domingo, 19 de junho de 2011

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Jardins da Casa da Prelada reabrem dia 1 de Julho com concerto

A primeira fase do projecto de requalificação da Casa da Quinta da Prelada, Porto, que incluiu toda a área envolvente ao edifício está concluída e será apresentada à cidade a 1 de Julho.
Um concerto da Orquestra do Norte marcará a apresentação dos jardins do lado da Casa, que “incluem o maior labirinto verde da Península ibérica”, afirmou o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares.
“Será a primeira iniciativa para mostrar que a Casa e o espaço estão vivos. Vamos apresentar a recuperação desses jardins”, sublinhou.
Contudo, as obras de restauro do edifício, que acolherá o arquivo histórico da Misericórdia do Porto, um museu e uma biblioteca, só deverão ficar concluídas em Abril ou Maio de 2012.
A Casa da Prelada, situada na Quinta da Prelada, na freguesia de Ramalde, desenhada pelo arquitecto italiano Nicolau Nasoni e classificada como imóvel de interesse público, está encerrada desde 2003, encontrando-se bastante degradada.
A Quinta é considerada como uma das maiores obras de Nasoni em termos de arquitetura paisagística. Nos finais do século XIX, o último proprietário, Francisco Noronha de Menezes, doou a propriedade à Santa Casa da Misericórdia do Porto.
O projecto de restauro, da autoria do arquitecto António Barbosa, integra a Capela, no rés do chão, a Provedoria da Santa Casa da Misericórdia do Porto, no andar nobre, e o Arquivo, que ocupará a cave, parte do rés-do-chão e a sobreloja. Esta zona contempla um auditório, uma sala de exposições, uma biblioteca de acesso livre e 2 salas de leitura, instrumentos de pesquisa e audiovisuais.
Para o futuro está ainda prevista a ligação entre as 2 partes da quinta, separadas pela construção da Via de Cintura Interna, através de um túnel já construído sob a rodovia.
Encerrado desde final de 2006, o antigo parque de campismo deveria reabrir como parque público também este Verão, mas “dificuldades burocráticas” obrigaram a adiar a reabertura do espaço.
“Estamos neste momento, com arquitectos paisagistas, a fazer o realinhamento do parque, para voltar a introduzir uma componente, que é muito famosa no Porto, que é a das camélias. Estamos a tentar reconstruir alguns dos jardins que a abertura da VCI destruiu”, contou António Tavares.
Por outro lado, acrescentou, “estamos com o processo das permutas com a Câmara do Porto e isso é que tem atrasado o processo de reabertura”.
“A nossa ideia era na parte nova (a permutar com a autarquia) introduzir uma componente lúdica e desportiva assente no hipismo. No fundo, a quinta irá ter uma componente cultural, de lazer, lúdica e desportiva. Será uma mistura de Serralves e parque da cidade”, acrescentou.
De acordo com António Tavares, o processo de permuta está fechado, mas há “uma pequena questão jurídica” que não foi acautelada em Assembleia Municipal, e que é preciso resolver.

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