Providência cautelar adia eleições na Misericórdia de Tomar
As eleições na Santa Casa da Misericórdia de Tomar, que estavam marcadas para 14 de Novembro, foram adiadas, desconhecendo-se a data em que se vão realizar. A decisão foi tomada pelo presidente da assembleia geral da instituição, Fernando Corvêlo de Sousa, que também é presidente da Câmara de Tomar, uma vez que foi intentado um procedimento cautelar no Tribunal de Tomar visando a impugnação da assembleia realizada a 12 de Outubro passado.
Alguns irmãos contestatários pretendem a anulação de uma deliberação tomada por maioria nessa assembleia extraordinária que contorna o impedimento estatutário de reeleição dos dirigentes que tenham cumprido dois mandatos sucessivos. O cerne da polémica reside no facto dos actuais corpos gerentes estarem em funções há 14 anos, depois de terem sido eleitos em dois mandatos normais (de três anos cada) e três mandatos extraordinários, sempre recorrendo a assembleias-gerais extraordinárias, tal como a do dia 12 de Outubro, em que foi decretada a sua elegibilidade.
“São as mesmas pessoas desde 1997 e, pelos vistos, têm ideia de se voltar a candidatar”, referem os membros da irmandade que se opõem à deliberação. “O excepcional transforma-se em normal”, criticam os irmãos opositores. Acabou por ser Luís Salazar, enquanto membro da irmandade, a apresentar a providência cautelar onde questiona a legalidade da última assembleia e a forma como a votação decorreu.
A Santa Casa da Misericórdia de Tomar tomou conhecimento desta impugnação, através de notificação judicial, pelo que, apesar da assembleia-geral se manter agendada para 14 de Novembro, não vai ter lugar qualquer acto eleitoral. Na reunião, vai-se discutir e votar o plano de actividades e orçamento para 2012.
O Mirante
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