domingo, 10 de outubro de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor

A entidade que mais emprego oferece em Vila Flor
2010-10-07
Eduardo Pinto
Instalada num concelho com cerca de sete mil habitantes, a Misericórdia de Vila Flor, no distrito de Bragança, é a instituição que mais gente emprega. Em todas as valências, laboram 201 pessoas. Entre elas, um médico privativo, dez enfermeiros, e vários outros profissionais de saúde.

"A maior parte dos nossos funcionários está no quadro. Apenas um meia-dúzia foi colocada através do Centro de Emprego", orgulha-se o provedor da Santa Casa de Vila Flor, Vítor Costa, realçando assim a importância que a instituição assume no concelho.


O pessoal está distribuído por 33 valências: seis lares, nove centros de dia, uma unidade de cuidados continuados com 29 camas, jardim-de-infância, empresas de inserção e apoio domiciliário, entre outros.

Entre as empresas, destaque para a padaria. Criada para abastecer de pão e pastelaria as unidades da instituição, serve 500 refeições diárias, mas neste momento também já vende ao público. "É uma forma de gerar alguma receita", justifica Vítor Costa.

Carlos Fernandes, 52 anos, trabalha há 31 na misericórdia. "Quando eu entrei, éramos quatro funcionários. Veja-se a dimensão que esta casa ganhou desde então", afirma, realizado profissionalmente com as suas funções de chefe dos serviços administrativos. "Quando comecei, era escriturário, maqueiro, ia às compras. Enfim, era polivalente", diz, sorrindo.

Ana Maria Meireles trabalhava na agricultura quando, há 20 anos, surgiu a oportunidade de ingressar como auxiliar num segundo lar que a misericórdia abrira em Vila Flor. "Vim pedir, fui aceite e cá estou".

Hoje, com 43, é encarregada do lar que funciona na sede da instituição. Tal como Carlos Fernandes, sente-se realizada "pessoal e profissionalmente" e não vislumbra a perspectiva de sair de uma casa que, salvo por alguma catástrofe, tem viabilidade assegurada.

JN

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