segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Penela

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Escrito por José Carlos Salgueiro
fernando antunes empossado

Provedor da Misericórdia
de Penela quer certificar
a instituição

Os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Penela tomaram ontem posse, numa sessão que marca o início de uma nova etapa na instituição, uma vez que o cargo de provedor passa a ser ocupado por Fernando Antunes, em substituição de Manuel Ramos, que liderou a entidade durante os últimos 24 anos.
O novo provedor revelou aceitar o cargo com «espírito de missão (…) agora que encontrei alguma disponibilidade para voltar a dar à minha terra uma participação cívica, voluntária e gratuita em prol de ideias e projectos que têm a ver com as necessidade de quem, muitas vezes, vive quase ao nosso lado mas que, neste mundo egoísta e materialista (…) é excluído de direitos fundamentais».
Citando palavras do alvará do Rei D. Sebastião, da fundação da Misericórdia, há 452 anos, em que são descritas as «pessoas pobres e os presos necessitados» e a necessidade de os ajudar, Fernando Antunes sustentou que «nos dias de hoje, neste nosso país onde grassa a exclusão e a pobreza, o objectivo volta a ser o mesmo: é preciso unir esforços no combate à solidão que atinge dramaticamente os mais idosos, esquecidos nas aldeias que serpenteiam as serras e os vales do nosso concelho».
O novo provedor lembrou ainda a necessidade de continuar a apoiar as crianças, «porque, afinal, elas são quem nos faz sorrir», e lembrou aos funcionários que, é a elas e aos idosos «que devem o posto de trabalho».
Em termos de objectivos mais próximos, Fernando Antunes adiantou que «avançaremos rapidamente com processo de certificação e faremos da avaliação permanente do serviço que prestamos uma forma de melhorarmos cada vez mais».
Também a parte económica é algo que o novo provedor não quer descurar, mostrando-se, contudo, preocupado que «quase todas as valências actuais dêem prejuízo e que o saldo operacional do último exercício seja negativo».

Manuel Ramos apela à participação dos irmãos
O provedor cessante fez uma pequena resenha histórica, especialmente ligada à obra social, traduzida numa série de valências criadas durante a sua gestão, garantindo que, «quem mais beneficiou neste últimos 24 anos, fui eu».
Manuel Ramos lembrou que as obras só foram feitas devido aos donativos e heranças deixadas à Misericórdia, nomeando muitos dos beneméritos individuais e, também, a autarquia de Penela, pela cedência de diversos imóveis.
O agora presidente da Assembleia-Geral, substituindo Mário Nunes, aproveitou a sua intervenção para também apelar à participação dos irmãos na discussão e tomada de decisões, relevando que, em muitas assembleias terá sido difícil reunir quórum suficiente.
A sessão de tomada de posse foi presidida por Mário Nunes que elogiou «o trabalho meritório dos corpos sociais que agora saem» e mostrou agrado pela «vitalidade associativa» revelada nas eleições.

Diário de Coimbra

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