A Misericórdia Obra da Figueira (MOF) realizou, no passado dia 12, a cerimónia de tomada de posse dos seus corpos gerentes para o triénio 2012-14. O momento foi aproveitado para distinguir, como sócios honorários, o causídico Luís Melo Biscaia (que, ausente por motivos de saúde, foi representado pela sua filha Isabel); o engenheiro Santos Silva (que vai escrever a próxima obra da MOF, a editar no próximo ano, alusiva à vida e obra de Santo António); a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (representada pelo seu presidente, Lídio Lopes); o Ginásio Clube Figueirense (representado pelo seu presidente, José Tomé); e a Sociedade Figueira Praia (detentora do Casino Figueira e representada pelo seu administrador, Domingos Silva).
No discurso durante o jantar convívio que se seguiu à cerimónia, o provedor da instituição, Joaquim de Sousa (na foto), reiterou os agradecimentos às pessoas e instituições que colaboram com a MOF para o desenvolvimento das suas atividades, sublinhando que “nunca, em tempo algum, os elementos dos órgãos sociais da Misericórdia Obra da Figueira tiveram remuneração de qualquer espécie, pelo contrário, têm é despesas por estar ao serviço da instituição” que, por sua vez, está ao serviço da comunidade. “Temos atualmente 464 utentes, 180 residentes (nos lares Santo António, Costa Ramos e Silva Soares), 112 funcionários e 20 voluntários”, elencou. “Apoiamos, em géneros, mais do que todas as outras instituições do concelho juntas”, frisou, adiantando que a MOF continuará a ter uma postura de descrição nas ajudas concedidas, e a recusar entrar em “feiras de vaidades”, sem abdicar, no entanto, da qualidade nos apoios aos que mais necessitam. Resumindo as principais obras realizadas para a renovação da instituição, tantos nos equipamentos e espaços físicos como nas metodologias, com formação contínua dos funcionários, o provedor salientou que, nos últimos anos, a MOF viu a receita crescer mais do que a despesa e o peso da comparticipação do Estado nas suas contas diminuir de 48% para 41,75%. “Como? Através de desinvestimento, vendendo prédios antigos para financiar a reconversão dos espaços, como aconteceu com a antiga Mata da Misericórdia”, explicou. Por fazer está o edifício para os serviços administrativos e apartamentos protegidos, projetos que já estão feitos mas que não podem ser concretizados agora, em virtude da conjuntura económico-financeira do país e da instituição.
No cargo há 12 anos (quatro mandatos), Joaquim de Sousa afirmou-se consciente das dificuldades atuais, que já obrigaram ao adiamento de um projeto muito acarinhado pela instituição: o Lar Residencial para deficientes, no terreno situado na rua do Pinhal, recuperando a vivenda aí existente, um projeto aprovado e dotado pelo programa POPH do Quadro Comunitário de Apoio, e adiado por um ano em 2012. “Podíamos avançar, mas implicaria aplicar todas as reservas financeiras da instituição, o que não nos pareceu prudente”, explicou. “Neste mandato vamos navegar à vista, com muita precaução”, concluiu, assumindo que, este triénio, “manter a estabilidade da instituição, perante a crise atual, será já muito bom”.
Órgãos sociais triénio 2012-14
Assembleia Geral
Presidente – Luís de Melo Biscaia; 1º Secretário – Luís Semedo; 2º Secretário – Nuno Silva
Mesa Administrativa
Provedor – Joaquim de Sousa; Vice-Provedor –Virgínia Pinto; 1º Secretário – Domingos Silva; 2º Secretário – Francisco Simões; Tesoureiro – João Silva Ramos; Vogal – Martins de Oliveira; Vogal – José Castanho; Suplente – Gabriela Cachulo Cardoso; Suplente – Sandra Sebastião
Conselho Fiscal
Presidente – José Saraiva Santos; Vogal – Gonçalo Cardoso; Vogal – Nogueira Souto; Suplente – Vítor Rodrigues; Suplente – Ana Rolo
O Figueirense
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