sábado, 9 de julho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Procuram-se alternativas para o antigo hospital

2011-07-08

autor Teresa M. Costa

Vai decorrer, ainda este mês, a primeira reunião da comissão constituída para definir o uso a dar às antigas instalações do Hospital de S.Marcos, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Braga.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, Mesquita Machado, convidado para integrar a comissão, não quis ontem adiantar se leva alguma proposta para aquela reunião.
Mesquita Machado, que falava no final da reunião ordinária do executivo, acredita que a comissão será um auxiliar da Misericórdia para tomar uma decisão, arranjando “alternativas válidas” de ocupação do espaço que, durante cinco séculos, albergou o hospital de Braga.
O edil bracarense só se irá pronunciar na reunião, mas ontem já disse que têm de ser “alternativas válidas e que não afectem o erário público nem da Misericórdia”.
Quanto à proposta avançada pela coligação ‘Juntos por Braga’ de ocupar parte das instalações com um Centro Cívico que dê espaço a colectividades concelhias, Mesquita Machado interpretou-a como um ‘delírio’ da oposição.
O líder da coligação, Ricardo Rio, que se reuniu recentemente com a Mesa Administrativa da Misericórdia, defendeu que “a câmara não deve ter uma atitude passiva” e ocupar parte das instalações. A proposta do Centro Cívico é no sentido de colmatar uma lacuna existente no concelho. Ricardo Rio argumenta que basta olhar para os pedidos de ocupação de espaço na antiga estação de caminhos-de-ferro para perceber que essa lacuna existe.
É neste contexto que o líder da oposição reclama um papel da câmara na criação de condições para as colectividades locais ao mesmo tempo que contribui para revitalizar as antigas instalações do hospital e para dinamizar a vida no centro da cidade.

O presidente da câmara questionou ainda os números avançados publicamente de que o hospital no centro da cidade movimentava 10 a 12 mil pessoas por dia. Mesquita Machado diz que “é preciso apresentar esse estudo”, até porque, a avaliar pelas visitas e pelo número de consultas do hospital o máximo que podia atingir era cinco mil, isto no dia com mais visitas, que é o domingo.
Correio do Minho

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