira-Dama preocupada com deficientes e pais O Provedor da Misericórdia – Obra da Figueira aproveitou a pre¬sença de Maria Cavaco Silva para recordar que a candidatura para a construção de um lar residencial para deficientes foi chumbado por duas vezes, com a vice-provedora, Virgínia Pinto, a esclarecer os motivos: custos ultrapassados na primeira tentativa e, corrigidos estes, foi invocada a prioridade aos equipamentos para a infância para recusar a candidatura. A Primeira-dama recebeu em mão um cd com os dados do projecto, e demonstrou-se particularmente sensível à questão, referindo “o desespero dos pais” que não sabem como ficarão os seus filhos, que necessitam de cuidados especiais, quando morrerem. Maria Cavaco Silva expressou o seu desejo de que o projecto, há poucos dias recandidatado, seja agora viabilizado. Generosidade e exemplo Lídia Abegão Magalhães e Maria Manuela Taxares Rodrigues. A primeira deixou uma herança generosa à Misericórdia – Obra da Figueira, e a segunda, que esteve presente e emocionada na inauguração, abdicou da sua parte da herança para aumentar o legado entregue à instituição. A ambas, frisou Joaquim de Sousa, se fica a dever o Edifício António Biscaia que, fruto também do empenho da vice-provedora Virgínia Pinto, ajuda agora a formar cerca de 75 crianças, nas valências de creche e jardim-de-infância. Quanto ao patrono da creche, António da Silva Biscaia, foi um nome “consensual”. António Biscaia (1892-1970) dedicou 47 anos a apoiar crianças e idosos, como dirigente da então Obra da Figueira, que mais tarde se fundiria com a Misericórdia. Na cerimónia de inauguração do equipamento esteve o filho, Melo Biscaia, que enalteceu, emocionado, o legado humanista do pai, agradecendo a homenagem.
Andreia Gouveia
O Figueirense
Atenta, interessada e comunicativa, a Primeira-dama visitou, esta quarta-feira, as instalações da Misericórdia – Obra da Figueira, onde falou com todos: idosos e crianças, responsáveis e funcionários. “Logo à noite tenho lá em casa alguém que vai querer saber tudo”, explicou, em tom de brincadeira. “Eu é que agradeço”, disse a Primeira-Dama a quantos a aplaudiram na inauguração do Edifício António Biscaia, onde estão já em funcionamento a creche e o jardim-de-infância com que a instituição Misericórdia – Obra da Figueira, nas palavras do seu Provedor, Joaquim de Sousa, “estende a sua acção à infância”. A obra, que integra o plano de expansão da instituição, custou um milhão de eu¬ros, tendo o Estado comparticipado com cerca de 300 mil euros. O complexo, constituído por creche, jardim-de¬-infância e ATL, agradou à Primeira-Dama, que percorreu as salas coloridas e animadas pelas crianças. Casas “com alma” “É sempre muito bom encontrar pessoas tão empenhadas, e projectos tão válidos”, sintetizou Maria Cavaco Silva, naquela que foi a sua terceira visita à instituição, mas a primeira na qualidade de Primeira-Dama. Antes de, com o filho do homenageado no nome do novo edifício, o advogado Luís Melo Biscaia, inaugurar o novo edifício, a Primeira-dama visitou as “casas onde se vive com alma”, o Lar de Sto. António (Terceira Idade) e o Lar Costa Ramos (Juventude), demorando-se ainda na passagem pela Igreja de Santo António, cuja beleza e bom estado de conservação fez questão de realçar. Mas foi junto dos mais pequeninos que a Primeira-Dama mais se revelou. Recebida com um ramo de rosas por um casal de crianças, Pedro e Inês, Maria Cavaco Silva não se fez rogada: leu um trecho de um conto infantil, apreciou os trabalhos que decoram as paredes e até ajudou nas fichas que alguns dos pequeninos se atarefavam a completar. Nos discursos oficiais, mais do que o protocolo, imperou o interesse mútuo. Joaquim de Sousa e o Presidente da Autarquia Figueirense, Duarte Silva, agradeceram-lhe a disponibilidade e testemunharam-lhe o apreço por ver o novo edifício inaugurado por alguém que se vem destacando por “uma postura de valores de solidariedade e dedicação à família”, com que a própria Misericórdia – Obra da Figueira se identifica. Por sua vez, a Primeira-Dama afirmou o seu prazer em estar ali, e repetiu, por diversas vezes, que os aplausos eram devidos a quem construiu a obra, a quem a tornou possível (ver caixa) e a quem lhe deu nome. Primeira-Dama preocupada com deficientes e pais O Provedor da Misericórdia – Obra da Figueira aproveitou a pre¬sença de Maria Cavaco Silva para recordar que a candidatura para a construção de um lar residencial para deficientes foi chumbado por duas vezes, com a vice-provedora, Virgínia Pinto, a esclarecer os motivos: custos ultrapassados na primeira tentativa e, corrigidos estes, foi invocada a prioridade aos equipamentos para a infância para recusar a candidatura. A Primeira-dama recebeu em mão um cd com os dados do projecto, e demonstrou-se particularmente sensível à questão, referindo “o desespero dos pais” que não sabem como ficarão os seus filhos, que necessitam de cuidados especiais, quando morrerem. Maria Cavaco Silva expressou o seu desejo de que o projecto, há poucos dias recandidatado, seja agora viabilizado. Generosidade e exemplo Lídia Abegão Magalhães e Maria Manuela Taxares Rodrigues. A primeira deixou uma herança generosa à Misericórdia – Obra da Figueira, e a segunda, que esteve presente e emocionada na inauguração, abdicou da sua parte da herança para aumentar o legado entregue à instituição. A ambas, frisou Joaquim de Sousa, se fica a dever o Edifício António Biscaia que, fruto também do empenho da vice-provedora Virgínia Pinto, ajuda agora a formar cerca de 75 crianças, nas valências de creche e jardim-de-infância. Quanto ao patrono da creche, António da Silva Biscaia, foi um nome “consensual”. António Biscaia (1892-1970) dedicou 47 anos a apoiar crianças e idosos, como dirigente da então Obra da Figueira, que mais tarde se fundiria com a Misericórdia. Na cerimónia de inauguração do equipamento esteve o filho, Melo Biscaia, que enalteceu, emocionado, o legado humanista do pai, agradecendo a homenagem.
Andreia Gouveia
O Figueirense
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