Santa Casa da Misericórdia da Mealhada - Situação financeira da instituição poderá ficar estabilizada no ano de 2010
Transferência do Centro de Noite para Lar, abertura de uma Escola Básica 1, estabilização da situação financeira do Hospital da Mealhada e pretensão da venda do Mercado Municipal à Câmara Municipal da Mealhada foram as conclusões retiradas do Plano de Actividades e Orçamento, para o ano de 2010, da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada. “Julgamos que no ano de 2010 a situação financeira da Santa Casa esteja praticamente estabilizada”, declarou João Peres, provedor da instituição, na assembleia desta instituição, que se realizou na manhã do passado domingo, 29 de Novembro.
Centro de Noite vai passar a Lar
Em relação à valência dos Idosos, João Peres garantiu que “o problema se mantém, uma vez que as pensões são cada vez mais baixas”.
“Em relação ao Centro de Noite, o problema está praticamente resolvido e tudo indica que vai funcionar como Lar. Tem dezassete camas e queremos transferir dezassete idosos do Lar Novo para este edifício”, explicou o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada.
Instituição quer abrir escola do primeiro ciclo para o próximo ano lectivo
“A Infância é uma área que tem uma qualidade de serviço reconhecida pela comunidade. Temos para esta valência um resultado positivo de cerca de vinte e três mil euros”, declarou João Peres, que ainda informou: “Estamos a pensar seriamente em abrir uma escola do primeiro ciclo. Vamos ver a viabilidade desta pretensão porque gostávamos de o fazer já no próximo ano lectivo”.
Sobre este assunto, Arminda Martins, vereadora da Câmara Municipal da Mealhada, questionou: “Esta ideia está articulada com a Carta Educativa do concelho da Mealhada ou está à margem disso?”.
João Pega respondeu: “A ideia do primeiro ciclo surgiu porque os encarregados de educação das nossas crianças da área da Infância insistiram. A primeira fase, a da autorização por parte do Ministério da Educação, já está ultrapassada”.
“Será ainda difícil abrir as Urgências vinte e quatro horas por dia”
“A valência da Saúde, que tanta dor de cabeça nos tem dado, julgamos que em 2010 esteja praticamente equilibrada”, garantiu João Peres, referindo-se ao Hospital da Misericórdia da Mealhada. “Sempre acreditámos no benefício que esta unidade de saúde poderia trazer à população”, acrescentou.
Alegando que o resultado negativo esperado para o próximo ano será de apenas cento e sete mil euros, o provedor da Santa Casa ainda apelou: “Esperemos que em breve o Serviço Nacional de Saúde estabeleça mais acordos connosco – como por exemplo, nas áreas da cardiologia, da pneumologia e até com o INEM – uma vez que o nosso hospital está altamente referenciado na área da saúde”.
Referindo-se às urgências, João Peres garantiu que “será ainda difícil abrir este serviço vinte e quatro horas por dia, enquanto não tivermos apoios. Abri-las, custa-nos dinheiro que nos faz falta para outras coisas”. “Quando os outros serviços do hospital estiverem totalmente equilibrados, abrimos vinte e quatro horas por dia e asseguramos esse prejuízo”, acrescentou.
“Nos Cuidados Continuados temos uma taxa de ocupação de oitenta sete por cento e é um serviço certo que praticamente está sempre cheio”, afirmou João Peres.
Sobre o Mercado Municipal o provedor da Santa Casa afirmou que “esta é uma valência que dá lucro”, o que acaba por ser um problema “uma vez que isso só se deve ao facto de não fazermos obras”.
“Esperemos que em breve a Câmara Municipal da Mealhada nos compre o espaço e invista num novo projecto. Não nos importamos de continuar a geri-lo se assim for necessário”, garantiu João Peres. “O acordo ainda não aconteceu porque a Câmara da Mealhada e a Santa Casa têm perspectivas diferentes do valor do espaço”, explicou ainda.
“Quero crer que no ano de 2015 o hospital seja uma grande fonte de riqueza”
A assembleia terminou com a leitura do documento de parecer positivo, por parte do Conselho Fiscal, ao Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2010, que foi aprovado por unanimidade. Américo Freitas, elemento do Conselho Fiscal, ainda afirmou: “Quero crer que no ano de 2015 o hospital seja uma grande fonte de riqueza para toda a instituição”.
