sexta-feira, 25 de junho de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Chaves

Chaves

Misericórdia mostrou equipamento à “sociedade civil”

Unidade de Cuidados Continuados pronta a funcionar

Nuno Rodrigues diz que a Uniodade de Chaves está considera a melhor do país
A Unidade de Cuidados Continuados de Chaves, uma obra da Santa Casa da Misericórdia, co-finaciada pelo Estado, está pronta a funcionar. O equipamento, que irá receber utentes do Sistema Nacional de Saúde, tem capacidade para receber 32 doentes e criou 39 postos de trabalho.

A Misericórdia de Chaves mostrou, na passada terça-feira, a Unidade de Cuidados Continuados, à “sociedade civil”. O equipamento está concluído e a sua entrada em funcionamento apenas dependente de “pequenos pormenores”, explicou o provedor da Misericórdia de Chaves, Nuno Rodrigues, que juntamente com o vice-presidente da instituição, Hernâni Teixeira, fez uma espécie de visita guiada ao espaço à comitiva convidada. “Nós achávamos que os nossos concidadãos tinham direito de ser tratados na nossa terra e esse foi o mote para arrancarmos com esta unidade”, começou por explicar Nuno Rodrigues, lembrando que até agora os doentes tinham de ser enviados para Sabrosa, Alijó, Vila Pouca…

Durante a visita ao espaço, o provedor recordou também que a “qualidade” do edifício se coaduna com a “qualidade” do quadro de pessoal. “Vamos ter 32 doentes e temos 39 funcionários”, complementou Hernâni Teixeira, referindo-se a auxiliares, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, psicólogo clínico…

Os quartos têm todos casa de banho privativa. “Desta forma, não precisamos de tirar o doente do quarto para lhe fazer a higiene pessoal”, explicou, por sua vez, a directora técnica, a enfermeira Idalina Cardil, lembrando também que todos os quartos têm “rampas de oxigénio e sistemas de aspiração e de ar comprimido, para nebulizações.

“Isto parece um hotel”, comentou o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, João Neves, impressionado com o que via.

Para facilitar a identificação dos quartos, além de números, as divisões estão identificadas com imagens da cidade. Na sala de convívio, nas paredes, há cópias de quadros de Picasso. Mas também vai haver serigrafias originais de Nadir Afonso, o reconhecido pintor flaviense. Ainda não houve tempo de os colocar. O ginásio e a sala de electroterapia também estão prontos.

“Está considerada uma das melhores do país e uma das melhores da Europa”, resumiu Nuno Rodrigues.

As Unidades de Cuidados Continuados são locais de convalescença e destinam-se a doentes que embora já não necessitem dos cuidados prestados num hospital também não estão em condições de regressar a casa. Funcionam numa rede nacional. Os doentes são encaminhados para estas unidades pelas Administrações Regionais de Saúde, ouvidas as comissões de acompanhamento locais. Os internamentos são pagos pelo Sistema Nacional de Saúde, podendo haver lugar a uma participação por parte do doente, tendo em conta os rendimentos do agregado familiar.

A unidade de Chaves custou 1,8 milhões de euros, dos quais 700 mil euros foram assegurados pelo Governo.

Por: Margarida Luzio

Semanário Transmontano

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