Na Comemoração dos 510 Anos ■ Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros homenageia Jorge Fatia
em 2010/10/15 0:40:00
A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros comemorou, ontem, os 510 anos da instituição. Durante a cerimónia, prestou homenagem ao saudoso irmão Frederico Jorge Bajanca Fatia, ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, pelo seu trabalho, durante dez anos, ao serviço da Misericórdia. A fotografia de Jorge Fatia foi colocada na galeria dos ex-provedores. “É uma homenagem singela mas sentida”, disse Alberto Morgado, tesoureiro da instituição.
O presidente da Assembleia Geral da Sta Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, Dr. Raul Coelho, numa curta intervenção, afirmou: “Jorge Fatia representou para nós um homem digno, sério, honesto, trabalhador e disponível para toda a gente, dispondo do seu tempo sem olhar para si. Um homem valioso, no aspecto psíquico e de trabalho, com as melhores referências, e que guardamos na nossa memória, sem nunca mais o esquecermos”. “Nesta instituição, foi um homem trabalhador, sempre prestável e disponível, para o bem da comunidade. É destes homens que nós precisamos na nossa sociedade”, concluiu.
Nestes tempos de crise, aproveitámos para perguntar a Alberto Morgado como é que a crise se está a reflectir na vida da Misericórdia de Alhos Vedros?
Alberto Morgado – Reflecte-se de várias maneiras, todos os dias chegam pedidos de novos residentes, com pensões baixíssimas, sem família, a que não podemos atender; somos contactados por pais que perdem os empregos e não têm possibilidades de pagar as mensalidades dos filhos nos infantários, quer no Charlot, quer no Varino; temos de dar milhares de refeições a pessoas carenciadas que nos procuram, a grande maioria por via da Segurança Social. Acresce a isto que o Estado empurrou para as misericórdias um conjunto de responsabilidades e não comparticipa com os valores que seriam justos. O custo médio de um idoso ronda os 900-1300 euros, e os acordos com a Segurança Social são insuficientes para ajudar a suportar as despesas, tanto mais que a Misericórdia não tem fundos próprios e tem de complementar as receitas com as contribuições dos utentes e familiares, o que não já chega. Através da União das Misericórdias tem havido contactos com o Governo para se reverem os acordos existentes. “Para se avaliar a importância da assistência dada pelas misericórdias, basta ver que estas representam 70 % das camas no país”, vinca Morgado.
Unidade de Cuidados Continuados de Saúde
Esta é a grande obra, que a Sta Casa da Misericórdia tem em curso. “Estava previsto estar pronta este mês, mas está com dois meses de atraso, perspectivando-se que esteja concluída em Dezembro próximo, e seja inaugurada em Fevereiro de 2011”, informa Alberto Morgado.
Morgado acrescenta: “Para o seu funcionamento, sabemos que na Área Metropolitana de Lisboa há cerca de 900 pessoas à espera de colocação, o que permitirá ter a nova Unidade a funcionar, com as 75 camas ocupadas, em Abril do próximo ano”.
J. BA
O Rio
em 2010/10/15 0:40:00
A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros comemorou, ontem, os 510 anos da instituição. Durante a cerimónia, prestou homenagem ao saudoso irmão Frederico Jorge Bajanca Fatia, ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, pelo seu trabalho, durante dez anos, ao serviço da Misericórdia. A fotografia de Jorge Fatia foi colocada na galeria dos ex-provedores. “É uma homenagem singela mas sentida”, disse Alberto Morgado, tesoureiro da instituição.
O presidente da Assembleia Geral da Sta Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, Dr. Raul Coelho, numa curta intervenção, afirmou: “Jorge Fatia representou para nós um homem digno, sério, honesto, trabalhador e disponível para toda a gente, dispondo do seu tempo sem olhar para si. Um homem valioso, no aspecto psíquico e de trabalho, com as melhores referências, e que guardamos na nossa memória, sem nunca mais o esquecermos”. “Nesta instituição, foi um homem trabalhador, sempre prestável e disponível, para o bem da comunidade. É destes homens que nós precisamos na nossa sociedade”, concluiu.
Nestes tempos de crise, aproveitámos para perguntar a Alberto Morgado como é que a crise se está a reflectir na vida da Misericórdia de Alhos Vedros?
Alberto Morgado – Reflecte-se de várias maneiras, todos os dias chegam pedidos de novos residentes, com pensões baixíssimas, sem família, a que não podemos atender; somos contactados por pais que perdem os empregos e não têm possibilidades de pagar as mensalidades dos filhos nos infantários, quer no Charlot, quer no Varino; temos de dar milhares de refeições a pessoas carenciadas que nos procuram, a grande maioria por via da Segurança Social. Acresce a isto que o Estado empurrou para as misericórdias um conjunto de responsabilidades e não comparticipa com os valores que seriam justos. O custo médio de um idoso ronda os 900-1300 euros, e os acordos com a Segurança Social são insuficientes para ajudar a suportar as despesas, tanto mais que a Misericórdia não tem fundos próprios e tem de complementar as receitas com as contribuições dos utentes e familiares, o que não já chega. Através da União das Misericórdias tem havido contactos com o Governo para se reverem os acordos existentes. “Para se avaliar a importância da assistência dada pelas misericórdias, basta ver que estas representam 70 % das camas no país”, vinca Morgado.
Unidade de Cuidados Continuados de Saúde
Esta é a grande obra, que a Sta Casa da Misericórdia tem em curso. “Estava previsto estar pronta este mês, mas está com dois meses de atraso, perspectivando-se que esteja concluída em Dezembro próximo, e seja inaugurada em Fevereiro de 2011”, informa Alberto Morgado.
Morgado acrescenta: “Para o seu funcionamento, sabemos que na Área Metropolitana de Lisboa há cerca de 900 pessoas à espera de colocação, o que permitirá ter a nova Unidade a funcionar, com as 75 camas ocupadas, em Abril do próximo ano”.
J. BA
O Rio
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