sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Penafiel

Lista candidata à Misericórdia de Penafiel apresentou propostas
Júlio Mesquita promete criar Centro de Acolhimento Temporário para Crianças em Perigo

A lista candidata à liderança da Santa Casa da Misericórdia liderada por Júlio Mesquita promete criar um Centro de Acolhimento Temporário para Crianças em Perigo e Lares/Residências Assistidas. Acompanhado por Rodrigo Lopes e João Barros, o actual presidente dos Bombeiros de Penafiel prometeu também implantar uma gestão "mais participada" e aberta ao contributo de todos.
As promessas, entre as quais se inclui a análise de dossiers como as obras no Hospital, a clínica de hemodiálise e os processos contra funcionários, foram feitas em conferência de imprensa quando faltam 11 dias para a realização de eleições.

"Não se iludam com ajudas fáceis"

Numa primeira intervenção, o candidato da Lista A começou por prometer valorizar o "trabalho profissional e abnegado dos funcionários" e a seguir valores como "rigor, seriedade e transparência nos actos e na transmissão de informação aos irmãos".

Depois, Júlio Mesquita anunciou a pretensão de criar Lares/Residências Assistidas, revitalizar o Hospital da instituição através da criação de Cuidados Paliativos e a dinamizar a assistência domiciliária integrada, assim como o apoio psicológico a utentes institucionalizados, ou seja internados.

A criação de um Centro de Acolhimento Temporário para Crianças em Perigo é outra das prioridades para um mandato de três anos. "Não há nenhum equipamento do género na região e quando as crianças têm de ser retiradas à família são colocadas em instituições de fora", justificou Rodrigo Lopes, candidato à presidência do Definitório, uma espécie de Conselho Fiscal.

Foi também o antigo vereador da Câmara de Penafiel quem prometeu "uma nova forma de gerir", mais "participada" e aberta ao contributo de todos os irmãos. "Há processos complexos e há várias coisas que têm de ser avaliadas e esclarecidas", admitiu, por sua vez, o médico João Barros.
O candidato à presidência da Mesa da Assembleia-Geral referia-se às obras de requalificação do Hospital que continuam paradas, à clínica de Hemodiálise inaugurada em 2006 mas sem nunca entrar em funcionamento e ao processo judicial que a Santa Casa tem contra algumas funcionárias.
João Barros pediu ainda aos irmãos para terem os pés bem assentes na terra na hora de votar. "Não se iludam com ajudas fáceis ou com financiamentos da administração central. Os apoios do Estado vão diminuir", alertou sem querer concretizar se estava a referir-se aos contactos do ex-deputado Agostinho Gonçalves, o outro candidato conhecido, junto do Governo socialista.



Propostas:

- Criação de Lares/Residências Assistidas
- Revitalizar o Hospital através da criação de Cuidados Paliativos
- Dinamizar a Assistência Domiciliária Integrada
- Apoio psicológico aos utentes institucionalizados
- Criação de um Centro de Acolhimento Temporário para Crianças em Perigo




Ex-deputado apresenta lista de continuidade
Feijó e Barbeiros na lista de Agostinho Gonçalves

À hora que Júlio Mesquita falava aos jornalistas, Agostinho Gonçalves formalizava a sua candidatura. O ex-presidente da Câmara Municipal de Penafiel e antigo deputado na Assembleia da República já tinha anunciado a sua intenção de suceder ao irmão, Fernando Gonçalves, na provedoria da Santa Casa da Misericórdia.



No entanto, só agora é que o também ex-governador civil do Porto anunciou quem o acompanhará numa lista que se pode considerar de continuidade. Isto porque dela fazem parte nomes como Ana Maria Feijó, ex-presidente da Assembleia Municipal de Penafiel pelo PS e actual membro da Mesa da Misericórdia, e Carlos Couto, número dois do PS/Penafiel e ex-membro do Definitório.

Couto Barbosa, ex-vereador socialista e suplente dos actuais órgãos sociais da Misericórdia penafidelense, é outro nome da Lista B, que integra ainda António Barbeitos. Director financeiro da Câmara de Penafiel, Barbeitos é uma figura ligada ao PSD e é utilizado por Agostinho Gonçalves para negar que as eleições para a Santa Casa da Misericórdia sejam uma luta entre PS e social-democratas.

Com 58 anos e a gozar a reforma, Agostinho Gonçalves diz também que "tem condições para fazer um bom trabalho" naquela que é a terceira Misericórdia mais antiga do país e lembra "uma vida dedicada à função pública".

"Pretendo continuar com a matriz da instituição e dar o máximo de carinho e conforto aos utentes", refere, igualmente, o candidato que promete ainda "não falar de absolutamente nada do que está para trás".

O Verdadeiro Olhar

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