História e Arte da Misericórdia reuniu especialistas em Óbidos
No âmbito das celebrações do 500 anos da Misericórdia de Óbidos decorreu, nos dias 1 e 2 de Julho, o I simpósio “História e Arte na Misericórdia”, que juntou na vila diversos especialistas nacionais.
A vertente social, mas também o valioso património artístico pertença desta instituição estiveram em destaque, como é o caso da Igreja onde o evento se realizou, que data de 1596 e foi o primeiro tempo barroco a ser construído no país.
A SIPO associa-se a estas comemorações, organizando o próximo evento, que terá lugar a 5 de Agosto na Igreja de Santa Maria.
A vertente social, mas também o valioso património artístico pertença desta instituição estiveram em destaque, como é o caso da Igreja onde o evento se realizou, que data de 1596 e foi o primeiro tempo barroco a ser construído no país.
A SIPO associa-se a estas comemorações, organizando o próximo evento, que terá lugar a 5 de Agosto na Igreja de Santa Maria.
“As misericórdias estão vivas e actuantes, vão deixar a sua marca e mostrar que são uma instituição insubstituível”. Foi desta forma que José Correia, provedor da Misericórdia de Portimão se referiu ao trabalho efectuado por estas instituições que, ao longo de vários séculos, têm garantido apoio social aos mais necessitados.
Também Manuel Ferreira da Silva, fundador do jornal Voz das Misericórdias, destacou o papel importante destas instituições ao longo dos tempos e também um pouco por todo o mundo, onde foram implantadas pelos portugueses.
Aos 93 anos recordou que foi em Óbidos que falou em público, pela primeira vez, em 1940, altura em que se realizou na vila um congresso eucarístico e ele fez a sua locução para a Rádio Renascença.
Na segunda vez que o fez, no passado dia 1, foi para falar de Óbidos enquanto Casa das Rainhas. A descoberta que mais o apaixonou, no tema, foi a de que as duas grandes monarcas que deram este nome a Óbidos foram D. Isabel e, depois, D. Leonor.
“D. Leonor foi uma grande empreendedora e empresária”, disse o orador, acrescentando que, para além desta faceta, a esposa de D. João II foi também uma grande dinamizadora das misericórdias. Dois séculos antes, também a rainha Santa Isabel tinha dedicado grande atenção ao Oeste, onde foi uma grande impulsionadora das obras missionárias.
“A rainha Santa Isabel foi a madrinha das misericórdias e a D. Leonor foi quem lhe deu razão efectiva”, concluiu o orador sobre as monarcas que passaram grande parte da sua vida em Óbidos.
Viajante, Manuel Ferreira da Silva partilhou ainda com os presentes, que encontrou memórias de misericórdias no Japão.
O segundo dia de simpósio foi centrado no papel que a União da Misericórdias tem tido ao nível da conservação e divulgação do património destas instituições. Sérgio Gorjão, actual director do Museu Grão Vasco, debruçou-se sobre alguns elementos novos encontrados na documentação da Misericórdia, que reforçam o carácter de aquisição de peças e património valioso para a Misericórdia de Óbidos.
Apesar da documentação atribuir a fundação da Santa Casa da Misericórdia de Óbidos a D. Leonor, considera-se que esta terá ocorrido já no período referente a D. Manuel. Contudo, os especialistas não deixaram de realçar o trabalho misericordioso anterior a esse período, afecto às confrarias do Espírito Santo, de São Vicente da Gafaria e do Convento de S. Domingos, valorizando o papel que a Rainha Santa Isabel (figura homenageada na edição deste ano do Mercado Medieval de Óbidos) teve na vila de Óbidos.
O provedor da Misericórdia de Óbidos, Carlos Orlando, destacou que esta instituição, além da vertente social, possui um valioso património artístico, como é o caso da Igreja da Misericórdia, que foi o primeiro tempo barroco a ser construído no pais, como já foi referido, os quadros dos séculos XVII e XVIII que se encontram em exposição permanente no Museu Municipal, e as cerimónias da Semana Santa, que são dos mais antigos cartazes turísticos do país.
