Entrevista com o Provedor da Sta Casa da Misericórdia, Fernando Morais
Numa altura em que Mangualde está a ter grandes investimentos na área social, o MangualdeOnline, foi ao encontro de uma obra com bastante relevo, não só para Mangualde, mas também para toda a Região, a Unidade de Cuidados Continuados (UCC). Esta é uma obra da responsabilidade da Sta Casa da Misericórdia de Mangualde, um investimento que ronda 2.5751.000 €
Fomos então ao encontro de Fernando Morais, Provedor da Misericórdia de Mangualde.
Entrevista
Em que se baseia a actividade da Stª Casa da Misericórdia de Mangualde ?
A Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, é uma instituição organizada de leigos cristãos, mobilizados em voluntariado de fraternidade associativa com uma só lei especificamente evangélica: a caridade. Existe há 397 anos e tal como as suas irmãs deste país tem como inspiração a prática das Obras de Misericórdia. Esta palavra composta (Miseri+cor+dare) significa, genericamente, “Ter lugar no coração para todos os que são vítimas de qualquer forma de miséria”. E nesse sentido, tal como consta do seu Compromisso que noutras instituições se chama Estatuto, tem, entre outras, a finalidade de “ Manter e promover obras, expressamente nos Sectores de Acção Social, da Saúde, da Educação e da Cultura, garantindo aos cidadãos, especialmente os mais desfavorecidos, a protecção na doença, invalidez, na juventude e na infância…”
Nesse sentido, criou e mantém, em parceria com o Estado, 2 Lares com 135 idosos, uma Creche para 33 Crianças e está a construir uma Unidade de Cuidados Continuados (antes chamada hospital de retaguarda) com capacidade para 38 camas. Além disso, tem uma equipa destacada em apoio à actividade do Rendimento Social de Inserção e em colaboração com o Banco Mundial contra a Fome, procede à distribuição de bens alimentares às famílias sinalizadas como carenciadas. Colabora, ainda, com as Instituições escolares locais e regionais, proporcionando Estágios Curriculares e Profissionais a jovens.
Quais as fontes de receita da Sta Casa? e onde aplica esse dinheiro?
A Santa Casa da Misericórdia tem como fontes de receita as seguintes:
-As comparticipações do Estado, proporcionais à maior parte dos utentes dos Lares, mas não a todos. Para se ter uma ideia, cada comparticipação corresponde a cerca de um terço dos custos de estadia de cada idoso, e a sua totalidade mensal corresponde sensivelmente aos custos efectuados com o pessoal.
-Receitas provenientes das contribuições dos utentes, sendo certo que mais de um terço dos idosos tem pensões ainda na casa dos duzentos euros e ainda alguns na casa dos cem euros.
-Receitas provenientes de alguns donativos que nos vão fazendo chegar, de valor globalmente modesto. No entanto, quando começou a ser divulgada a obra de construção em curso, tem havido pessoas que, para esse efeito, nos têm feito chegar mais donativos que depositamos em conta destinada só a esse fim.
-Receitas dos únicos dois prédios, sendo conhecido que a maior parte deles tem estado desocupado devido à crise no sector do arrendamento, equacionando-se, por isso outras soluções.
-Receita de um Restaurante na Sr.ª do Castelo.
E mais não há de significativo. Somos Economia Social. O lucro, pelo lucro, está fora dos nossos horizontes. Gastamos quase toda a receita no funcionamento das nossas obras sociais. Se economizamos alguma coisa fica para a arreliadora manutenção dos equipamentos. Pensem só que os Lares funcionam 24 horas por dia sempre cheios e que isso provoca desgaste notável de equipamentos. Há dois anos, por exemplo, foi preciso comprar e instalar todo o equipamento para a cozinha.
E, no entanto, insinua-se que a Misericórdia é rica…
Espiritualmente é certamente rica. Materialmente eu pergunto se alguém em seu juízo perfeito que tivesse dinheiro para fazer uma obra, iria a correr à Banca para pedir dinheiro emprestado, e logo no valor de dois milhões de Euros. Eu sei de onde isso vem. Há por aí muita confusão provocada pela publicidade dos “Jogos da Santa Casa”, mas essa refere-se à Santa Casa de Lisboa, pois que grande parte das pessoas não sabe que é estatizada. E é o Estado que arrecada 72% dessas receitas a distribuir pelos vários Ministérios. Os restantes 28% são para a própria Misericórdia de Lisboa, devido às enormes despesas com as obras sociais da capital. Está tudo em Decreto-Lei, é só ler. Nunca lá vi o nome da Nossa Misericórdia, mas pessoalmente gostava, e gostava que a nossa Misericórdia fosse rica.
