Covilhã
Sindicatos criticam bispo que co-responsabiliza trabalhadores da Misericórdia por eventuais despedimentos
20.12.2011 - 14:54 Por Lusa
A União de Sindicatos de Castelo Branco da CGTP criticou hoje o bispo da Guarda, Manuel Felício, que co-responsabiliza os trabalhadores da Misericórdia da Covilhã por eventuais despedimentos.
Os órgãos sociais da Misericórdia da Covilhã demitiram-se no dia 2 de Dezembro depois de falhar o acordo com os trabalhadores para um corte nos salários e subsídios, proposto entre as medidas para sanear as contas e como alternativa ao despedimento de 30 a 40 pessoas.
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, líder da Diocese responsável pela instituição, reagiu, comentando que “os próprios trabalhadores têm que ser responsáveis pela sustentabilidade de uma empresa: se se negam a colaborar devem estar conscientes do que possa vir a seguir”.
Ou seja, “depois não podem vir a culpar seja quem for porque ficaram sem emprego”, acrescentou.
O prelado falava na sexta-feira, após a leitura de uma mensagem de Natal, na Guarda, e à margem da qual foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de haver despedimentos na Santa Casa da Misericórdia da Covilhã.
Hoje, em comunicado, a União de Sindicatos de Castelo Branco reage “com surpresa, indignação e repúdio”, considerando que as declarações do bispo são “barbaridades”.
Segundo a estrutura sindical, “em vez de esclarecer as causas e os responsáveis pela situação da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã”, o bispo “opta por condenar os trabalhadores, que têm salários de miséria”.
A medida proposta pela direcção da Misericórdia previa que cada trabalhador, mesmo os que recebem ordenado mínimo, assinasse uma declaração para doar pelo menos 10 por cento do salário à instituição durante dois anos, abdicando também da totalidade dos subsídios de Natal e férias.
A União de Sindicatos receia que, “falando como falou”, o bispo da Guarda indique “que os cortes salariais naquela instituição não passavam de um ensaio para os estender a outras”.
Ainda assim, o sindicato conclui o comunicado “esperando que as palavras sejam fruto de um conhecimento deturpado da realidade”.
A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã emprega 130 pessoas em dois infantários, um lar de idosos e um centro de meios de diagnóstico de saúde.
Segundo a direcção cessante, a instituição tem um passivo de cinco milhões de euros.
Hoje é o último dia para apresentação de listas candidatas aos órgãos sociais para a realização de eleições antecipadas.
Público
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, líder da Diocese responsável pela instituição, reagiu, comentando que “os próprios trabalhadores têm que ser responsáveis pela sustentabilidade de uma empresa: se se negam a colaborar devem estar conscientes do que possa vir a seguir”.
Ou seja, “depois não podem vir a culpar seja quem for porque ficaram sem emprego”, acrescentou.
O prelado falava na sexta-feira, após a leitura de uma mensagem de Natal, na Guarda, e à margem da qual foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de haver despedimentos na Santa Casa da Misericórdia da Covilhã.
Hoje, em comunicado, a União de Sindicatos de Castelo Branco reage “com surpresa, indignação e repúdio”, considerando que as declarações do bispo são “barbaridades”.
Segundo a estrutura sindical, “em vez de esclarecer as causas e os responsáveis pela situação da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã”, o bispo “opta por condenar os trabalhadores, que têm salários de miséria”.
A medida proposta pela direcção da Misericórdia previa que cada trabalhador, mesmo os que recebem ordenado mínimo, assinasse uma declaração para doar pelo menos 10 por cento do salário à instituição durante dois anos, abdicando também da totalidade dos subsídios de Natal e férias.
A União de Sindicatos receia que, “falando como falou”, o bispo da Guarda indique “que os cortes salariais naquela instituição não passavam de um ensaio para os estender a outras”.
Ainda assim, o sindicato conclui o comunicado “esperando que as palavras sejam fruto de um conhecimento deturpado da realidade”.
A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã emprega 130 pessoas em dois infantários, um lar de idosos e um centro de meios de diagnóstico de saúde.
Segundo a direcção cessante, a instituição tem um passivo de cinco milhões de euros.
Hoje é o último dia para apresentação de listas candidatas aos órgãos sociais para a realização de eleições antecipadas.
Público
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