Lacerda Pais, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro: “Temos a noção que estamos a lidar com meios escassos”
A Misericórdia precisa de apoio para a construção de novos equipamentos sociais no concelho. Mas as dificuldades financeiras são um entrave, reconhece o provedor
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro desde 2007, Carlos Alberto Lacerda Pais, 62 anos, candidata-se a um novo mandato (2010/2012) para concluir projectos de vários milhões de euros que a instituição tem em mãos. Debatendo-se com constrangimentos financeiros, a irmandade carece de apoios externos para levar avante esses empreendimentos. Mas Lacerda Pais reconhece que o Estado “não pode socorrer a todos”. E a Câmara de Aveiro “não poder ajudar as instituições como devia”
Por que se candidata a um novo mandato?
Apresentámos ao Estado quatro projectos que consideramos essenciais para a comunidade aveirense e depositamos todas as esperanças de que se venham a concretizar. Não seria correcto da nossa parte não nos expormos à votação dos irmãos da Santa Casa, uma vez que estes projectos comportam um valor financeiro bastante elevado. Achamos que a responsabilidade é nossa.
Quais são esses projectos?
A unidade de cuidados continuados a implantar junto ao actual lar no complexo social da Moita, em Oliveirinha; um centro de dia e um centro de acolhimento para utentes com demência, num terreno doado na Glória; a Casa do Seixal; e o solar de Sarrazola, para crianças e idosos.
Acredita que esses projectos ficarão concluídos no próximo mandato?
Tenho essa expectativa e esse desejo. Aveiro não possui qualquer unidade de cuidados continuados, por exemplo; neste momento, os doentes de Aveiro estão a ser remetidos para Águeda, Castelo de Paiva, Arouca, Oliveira de Frades e sabe-se lá para onde… Quanto ao equipamento para utentes com demência, é um projecto bastante inovador em termos nacionais; é uma aposta porque estamos a constatar que entre os utentes - os que já temos e os que estão em lista de espera - a prevalência das demências é bastante elevada, nomeadamente o Alzheimer. Dos cerca de 190 que temos, 57 têm demências já prescritas, dos quais 32 com Alzheimer. Para a Casa do Seixal está previsto um centro de dia; a casa está-se a degradar todos os dias e temos necessidade de fazer qualquer coisa. Para Sarrazola está previsto um lar para cerca de 30 a 40 utentes, com centro de dia e apoio domiciliário.
(Ler artigo completo na edição em papel)
João Paulo Neves e Rui Cunha
Diário de Aveiro
A Misericórdia precisa de apoio para a construção de novos equipamentos sociais no concelho. Mas as dificuldades financeiras são um entrave, reconhece o provedor
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro desde 2007, Carlos Alberto Lacerda Pais, 62 anos, candidata-se a um novo mandato (2010/2012) para concluir projectos de vários milhões de euros que a instituição tem em mãos. Debatendo-se com constrangimentos financeiros, a irmandade carece de apoios externos para levar avante esses empreendimentos. Mas Lacerda Pais reconhece que o Estado “não pode socorrer a todos”. E a Câmara de Aveiro “não poder ajudar as instituições como devia”
Por que se candidata a um novo mandato?
Apresentámos ao Estado quatro projectos que consideramos essenciais para a comunidade aveirense e depositamos todas as esperanças de que se venham a concretizar. Não seria correcto da nossa parte não nos expormos à votação dos irmãos da Santa Casa, uma vez que estes projectos comportam um valor financeiro bastante elevado. Achamos que a responsabilidade é nossa.
Quais são esses projectos?
A unidade de cuidados continuados a implantar junto ao actual lar no complexo social da Moita, em Oliveirinha; um centro de dia e um centro de acolhimento para utentes com demência, num terreno doado na Glória; a Casa do Seixal; e o solar de Sarrazola, para crianças e idosos.
Acredita que esses projectos ficarão concluídos no próximo mandato?
Tenho essa expectativa e esse desejo. Aveiro não possui qualquer unidade de cuidados continuados, por exemplo; neste momento, os doentes de Aveiro estão a ser remetidos para Águeda, Castelo de Paiva, Arouca, Oliveira de Frades e sabe-se lá para onde… Quanto ao equipamento para utentes com demência, é um projecto bastante inovador em termos nacionais; é uma aposta porque estamos a constatar que entre os utentes - os que já temos e os que estão em lista de espera - a prevalência das demências é bastante elevada, nomeadamente o Alzheimer. Dos cerca de 190 que temos, 57 têm demências já prescritas, dos quais 32 com Alzheimer. Para a Casa do Seixal está previsto um centro de dia; a casa está-se a degradar todos os dias e temos necessidade de fazer qualquer coisa. Para Sarrazola está previsto um lar para cerca de 30 a 40 utentes, com centro de dia e apoio domiciliário.
(Ler artigo completo na edição em papel)
João Paulo Neves e Rui Cunha
Diário de Aveiro
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