segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Azeitão

Misericórdia de Azeitão constrói unidade de cuidados continuados

A construção da Unidade de Cuidados Continuados, que permitirá realizar internamentos, é o grande projecto para 2010 da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão. Com um trabalho amplamente reconhecido no campo dos cuidados paliativos, a instituição aguarda também a integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Única forma de poderem “dar mais apoio a mais pessoas”, como frisa Jorge Carvalho, provedor da Santa Casa e coordenador da equipa domiciliária de cuidados paliativos.

A unidade de cuidados paliativos da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão (SCMA), a funcionar desde 2003, presta actualmente apoio a quase meia centena pessoas por mês. Este é um apoio “integrado e integral” dado por uma equipa multidisciplinar e que “funciona 365 dias por ano, 24 horas por dia”, como salienta Jorge Carvalho. O clínico geral, um dos dois médicos que integram a equipa domiciliária, aguarda com expectativa o início das obras da desejada Unidade de Cuidados Continuados, que deverão arrancar “no início de 2010”.

A unidade, que contará “com cerca de 90 camas e cerca de 100 residências assistidas, permitirá não só fazer um melhor acompanhamento dos doentes, como também fazer internamentos”. Algo que, actualmente, não conseguem assegurar, pelo menos a preços acessíveis para os utentes. Isto porque o acordo com o Lar dos Bancários de Brejos de Azeitão, “que vigorou durante os três primeiros anos da existência dos cuidados paliativos” cessou e, com ele, a facilidade de recorrer a estas instalações sempre que um doente necessita de internamento. “Neste momento isso é uma dificuldade”, admite o médico, que defende que “as pessoas devem continuar nas suas casas enquanto houver condições para isso”, no entanto, “muitas vezes os internamentos são inevitáveis” e daí a importância de ter um espaço próprio onde os realizar.

Igualmente importante, segundo refere o clínico, agraciado em 2007 pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil, é a integração na Rede de Cuidados Continuados Integrados (RCCI). “Faz todo o sentido que isso aconteça”, refere Jorge Carvalho, frisando que apesar de prestarem os cuidados, não usufruem dos apoios financeiros. “Essa integração permitiria aumentar o número de profissionais que integram a equipa e, assim, dar apoio a mais pessoas”, diz o clínico, que reconhece que têm mais pedidos do que os que conseguem assegurar. “Não pode ser de outra forma, caso contrário corre-se o risco de deteriorar a qualidade do serviço”, conclui.

Ana Paula Gouveia - 21-12-2009 10:19
Setúbal na Rede

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