sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Chaves

Funcionários da Santa Casa não fizeram greve apesar dos salários em atraso

Actualmente, os cerca de 267 funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Chaves lidam com as dificuldades inerentes a dois meses de salário e um subsídio de férias em atraso, mas no dia 24 de Novembro “não houve uma única comunicação de qualquer trabalhador que iria aderir à greve geral”, avançou o Provedor da instituição, João Paulo Abreu, elogiando o “brio profissional” e “empenho” demonstrados.
A equipa de animação optou por não fazer greve para realizar o projecto sociocultural “Envelhecer com Vida”. “De facto, a instituição está a passar uma fase menos boa, no entanto acho que tenho dever não só profissional, mas sobretudo ético para com os idosos e não poderia deixá-los sozinhos”, justificou Pedro Pinto de Almeida, animador sociocultural da Santa Casa. “Sabemos que é uma situação bastante complicada, mas acima de tudo queremos trabalhar. Se não o fizermos, se a Casa não andar para a frente, não há dinheiro. Não havendo, também não há para pagar os ordenados. Por isso, o objectivo é continuar a trabalhar e ter paciência”, rematou Pedro Pinto de Almeida.
“Esta nova mesa administrativa está a envidar todos os esforços no sentido de que esta situação seja normalizada o mais rapidamente possível”, admitiu João Paulo Abreu, há nove semanas na direcção da Santa Casa de Chaves. Até lá, “queremos unir e ouvir toda a comunidade flaviense porque entendemos que é em conjunto que se criam condições para que haja uma evolução positiva da instituição”, apontou o Provedor. No que toca à realização de obras urgentes nos equipamentos da Santa Casa, João Paulo Abreu tem apelado à autarquia e aos empresários da região, que têm vindo a demonstrar “abertura”.
Sandra Pereira
@tual

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