quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Misericórdias da Arquidiocese de Braga

Misericórdias ajudam no combate à fome

Braga
2009-12-03 Miguel Viana

As Misericórdias da Arquidiocese de Braga estão empenhadas em combater a fome que existe na região.
A conclusão saiu do encontro das 16 misericórdias que compõem a Arquidiocese e que ontem reuniram com o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, para debater a situação socio económica da região.

No final do encontro, o responsável pela Igreja Católica referiu que “ o que importa é agir e responder às necessidades concretas das populações: comer, vestir, dar conselhos, a fome não espera. Falamos das cantinas sociais (que algumas misericórdias já estavam a pensar e outras vão repensar), para que em nenhum arciprestado haja pessoas com fome. Se alguém tiver fome pode bater à Misericórdia que há sempre algo para comer.”

D. Jorge Ortiga referiu ainda que vê com preocupação as situações de pobreza na zona da arquidiocese, e que têm tendência para aumentar.
Uma tarefa em que a Igreja espera contar com a colaboração do Estado. “A doutrina social da Igreja sublinha muito o princípio da subsidiariedade, onde a acção da igreja entra como um complemento”, disse D. Jorge Ortiga.

O arcebispo de Braga disse, ainda, que estes encontros vão decorrer de forma sistemática.
Outro dos assuntos abordados foi o da existência de um representante das misericórdias no Conselho Pastoral Diocesano e na Comissão Arquidiocesana para a Pastoral Sócio-caritativa.
Seria alguém que fosse um alerta, junto com outros, para articular tudo aquilo que, em termos de caridade a Igreja de Braga vai propondo”, defendeu D. Jorge Ortiga.

O apoio aos mais desfavorecidos vai voltar a ser abordado num encontro entre o arcebispo de Braga e os padres da arquidiocese, marcado para o próximo dia 22.
“É uma questão que iremos desenvolver nesse encontro. As paróquias têm uma característica de proximidade e há um conhecimento das realidades. As comunidades paroquiais devem consciencializar-se das novas formas de pobreza. Não podem passar ao lado. Não podem fechar os olhos”, defendeu o chefe da Igreja Católica em Braga.
Correio do Minho

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