terça-feira, 29 de junho de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Refojos - Cabeceiras de Basto

Polémica do hospital chega ao fim
00h13m
Carlos Rui Abreu
A Misericórdia de Refojos, Cabeceiras de Basto, assinou, ontem, o auto de consignação para a requalificação do antigo Hospital Prof. Júlio Henriques numa Unidade de Cuidados Continuados de longa duração. Uma obra polémica com mais de cinco anos.

Este acto esteve carregado de simbolismo uma vez que a Misericórdia anda há mais de cinco anos a lutar para a instalação da referida unidade que esteve quase a ser um sonho desfeito para os responsáveis da instituição.

A ideia da requalificação do Hospital Prof. Júlio Henriques não foi apadrinhada pela autarquia local, que defendeu a construção de uma unidade de internamento junto do Centro de Saúde, unidade essa que deveria ter começado a funcionar no final do ano passado mas que ainda se encontra encerrada.

“A partir de 2005 houve acontecimentos que prefiro esquecer mas as pessoas conhecem os factos e as consequências que trouxeram para o concelho”, disse Francisco Fraga, ex-provedor da Misericórdia de Cabeceiras de Basto. Aquele responsável esteve na primeira linha da luta por aquela valência para o concelho e, ontem, ao assistir à assinatura do auto de consignação, regozijou-se pelo facto do edifício “voltar a servir com funções de relevo a população do concelho”.

O edifício, onde desde 1959 funcionou o hospital, estava em avançado estado de degradação e daí as obras de vulto que serão realizadas para o dotar das condições necessárias para voltar a abrir as portas na prestação de cuidados de saúde. “Estava muito degradado, mas o projecto em causa vai proporcionar à população uma melhoria nas condições de vida”, destacou Natália Correia.

A actual provedora da Santa Casa reforçou a ideia do papel activo que a instituição que dirige tem desempenhado no concelho e desvalorizou “o conflito com a autarquia que já está ultrapassado”, vincando somente os ganhos que o concelho terá no futuro.

A Unidade de Cuidados Continuados de longa duração terá 31 camas e significa um investimento total de 2,2 milhões de euros sendo que, da Administração Central, chegará uma contribuição significativa. O Ministério da Saúde, através do Programa Modelar I, vai contribuir com 700 mil euros. “O resto do financiamento será arranjado por nós, mas estamos confiantes de tudo correrá bem”, garantiu Natália Correia. A obra já arrancou e deverá estar pronta dentro de 10 meses.

JN

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