sábado, 7 de janeiro de 2012

Santa Casa da Misericórdia da Covilhã

Instituição tem um buraco financeiro de cinco milhões de euros

Misericórdia da Covilhã cria centro de dia para evitar despedimentos


Santa Casa da Misericórdia da Covilhã vai abrir um centro de dia para rentabilizar os recursos humanos disponíveis e gerar novas receitas
A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã vai abrir um centro de dia para rentabilizar os recursos humanos disponíveis e gerar novas receitas, anunciou o provedor Pedro Paiva.
  • 06 Janeiro 2012
A medida integra o plano da nova mesa administrativa para evitar despedimentos e sanear as finanças da instituição que, segundo dados da anterior administração, tem um buraco financeiro de cinco milhões de euros, dívida que deverá ser renegociada com a banca, de modo a permitir o pagamento dos salários de Dezembro dos 130 trabalhadores.
Segundo Pedro Paiva, existem "reuniões quase constantes com os bancos para tentar encontrar uma solução, que pode surgir a qualquer minuto". O subsídio de Natal também está em atraso, mas o provedor admitiu que o pagamento pode ficar para mais tarde: "primeiro há que revolver o problema dos salários", frisou.
Até aqui, "sempre que era preciso dinheiro, entregava-se património como garantia e agora não há margem de manobra", lamentou.
A situação foi discutida na quinta-feira à tarde entre administradores e sindicato, que por sua vez já solicitou uma reunião ao secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa.
Questionado pela agência Lusa sobre a possibilidade de despedimentos, o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã disse que pretende agir "ao contrário". Em vez de despedir, o objectivo passa por "criar novas valências o mais rapidamente possível".
A mesa administrativa "já está a trabalhar na criação de um centro de dia para rentabilizar alguma mão-de-obra que possa haver em excesso". A nova valência vai ser criada "muito rapidamente" no edifício do lar de idosos da instituição, na parte da alta da cidade.
As instalações do lar "têm capacidade" para acolher o novo serviço, pelo que "o investimento é zero", referiu Pedro Paiva, admitindo que possa haver deslocalização de funcionários entre as valências da Misericórdia.

CM

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