S. João Crisóstomo disse: “Não pretendo(…) caluniar a riqueza, mas responder aos que usam mal de uma coisa boa. As riquezas acompanhadas de boas obras, boas são”.
A Sta casa, "aventurou-se" na reconversão do Antigo Hospital numa Unidade de Cuidados Continuados . . .Que serviços podem os utentes da UCC usufruir ?
De facto, bem pode chamar-lhe aventura se, com essa designação, pretender prestar alguma homenagem à coragem que a Mesa Administrativa da Misericórdia demonstrou ao levar a cabo este empreendimento, numa altura manifestamente complexa para o país. Mas é precisamente por isso que a obra se revela necessária. As dificuldades estão aí, sem um fim à vista. E a pergunta que se nos pôs, a nós Misericórdia, foi a seguinte: então vamos ficar de braços cruzados a assistir a um aumento progressivo dos idosos que se prevê sejam em 2050 um terço da população deste país, sem que ajudemos a minorar os problemas de saúde que incidem nesta faixa etária? Os hospitais estão cada vez mais vocacionados para cuidar dos problemas agudos da saúde que uma vez tratados ou estabilizados, não justificam a ocupação de camas pelos seus portadores. Por serem necessárias e por ser cara a estadia. E depois? Estão os domicílios aptos a receber estes idosos? Haverá apoio domiciliário integrado (parte social e parte de saúde) bastante para atender todos, grande parte deles sem família por perto, com pensões baixas? Claro que não. E até os próprios Lares das instituições não possuem essas competências. Não foram preparados, nem com pessoal bastante e habilitado, nem são dotados, financeiramente, para receber estes idosos. Os Lares foram talhados para pessoas com alguma autonomia, não para pessoas com elevada intervenção na área da saúde. Mas é isso que tem estado a acontecer de há uns temos para cá, por compreensível pressão das famílias e dos hospitais. Porque não há mais nada, ou o que vai havendo ainda é, localmente, insuficiente.
Por isso avançámos com determinação e sem mais perdas de tempo. Se tudo correr como até aqui podemos abrir lá para Abril de 2011.
Mas, completando a resposta à sua questão, a Unidade que estamos a construir, é uma Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos (Hospital Regional ou Geral) ou outra entidade referenciadora para a prestação de cuidados de reabilitação e manutenção a doentes que, pela sua situação de dependência, por razões de doença ou de patologias, associadas à idade, necessitam desses cuidados. O período de internamento tem uma previsibilidade superior a 90 dias, por cada admissão.
Os serviços a prestar são seguintes:
•Serviços de enfermagem diurnos e nocturnos;
•Serviços médicos presenciais, com revisão semanal do plano terapêutico e revisão mensal do plano de manutenção e reabilitação;
•Serviços de reabilitação diários;
•Ajuda à interacção entre o utilizador e a família, promovendo a participação dos familiares ou outros directos conviventes ou voluntários organizados;
•Serviços de desenvolvimento de actividades lúdico-ocupacionais;
•Preparação da alta e respectivo encaminhamento, quando aplicável.
A U.C.C. , é sem duvida um grande investimento para a Sta Casa . . . Como financiaram esta obra? A Cãmara Ajudou ? com que ajudas contou mais?
Como já referi a Misericórdia não tem grandes bens que pudesse alienar ou reservas de capital disponível. Nunca foi uma Instituição abonada de dinheiros ou outros bens exteriores. Por isso os dinheiros de que dispõe, para esta obra, são em termos gerais considerados trocos. Mas voltando às contas, prevê-se que esta obra tenha um custo global de 2.5751.000 Euros.
O Estado, em consequência da candidatura que publicamente nos proporcionou, acordou financiar as obras e parte do equipamento com 750.000euros.
Houve, por isso, necessidade de recorrer à Banca e depois de autorizada pela Assembleia-Geral dos Irmãos da Santa Casa da Misericórdia e após consulta a pelo menos cinco instituições bancárias, houvemos por bem, depois de profissionalmente aconselhados, aceitar as condições de empréstimo dos dois milhões de euros, da proposta da Caixa de Crédito Agrícola.
A Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, tem acompanhado este projecto com notável entusiasmo, considerando-a em termos sociais e de há muito, uma obra importantíssima para Mangualde. Por isso mesmo, não podíamos surpreender-nos, mas antes congratular-nos, que este órgão de soberania tenha decidido apoiar a obra com 10% do seu custo ou sejam 270.000 euros, em prestações suaves ao longo do período de carência, até a obra atingir pleno funcionamento e autonomia. Temos consciência das actuais limitações financeiras da autarquia e apreciamos o esforço.
Mas entretanto há que pagar a dívida e os juros.
Como podem os Mangualdenses (Residentes e não Residentes) ajudar a Sta Casa no financiamento desta grande obra de apoio social?
As premissas são simples.
Esta obra é de um alcance social imenso para a população idosa presente e futura de Mangualde. Alguém tinha que a fazer e a Misericórdia, vocacionalmente, como já fez em 1904 e 1956, achou seu dever assumir-se.
O Estado não podendo construir e gerir tudo quanto é da área Social e da Saúde, convidou as Instituições de Solidariedade Social a candidatarem-se para construir e trabalhar em parceria estas Unidades de Cuidados Continuados. Atribuiu, a cada uma, uma prestação única de cerca de 750.000 Euros ( 1/3 da verba necessária)
A Câmara Municipal entendeu, e bem, apoiar da forma de que já falei.
Nós, os cidadãos de Mangualde, presentes ou ausentes, se queremos uma saúde digna na velhice, devemos ajudar a Misericórdia a cumprir a sua missão, como fizeram os nossos avós nos peditórios de 1904 e 1956.
Mais Informações podem ser pedidas para:
Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde
Avª General Humberto Delgado nº20
3530-115 MANGUALDE
Tel: 232.622.577
Fax: 232 183.586
santacasa.mangualde@netvisao.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar
As Contribuições podem ser entregues em dinheiro ou cheque directamente na sede, na morada acima indicada.
Também pode se podem transferir quantias, directamente, para a conta dedicada cujo NIB é:
NIB 004530604023618758156
Também podem dirigir-se à Caixa de Crédito Agrícola pedindo para depositar na conta da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde
Contacte a Misericórdia para passagem dos recibos respectivos.
Numa altura em que Mangualde está a ter grandes investimentos na área social, o MangualdeOnline, foi ao encontro de uma obra com bastante relevo, não só para Mangualde, mas também para toda a Região, a Unidade de Cuidados Continuados (UCC). Esta é uma obra da responsabilidade da Sta Casa da Misericórdia de Mangualde, um investimento que ronda 2.5751.000 €
Fomos então ao encontro de Fernando Morais, Provedor da Misericórdia de Mangualde.
Entrevista
Em que se baseia a actividade da Stª Casa da Misericórdia de Mangualde ?
A Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, é uma instituição organizada de leigos cristãos, mobilizados em voluntariado de fraternidade associativa com uma só lei especificamente evangélica: a caridade. Existe há 397 anos e tal como as suas irmãs deste país tem como inspiração a prática das Obras de Misericórdia. Esta palavra composta (Miseri+cor+dare) significa, genericamente, “Ter lugar no coração para todos os que são vítimas de qualquer forma de miséria”. E nesse sentido, tal como consta do seu Compromisso que noutras instituições se chama Estatuto, tem, entre outras, a finalidade de “ Manter e promover obras, expressamente nos Sectores de Acção Social, da Saúde, da Educação e da Cultura, garantindo aos cidadãos, especialmente os mais desfavorecidos, a protecção na doença, invalidez, na juventude e na infância…”
Nesse sentido, criou e mantém, em parceria com o Estado, 2 Lares com 135 idosos, uma Creche para 33 Crianças e está a construir uma Unidade de Cuidados Continuados (antes chamada hospital de retaguarda) com capacidade para 38 camas. Além disso, tem uma equipa destacada em apoio à actividade do Rendimento Social de Inserção e em colaboração com o Banco Mundial contra a Fome, procede à distribuição de bens alimentares às famílias sinalizadas como carenciadas. Colabora, ainda, com as Instituições escolares locais e regionais, proporcionando Estágios Curriculares e Profissionais a jovens.
Quais as fontes de receita da Sta Casa? e onde aplica esse dinheiro?
