Misericórdia dá trabalho na terra a desempregados
2010-11-21
Ana Trocado Marques
Rosa Serra entra na Quinta das Galantes, em Touguinhó, todos os dias às 8.15 horas. Nesta altura do ano, colhe nabiças, pencas, couve-galega, alface, salsa e abóbora e, às 8.30 horas, sai para a distribuição de centenas de quilos de hortícolas pelas várias valências da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde.
O ritual cumpre-se todos os dias, de segunda a sexta. Ali, na Empresa de Inserção da instituição, trabalham seis ex-desempregados de longa duração, que produzem hortícolas utilizadas na confecção das 2200 refeições servidas diariamente pela Santa Casa.
"Já estava desempregada [da indústria têxtil] há algum tempo. Inscrevi-me no Centro de Emprego, fui à Santa Casa pedir trabalho.Falaram-me deste projecto e perguntaram-me se eu não queria vir para aqui", explicou.
"Foi uma grande ajuda.Não conseguia arranjar emprego. Tenho três filhos com nove, 14 e 17 anos, e só um ordenado não dava", continuou a mulher, que gostava de ficar a trabalhar na empresa, findos os dois anos de contrato.
O projecto da Empresa de Inserção, disse, ao JN, Miguel Antunes, o engenheiro agrónomo responsável pela Quinta das Galantes, arrancou em Abril de 2009. Neste momento, tem a funcionar uma estufa e três hectares de cultivo ao ar livre.
A ideia é construir, até ao final do ano, mais uma estufa com 1800 metros quadrados e aumentar a área de cultivo ao ar livre, empregando mais duas ou três pessoas, a partir de Julho.
"O objectivo é que a Santa Casa possa ser abastecida a 100% com produtos daqui e que a empresa seja auto-suficiente", salientou o engenheiro, responsável por adequar a produção às necessidades da instituição.
O projecto, diz o provedor da Santa Casa, Arlindo Maia, envolve ainda o Instituto de Emprego e Formação Profissional e visa "combater a pobreza e a exclusão social, através da inserção de desempregados no mercado de trabalho".
A instituição, que era proprietária da Quinta das Galantes, com 12 hectares, investiu 100 mil euros na compra de máquinas agrícolas e na construção da estufa, deu formação aos desempregados e avançou com a Empresa, que se espera seja mais um passo rumo à "auto-sustentabilidade financeira" da Misericórdia.
JN
2010-11-21
Ana Trocado Marques
Rosa Serra entra na Quinta das Galantes, em Touguinhó, todos os dias às 8.15 horas. Nesta altura do ano, colhe nabiças, pencas, couve-galega, alface, salsa e abóbora e, às 8.30 horas, sai para a distribuição de centenas de quilos de hortícolas pelas várias valências da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde.
O ritual cumpre-se todos os dias, de segunda a sexta. Ali, na Empresa de Inserção da instituição, trabalham seis ex-desempregados de longa duração, que produzem hortícolas utilizadas na confecção das 2200 refeições servidas diariamente pela Santa Casa.
"Já estava desempregada [da indústria têxtil] há algum tempo. Inscrevi-me no Centro de Emprego, fui à Santa Casa pedir trabalho.Falaram-me deste projecto e perguntaram-me se eu não queria vir para aqui", explicou.
"Foi uma grande ajuda.Não conseguia arranjar emprego. Tenho três filhos com nove, 14 e 17 anos, e só um ordenado não dava", continuou a mulher, que gostava de ficar a trabalhar na empresa, findos os dois anos de contrato.
O projecto da Empresa de Inserção, disse, ao JN, Miguel Antunes, o engenheiro agrónomo responsável pela Quinta das Galantes, arrancou em Abril de 2009. Neste momento, tem a funcionar uma estufa e três hectares de cultivo ao ar livre.
A ideia é construir, até ao final do ano, mais uma estufa com 1800 metros quadrados e aumentar a área de cultivo ao ar livre, empregando mais duas ou três pessoas, a partir de Julho.
"O objectivo é que a Santa Casa possa ser abastecida a 100% com produtos daqui e que a empresa seja auto-suficiente", salientou o engenheiro, responsável por adequar a produção às necessidades da instituição.
O projecto, diz o provedor da Santa Casa, Arlindo Maia, envolve ainda o Instituto de Emprego e Formação Profissional e visa "combater a pobreza e a exclusão social, através da inserção de desempregados no mercado de trabalho".
A instituição, que era proprietária da Quinta das Galantes, com 12 hectares, investiu 100 mil euros na compra de máquinas agrícolas e na construção da estufa, deu formação aos desempregados e avançou com a Empresa, que se espera seja mais um passo rumo à "auto-sustentabilidade financeira" da Misericórdia.
JN
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