sábado, 16 de julho de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Braga

Ministério da Saúde demorou a dar resposta sobre contrato de arrendamento de antigas instalações

Misericórdia de Braga "prejudicada" com mudança de instalações de hospital

A Santa Casa da Misericórdia de Braga afirmou hoje ter tido "prejuízos" devido ao atraso da resposta do Ministério da Saúde sobre se iria ou não denunciar o contrato de arrendamento das antigas instalações do Hospital de S. Marcos.
  • 12 Julho 2011
As instalações do antigo Hospital de S. Marcos, uma área de construção de 100.295 metros quadrados pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Braga, estavam arrendadas ao Estado pelo valor de 25 mil euros.
Em conferência de imprensa, a mesa administrativa da Santa Casa Braga deu conta das "várias tentativas" efectuadas junto da Administração Regional de Saúde do Norte no sentido de "esclarecer qual a intenção do Estado em relação às instalações do antigo Hospital de Braga".
Segundo o provedor da instituição, Bernardo Reis, "embora [o Estado] tenha denunciado o contrato dentro do prazo legal", a "demora em transmitir à Santa Casa a desocupação do espaço acarretou prejuízos para a instituição".
Entre eles estão o "atraso na retoma e lançamento de projectos para dinamizar os edifícios e custos de manutenção e segurança dos equipamentos".
Bernardo Reis adiantou ainda que a Santa Casa "teve que abdicar de projectos que estavam a ser estudados em parceria com entidades privadas que obrigavam a investimentos" porque, caso os edifícios não fossem devolvidos, a instituição "ver-se-ia obrigada a vultuosas indemnizações".
Além destes prejuízos, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga assegurou "que o facto de a Santa Casa não receber desde Maio a renda dos edifícios prejudica fortemente as valências sociais da instituição", já que os 25 mil euros da renda "permitiam que os preços praticados na acção social fossem abaixo dos valores máximos permitidos pela Segurança Social".
Todavia, "os serviços sociais prestados pela Santa Casa da Misericórdia não estão em risco, pois há outros meios de financiamento aos quais a instituição tem acesso".
Bernardo Reis confirmou ainda a constituição de uma comissão estratégica para avaliar a situação das instalações, constituída por "pessoas conhecedoras da realidade de Braga", notícia que já havia sido avançada na semana passada pelo presidente da Câmara Municipal de Braga, Mesquita Machado.

CM

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