A Santa Casa da Misericórdia tem como fontes de receita as seguintes:
-As comparticipações do Estado, proporcionais à maior parte dos utentes dos Lares, mas não a todos. Para se ter uma ideia, cada comparticipação corresponde a cerca de um terço dos custos de estadia de cada idoso, e a sua totalidade mensal corresponde sensivelmente aos custos efectuados com o pessoal.
-Receitas provenientes das contribuições dos utentes, sendo certo que mais de um terço dos idosos tem pensões ainda na casa dos duzentos euros e ainda alguns na casa dos cem euros.
-Receitas provenientes de alguns donativos que nos vão fazendo chegar, de valor globalmente modesto. No entanto, quando começou a ser divulgada a obra de construção em curso, tem havido pessoas que, para esse efeito, nos têm feito chegar mais donativos que depositamos em conta destinada só a esse fim.
-Receitas dos únicos dois prédios, sendo conhecido que a maior parte deles tem estado desocupado devido à crise no sector do arrendamento, equacionando-se, por isso outras soluções.
-Receita de um Restaurante na Sr.ª do Castelo.
E mais não há de significativo. Somos Economia Social. O lucro, pelo lucro, está fora dos nossos horizontes. Gastamos quase toda a receita no funcionamento das nossas obras sociais. Se economizamos alguma coisa fica para a arreliadora manutenção dos equipamentos. Pensem só que os Lares funcionam 24 horas por dia sempre cheios e que isso provoca desgaste notável de equipamentos. Há dois anos, por exemplo, foi preciso comprar e instalar todo o equipamento para a cozinha.
E, no entanto, insinua-se que a Misericórdia é rica…
Espiritualmente é certamente rica. Materialmente eu pergunto se alguém em seu juízo perfeito que tivesse dinheiro para fazer uma obra, iria a correr à Banca para pedir dinheiro emprestado, e logo no valor de dois milhões de Euros. Eu sei de onde isso vem. Há por aí muita confusão provocada pela publicidade dos “Jogos da Santa Casa”, mas essa refere-se à Santa Casa de Lisboa, pois que grande parte das pessoas não sabe que é estatizada. E é o Estado que arrecada 72% dessas receitas a distribuir pelos vários Ministérios. Os restantes 28% são para a própria Misericórdia de Lisboa, devido às enormes despesas com as obras sociais da capital. Está tudo em Decreto-Lei, é só ler. Nunca lá vi o nome da Nossa Misericórdia, mas pessoalmente gostava, e gostava que a nossa Misericórdia fosse rica.
S. João Crisóstomo disse: “Não pretendo(…) caluniar a riqueza, mas responder aos que usam mal de uma coisa boa. As riquezas acompanhadas de boas obras, boas são”.
A Sta casa, "aventurou-se" na reconversão do Antigo Hospital numa Unidade de Cuidados Continuados . . .Que serviços podem os utentes da UCC usufruir ?
De facto, bem pode chamar-lhe aventura se, com essa designação, pretender prestar alguma homenagem à coragem que a Mesa Administrativa da Misericórdia demonstrou ao levar a cabo este empreendimento, numa altura manifestamente complexa para o país. Mas é precisamente por isso que a obra se revela necessária. As dificuldades estão aí, sem um fim à vista. E a pergunta que se nos pôs, a nós Misericórdia, foi a seguinte: então vamos ficar de braços cruzados a assistir a um aumento progressivo dos idosos que se prevê sejam em 2050 um terço da população deste país, sem que ajudemos a minorar os problemas de saúde que incidem nesta faixa etária? Os hospitais estão cada vez mais vocacionados para cuidar dos problemas agudos da saúde que uma vez tratados ou estabilizados, não justificam a ocupação de camas pelos seus portadores. Por serem necessárias e por ser cara a estadia. E depois? Estão os domicílios aptos a receber estes idosos? Haverá apoio domiciliário integrado (parte social e parte de saúde) bastante para atender todos, grande parte deles sem família por perto, com pensões baixas? Claro que não. E até os próprios Lares das instituições não possuem essas competências. Não foram preparados, nem com pessoal bastante e habilitado, nem são dotados, financeiramente, para receber estes idosos. Os Lares foram talhados para pessoas com alguma autonomia, não para pessoas com elevada intervenção na área da saúde. Mas é isso que tem estado a acontecer de há uns temos para cá, por compreensível pressão das famílias e dos hospitais. Porque não há mais nada, ou o que vai havendo ainda é, localmente, insuficiente.
