A crítica foi feita pelo líder parlamentar social-democrata no Parlamento açoriano, Duarte Freitas.
O líder do grupo parlamentar do PSD/Açores considerou ontem que “o Governo Regional foi egoísta na alocação das verbas dos quadros comunitários de apoio, acabando por não incentivar uma economia própria do arquipélago, impedindo a criação de um melhor mercado, e isso agora traduz-se na fragilidade do nosso tecido económico, que se confirma agora com os números preocupantes do desemprego, especialmente do desemprego jovem”.
Duarte Freitas falava após visitas às escolas profissionais da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória, contactos inseridos nas jornadas parlamentares em curso na Terceira, onde realçou que “há açorianos a viver momentos dramáticos, e temos mesmo pessoal altamente especializado que vê fechadas as portas do mercado de emprego, daí a necessidade de termos mais economia nos Açores, mesmo se as nossas contingências obrigam a imensos cuidados”, frisou.
“Um dos erros estratégicos dos últimos anos de governação foi não incentivar essa economia. O governo não fez o esforço no sentido correcto, e é preciso fazer agora essa inflexão, tendo em conta as nossas características e limitações, mas de forma a termos mais mercado nos Açores, a fazer crescer essa economia, numa mudança clara da agulha estratégica da governação”, disse Duarte Freitas.
“Temos que incentivar a economia, temos que incentivar a sociedade”, avançou o social-democrata, defendendo “uma mudança que permita criar mais emprego, longe desta realidade de quase pré-campanha eleitoral, a tanto tempo das eleições, com quem nos governa, e que acumulou falhanços estratégicos, a optar por esta campanha quase folclórica, sem se preocupar com o facto de sermos uma região em profunda crise económica e social. Não é com esforços de angariar gente para listas de apoio, nem é com jantares comícios que lá vamos”, criticou o deputado.
Duarte Freitas destacou “a importância do ensino profissional nos Açores, que vem garantindo uma qualificação dos nossos recursos humanos”, referindo que “neste momento de crise económica e social ele assume um papel ainda mais importante, embora tenha de ser adaptado a esta nova economia que queremos para os Açores, libertando energias e aproximando a sua função da estratégia que estamos a delinear para a região”, concluiu.
JornalDiario
2012-02-09 09:30:00
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