sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Fátima e Ourém

Santa Casa promoveu jornadas de geriatria


Mais de 100 pessoas participaram nas primeiras jornadas geriátricas da Santa Casa da Misericórdia de Fátima e Ourém, que decorreram entre os dias 26 e 27 de Novembro, no Centro João Paulo II.

As jornadas abriram com uma intervenção da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Fátima e Ourém, na qual referiu que os objectivos destas jornadas iam muito para além do “enriquecimento curricular”. “O objectivo destas jornadas é reforçar as nossas competências, o nosso conhecimento e a nossa motivação”. Por outro lado, também devem “contribuir para que nos tornemos agentes de mudança de uma realidade que ainda continua a ser muito cruel para as pessoas de maior idade”, afirmou. E lembrou que “a população idosa continua a ser vítima de abandono, negligência e maus-tratos, portanto cabe-nos a nós também sair daqui com mais conhecimento e com mais motivação para podermos transformar esta realidade”.

Fernanda Rosa aproveitou também para deixar uma “palavra de profundo agradecimento” ao presidente do conselho de administração do Centro João Paulo II, pelo apoio que tem dado à Misericórdia de Fátima e Ourém. “O senhor Manuel Calem tem-nos dado uma força enorme, foi ele que nos ensinou muitas das coisas que nós sabemos hoje acerca do espírito da Santa Casa, a ele muito devemos da nossa vontade de querer continuar a trabalhar em favor dos mais desfavorecidos”, disse.

A sessão de abertura contou ainda com uma intervenção do provedor da Santa Casa da Misericórdia da Golegã, Martins Lopes, que considerou que “ninguém sabe fazer melhor o social do que as Misericórdias”. No seu entender, “nem o poder central, nem o poder local fazem este trabalho com tanta eficácia e com tanta paixão”.

“Houve uma altura em que o Governo desconfiou um pouco das Misericórdias”, mas “hoje, já assim não é”, referiu. De acordo com o provedor, “o Estado já acredita que as Misericórdias têm um papel preponderante”, uma vez que “são elas que resolvem fundamentalmente o problema dos mais pobres”.

A intervenção do presidente da Câmara Municipal de Ourém fechou a sessão de abertura. Paulo Fonseca admitiu que “já demos vários passos”, mas que ainda “há muito caminho a percorrer”, relativamente às questões da solidariedade. “Desde logo, nas mentalidades”, realçou, defendendo o regresso a uma mentalidade mais solidária. E as autarquias também devem encarar as questões sociais de outra forma, considerou o presidente da Câmara, que tinha como um dos pilares fundamentais do seu programa eleitoral a área social. Para Paulo Fonseca, que detém o pelouro da acção social, “nós não podemos ostentar o estatuto de desenvolvimento se não tivermos uma preocupação permanente com os outros”. O autarca entende ainda que é dever de cada cidadão se integrar nas causas de instituições como a Santa Casa. E lembrou que esta questão não toca só aos outros. “Mais tarde ou mais cedo, todos nós precisamos de ter alguém que nos acolha com conforto, com carinho…”, disse, para considerar que “estas instituições existem para dar bold, como se diz na gíria informática, à questão do humanismo”.

As primeiras jornadas da Santa Casa giraram em torno de temas que estão na ordem do dia, como a Doença de Alzheimer, a Diabetes, o envelhecimento e até o voluntariado. Do primeiro painel de oradores fizeram parte Laura Lacerda, médica e actual presidente da delegação da Figueira da Foz da Cruz Vermelha, Deolinda Simões, professora primária e presidente da Assembleia Municipal de Ourém e Manuel Calem, que continuam cidadãos activos, apesar de já terem ultrapassado a barreira dos 65 anos. Ficam os seus testemunhos, na página ao lado.





2009-12-03


Notícias de Fátima

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