“A Misericórdia de Óbidos tem um papel de relevo, no âmbito das 400 existentes no país, pela sensibilidade que demonstra em inovar e reflectir sobre as problemáticas do património”, referiu.
O I Simpósio História e Arte na Misericórdia foi organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Óbidos, com o apoio da União das Misericórdias Portuguesas e autarquia de Óbidos. Também a SIPO se junta às comemorações, organizando um concerto na Igreja de Santa Maria, a 5 de Agosto.
A mesa administrativa tem ainda por objectivo publicar um livro do património histórico e artístico da Misericórdia de Óbidos.
Também Manuel Ferreira da Silva, fundador do jornal Voz das Misericórdias, destacou o papel importante destas instituições ao longo dos tempos e também um pouco por todo o mundo, onde foram implantadas pelos portugueses.
Aos 93 anos recordou que foi em Óbidos que falou em público, pela primeira vez, em 1940, altura em que se realizou na vila um congresso eucarístico e ele fez a sua locução para a Rádio Renascença.
Na segunda vez que o fez, no passado dia 1, foi para falar de Óbidos enquanto Casa das Rainhas. A descoberta que mais o apaixonou, no tema, foi a de que as duas grandes monarcas que deram este nome a Óbidos foram D. Isabel e, depois, D. Leonor.
“D. Leonor foi uma grande empreendedora e empresária”, disse o orador, acrescentando que, para além desta faceta, a esposa de D. João II foi também uma grande dinamizadora das misericórdias. Dois séculos antes, também a rainha Santa Isabel tinha dedicado grande atenção ao Oeste, onde foi uma grande impulsionadora das obras missionárias.
“A rainha Santa Isabel foi a madrinha das misericórdias e a D. Leonor foi quem lhe deu razão efectiva”, concluiu o orador sobre as monarcas que passaram grande parte da sua vida em Óbidos.
Viajante, Manuel Ferreira da Silva partilhou ainda com os presentes, que encontrou memórias de misericórdias no Japão.
O segundo dia de simpósio foi centrado no papel que a União da Misericórdias tem tido ao nível da conservação e divulgação do património destas instituições. Sérgio Gorjão, actual director do Museu Grão Vasco, debruçou-se sobre alguns elementos novos encontrados na documentação da Misericórdia, que reforçam o carácter de aquisição de peças e património valioso para a Misericórdia de Óbidos.
Apesar da documentação atribuir a fundação da Santa Casa da Misericórdia de Óbidos a D. Leonor, considera-se que esta terá ocorrido já no período referente a D. Manuel. Contudo, os especialistas não deixaram de realçar o trabalho misericordioso anterior a esse período, afecto às confrarias do Espírito Santo, de São Vicente da Gafaria e do Convento de S. Domingos, valorizando o papel que a Rainha Santa Isabel (figura homenageada na edição deste ano do Mercado Medieval de Óbidos) teve na vila de Óbidos.
O provedor da Misericórdia de Óbidos, Carlos Orlando, destacou que esta instituição, além da vertente social, possui um valioso património artístico, como é o caso da Igreja da Misericórdia, que foi o primeiro tempo barroco a ser construído no pais, como já foi referido, os quadros dos séculos XVII e XVIII que se encontram em exposição permanente no Museu Municipal, e as cerimónias da Semana Santa, que são dos mais antigos cartazes turísticos do país.
“A Misericórdia de Óbidos tem um papel de relevo, no âmbito das 400 existentes no país, pela sensibilidade que demonstra em inovar e reflectir sobre as problemáticas do património”, referiu.
O I Simpósio História e Arte na Misericórdia foi organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Óbidos, com o apoio da União das Misericórdias Portuguesas e autarquia de Óbidos. Também a SIPO se junta às comemorações, organizando um concerto na Igreja de Santa Maria, a 5 de Agosto.
A mesa administrativa tem ainda por objectivo publicar um livro do património histórico e artístico da Misericórdia de Óbidos.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetacaldas.com
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