Mónica Sofia Lopes
Data Publicação: 2009-12-02
Autor: JM
Jornal da Mealhada
Transferência do Centro de Noite para Lar, abertura de uma Escola Básica 1, estabilização da situação financeira do Hospital da Mealhada e pretensão da venda do Mercado Municipal à Câmara Municipal da Mealhada foram as conclusões retiradas do Plano de Actividades e Orçamento, para o ano de 2010, da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada. “Julgamos que no ano de 2010 a situação financeira da Santa Casa esteja praticamente estabilizada”, declarou João Peres, provedor da instituição, na assembleia desta instituição, que se realizou na manhã do passado domingo, 29 de Novembro.
Centro de Noite vai passar a Lar
Em relação à valência dos Idosos, João Peres garantiu que “o problema se mantém, uma vez que as pensões são cada vez mais baixas”.
“Em relação ao Centro de Noite, o problema está praticamente resolvido e tudo indica que vai funcionar como Lar. Tem dezassete camas e queremos transferir dezassete idosos do Lar Novo para este edifício”, explicou o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada.
Instituição quer abrir escola do primeiro ciclo para o próximo ano lectivo
“A Infância é uma área que tem uma qualidade de serviço reconhecida pela comunidade. Temos para esta valência um resultado positivo de cerca de vinte e três mil euros”, declarou João Peres, que ainda informou: “Estamos a pensar seriamente em abrir uma escola do primeiro ciclo. Vamos ver a viabilidade desta pretensão porque gostávamos de o fazer já no próximo ano lectivo”.
Sobre este assunto, Arminda Martins, vereadora da Câmara Municipal da Mealhada, questionou: “Esta ideia está articulada com a Carta Educativa do concelho da Mealhada ou está à margem disso?”.
João Pega respondeu: “A ideia do primeiro ciclo surgiu porque os encarregados de educação das nossas crianças da área da Infância insistiram. A primeira fase, a da autorização por parte do Ministério da Educação, já está ultrapassada”.
“Será ainda difícil abrir as Urgências vinte e quatro horas por dia”
“A valência da Saúde, que tanta dor de cabeça nos tem dado, julgamos que em 2010 esteja praticamente equilibrada”, garantiu João Peres, referindo-se ao Hospital da Misericórdia da Mealhada. “Sempre acreditámos no benefício que esta unidade de saúde poderia trazer à população”, acrescentou.
Alegando que o resultado negativo esperado para o próximo ano será de apenas cento e sete mil euros, o provedor da Santa Casa ainda apelou: “Esperemos que em breve o Serviço Nacional de Saúde estabeleça mais acordos connosco – como por exemplo, nas áreas da cardiologia, da pneumologia e até com o INEM – uma vez que o nosso hospital está altamente referenciado na área da saúde”.
Referindo-se às urgências, João Peres garantiu que “será ainda difícil abrir este serviço vinte e quatro horas por dia, enquanto não tivermos apoios. Abri-las, custa-nos dinheiro que nos faz falta para outras coisas”. “Quando os outros serviços do hospital estiverem totalmente equilibrados, abrimos vinte e quatro horas por dia e asseguramos esse prejuízo”, acrescentou.
“Nos Cuidados Continuados temos uma taxa de ocupação de oitenta sete por cento e é um serviço certo que praticamente está sempre cheio”, afirmou João Peres.
Sobre o Mercado Municipal o provedor da Santa Casa afirmou que “esta é uma valência que dá lucro”, o que acaba por ser um problema “uma vez que isso só se deve ao facto de não fazermos obras”.
“Esperemos que em breve a Câmara Municipal da Mealhada nos compre o espaço e invista num novo projecto. Não nos importamos de continuar a geri-lo se assim for necessário”, garantiu João Peres. “O acordo ainda não aconteceu porque a Câmara da Mealhada e a Santa Casa têm perspectivas diferentes do valor do espaço”, explicou ainda.
“Quero crer que no ano de 2015 o hospital seja uma grande fonte de riqueza”
A assembleia terminou com a leitura do documento de parecer positivo, por parte do Conselho Fiscal, ao Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2010, que foi aprovado por unanimidade. Américo Freitas, elemento do Conselho Fiscal, ainda afirmou: “Quero crer que no ano de 2015 o hospital seja uma grande fonte de riqueza para toda a instituição”.
Mónica Sofia Lopes
Data Publicação: 2009-12-02
Autor: JM
Jornal da Mealhada
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