Misericórdia pede esclarecimentos à Administração de Saúde do Centro
Texto deAna Filipa Rodrigues Fotos deNuno Ferreira
A Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV) vai requerer à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) a apresentação dos critérios que ditaram a aprovação das unidades de cuidados continuados (UCC) no concelho de Viseu.
A ARSC aprovou a candidatura de quatro IPSS do concelho, em Torredeita, Farminhão, Campo e Rio de Loba. A candidatura da Santa Casa da Misericórdia de Viseu foi preterida com a justificação de que o concelho de Viseu passa a ter uma oferta suficiente para as necessidades existentes. "Sinto-me defraudado. Penso que esta decisão é uma desconsideração muito grande para com a Misericódia", afirma o provedor da SCMV, Magalhães Soeiro.
O provedor sublinha que a justificação dada não é suficiente para que a candidatura não fosse aceite. "Esta justificação não nos chega. Se a nossa candidatura fosse eliminada por deficiênçias técnicas era uma coisa. Mas,nós reunimos todas as condições para recebermos esta unidade. Portanto, esta justificação não explica nada", refere o provedor.
A SCMV reuniu na terça-feira passada e decidiu exigir saber quais foram os critérios "que conduziram ao actual ordenamento da implementação de unidades de cuidados continuados em Viseu".
Para já Magalhães Soeiro não adianta que medidas irá tomar depois de conhecer os critérios de selecção da ARSC, mas reforça que todo o processo tem de ser avaliado. "A saúde foi a primeira área em que investimos, sempre foi uma função da Misericórdia. Este é uma serviço [unidade de cuidados continuados] que gostaríamos imenso de prestar à população", afirma.
De acordo com o provedor, a SCMV, embora sem UCC, sempre acolheu utentes a precisar de apoio continuado. "São muitas as solicitações, quer do hospital, quer das técnicas da segurança social", garante.
O projecto da Santa Casa da Misericódia previa a construção de uma infra-estrutura junto ao Lar D. Rainha Leonor com 42 camas. "Temos um corpo clínico e de enfermagem permanente. Além disso, temos lares para onde depois os utentes podem ser encaminhados", justifica.
Magalhães Soeiro não coloca em causa a selecção das outras instituições, mas admite que há muitos utentes que preferem ter os seus familiares a cinco metros do hospital do que em freguesias distantes.
O concelho de Viseu era o maior pólo urbano do distrito que continua va sem ter UCC.
A ARSC aprovou quatro candidaturas. As novas infra-estruturas serão construídas nas freguesias de Campo, Farminhão, Rio de Loba e Torredeita. Estas novas unidades terão capacidade para 123 camas de média duração e reabilitação e de longa duração e manutenção. Os projectos correspondem a um investimento público de três milhões de euros.
O distrito irá passar a dispôr de 467 camas em 13 concelhos do distrito (Mortágua, Resende, Nelas, Santa Comba Dão, Oliveira de Frades, Vouzela, Viseu, Tarouca, Mangualde, Vila Nova de Paiva, Penalva do Castelo, Sernancelhe e Cinfães).
A ARSC aprovou ainda o investimento de 118 mil euros apenas para equipamento moderno das UCC da Santa Casa da Misericórdia de Vouzela, Mortágua e Santar.
ed. 405, 18 de Dezembro de 2009
Jornal do Centro
Texto deAna Filipa Rodrigues Fotos deNuno Ferreira
A Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV) vai requerer à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) a apresentação dos critérios que ditaram a aprovação das unidades de cuidados continuados (UCC) no concelho de Viseu.
A ARSC aprovou a candidatura de quatro IPSS do concelho, em Torredeita, Farminhão, Campo e Rio de Loba. A candidatura da Santa Casa da Misericórdia de Viseu foi preterida com a justificação de que o concelho de Viseu passa a ter uma oferta suficiente para as necessidades existentes. "Sinto-me defraudado. Penso que esta decisão é uma desconsideração muito grande para com a Misericódia", afirma o provedor da SCMV, Magalhães Soeiro.
O provedor sublinha que a justificação dada não é suficiente para que a candidatura não fosse aceite. "Esta justificação não nos chega. Se a nossa candidatura fosse eliminada por deficiênçias técnicas era uma coisa. Mas,nós reunimos todas as condições para recebermos esta unidade. Portanto, esta justificação não explica nada", refere o provedor.
A SCMV reuniu na terça-feira passada e decidiu exigir saber quais foram os critérios "que conduziram ao actual ordenamento da implementação de unidades de cuidados continuados em Viseu".
Para já Magalhães Soeiro não adianta que medidas irá tomar depois de conhecer os critérios de selecção da ARSC, mas reforça que todo o processo tem de ser avaliado. "A saúde foi a primeira área em que investimos, sempre foi uma função da Misericórdia. Este é uma serviço [unidade de cuidados continuados] que gostaríamos imenso de prestar à população", afirma.
De acordo com o provedor, a SCMV, embora sem UCC, sempre acolheu utentes a precisar de apoio continuado. "São muitas as solicitações, quer do hospital, quer das técnicas da segurança social", garante.
O projecto da Santa Casa da Misericódia previa a construção de uma infra-estrutura junto ao Lar D. Rainha Leonor com 42 camas. "Temos um corpo clínico e de enfermagem permanente. Além disso, temos lares para onde depois os utentes podem ser encaminhados", justifica.
Magalhães Soeiro não coloca em causa a selecção das outras instituições, mas admite que há muitos utentes que preferem ter os seus familiares a cinco metros do hospital do que em freguesias distantes.
O concelho de Viseu era o maior pólo urbano do distrito que continua va sem ter UCC.
A ARSC aprovou quatro candidaturas. As novas infra-estruturas serão construídas nas freguesias de Campo, Farminhão, Rio de Loba e Torredeita. Estas novas unidades terão capacidade para 123 camas de média duração e reabilitação e de longa duração e manutenção. Os projectos correspondem a um investimento público de três milhões de euros.
O distrito irá passar a dispôr de 467 camas em 13 concelhos do distrito (Mortágua, Resende, Nelas, Santa Comba Dão, Oliveira de Frades, Vouzela, Viseu, Tarouca, Mangualde, Vila Nova de Paiva, Penalva do Castelo, Sernancelhe e Cinfães).
A ARSC aprovou ainda o investimento de 118 mil euros apenas para equipamento moderno das UCC da Santa Casa da Misericórdia de Vouzela, Mortágua e Santar.
ed. 405, 18 de Dezembro de 2009
Jornal do Centro
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