quinta-feira, 15 de março de 2012

Santa Casa da Misericórdia de Mangualde

Mangualde: todas as Unidades de Cuidados Continuados prontas vão abrir 15/03/2012 - 08:08 O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, assegurou esta quarta-feira em Mangualde que todas as Unidades de Cuidados Continuados do país que estão a funcionar vão ser mantidas e as que estão prontas vão abrir, avança a agência Lusa. Esta garantia foi dada aos jornalistas à margem da inauguração da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, acrescentando Leal da Costa que em relação às unidades projectadas, estas "só avançam depois de garantida a sua sustentabilidade financeira". Depois de ouvir o alerta do presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, no discurso durante a cerimónia oficial de aberta da unidade de Mangualde, de que "deixar cair as misericórdias" significa "deixar cair o país", Fernando Leal da Costa respondeu garantindo que "o Governo não vai deixar cair Portugal e com Portugal não vão cair as misericórdias". Pelo contrário, asseverou o governante, o que o Governo está a fazer é procurar a melhor "engenharia financeira" para garantir a sustentabilidade de todas as Unidades de Cuidados Continuados, para as quais estão orçamentados 140 milhões de euros, dos quais 35 milhões serão provenientes dos jogos sociais. Ao mesmo tempo que admitia que o objectivo é "abrir todas as unidades previstas" para o país, embora sem se comprometer com um prazo, compromisso que também não assumiu para as Unidades de Cuidados Continuados previstas até final do ano, reafirmou a prioridade de "manter as que estão a funcionar e abrir todas as que já estão prontas". "O que estamos a fazer é criar condições que garantam que o sistema não vai colapsar, do ponto de vista financeiro, a meio", disse. Já no discurso proferido na cerimónia de inauguração da unidade de Mangualde, Leal da Costa admitiu que este ano e em 2013 "os passos a dar vão ser mais pequenos que aquilo que todos gostariam", mas sublinhou que isso é essencial para "evitar situações de ruptura". E aproveitou para apelar às misericórdias que "compreendam" a situação e que "ajudem" o Governo a obter as condições que vão garantir que estas vão continuar a poder contar com o apoio do Estado. No entanto, o secretário de Estado Adjunto da Saúde ouviu do seu presidente, Manuel Lemos, um aviso: "Nós não apreciamos greves e detestamos as ameaças" mas "reagimos quando nos ameaçam", ao mesmo tempo que pedia que o Governo "cumpra com os acordos estabelecidos com as misericórdias". Manuel Lemos lembrou as "enormes dificuldades" por que algumas misericórdias estão a passar e, instado a detalhar situações que poderiam justificar uma reacção perante alegadas ameaças, apontou o caso da Mealhada, onde, disse, a Administração Regional de Saúde "está a passar por cima de acordos assinados". A unidade da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde dispõe de 38 vagas destinadas a cuidados de longa duração e está instalada no antigo hospital de Mangualde, tendo o projecto orçado em 2,7 milhões de euros e foi inaugurada mais de três meses após estar pronta. No âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, a Região Centro, que esta quarta-feira passa a contar com mais duas unidades, a de Mangualde e a de Oleiros, Castelo Branco, as primeiras a entrar em funcionamento na região em 2012, dispõe de 1.569 camas distribuídas pelas diferentes tipologias da rede.

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