Empresa que gere hospital encerra por falta de viabilidade económica
2010-10-20
A empresa que há cerca de três anos gere o Hospital da Misericórdia de Paços de Ferreira vai encerrar por "falta de viabilidade económica face aos prejuízos acumulados", revelou hoje, quarta-feira, o provedor da instituição.
"A empresa não tem capacidade de sobrevivência, porque tem vindo a acumular dívidas", adiantou o provedor da instituição, Augusto Bismarck, em declarações à Lusa.
Desde 2007 que o hospital de Paços de Ferreira é gerido pela Hospaf, uma sociedade anónima na qual os maiores accionistas são a Santa Casa da Misericórdia local, detentora do edifício, e a CESPU (Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário).
Segundo explicou Augusto Bismarck, face à situação a que chegou a Hospaf com "o inevitável encerramento da empresa", a Santa Casa da Misericórdia vai ter de reassumir a gestão da unidade hospitalar, o que deverá acontecer brevemente.
Augusto Bismark explicou que a situação da Hospaf decorre das dificuldades dos últimos anos ao nível dos acordos com o Estado, os quais, vincou, se "revelaram muito difíceis ou impossíveis quando um dos parceiros é uma sociedade comercial".
Segundo disse, a inexistência de acordos aumentou o preço dos serviços prestados à população, nomeadamente consultas e exames médicos, o que se traduziu na redução da procura e os consequentes prejuízos.
Questionado pela Lusa sobre a dimensão do défice, Augusto Bismarck não quis revelar os números, dizendo apenas que é "um encargo avultado".
O provedor adiantou também que a Misericórdia de Paços de Ferreira, enquanto instituição particular de solidariedade social, vai iniciar negociações com o Ministério da Saúde no sentido de procurar assegurar alguns protocolos que garantam o funcionamento dos serviços, "a um preço mais reduzido, mas mantendo a qualidade".
O modelo de funcionamento dos hospitais de Felgueiras e de Lousada, também propriedade das misericórdias locais, pode ser um caminho a seguir.
Entretanto, estão a ser realizados contactos com os profissionais, nomeadamente médicos, para assegurar o funcionamento do hospital com encargos mais reduzidos.
O hospital de Paços de Ferreira, como os seus proprietários reconhecem, é "uma pequena unidade de saúde" que nem sequer tem serviço de urgência, funcionando apenas com consultas externas e gabinetes para a realização de exames médicos.
Os cerca de 60 mil habitantes de Paços de Ferreira quando precisam de recorrer a uma urgência têm de se deslocar ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, a cerca de 20 quilómetros.
JN
2010-10-20
A empresa que há cerca de três anos gere o Hospital da Misericórdia de Paços de Ferreira vai encerrar por "falta de viabilidade económica face aos prejuízos acumulados", revelou hoje, quarta-feira, o provedor da instituição.
"A empresa não tem capacidade de sobrevivência, porque tem vindo a acumular dívidas", adiantou o provedor da instituição, Augusto Bismarck, em declarações à Lusa.
Desde 2007 que o hospital de Paços de Ferreira é gerido pela Hospaf, uma sociedade anónima na qual os maiores accionistas são a Santa Casa da Misericórdia local, detentora do edifício, e a CESPU (Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário).
Segundo explicou Augusto Bismarck, face à situação a que chegou a Hospaf com "o inevitável encerramento da empresa", a Santa Casa da Misericórdia vai ter de reassumir a gestão da unidade hospitalar, o que deverá acontecer brevemente.
Augusto Bismark explicou que a situação da Hospaf decorre das dificuldades dos últimos anos ao nível dos acordos com o Estado, os quais, vincou, se "revelaram muito difíceis ou impossíveis quando um dos parceiros é uma sociedade comercial".
Segundo disse, a inexistência de acordos aumentou o preço dos serviços prestados à população, nomeadamente consultas e exames médicos, o que se traduziu na redução da procura e os consequentes prejuízos.
Questionado pela Lusa sobre a dimensão do défice, Augusto Bismarck não quis revelar os números, dizendo apenas que é "um encargo avultado".
O provedor adiantou também que a Misericórdia de Paços de Ferreira, enquanto instituição particular de solidariedade social, vai iniciar negociações com o Ministério da Saúde no sentido de procurar assegurar alguns protocolos que garantam o funcionamento dos serviços, "a um preço mais reduzido, mas mantendo a qualidade".
O modelo de funcionamento dos hospitais de Felgueiras e de Lousada, também propriedade das misericórdias locais, pode ser um caminho a seguir.
Entretanto, estão a ser realizados contactos com os profissionais, nomeadamente médicos, para assegurar o funcionamento do hospital com encargos mais reduzidos.
O hospital de Paços de Ferreira, como os seus proprietários reconhecem, é "uma pequena unidade de saúde" que nem sequer tem serviço de urgência, funcionando apenas com consultas externas e gabinetes para a realização de exames médicos.
Os cerca de 60 mil habitantes de Paços de Ferreira quando precisam de recorrer a uma urgência têm de se deslocar ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, a cerca de 20 quilómetros.
JN
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