sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Santa Casa da Misericórdia de Paredes

Medida é contestada por alguns irmãos
Misericórdia quer contrair empréstimo de 3,75 milhões de euros para investir no Hospital
A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Paredes, liderada pelo padre Vitorino Soares, quer que a instituição contraia um empréstimo bancário no valor de 3,75 milhões de euros, para fazer face às dificuldades financeiras do Hospital da Misericórdia.
A contracção do empréstimo será submetida amanhã, sábado, à Assembleia - Geral, mas já há, entre os irmãos, quem conteste veementemente uma medida que, dizem, pode colocar em causa o normal funcionamento da instituição.
Acordo entre Misericórdia e CESPU prevê investimento de 7,5 milhões de euros no Hospital
Prevê-se uma Assembleia – Geral quente amanhã, pelas 14h00. Em causa estará a ratificação de três decisões da Mesa Administrativa que já estão a causar polémica e que aprovam a constituição da PRD – Solidária, Lda, sociedade constituída, em partes iguais, pela Misericórdia de Paredes e pela CESPU.
Os irmãos terão ainda de se pronunciar sobre a alienação das acções que a Misericórdia possui do Hospital da Misericórdia a esta sociedade e, por fim, sobre a contracção de um empréstimo de 3,75 milhões de euros.
Este dinheiro será, caso seja aprovado o empréstimo, encaminhado para a PRD – Solidária que, por sua vez, o investirá no Hospital da Misericórdia. Esta medida faz parte de um acordo entre a Misericórdia e a CESPU, que também se responsabilizará por um segundo empréstimo de 3,75 milhões de euros, o que perfaz um total de 7,5 milhões de euros, para fazer face às dificuldades financeiras da unidade de saúde inaugurada em Fevereiro de 2008.
O VERDADEIRO OLHAR sabe que a proposta de empréstimo bancário não está a ser bem aceite por alguns irmãos, que não acreditam que o Hospital possa pagar o dinheiro a emprestar. Alegam que, em caso de incumprimento por parte do Hospital, a Misericórdia será obrigada a assumir encargos mensais no valor de milhares de euros, o que colocará em causa o seu bom funcionamento.
O investimento no Hospital há muito que não é consensual na Misericórdia. Em Novembro do ano passado, Idalina Ruão, provedora durante 16 anos, demitiu-se quando foi a única a reprovar o reforço da posição da Santa Casa no capital social do Hospital. Mesmo assim, a Misericórdia avançou com mais de um milhão de euros para passar a deter não dez, mas sim 31 por cento das acções.
Com Idalina Ruão sairam também os membros da Assembleia-Geral, liderada por Ilídio Meireles, e do Conselho Fiscal, cujo presidente era Alberto Soares Carneiro.

O Verdaeiro Olhar

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