Por isso avançámos com determinação e sem mais perdas de tempo. Se tudo correr como até aqui podemos abrir lá para Abril de 2011.
Mas, completando a resposta à sua questão, a Unidade que estamos a construir, é uma Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos (Hospital Regional ou Geral) ou outra entidade referenciadora para a prestação de cuidados de reabilitação e manutenção a doentes que, pela sua situação de dependência, por razões de doença ou de patologias, associadas à idade, necessitam desses cuidados. O período de internamento tem uma previsibilidade superior a 90 dias, por cada admissão.
Os serviços a prestar são seguintes:
•Serviços de enfermagem diurnos e nocturnos;
•Serviços médicos presenciais, com revisão semanal do plano terapêutico e revisão mensal do plano de manutenção e reabilitação;
•Serviços de reabilitação diários;
•Ajuda à interacção entre o utilizador e a família, promovendo a participação dos familiares ou outros directos conviventes ou voluntários organizados;
•Serviços de desenvolvimento de actividades lúdico-ocupacionais;
•Preparação da alta e respectivo encaminhamento, quando aplicável.
A U.C.C. , é sem duvida um grande investimento para a Sta Casa . . . Como financiaram esta obra? A Cãmara Ajudou ? com que ajudas contou mais?
Como já referi a Misericórdia não tem grandes bens que pudesse alienar ou reservas de capital disponível. Nunca foi uma Instituição abonada de dinheiros ou outros bens exteriores. Por isso os dinheiros de que dispõe, para esta obra, são em termos gerais considerados trocos. Mas voltando às contas, prevê-se que esta obra tenha um custo global de 2.5751.000 Euros.
O Estado, em consequência da candidatura que publicamente nos proporcionou, acordou financiar as obras e parte do equipamento com 750.000euros.
Houve, por isso, necessidade de recorrer à Banca e depois de autorizada pela Assembleia-Geral dos Irmãos da Santa Casa da Misericórdia e após consulta a pelo menos cinco instituições bancárias, houvemos por bem, depois de profissionalmente aconselhados, aceitar as condições de empréstimo dos dois milhões de euros, da proposta da Caixa de Crédito Agrícola.
A Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, tem acompanhado este projecto com notável entusiasmo, considerando-a em termos sociais e de há muito, uma obra importantíssima para Mangualde. Por isso mesmo, não podíamos surpreender-nos, mas antes congratular-nos, que este órgão de soberania tenha decidido apoiar a obra com 10% do seu custo ou sejam 270.000 euros, em prestações suaves ao longo do período de carência, até a obra atingir pleno funcionamento e autonomia. Temos consciência das actuais limitações financeiras da autarquia e apreciamos o esforço.
Mas entretanto há que pagar a dívida e os juros.
Como podem os Mangualdenses (Residentes e não Residentes) ajudar a Sta Casa no financiamento desta grande obra de apoio social?
As premissas são simples.
Esta obra é de um alcance social imenso para a população idosa presente e futura de Mangualde. Alguém tinha que a fazer e a Misericórdia, vocacionalmente, como já fez em 1904 e 1956, achou seu dever assumir-se.
O Estado não podendo construir e gerir tudo quanto é da área Social e da Saúde, convidou as Instituições de Solidariedade Social a candidatarem-se para construir e trabalhar em parceria estas Unidades de Cuidados Continuados. Atribuiu, a cada uma, uma prestação única de cerca de 750.000 Euros ( 1/3 da verba necessária)
A Câmara Municipal entendeu, e bem, apoiar da forma de que já falei.
Nós, os cidadãos de Mangualde, presentes ou ausentes, se queremos uma saúde digna na velhice, devemos ajudar a Misericórdia a cumprir a sua missão, como fizeram os nossos avós nos peditórios de 1904 e 1956.
Mais Informações podem ser pedidas para:
Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde
Avª General Humberto Delgado nº20
3530-115 MANGUALDE
Tel: 232.622.577
Fax: 232 183.586
santacasa.mangualde@netvisao.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar
As Contribuições podem ser entregues em dinheiro ou cheque directamente na sede, na morada acima indicada.
Também pode se podem transferir quantias, directamente, para a conta dedicada cujo NIB é:
NIB 004530604023618758156
Também podem dirigir-se à Caixa de Crédito Agrícola pedindo para depositar na conta da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde
Contacte a Misericórdia para passagem dos recibos respectivos.
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