sábado, 15 de janeiro de 2011

Santa Casa da Misericórdia do Fundão

Fundão: Família apresenta queixa na GNR contra misericórdia

Idosa espancada por colega de lar
Uma idosa de 85 anos foi agredida no Lar da Misericórdia do Fundão, onde se encontrava internada há cerca de três anos. A agressão foi protagonizada por uma outra utente da instituição, de 62 anos, sem razão aparente e sem provocação.

0h30

Albertina Rosa Simão estava acamada na altura do incidente, na noite da Consoada, e "não teve como se defender do ataque feito com o cabo de uma vassoura", descreve Bárbara Salvado, nora da vítima. O resultado, diz, "foram dois braços partidos, várias feridas na cara e nas pernas, e vários pontos na cabeça e no queixo".

A família da vítima já apresentou queixa na GNR do Fundão contra o Lar da Misericórdia, por considerar ter havido negligência da parte dos funcionários. "Alguém tem de ser responsabilizado pelo que aconteceu, porque esta agressão afectou de forma irreversível a saúde da minha avó", afirma Susana Cardoso, neta da vítima, que teme que este episódio venha a antecipar a morte da idosa.

A idosa agressora foi também encaminhada para o Hospital da Covilhã para ser observada por um psiquiatra. Albertina Rosa Simão, bem como a ‘colega’ agressora, já se encontram de novo internadas do lar e estão sob observação. Não se registaram mais incidentes.

Segundo o relatório do hospital, ao qual o CM teve acesso, as lesões mais graves foram uma fractura craniana e do cúbito do braço esquerdo.

"NADA FAZIA PREVER INCIDENTE"

Jorge Gaspar, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, assegura que "nada no relatório de admissão da idosa fazia prever o incidente". A utente em causa, diz, "não vinha referenciada como agressiva, teve sempre um comportamento muito afectuoso com toda a gente e não tinha qualquer atrito com a vítima".

O provedor recusa ter havido negligência e garante o que lar tinha todos os funcionários previstos em serviço. Por isso, afirma: "Em relação à queixa apresentada na GNR, estamos tranquilos."

O incidente ocorreu num quarto perto da sala de convívio, "onde se encontravam várias pessoas que não se aperceberam da situação", descreve Jorge Gaspar.

A agressora já voltou ao lar, "tendo-se mostrado arrependida, mas sem ter dado qualquer justificação para o sucedido", afirma o provedor.

CM

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