sexta-feira, 2 de abril de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Procissão ‘Ecce Homo’ leva milhares à rua

Braga
2010-04-02
Paula Maia

Milhares de pessoas assistiram ontem à Procissão do Senhor ‘Ecce Homo’, uma das principais manifestações de fé que integram a Semana Santa de Braga.
Entre os inúmeros espectadores encontravam-se, também, muitos turistas, sobretudo espanhóis, que por esta altura do ano se deslocam à cidade dos arcebispos para assistirem às celebrações da Semana Santa.

A anunciar a procissão estavam os já tradicionais farricocos, um dos maiores símbolos associados às celebrações religiosas desta semana.
Envergando grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, os farricocos, empunhando matracas e fogaréus, chamam os irmãos da misericórdia para a procissão.

A imagem de Jesus coroado de espinhos, com as mãos atadas, segurando um ceptro, é a figura central desta procissão. A ima-gem do Senhor ‘Ecce Homo’ representa o Cristo tal como Pilatos o apresentou à multidão, dizendo ‘Eis o Homem!&rd quo;.
Além das figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, a procissão incorpora também catorze obras da misericórdia, bem como figuras históricas li-gadas à fundação e à história das Misericórdias.

Quem chamou a si a realização desta procissão foram as Santas Casas da Misericórdia. E, ainda hoje, é a estas instituições que cabe a tarefa de promover e organizar esta solenidade, por isso considerada a ‘Festa da Irmandade’, à qual todos os irmãos eram então obrigados a assistir. O papel desempenhado outrora pelos irmãos foi hoje parcialmente substituído pelo figurado que integram o cortejo religioso.

A procissão saiu da Igreja da Misericórdia, percorrendo as Rua D. Diogo de Sousa, Arco da Porta Nova, Avenida S. Miguel-o-Anjo, Rua D. Paio Mendes, Rua D. Gonçalo Pereira, Largo de S. Paulo, Largo de Paulo Orósio, Rua do Alcaide, Campo de Santiago, Rua do Anjo, S. Marcos, Largo Barão de S. Martinho, Rua do Souto, Largo do Paço e Igreja da Misericórdia.

Correio do Minho

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