quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim

Misericórdias esperam por dias melhores

Qui, 24 Nov 2011 15:39
Póvoa de Varzim
Virgílio Ferreira assumiu a liderança da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim num dos momentos mais complicados do país, onde as exigências à instituição são cada vez maiores e os apoios menores. Ainda assim, o novo Provedor garante que a Santa Casa não vai deixar de evoluir e adaptar-se às novas realidades embora com os pés assentes na terra em relação a novos investimentos. Refira-se que esta entrevista foi concedida na véspera do anúncio do Primeiro-Ministro, Passos Coelho ter divulgado que os Hospitais, entre os quais o da Póvoa de Varzim, serão devolvidos às Misericórdias.
Qual o valor do Orçamento da para 2012.
Ronda os 5 milhões de euros, semelhante ao do ano passado. Não tem havido grandes alterações na parte da classe salarial, embora tenha havido alguma alteração na parte da despesa, resultantes do aumento do IVA e de outros produtos. O plano de acção está orientado dentro deste âmbito, essencialmente em cima de cinco eixos.
Quais são esses eixos?
Os eixos de acção desta Misericórdia vão no sentido da qualificação e capacitação dos nossos trabalhadores; na promoção da qualidade dos serviços prestados; em políticas de uso racional de energias, esta questão do aumento do IVA da energia eléctrica penaliza também as nossas contas. Depois, estamos atentos às carências do meio social face a esta situação de emergência, que já se começam agora notar e que no ano de 2012 certamente irão aumentar as carências da área social. Por isso, a Misericórdia também deve estar atenta às solicitações. Outra questão é importante, é o equilíbrio e sustentabilidade financeira da Misericórdia.
Estes são os cinco eixos orientadores do plano de acção e as actividades são previstas dentro destas orientações estratégicas. Fizemos uma candidatura ao POPH para a formação dos nossos trabalhadores e continuaremos a apostar na formação interna dos nossos colaboradores. Por exemplo, a questão dos desfibrilhadores é importante porque também somos unidades de saúde e temos de estar equipados com esses aparelhos. Iremos formar os nossos enfermeiros no âmbito do INEM para a utilização desses equipamentos. No que respeita à qualidade de serviços, apostamos na certificação de qualidade das nossas Unidades de Cuidados Continuados. Iniciou-se agora apenas a acção com uma avaliação prévia, e, portanto, todo o processo se irá desenvolver no primeiro semestre de 2012. No que respeita ao uso racional de energias, nós candidatamo-nos, em tempo, ao QREN, no âmbito da instalação de painéis solares. Ao mesmo tempo, temos desenvolvido, a nível interno, uma política de combate aos desperdícios de energia, quer estabelecendo regras aos nossos trabalhadores, quer montando sistemas automáticos que nos permitem, tal como se faz na via pública, desligar as luzes mais cedo e ligá-las mais tarde, dentro das condições de segurança que são exigidas à iluminação nocturna.

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