sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Tomar

Providência cautelar adia eleições na Misericórdia de Tomar
As eleições na Santa Casa da Misericórdia de Tomar, que estavam marcadas para 14 de Novembro, foram adiadas, desconhecendo-se a data em que se vão realizar. A decisão foi tomada pelo presidente da assembleia geral da instituição, Fernando Corvêlo de Sousa, que também é presidente da Câmara de Tomar, uma vez que foi intentado um procedimento cautelar no Tribunal de Tomar visando a impugnação da assembleia realizada a 12 de Outubro passado.
Alguns irmãos contestatários pretendem a anulação de uma deliberação tomada por maioria nessa assembleia extraordinária que contorna o impedimento estatutário de reeleição dos dirigentes que tenham cumprido dois mandatos sucessivos. O cerne da polémica reside no facto dos actuais corpos gerentes estarem em funções há 14 anos, depois de terem sido eleitos em dois mandatos normais (de três anos cada) e três mandatos extraordinários, sempre recorrendo a assembleias-gerais extraordinárias, tal como a do dia 12 de Outubro, em que foi decretada a sua elegibilidade.
“São as mesmas pessoas desde 1997 e, pelos vistos, têm ideia de se voltar a candidatar”, referem os membros da irmandade que se opõem à deliberação. “O excepcional transforma-se em normal”, criticam os irmãos opositores. Acabou por ser Luís Salazar, enquanto membro da irmandade, a apresentar a providência cautelar onde questiona a legalidade da última assembleia e a forma como a votação decorreu.
A Santa Casa da Misericórdia de Tomar tomou conhecimento desta impugnação, através de notificação judicial, pelo que, apesar da assembleia-geral se manter agendada para 14 de Novembro, não vai ter lugar qualquer acto eleitoral. Na reunião, vai-se discutir e votar o plano de actividades e orçamento para 2012.

O Mirante

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