quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Santa Casa da Misericórdia de Abrantes

Abrantes
Adiado julgamento de funcionária acusada de maus tratos
por Lusa Ontem

O Tribunal de Abrantes adiou esta terça-feira o julgamento de uma funcionária da creche da Misericórdia local acusada de dois crimes de maus tratos a crianças, puníveis com pena de prisão entre um a cinco anos.

Os factos que o Ministério Publico entende que fundamentam o despacho de acusação, após denúncia de colegas de trabalho à Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco, remontam aos anos de 2007 e 2008 devido a maus tratos alegadamente infligidos a duas crianças pela acusada, de 51 anos. Segundo o despacho de acusação, a arguida, residente em Abrantes, "amarrou uma criança à cama para esta dormir, atou outra com um lençol à cama para que dali não saísse, usou grandes quantidades de fita cola nos sapatos e nas pernas de uma criança para que aquela não se descalçasse e admitiu à mãe de um bebé que lhe dava palmadas para que adormecesse".

A funcionária, que já foi alvo de dois processos disciplinares instaurados pela Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, terá ainda, alegadamente, "obrigado um menino que durante o almoço atirou a carne mastigada para debaixo da mesa a apanhá-la e a comê-la do chão e agrediu uma menina que surgiu junto dos pais com manchas vermelhas no queixo e marcas no pescoço, nariz e sobrancelhas".

A arguida, que trabalhava na ocasião nas salas dos meninos de um e três anos de idade, tinha como função vigiar as crianças, prestar-lhe os cuidados que necessitassem em termos de higiene e alimentação, deitá-las e auxiliá-las na execução de pequenas tarefas. O Ministério Público afirma, no despacho de acusação, que a arguida "agiu em consciência e sabia que lhe cabia zelar pelo bem-estar físico e psíquico dos menores que se encontrassem a seu cargo e apesar disso não se coibiu de inflingir maus tratos que lesaram física e psicologicamente duas crianças".

DN

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