sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco

Santa Casa da Misericórdia

Provedor homenageado

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco assinala, no próximo dia 28 de Novembro, 90 anos, sendo que nos últimos 25 anos esteve à frente dos destinos da instituição. A homenagem integra a apresentação de um livro sobre a sua obra.

Por: João Carrega

18 de Novembro de 2010 às 18:00h

José Guardado Moreia assinala 90 anos no próximo dia 28 de Novembro, sendo que nos últimos 25 esteve à frente da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco. Com muitos projectos já realizados e com aquela a que chamou a obra do século em curso, Guardado Moreira será homenageado nesse dia, através de várias iniciativas.

De acordo com a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia, o programa começa uma eucaristia (na Igreja da Graça, pelas 11 horas), seguindo-se o descerramento de um placa toponímica numas das artérias da cidade (12 horas).

A sessão solene está agendada para as 14 horas. Na cerimónia será apresentado, após uma intervenção de António Frade, o livro «O Provedor Coronel Guardado Moreira – Uma Vida Inteira de Serviço. Do Homem e da Obra», da autoria de António Pires Nunes.

Outro dos momentos altos da homenagem será a imposição da condecoração militar da medalha D. Afonso Henriques, Mérito de 1º Classe, pelo Estado Maior do Exército. Seguem-se as intervenções do presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, e do provedor da Santa Casa. A homenagem termina com as actuações do Grupo de Utentes e do Grupo Coral da Santa Casa, e com uma sessão de autógrafos.


Forte intervenção


De referir que os 25 anos de Guardado Moreira à frente da instituição ficaram marcados por uma forte intervenção na criação de estruturas e aquisição de meios técnicos e humanos.

A Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco é hoje uma das principais instituições da cidade. Acolhe nos seus dois jardins-de-infância e creches cerca de 200 crianças, tem 420 idosos nos seus lares, 43 nos centros de dia e 250 nos centros de convívio. O apoio domiciliário é prestado a 100 idosos e possui ainda um serviço de acolhimento emergência social com quatro quartos. A Santa Casa possui um ainda um “Centro de Medicina de Reabilitação, três museus - Arte Sacra, Agrícola e Arte Ultramarina e presta assistência religiosa”.

Um dos últimos desafios a que se propôs concretizar foi a chamada obra do século, cujas obras se iniciaram em Setembro. Nesta primeira fase está a ser construído o edifício para acolher os cuidados continuados de média e longa duração. A obra foi adjudicada à empresa João de Sousa Baltazar, pelo valor três milhões 722 mil 687 euros e 78 cêntimos, a qual terá agora 18 meses para a executar.

O edifício terá capacidade para acolher 36 utentes de média duração e 17 de Longa Duração. A obra deverá ficar pronta em 18 meses. O coronel José Guardado Moreira, disse ao Reconquista, aquando da adjudicação da obra, que “o número de funcionários também irá aumentar, prevendo-se a contratação de mais 50 colaboradores. Um número que, como sublinhou, “se vem juntar aos actuais cerca de 320 funcionários. Quando a segunda fase estiver concluída teremos que admitir mais 50 empregados”.

Para a realização desta obra, a Santa Casa da Misericórdia tem um financiamento de 750 mil euros por parte do Estado. “Isto significa que haverá por parte da Santa Casa da Misericórdia um forte investimento, quer por fundos próprios, quer com o apoio dos benfeitores, quer por um empréstimo à banca”, explicou na altura José Guardado Moreira.

Aquele é o primeiro edifício de um complexo ambicioso que inclui, numa segunda fase, a construção de um outro para acolher doentes de Alzheimer (20 utentes), Parkinson (20) e pessoas singulares não autónomas na sua vida diária. Aqui o investimento será de mais três milhões de euros.

Para uma outra fase Guardado Moreira, diz pretender “construir uma nova creche e jardim-de-infância, um novo lar para idosos (60 camas), uma piscina aquecida e um ginásio, e seis apartamentos independentes para quem esteja válido, mas queira viver no campo e apoiado pela Misericórdia”.

Todas aquelas estruturas vão ficar instaladas no Complexo Social Centro Comunitário João Carlos Abrunhosa.

Reconquista

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