sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Paredes

Proposta da Mesa Administrativa foi recusada em Assembleia-Geral
Irmãos da Misericórdia recusaram empréstimo bancário de 3,75 milhões de euro
A Santa Casa da Misericórdia de Paredes já não vai contrair um empréstimo bancário de 3,75 milhões de euros para investir no Hospital. A medida foi, no sábado, reprovada pela maioria dos irmãos presentes na Assembleia-Geral e que, apesar de terem aprovado a constituição da PRD – Solidária, Lda, recusaram também transferir para esta sociedade as acções que a instituição paredense possui do capital social do hospital.
O padre Vitorino Soares, provedor da Misericórdia que tinha proposto a ratificação destas medidas, não quer, por agora, abordar este tema e guarda para depois de uma reunião com os restantes membros da Mesa Administrativa uma tomada de posição.
Dinheiro serviria para fazer o saneamento financeiro do Hospital da Misericórdia
Tal como o VERDADEIRO OLHAR tinha adiantado na última edição, as propostas da Mesa Administrativa não eram consensuais. Vários irmãos contestavam o facto de se contrair mais um empréstimo para investir num Hospital que, ainda em Novembro do ano passado, tinha absorvido mais de um milhão de euros só da Misericórdia na sequência de um aumento de capital social.
Mesmo assim, à Assembleia-Geral foram apresentados três pontos, o primeiro dos quais pedia a ractificação da constituição da PRD – Solidária, Lda, sociedade composta em partes iguais pela Misericórdia de Paredes e pela CESPU.
Este ponto foi aprovado, o que já não aconteceu quando em votação esteve a transferência das acções do hospital detidas pela Misericórdia para a PRD – Solidária. A proposta foi recusada por ampla margem, assim como o foi a contracção de um empréstimo bancário de 3,75 milhões de euros.
Este dinheiro seria canalizado para as contas do Hospital da Misericórdia em virtude de um acordo celebrado entre a Santa Casa e a CESPU, que se comprometeu a investir outros 3,75 milhões de euros. Os 7,5 milhões de euros seriam utilizados para fazer face a compromissos financeiros e para viabilizar o plano de recuperação financeira do Hospital da Misericórdia.
Contactado pelo VERDADEIRO OLHAR, o provedor guardou para depois de uma reunião com os restantes membros da Mesa Administrativa uma tomada de posição sobre a reprovação do empréstimo.
Também o presidente do Conselho de Administração da CESPU, Almeida Dias, não comentou a decisão dos irmãos, e as consequências que este terá no futuro do hospital, por se encontrar em Angola.

O Verdadeiro Olhar

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